um show de apresentação · 2020-03-10 · 2 um show de apresentação com van marchetti Índice...
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Um show de apresentação com Van Marchetti
Índice
Módulo 1 - Insegurança
Aula 1: Vencendo a timidez Página 04
Aula 2: Medo real x Medo imaginário Página 17
Aula 3: Mente sob controle Página 37
Aula 4: Os 6 “As” da gestão emocional Página 70
Módulo 2 - Linguagem corporal
Aula 5: Linguagem corporal Página 85
Aula 6: Dando vida à sua fala Página 90
Aula 7: O corpo fala Página 94
Módulo 3 – Expressão verbal
Aula 8: A força da expressão verbal Página 100
Aula 9: Uma fala bem articulada Página 104
Módulo 4 - Planejamento
Aula 10: Construção da mensagem Página 108
Aula 11: Para quem é a apresentação? Página 118
Aula 12: Crie uma experiência para seu público Página 122
Aula 13: Você é o protagonista Página 125
Aula 14: Construção da Persona Página 136
Aula 15: Planejamento e Roteiro Página 142
Aula 16: Design e imagens Página 151
Módulo 5 – Condução da apresentação
Aula 17: O Maestro da Arte de Apresentações Página 157
Aula 18: Os 6 passos para o show Página 163
Aula 19: Como ativar a atenção das pessoas Página 171
Aula 20: Improvisando com criatividade Página 177
Aula 21: Improviso - exercício guiado Página 180
Projeto final Página 188
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Módulo 1 - Insegurança
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Aula 1
Vencendo a timidez
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Ninguém nasce pronto … estamos
sempre em
construção
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Coloque isso no papel. Faça as 3 colunas, escreva, leia e reflita. O que dóis
mais? Enfrentar e superar ou manter e estacionar? Eu escolhi ENFRENTAR e
VENCI. E você?
Qual a sua escolha? Quais os seus “gatilhos” para
impulsionar seus enfrentamentos?
- Uma promoção? - Uma recolocação? - Ter mais visibilidade? - Ter um melhor relacionamento com sua equipe? - Envolver e engajar mais seus alunos, seu público? - Ser reconhecido como uma pessoa de excelente “trânsito” entre as áreas? Quais?
Pausa agora para uma reflexão: (sugiro colocar no papel as 3 colunas)
1) Quais são seus maiores medos em relação à sua comunicação? Em relação à
falar em público?
2) Quais são seus maiores “sonhos” a conquistar na vida e na carreira e que uma
boa comunicação poderia ajudar?
3) A paixão por “interpretar” foi um dos gatilhos para me ajudar a superar o medo
da exposição. Quais paixões poderiam ajudá-lo (a)?
Momento #reflexão: QUAL A SUA ZONA DE CONFORTO?
A minha era: “minhas amigas fazem amizade por mim, portanto não preciso
me expor. ”
Pois é … elas apareciam e eu era INVISÍVEL
Alguma semelhança com o que talvez já tenha acontecido com você ou com
alguém que você conheça? Você já se sentiu INVISÍVEL quando alguém conseguiu
aquela promoção? Ou aquele DESTAQUE?
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Pense agora em situações que você vivenciou? Você não quer mais passar por
isso “invisibilidade” … quer?
Se a resposta for … NÃO!
É chegada a hora da mudança …
#DICA
ENFRENTE SEUS MEDOS NA COMUNICAÇÃO … ELES SÃO APENAS ALGO QUE
NÃO CONHECEMOS E QUANDO PASSAMOS A CONHECER, SUPERAMOS!
Existem forças maiores (paixões / gatilhos) que são determinantes em nossas
atitudes. Então, o autoconhecimento é um aliado fundamental para que
possamos, definitivamente, sobrepujar o medo e a ansiedade de falar em
público. Quando falo em “paixão” não vamos confundir com o sentimento do
relacionamento, mas sim, de uma “emoção” que acionado o gatilho mental
certo, podemos utilizá-la a nosso favor.
Por isso, minha determinação é ajudar o maior número de pessoas a perceber
que administrar o medo de falar em público é totalmente possível, bastando
seguir alguns passos, dentro de uma metodologia totalmente voltada à
construção da comunicação interpessoal eficaz e de sucesso.
Convido a todos a essa nossa jornada de descobertas e superação.
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Vamos falar em público?
Não espere por milagres.
Faça o movimento.
