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I A N N O DOMINGO, 1 DE DEZEMBRO DE 1901
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N.° 2 0
S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R ÍC O L A
A ssign atn raAnno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado Na cobrança pelo correio, accresce o premio do vale. KAvulso, no dia da publicação, 20 réis. “
EDITOR— Jose Augusto Saloio
. 1 R Í D A C Ç A O , A D MI N I S T R A Ç Ã O E T Y P O G R A P H I A || Pultlica^ócsií Annuncios—-i.a publicação, 40 réis a linha, nas seguintets*
20 réis. Annuncios na 4. ̂ pagina, contracto esp:cial. Os auto-ÍIVÍlI RUA DE JOSÉ MARIA DOS SANTOS grapho™ n ^ m m q“er f 7 ou ^ p“bKca,?0S*
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e x p e d i e n t e
A cceitam -se com g r a tidão q u aesq u er n o tic ia s qu e sejam de in te r e s s e p u b lico .
REVOLUÇÃO DE 1 6 4 0 1
0 homem, apparecen- do na terra, contem
plou extasiado os milhões de mundos que povoam o infinito, e viu que a palavra liberdade é o mote es- cripto em cada um d’elles.
Livres scintillam as es- trellas e deslisa a lua no chão azul dos céus; livres correm os ventos e as brisas nas regiões da atmos- phera; livres voam os passarinhos soltando gorgeios e trinados; livres murmuram os rios banhando e fer- tilisando os campos; livres rugem as vagas avolumando-se, encapellando-se, abraçando-se, despedaçan- do-se, espumando e beijando as areias da praia;— e o homem, que occupa um logar proeminente na escala da creação; o homem, que pela intelligencia domina o raio, vence a fera e estuda os segredos da natureza; o homem que tem por habitação o globo terráqueo e por docel dessa habitação o firmamento constellado de vivíssimas lantejoilas; o homem, que é um mundo pequeno pelas suas dimensões appa ̂rentes, mas grande, enorme, pela luz da sua intelle- ctualidade; o homem, como os outros mundos, é livre como o pensamento, imagem fugitiva da sua intelligencia; é livre como o esvoaçar das aves pairando naatmosphera; é livre contemplando tudo desde o atomo até á constellação.
A liberdade do homem, porém, tem limites bem as- signalados. E assim como os mundos cosmicos têem as leis immutaveis da natureza que os regem? e em
virtude das quaes não podem invadir-se mutuamente nas suas respectivas orbitas; assim a liberdade do homem deve ser subordinada á lei moral, e limitada pela esphera do direito dos seus similhantes.
Nem o decorrer dos séculos nem o camartello das revoluções têem podido extinguir esse ideal sublime, que se chama liberdade, porque se ella hoje mergulha em mar de injustiças e de desgostos, surge amanhã em mar de rosas, como a flor aberta á luz do sol nascente sorri á luz do dia, meiga, candida, esplendi- dissima. E’ sempre forte, embora pequeno, aquelle que á sombra da lei invoca o direito pedindo justiça: foi forte Portugal, como o tem sido sempre, arrancando-se ao jugo castelhano, que por espaço de sessenta annos eclipsou a sua liberdade.
Forte nas suas conquistas, forte nos seus descobrimentos, forte na littera- tura e nas sciencias, forte devia ser tambem, como realmente foi, na revolução de 1640. Dentro da patria, e sem patria, vimos decorrer o periodo de sessenta annos, presenceámos durante esse periodo as op- pressões que irritam, as angustias que definham, as lamentações que consternam até que por fim reivindicámos o nosso direito proclamando a liberdade. Quarenta conspiradores, no dia i.° de dezembro de 1640, em Lisboa, dispõem- se a travar a lueta com os castelhanos, lueta renhidis- sima, em que se provou mais uma.vez que não tinham esmorecido as gloriosas tradicções das victo- rias alcançadas pelos por- tuguezes, e que em cada bom patriota palpita a alma da patria, como em cada gotta de orvalho existe toda a essencia da agua. Esses quarenta homens contra um colosso tão extraor- dinario, travaram a lueta e venceram, nesse dia i.° de dezembro de 1640, dia memorando e celeberrimo que está escripto com lettras de
oiro nas paginas da nossa historia.
Notável entre os mais notáveis, João P into Ribeiro, a alma da conspiração, apparecendo em toda a parte, a todos anima, enthu- siasma, incita; os conjura- dosatacam resistentemente e persistentemente os castelhanos, e ao fim de poucas horas terminou a lueta que fez baquear um throno e erigir outro em que veio sentar-se D. João vi, então acclamado rei de Portugal.
A Hespanha actual não é solidaria nos infortúnios de que fomos victimas durante esse luetuoso periodo de sessenta annos decorridos desde i 58o até 1640, por isso não é por odio nem por malquerenças a essa nação visinha que nós rememoramos a revolução de 1640; é, sim, para manifestarmos o jubilo intimo que desperta em nosso espirito esse triumpho ex- traordinario, de que renasceu a luz da nossa liberdade, e para patentearmos o amor ardente e inolvidável que temos á nossa tão querida patria!
M e n d e s P i n h e i r o
O MUNDODe grandes males enfer
ma a sociedade actual, para os quaes será difficil encontrar o verdadeiro remedio emquanto todos os homens não se compenetrarem de que devem auxiliar-se uns aos outros e que ninguém pode ter direitos sem ter egualmente deveres.
O mundo está apresentando o aspecto de um enorme hospital de doidos onde se encontram todas as baixezas, todas as vergonhas, todas as misérias. Para se apresentarem vestidos luxuosamente praticam homens e mulheres os actos mais censuráveis, aviltam-se, rebaixam a própria dignidade; o luxo, que é a suprema ambição de tanta gente, conduz ao abysmo da vergonha centenas de familias a quem essa febre
j estonteadora faz perder as mais pequenas noções da honra e do pundonor. Apre sentar-se bem vestido, deslumbrar os outros com o brilhantismo da sua appa- rencia, é hoje a idéa fixa daquelles que ganham pouco e que não podem equi- parar-se aos protegidos da sorte.
Não podem equiparar-se é um modo de dizer. Todos teem direito ao seu quinhão no mundo; a terra não é de meia duzia de privilegiados; deve ser de todos; foi uma herança legada á humanidade e mono- polisada pelos que tinham o predomínio da força. O rude aldeão que está cavando a terra tem nas veias sangue egual ao do poderoso fidalgo que lhe arrenda os seus terrenos; no dia em que os pequenos tiverem a comprehensão da sua força, perceberem o que são e o que valem, ai dos grandes! terão que pagar com lagrimas de sangue as horas magnificas que estão passando nas grandezas do luxo e da opulência.
O Evangelho, a lei sublime de Jesus, o mais bello e o mais santo dos codigos, exalta os pequenos e os humildes. Nelle deviam buscar-se todas as leis que regem a humanidade; os homens, que deviam ser irmãos, são algozes uns dos outros; existe ainda no mundo a odiosa lei da pena de morte, a lei execravel que vae punir um crime com outro crime; e ha homens que têem o arrojo de assignar, de, com um simples traço de penna, riscarem da lista dos humanos um ente egual a elles, um ser vivente, um seu irmão! Fratricidas malditos sem consciência, peores que as próprias feras!
Deitar abaixo as prisões e construir escolas seria a fórma de acabar com tantas vergonhas e tantas misérias que se apresentam no mundo. A instrucção impediria muitos crimes; indo levar a luz aos cere- bros obtusos, faria dos criminosos cidadãos prestá
veis ao seu paiz e até á humanidade.
Um homem que mata outro é preso, condemnado como assassino e sequestrado da sociedade; um homem que assigna a declaração de guerra de uma nação a outra é um Diplomata de alto valor. O primeiro matou, num accesso de desvario, o segundo, fria, serenamente, sem lhe tremer a mão ao commet- ter esse acto, levou ao campo da batalha, a esse açougue de carne humana, milhares de indivíduos que vão combater, ao mando dos seus superiores, com homens a quem nunca viram, a quem não conhecem, de quem nunca tiveram a mínima offensa. E ficam innumeras familias na viuvez e na orphandade porque um grande potentado entendeu, na sua alta sabedoria, que havia de satisfazer um capricho, fazer dobrar outra nação deante da sua vontade inquebrantável !