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OVERVIEW
Tenha total domínio sobre o assunto;
Ensaiar a apresentação:
1) Ensaie com as anotações (de preferência gravando) (assista) (veja o que precisa mudar/ cortar);
2) Ensaie novamente; 3) Ensaie novamente, neste ponto você já estará
desenvolvendo a espontaneidade (isso gera autoconfiança)
4) Procure, neste ensaio, não olhar as anotações (falar de improviso
funcional) = credibilidade perante o público (assista ao vídeo e compare com as anotações), veja o que faltou falar e ensaie novamente dando atenção para esta parte;
5) Em cada ensaio, sua fala fica diferente, porém a essência do tema é
a mesma. O ensaio cria “gatilhos” mentais para que você fale com autoconfiança sobre seu tema;
MAIS DICAS:
Cuidado com a autocrítica: Em geral a imagem que fazemos da nossa
pessoa é pior do que aquela que os outros de fato observam;
No local: chegue com antecedência;
Pratique em todas as oportunidades;
O medo deve ser controlado e não eliminado: ele nos mantém atentos;
Fale com Emoção e Entusiasmo!
Segundo pesquisas, o
MEDO DE FALAR EM
PÚBLICO é considerado
um dos maiores medos
da humanidade: medo
da exposição e medo da
crítica.
TRABALHANDO O EMOCIONAL: ESTRATÉGIAS COMPORTAMENTAIS
ANSIEDADE
ESTRATÉGIA
PERSUASÃO
MENSAGENS
EFICAZES
+
+
+
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OS 4 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PARA ÓTIMAS APRESENTAÇÕES
1) AS PESSOAS SOMENTE MOSTRARÃO INTERESSE E LHE DARÃO
ATENÇÃO, QUANDO PERCEBEREM UM BENEFÍCIO EM SUA
APRESENTAÇÃO
Quando você iniciar o roteiro de sua apresentação, pare e pense como se
fosse seu público. E o que seu público perguntaria antes de oferecer seu
tempo para assisti-lo? Você sabe? Eles perguntariam: “O que eu vou
ganhar com isso? ”
Você deve se perguntar: “O que meu público espera dessa
apresentação? ” “Quais são as expectativas? ”
2) A APRESENTAÇÃO É PARA SEU PÚBLICO!
Essa é a regra de ouro na oratória: a apresentação é para seu público;
Fundamental: ao fazer uma apresentação: fale COM as pessoas e não
PARA as pessoas. A interatividade é essencial para criar conexão com
seu público;
Você deve conversar com sua audiência. Faça contato visual. Olhe nos
olhos das pessoas. Olhar nos olhos é uma das premissas da oratória.
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Isso gera confiança e credibilidade. Ora! Se você conversar com alguém
que não olha diretamente em seus olhos, o que você acha dessa
pessoa?
3) NÃO DIVULGUE INFORMAÇÕES. CRIE UMA EXPERIÊNCIA PARA SUA
PLATEIA
Você tem que se preocupar em inspirar as pessoas;
Com isso, as informações que você tem para passar serão apreendidas
pelas pessoas. Haverá a manutenção do interesse de sua audiência;
4) VOCÊ É O PROTAGONISTA DA APRESENTAÇÃO.
De forma errada, muitas pessoas utilizam o slide como primeiro
plano para suas apresentações, quando na realidade ele é uma
ferramenta de apoio; aqui, durante o decorrer do livro, vou lhe ensinar
uma ferramenta para planejar uma apresentação;
Os seus slides servem para ilustrar sua apresentação e para guia-lo
durante o processo;
As pessoas estão lá para assistir o que VOCÊ, com seu
conhecimento e experiência, tem para transmitir a elas;
Assim: performance de palco, desenvoltura e naturalidade, são
características fundamentais para apresentações de sucesso;
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O QUE FAZER?
SAIR DA ZONA DE CONFORTO E ENTRAR NA
ZONA DE CONFRONTO
SEM PREPARO, O RESULTADO É ...
O MEDO DE EXPOR AS NOSSAS FRAQUEZAS E O MEDO DE EXPOR O NOSSO DESPREPARO
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Ah! Van, mas eu falo muitas vezes em público e continuo assim … com medo,
ansiedade e achando sempre que não fui bem ou poderia ter sido melhor.
Ok! Entendo perfeitamente. Mas quando falo em falta de prática, não estou
apenas falando em falta de “atuação”, mas também em ausência de “mudar a
causa” quando os resultados não estão satisfatórios.
Se você declarar: “Eu não consigo evoluir nisso. Esse negócio de fazer
apresentações não é para mim. Quem faz bem é porque tem o dom … e blá, blá,
blá” … certamente não mudará a causa. Afinal, você definiu que acredita nisso!