Isto é mais que vergonhoso. E não ha quem ponha cobro a tantas vergonhas, a tantas infamias!
A lei da egualdade, a maior de todas as leis, a que não quer oppressores nem opprimidos, a que col- loca todos 110 mesmo ni- vel, a que não consente que os pequenos dêem o seu suor, o seu sangue, aos grandes espoliadores, é tratada de alto com soberano desprezo. Pois ha de ser eila a lei do mundo, por ella é que hão de reger-se todas as nações, é a que ha de imperar em todas as consciências.
Trabalhemos todos pára conseguir esse maravilhoso ideal; mas trabalhemos com todas as nossas forças, demos-lhe o nosso alento, a nossa energia, a nossa actividade. Acabemos com as luetas intestinas que desvastam o mundo; abriguemo-nos sob a mesma bandeira, a que tem por lemma! Não mais deveres sem direitos, não mais direitos sem deveres!
J o a q u im d o s A n j o s
O DOMINGO
K ILLUSTRACÃO DO POYO
Nenhum serviço maior se pode fazer a um povo do que educar-lhe a juventude.
A educação é a base essencial da sociedade. Sem ella não pode haver progresso, não pode haver liberdade, não podem haver melhoramentos.
Em todos os systemas a educação é boa; mas no representativo é indispensável.
Nós desejamos, pois, a ii- lustração dos povos, pro- movel-a, censuramos os que a descuram, cremos que as cousas irão melhor quando todos comprehen- derem os seus deveres, julgamos possivel o melhoramento; mas não julgamos facil a realisação do nosso desejo na extensão a que o querem fazer chegar; e quando todo o povo fosse instruido, e a sociedade melhor educada, nem assim esperavamos que o erro desapparecesse, que as paixões dessem o seu logar á rasão, e que a verdade obtivesse sempre um seguro triumpho.
Não se pense com isto que descremos do genero humano e do seu futuro. Nada d’isso. Cremos na sua perfectibilidade; mas não descremos do presente.
Temos todos defeitos, todos commettemos erros; mas já houve mais, e não esperamos situação em que não os haja.
Dizem: o povo é ignorante, e por isso erra. O povo não tem illustracão, e não pode por isso exercer convenientemente os direitos politicos, as fun- cções administrativas, nem o honroso cargo de jurado.
Esta proposição tem alguma cousa de verdade e alguma cousa de exaggero.
Não ha duvida que a igno- rancia é uma das fontes dos nossos erros; mas não é a unica.
Não se pode dizer que a Universidade, que as escolas, que os corpos scientifi-
cos sejam ignorantes, e comtudo nós vemol-os todos os dias arguidos de graves erros.
Não se pode dizer que ao corpo da nossa magistratura faltam habilitações, e nós estamos, comtudo, saturados de ouvir a narração das suas decisões injustas.
Não se pode dizer qu nas nossas assembléas políticas escasseie a illustracão e o talento, e nós vemol-as não só divididas entre si, havendo intelligencia con tra intelligencia, saber contra saber, porém contraria das nas suas decisões por espiritos elevados que teem voto preponderante nas cousas publicas.
Que prova tudo isto?Prova que a imperfeição
é inherente á natureza humana, que sempre ha de haver erros, que são uma enfermidade moral, assim como ha de haver enfermidades physicas; e d’esta necessidade fatal conclue-se que somos injustos quando julgamos que o povo é incapaz de exercer os seus direitos, que é illegitima por isso, ou pelo menos inconveniente, a sua intervenção nos negocios públicos emquanto não formais illustrado, porque se o po vo erra é porque está sujeito ás paixões que o des vairam, como estão os que, nesta occupação, não são povo, e quando o erro é apanagio de todos não devemos condemnar os que teem alguma desculpa, quando os que se julgam superiores em illustracão não se mostram mais isem- ptos do peccado, sendo a sua illustracão uma circum- stancia aggravante.
Visconde de S. João Neponuiccno
(Do «Jornal Saloio»)
A a n iv e rs a r io
Completou no dia 25 do mez passado mais um anniversario natalicio o nosso amigo Manuel Mira. Os nossos sinceros Parabéns.
Q Q F R E 0 © P É R O L A S
D U A S E S T R E L L A SA * * *
Na grande altura do céo, Onde ha nuvens côr de rosa, Duas estreHas havia.Qual d'ellas a mais formosa.
A ’ lua rau ava inveja O seu intenso brilhar; Distantes uma da oitra, ' Viviam só de se olhar.
Quando a noite desdobrava Seu manto no firmamento.’ Trocavam hymnos d'amor Por sobre as azas do vento.
Nos longos plainos do azul Erravam, sempre a fulgir... Quando as duas se fitavam, Viam-se os astros sorrir.
Um dia, a estrella formosa Quiz ir á terra mostrar Os seus encantos immensos, Para os mortaes fascinar.
Ouviu-se entáo um tal grito He lastimosa agonia Que até a fa.ce brilhante Velou o astro do dia.
Pensou a estrella vaidosa Na estrella do seu am or...Ergueu os olhos ao céo E vi :-a morta Je dor!
J o a q u im d o s A n jo s
i i i i i i i i i i i i f i i iH i i i i i i i i im i im im ii i i i i i i i
D E R E L A N C EIDo hespnnhol,
Passou, encantadora e deslumbrante, Qual astro que percorre o céo fulgente, E cravou em meus olhos fascinados A pupila fugaz, qual raio ardente.
Logo baixou a vista; as lindas faces Cobriram-se de súbito ru b o r...Temia a meiga rosa pudibunda O fogo dum desejo abrasador
JOAQUIM DOS ANJOS
PENSAMENTOS
O amor é o mediador do mundo e o redemptor de todas as raças humanas. — Michelet.
— Os viajantes são os livros dos convalescentes; embalam docemente o leitor.— D’Alembert.
— A musica é o mais caro de todos os ruidos.— Th. Gautier.
— A historia do mundo é a recopilação das loucuras dos homens.
A N E C D O T A S
Uma infeliz esposa, depois duma triste experiencia de casamento, requer a separação.
0 Jm \ observa-lhe:— Mas seu marido estimava-a tanto ...— E ' verdade, sr. jui~v mas mudaram-se os tempos.
IJantes quando me via, era o coração delle que batia, agora é um marmelleiro.
Um estudante de Coimbra telegraphou ao pae nos seguintes termos:
« Fiz acto, fiquei approvado, parto Caneçasn.O telegraphista expediu o telegramma deste modo:« Fiz fato, ficou apertado, parti cabeça».Calcule-se a afflicção do pobre pae!
ftarllh os Ciraudes
Visitamos no dia 25, pr0 ximo passado, a casa 4 Sociedade Phylarmonica União e Trabaího de Sarj, lhos Grandes, a convite do seu digníssimo mestre, c nosso amigo sr. Constan. cio Maria da Silva. Agra. dou-nos o aspecto do edifi. cio, propriedade do sr. Se vero da Silva Firmino, ( visitando-o, vimos uma bi\ la sala e alguns gabinetes
A sala está guarnecida por diversos quadros, boi dados a matiz, a missanga e a ouro, feitos por me ninas das mais importante familias da localidade.
Ficamos penhorados pela fórma amabilissima do sr, Constancio Maria da Silva, e daqui lhe enviamos os nossos agradecimentos.
Consta-nos que no pro ximo anno se realisará a inauguração dum coreto de ferro por subscrição, entre as pessoas mais gradas dalli.
Theatro Heinlashi
Realisou-se na quinta-fei- ra ultima o benelicio dos distinctos artistas, D. Elvi- ra Coelho e Ribeiro da Costa.
Esta festa foi dedicada ás illustres classes commer ciai e industrial d’esta villa.
Sobiu á scena o seguin-| te espectáculo: Tasso no\ hospital dos doidos, poesia J a comedia em um acto, At. protectora danimaes, Um acto, genero de Folies Bér- gére e a operetta .4 bexi- gada aos tres bilontras, fina- lisando o espectáculo cora diversas sortes de prestidigitação executadas pelo distincto actor Ribeiro da Costa.
A companhia continnua agradar.