Mas, se por outro lado, você decidir que ter resultados diferentes em suas
apresentações é importante, então atue fortemente na causa!
Veja onde realmente estão os “gaps”:
- Falta roteirizar melhor?
- O planejamento pode melhorar?
- E quanto à sua performance? Como está sua linguagem corporal?
E assim por diante …
E trace um plano de ação para modificar essa causa. Os resultados irão lhe
surpreender!
O MEDO E A ANSIEDADE EM FALAR EM PÚBLICO
O medo de falar em público é o medo que temos de expor as nossas fraquezas e o nosso despreparo. É, em
grande parte também, o fato de não falarmos em público com frequência.
Ou seja, FALTA DE PRÁTICA!
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Preciso falar em público? Então
preciso sair da zona de conforto e
entrar na zona de confronto
(enfrentar os meus medos).
Confronto dos medos, das
incertezas, da autocrítica negativa ...
e assim por diante.
Algumas pessoas dizem: “mas eu
não tenho tanto medo de falar em
público”
O medo de falar em público tem
várias nuances: vai desde uma
simples ansiedade até um medo
excessivo (pânico) em estar diante
de outras pessoas.
Ficamos na expectativa do que o
outro vai pensar do nosso
conteúdo, do que o outro vai
pensar sobre a nossa
performance.
FISIOLOGIA DO MEDO DE FALAR EM PÚBLICO:
ORIGENS:
Pressões ou superproteção na infância;
Experiências malsucedidas;
Tendência a não persistência;
Autoimagem distorcida;
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Na maioria das vezes a autocrítica
é a nossa maior vilã e não a crítica
externa. É um problema conosco e
não com o outro.
Em relação às experiências
malsucedidas, o impacto desse
fator, varia de pessoa para pessoa.
Dependerá muito de como será a
receptividade do momento.
Se você acredita que teve essas
experiências, eu lhe pergunto:
“quantas vezes você tentou? ”
Vamos nos espelhar nos atletas ou
mesmo nos artistas de teatro?
Quantas vezes você acredita que
eles treinam e ensaiam para
chegar à excelência?
Bem, eu diria que são muitas!
E você? Como se prepara para suas
apresentações e reuniões?
Posso dar um palpite? Talvez ...
deixa para a última hora? Hummm
... será que acertei? Ou, pelo menos,
bati na trave?
Pois é, infelizmente, a maioria das
pessoas, ao receberem uma
incumbência de falar em público,
acabam gerando um dispositivo
terrível para o insucesso de suas
apresentações: elas acabam
adiando a preparação, dando a
“desculpa” subconsciente
(PROCRASTINAÇÃO) do: “ainda
tenho tempo ... faltam 10 dias ...
faltam 5 dias ... ihhhhh é amanhã” ...
e BOMBA!!! Você já sabe o
resultado!
Aqui, podemos falar em falta de preparo e falta de
treino. Porém, é importante ter em mente que o ser
humano está sempre em construção, então saiba que
a cada apresentação, você irá aprender mais e mais e,
certamente ficará com uma performance cada vez
melhor em suas apresentações. O que você precisa
fazer é sair do seu casulo de “falsa” proteção e se
colocar na “vida”, sem medos “imaginários” que
ceifam as suas oportunidades de crescimento e
vitórias.
“A cada apresentação, você
irá aprender mais e mais e,
certamente ficará com uma
performance cada vez
melhor. ”
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Quando pequenos, não caímos várias vezes até aprender a ficar em pé e andar?
Falar em público com segurança e desenvoltura, não é diferente. Veja cada
erro, analise com cautela, mas principalmente, saiba que falhas fazem parte do
processo de aprendizagem. Conheço muitas pessoas ... e como conheço!
Pessoas de sucesso, pessoas que “patinam” no sucesso e pessoas que
simplesmente desistiram do sucesso. Sinceramente, não conheço NINGUÉM
que tenha alcançado o sucesso sem antes “patinar” bastante. Esses são os
DETERMINADOS. Esses são os PERSISTENTES. E os DESISTENTES? São os
fracassados? Não! Prefiro ver o fracasso como uma derrota temporária, como
diz Napoleon Hill. Esses desistentes, simplesmente resolveram parar e
continuar a viver situações de AUTOCRÍTICA NEGATIVA, pois acreditam que se
fazer de vítima das circunstâncias os protege da EXPOSIÇÃO e da CRÍTICA.
Enfim, são escolhas. A vida é feita de escolhas.