BSoubo <lc gado cavalkr
No domingo passado, pelas 8 horas da manhã, ura individuo conhecido pelo nome de José Gallego, fi-
20 FOLHETIM
Traduccáo de J. DOS ANJOS
A ULTIMA CRUZADAX X III
Dentro de alguns mezes, W ill Stockford ficou senio o dono da ca-a. Jantava entre a mãe e a filha. A mãe náo fazia nada sem o consultarenamenina Daisv tinha elle egual influencia.
A pequena apaixonou-se por elle e em breve foi sua amante, secretamente, porque W ill não queria indispor- se com «mistress» Booth. Um dia a respeitável velha morreu, com uma indiges.ão de «puding» e elles casa- ram-se.
Este casamento fundava a agencia W ill Stockford and C.°
W ill tinha decididamente apanhado a sorte grande na loteria caprichosa da existencia. Tudo lhe corria bem; a agencia creada em S. Francisco era em quatro annos o banco principal e o mais solido dos Estados-Unidos.
E o sr. Stockford, frio. costumado á sorte, não se admirava de ter enriquecido tão rapidamente e quasi nem se dignava lembrar-se da tarde de inverno em que, tiritando em frente da agua negra do porto, acce'tára as propostas da respeitável «mistre-s» Booth.
X X IV
Na America, o banqueiro deixara ficar a esposa no segundo plano. Mas em Paris andava elle ás apalpadellas; n’; que!’e meio tinha a consciência da
sua inferioridade e via a indifferença com que a grande cidade assistia ao dispêndio dos seus milhões; deu portanto o primeiro logar á esposa.
Ella soube aproveitar-se d’isso perfeitamente. A pouco e pouco, foi sendo recebida em toda a parte. Agradava aos homens e sabia vestir- se. Comprava segredos escandalosos. Usa\a de todos as recursos, emp:e gava todos os meios para ter entrada na alta sociedade.
A sr.a Stockfod tivera varios amantes. O marido fazia o mesmo e ambos viviam sem dar satisfações um ao outro.
XXV
A americana ultrajada nunca perdoara á sr.a de Taillemaure.
As aveuturas novas com que entretinha os sentidos, os mezes numero
sos que tinham decorrido depois da sua ruptura com o conde Ivan Mohilow. attenuando o soflrimento amargo do primeiro momento, adormecendo os rancores incoherentes de uma humilhação immerecida, não a impediram de preparar a sua desforra. Mas. como sabia muito bem fingir, reconciliou-se ostensivamente com a sr.a de Taillemaure. Primeiro trocaram vis'tas e depois convites.
O marquez vendera umas acções do Credito Continental e Regina dissipava es^a fortuna dando biiles, jantares. gastando um dinheiro louco.
Estava-se no carnaval.A sr.J Stockford, sabendo que Re
gina ia dar um baile de mascaras maravilhoso. teve a idéa de alugar por uma noite o Arco do Triumpho. e liga! o á sua estufa por uma galeria envidraçada. Devia ser uma coisa
maravilhosa. Mas d’esta vez ficou mal, porque o rn niuro do interior recusou os dois milhõas que o sr. Stockford oflèrecia imperturbavelmente ao Estado pelo aluguer de uma noite. 0 banqueiro dobrou a quantia e recebeu egual recusa.
' — Decididamente estes francezes não enten 'em nada de negocios, disse elle á e.-posa, depois d estas corridas inúteis.
Ella approvou-o com um encolher de hombros desdenhoso.
X X V I
O convite era assim formulado. n’um cartão la go de velino côr de rosa:
(Continua).
O DOMINGOlho de Manuel José Galle- oo, natural d’esta villa, roubou ao sr. José Ferra Júnior um cavallo, indo depois vendel-o no Barreiro por 2 2 $ 5 o o réis a um almocreve de nome José Antonio de Azeitão. O sr. Ferra soube por alguem que o cavallo estava no Barreiro; e, dirigindo-se alli, procurou a auctoridade competente e reclamou o que de direito lhe pertencia. O cavallo foi-lhe entregue, e o pobre almocrev e ficou com 2 2 $ 5 o o réis de menos.
Num dia da semana passada tambem roubaram uma egua, a um individuo da Lançada chamado José Russo.
P rovidencias! . . . Providencias ! ! . .
ISstandarte -- A u n ivcrsa- r io da N ociedadc
Tivemos hontem occasião de poder minuciosamente apreciar o estandarte offerecido pela classe piscatória desta villa,á Sociedade Phylarmonica i.° de Dezembro. E’, na verdade, uma offerta que engrandece o bom senso d’a- quella classe, que, apesar de inculta sabe collocar-se proeminente no campo dilecto da fraternidade.
— Em honra desta tão importante lembrança, a Sociedade i.° de Dezembro, deliberou commemo- rar o seu anniversario pela seguinte fórma:— A’s n horas da manhã, missa na egreja matriz e benção do estandarte; ás 12 horas, concerto no coreto (praça Serpa Pinto); ás 6 horas da tarde, commemoração do anniversario da Sociedade, percorrendo a phylarmonica as principaes ruas da villa; ás 9 horas da noite, haverá soirée no salão da Sociedade, offerecida pela direcção daquella sociedade á excellente classe piscatória e aos seus socios.
Pelas 1 o e meia horas da noite, d’hontem, levantou- se desordem no tal soalheiro do largo do Poço Novo, a que já nos referimos aqui o mez passado.
— Na rua da Misericórdia é tambem de antigo costume haver as suas escaramuças. Será muito bom que a auctoridade administrativa lance sobre nós os seus olhos misericordiosos, mandando reparar estes si tios onde é vergonhoso passar com senhoras.
Consorciou-se hoje, de manhã o sr. Antonio Rodrigues Serrador com a
ex.'™sr.a D. Maria José Ca- Hela^ão d os m an ceb os so r tea d o s n^estc C oncelhopaiv. o s e r v iç o «lo e x er c ito c arm ada, para o cor- r en te ;m iio de 1 9 0 1 .
ria. Foram padrinhos os srs. Justino José dos Reis e João d’Oliveira Rijo. A ex,"'a sr:1 D. Maria José, tia da noiva, madrinha dos consortes.
MÃE E FILHAAo meu «migo dr. Jose Maria Henri-
ques da Silva
— Minha mãe, quem espalhou Tantas estreilas no céo?— Foi Deus, filha, que creou Esse constellado véo.
— Sáo tão lindas, minha máe, Scintillando n’esse véo,Até parece que alguem As tem seguras no céo.
A lua, o sol, que eu fito,Minha máe, quem os creou?— O poema do infinito Foi só Deus, que o formou.
De Newton a descoberta D'aquellas leis d’attracção Dá a explicação mais certa Do equilíbrio na amplidão.
— Quem cedeu matiz ás flores E creou bellas campinas?E ao sol deu resplendores E perfumes ás boninas?
Quem deu luz aos arreboes Das manhãs primaveraes,Melodia aos rouxinoes,Que cantam nos salgueiraes?
Quem assignalou ao mar Estas eternas balisas E á viração veiu dar O frescor das suas brisas ?
E o murmurio suave Ao arroio que deslisa,E o gorgeio á ave,Que canta qual poetisa?
Quem deu ao jardim a ro-a,Quem deu á serra o rochedo, Saltitar á mariposa,E o verde ao arvoredo?
Quem fez o pomo ao pomar,E o arroio ás collinas,E o ondear aos mares,E as aguas crystallinas?
E as montanhas, minha mãe, Parecendo ao céo chegar,Quem é que foi capaz tambem De as poder assim formar?
Admiro-me, minha mãe,D’esta suave harmonia;Como á noite, não sei bem, Succede o brilhante dia?
— Oh. minha filha, é só Deus Que dá perfume ás flores.E que na amplidão dos céos Diffunde tantos fulgores!
É só Deus que assim matiza Os campos e as campinas;É só Deus que divinisa O perfume das boninas.
E Deus que nos dá a luz,E â alma beneficente;É Deus que tudo produz,Porque é Omnipotente.
O rhvtmo d'cstas espheras Foi só" Deus quem o marcou;O brilho i.’as primaveras Só Deus o determinou.
Com açucenas 'screveu O idyllio dos valles,E a nós tambem nos deu Balsamo pY os nossos males.
Com os astros fulgurantes O infnito enibellezou,E com hymnos consonantes Os bosques poetisou.