“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais
inteligência. ” (Henry Ford)
Também temos os que se auto intitulam como “tímidos”. Muitas
pessoas que se consideram tímidas, na realidade, utilizam esse termo para não
saírem da zona de conforto e enfrentar a zona de confronto. Pense sobre isso!
TIMIDEZ OU ZONA DE CONFORTO?
A MAIORIA DAS PESSOAS É O TÍMIDO DA ZONA DE CONFORTO: A TENTAÇÃO
DE FUGIR DA SITUAÇÃO.
A PRINCIPAL CAUSA DO MEDO: A FALTA DE PRÁTICA
SE VOCÊ COLOCAR EM PRÁTICA, CERTAMENTE SE SENTIRÁ MUITO MAIS
CONFIANTE E SEGURO AO FALAR EM PÚBLICO
O MEDO TEM QUE SER ENFRENTADO!
“Enfrente aquilo que mais teme e seu medo irá se derreter”.
(Dale Carnegie)
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Aula 2
Medo Real
X
Medo Imaginário
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Também conhecido por GLOSSOFOBIA, o medo de falar em público tem seus
indesejáveis sintomas (taquicardia, tremores, sudorese, esquecimentos)
originados nos PENSAMENTOS NEGATIVOS, os quais ocasionam uma
descarga de adrenalina no organismo. E por que isso ocorre? Desde os tempos
primitivos, esse foi o mecanismo de defesa usado pelos nossos ancestrais, na
possibilidade de fuga em uma situação imprevista de caça. Essa adrenalina,
uma vez no organismo, aumenta a pressão sanguínea e impacta na agilidade
dos movimentos.
Porém, herdamos esse mecanismo e automaticamente, quanto nossa mente
entende que estamos em uma situação de perigo, o aciona. Exposição e crítica
são duas circunstâncias que apavora, ou pelo menos, incomoda muitas
pessoas. Uma vez acionado, esse mecanismo libera a adrenalina e nos prepara
para a fuga. Mas aqui temos um
pequeno problema: não temos como
fugir! Imagine a cena: você preparado
para uma apresentação, entra em cena e
logo a seguir, sai correndo. Isso seria
terrível para sua reputação, não é
mesmo? Pois é, então como você não
pode sair correndo, mas também não
utiliza nenhuma técnica para evitar
pensamentos negativos sobre sua apresentação, fica parado e todo esse
turbilhão de movimentos ficam contidos em seu corpo. Resultado: tremores,
taquicardia ...
“O medo faz com que se produza o que se teme. ” (Viktor Frankl)
ISSO
ACONTECE
COM VOCÊ?
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MEDO
O medo pode ser classificado de duas formas:
Ter a prevenção de atravessar a rua na faixa de pedestres e com o sinal “verde”
para a passagem é um tipo de “medo” real, pois caso não cumpra essas regras,
o risco de um acidente é real. Porém, o medo de ser criticado ou ridicularizado
não é real. É um medo psicológico, ou seja, você concentra a energia do seu
pensamento em algo que ainda não aconteceu e, se você souber se preparar
adequadamente, certamente não irá acontecer.
ENTÃO ...
MEDO REAL MEDO IMAGINÁRIO
POR QUE SOFRER POR
ANTECEDÊNCIA???
PENSAMENTO
NEGATIVO
PERIGO
IMAGINÁRIO
MEDO
PSICOLÓGICO
+
=
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RESULTADO:
Quem passa por essa situação antes de uma apresentação, perde o foco (vem os esquecimentos). A atenção fica totalmente voltada à necessidade de se acalmar e sai do campo da atenção na mensagem e no público.
VOCÊ VÊ A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR SUA GESTÃO EMOCIONAL?
NOSSOS HÁBITOS
Vamos ver como funciona os mecanismos de nossa mente. Não quero aqui ser
ousada e nem me aprofundarei no tema, pois não sou psicóloga, neurocientista
ou afins. Apenas entendo o necessário para saber o quanto a falta de dirigir
nossos pensamentos nos prejudica em vários aspectos de nossa vida,
principalmente no ato de falar em público.
Basicamente, o corre o seguinte com o nosso mecanismo mental:
Em algum momento você
sofreu um impacto
emocional
Seu cérebro encontrou
uma solução mais
confortável
Você tem a “percepção”
de resolvido o problema
A situação se repete: o
mesmo impacto
emocional ou semelhante
Seu cérebro busca a
mesma resposta “pseudo
confortável”
Mantendo o
“CICLO VICIOSO”
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Vamos exemplificar para uma situação de exposição pública:
Supondo que em um dado momento,
lá no passado – talvez na
adolescência, no colégio – você
sofreu um “impacto emocional
negativo” (um deboche, por exemplo).