Só Deus, filhinha, só Deus,E que tudo poude crear;Só Deus tem por throno os céos, Nada se lhe póde occultar!
M e n d e s P i n h k i r o
Fregue~ia do Divino Espirito Santo de Aldegallega
Adriano, filho de pae incognito e Anna da Piedade, n.° 26, 2.'1 reserva.
Amadeu, filho de Antonio Maximo Ventura e Joaquina Rosa Quaresma Ventura, 14, cavallaria 3.
Antonio, filho de Antonio Joaquim e Maria Emilia, 4, infanteria 11.
Antonio, filho de Antonio Manuel e Maria Antonia, 17, infanteria 11.
Antonio, filho de João Gouveia da Costa e Apoloriia Maria, 38, 2.“ reserva.
Antonio, filho de Manuel Ignacio e Maria Balbina, 13, infanteria 11.
Augusto, filho de pae incognito e Gertrudes Leal, 16, 2.“ reserva.
Custodio, filho de José Domingos da Beira e Gertrudes Maria, 18, cavallaria 3.
Custodio, filho de Thimoteo Custodio e Rosalina Rosa, 20, 2.* reserva.
Francisco, filho de José Augusto da Silva e Anna Maria Quaresma, 40, 2.a reserva.
Francisco, filho de Manuel Luiz Cândido e Maria da Piedade, 6, engenharia.
Francisco, filho de Manuel Rodrigues Quaresma e Maria Jorge, 16, artilheria 2.
Francisco, filho de Paulo Freire Caria e Gertrudes Caetana, 21, 2.1 reserva.
Henrique, filho de Manuel da Costa Farrim e The- reza de Jesus, 39, 2.3 reserva.
Jayme, filho de Manuel Gonçalves Paulada e Maria da Piedade, 3, infanteria 11.
João, filho de Jayme José e Rosalina Rosa, 9, infante- teria 11.
João, filho de João Correia Castro e Gertrudes Maria da Conceição, i 5, artilheria 2.
João, filho de Joaquim Paulo Sapateiro e Maria da Piedade, 8, cavallaria 3.
João, filho de João Zanga e Anna Jorge, 27, 2.a reserva.Joaquim, filho de Joaquim Tavares Castanheira e An
na Margarida, 10, cavallaria 3.Joaquim, filho de José da Cunha e Maria Jorge, 1, ar
mada.Joaquim, filho de José d’01iveira Canellas e Emilia Rit-
ta da Piedade, 28, 2* reserva.Jose', Antonio Maria e Maria José, 3y, 2.a reserva.Jose', Joaquim Bello e Marianna Rosa, 33, 2.:i reserva.José, Hypolito Marques Cepinha e Marianna da Con
ceição, 7, armada.José, filho de José Tavares dAreia e Elisa Maria, 19,
cavallaria 3.José, filho de Manuel Leonardo e Maria dos Anjos, 5,
infanteria 11.José, filho de Manuel Marques Cepinha e Maria de
Jesus Chico, 25, 2:1 reserva.Justiniano, Antonio Fernandes Broega e Maria Jorge,
34, 2.'1 reserva.Manuel, filho de Antonio Marques Contramestre e
Maria da Piedade, 35, 2.a reserva.Manuel, filho de Francisco Bispo e Polycarpa de Je
sus, 2, infanteria 11.Manuel, filho de Joaquim Antonio Xavier e Clemen-
cia Rosa, 11, cavallaria 3.Manuel, filho de Manuel Loureiro Mosca e Luiza Go
mes, 32, 2.'1 reserva.Manuel, filho de José Marques Valente Junior e Ma
ria Miranda dos Santos, 3 i, 2.a reserva.Manuel, filho de Manuel de Oliveira e Anna Germa
na, 23, 2.a reserva.Manuel, filho de Manuel Tavares Caramello e Gertru
des Angélica, 24, 2.a reserva.Manuel, filho de Manuel da Silva e Maria de Oliveira,
29, 2.a reserva.Marcellino, filho de Joaquim Theodoro da Silva e Ma
ria Guilhermina, 3o, 2.a reserva.Martiniano, filho de Joaquim Jorge Serrano e Maria
da Silva Andrade, 22, 2.1 reserva.Wenceslau, filho de Francisco Gouveia e Maria Ritta
Prazeres, 12, artilheria 2.
Na próxima semana publicaremos os nomes dosmancebos sorteados, da freguesia de Nossa Senhora deOliveira, de Canha, e de S. Jorge, de Sarilhos Grandes.
MODISTAVestidos e confecções tan
to para senhora como para creança. Corta pelo syste-> ma f r a n c e r u a do Norte n.° j.5, riesta villa.
ATTE1MÇA0Modista, chegada á pou
co de Lisboa, offerece, os seus serviços, em costura a todas as Exm.as Sr.as d’esta Villa; trabalha por figurinos, cortando por medida, systema francez, e tambem dá lições de córte, tanto a meninas como a senhoras, podendo aprender em 10 ou 12 lições.
Rua José Maria dos Santos, 115, i.°-D.
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4 O D O M I N G O
D E PRUA DA PONTE — aldegallega
C O N S T I I U C G A OTijolos das fabricas mais acreditadas do pai~, em
todas as qualidades, taes como: tijolo burro, furado, inteiro, de alvenaria, curvo para poços e mais applica- ções, rebatido, para ladrilho, assim como grande f o r necimento de telha de Alhandra, etc.
PREÇOS SEM COMPETENCIA p e d i d o s A C i r e g o r i o d o s e A l c o h i a
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D O M I N G O S A N T O N I O S A L O I O.Vesde eslaSíelccIíaseasto ejceosrtra-se á v ead a p e lo s p reço s Basais c o n v i
d a tiv o s . fiEsss variado soE*áÍE6âeaíáo de geateros p ro p r io s do sea» ram o de coin- gnerci4». o lfe r e c e x d o p or is so a s-m a io res garan tia s aos se u s e s t im a r e is fre- gu exes c ao resp e itá v e l paebiico.
H U A . D O G -A. E S — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO
POYO
CORREEIRO E SELLEIRO 18, RUA DO FORNO, 18
JOSE’ AUGUSTO SALOIOEncarrega-se de todos os
trabalhos typograpliicos.R. DE JOSÉ M A RIA DOS SANTOS
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COMPANHIA FABRIL SINGERP o r Soo réis semanaes se adquirem as cele
bres machinas SINGER para coser.Pedidos a AURÉLIO JO Ã O DA CRUZ, cobrador
da casa a d c o c k A c .a e concessionário em P o r tu gal para a venda dás ditas machinas.
Envia catalogos a quem os desejar, yo, rua do Rato, yo — Alcochete.
MERCEARIA ALDEGALLENSEde
José Antonio Kunes
iV este estabelecimento encontra-se d venda pelos p?~eços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimáveis fregueses e ao respeitável publico em geral.
Visite pois o publico esta casa.
1 9 — L A I R . G - 0 D A E G R E J A - i g - A
Aldegallega do Ribatejo
ALDlHGr-A.LLEG-A. DO RIBATEJOGrande estabelecimento de Ja~endas por preços limitadíssimos, pois que vende
todos os seus artigos pelos preços das principaes casas de Lisboa, e algunsA.INDÀ MAIS BARATOS
Grande colecção dartigos de Retroseiro.Bom sortimento dartigos de EA N Q U EIP X ).
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Esta casa abriu uma S E C C Ã O E S P E C I A L que muilo util é aos habitantesdesta villa, e que éa C O M P R A È M L I S B O A de todos e quaesquer artigos ainda mesmo os que não são do seu ramo de negocio; garantindo o \êlo na escolha, e o preço porque vendem a retalho as primeiras casas da capital.
B O A C O L L E C Ç Ã O de meias pretas para senhora e piuguinhas para creanças de todas as edades.
A CO R PRETA D’ESTE ARTIG O É GARANTIDA A divisa desta casa é GANHAR POUCO PARA VENDER MUITO.
JOAO BENTO & NUNES DE CARVALHO88, R. DIREITA, 90-2, R, D0 CONDE, 2
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— LUCAS & C.A —L A R G O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO
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PEDIDOS A LUCAS & C,A — ALDEGALLEGA