Digamos que isso lhe causou uma
grande sensação de baixa-estima. Se
esta situação ocorreu na presença de
mais pessoas, certamente essa
sensação se agravou. Se isso se
repetiu mais algumas vezes,
possivelmente seu cérebro criou um
“caminho neural” automático para a
solução desse problema.
Bem, você está agora na fase adulta e
aquelas brincadeiras de adolescente
ficaram lá atrás, certo? ERRADO!
Conscientemente, hoje, você pode até
achar pueril, mas ficou tudo ali,
gravado no seu subconsciente.
Hoje você está na faculdade, ou talvez
já tenha passado por isso e aqueles
seminários e a apresentação do TCC
foram verdadeiras torturas. Está no
mercado corporativo e a simples ideia
de fazer uma pequena apresentação
ou mesmo expor um projeto lhe
apavoram. Então você se declara
“incapaz”: “sou tímido”, “não tenho a
menor aptidão” ... desculpas e mais
desculpas.
Mesmo sem ter consciência disso, ao
se deparar com a necessidade de
exposição, você sente “medo” e aciona
em sua mente a procura automática
por uma solução. E qual é a solução? A
mesma encontrada lá atrás, no colégio,
lembra? A FUGA.
Então você literalmente “foge” de
qualquer situação em que tenha que se
expor.
E quando não dá para fugir? TREME,
SE DESEPERA.
Por que estou falando tudo isso? Para
lhe mostrar que a única forma de
“desmontar” esse caminho neural
automático é criando um NOVO
CAMINHO NEURAL. E como fazer isso?
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Basicamente, o medo e a ansiedade de falar em público vem de 5 fatores:
FALTA DE
AUTOCONHECIMENTO
FALTA DE
CONHECIMENTO
SOBRE O PÚBLICO
FALTA DE
SEGURANÇA
SOBRE O
TEMA
FALTA DE
PRÁTICA
FALTA DE UM
OBJETIVO
DEFINIDO
Autocrítica Negativa Para quem será a
apresentação
Medo de
responder as
perguntas
Medo de
situações de
improviso
Não saber
exatamente de
que ponto está e
para onde quer
chagar
Distorção da
Autoimagem
Qual o problema que
esse público tem
para resolver (dores)
Medo de
transmitir
alguma
informação
errada
Não saber
como lidar com
a reação do
público
Não
compreender
corretamente o
problema que
sua
apresentação irá
resolver
Autoestima muito baixa
O que eles esperam
como solução
(expectativas)
Medo de
esquecer
pontos
importantes
Não conseguir
ter uma boa
performance
Não definir
claramente o
“call to action”
que espera do
público
Não ter autocontrole
emocional
Como que eles
“absorvem” melhor
as mensagens
Medo de não
manter o
interesse do
público
Demonstrar
que está
nervoso
Não planejar
corretamente
seu processo de
comunicação
Todas essas questões podem ser trabalhadas e resolvidas com preparo,
gestão emocional e enfrentamento. Você vai ser SURPREENDER com o
RESULTADO. Tente, não custa nada!
ENFRENTANDO O “MEDO
PSICOLÓGICO”
COM PREPARAÇÃO
ADEQUADA
GERANDO SITUAÇÕES
DE SUCESSO
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Exercício 1
As 3 etapas da comunicação em uma apresentação
TEMA: O QUE É A AMIZADE?
Imagine que você foi designado (a) para fazer uma apresentação sobre o que é
amizade …
Este é um tema bastante amplo. Ele oferece diversas possibilidades de
colocação do conteúdo, uma vez que a amizade pode ter significados
diferentes entre as pessoas.
Mas, quem lhe transmitiu o tema, quis ser mais preciso e o (a) orientou a fazer
a apresentação a partir de uma frase de Platão …
“A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres
igualmente ciosos da felicidade um do outro. ”
Então você olha para essa frase, acha interessante, porém acredita que está em
uma linguagem muito, digamos, “rebuscada”!
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E qual é seu:
PÚBLICO-ALVO: ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL –
7º ANO
Tendo em vista o público-alvo, realmente acredito que esta linguagem não
esteja muito adequada a um “envolvimento” maior com o tema por parte dos
jovens, você não acha?
Entendendo melhor seu público:
IDADE: 12 – 13 anos
PERÍODO DE VIDA: adolescência
PESQUISA: bem aqui, fiz uma pesquisa sobre amizade entre o
público adolescente (o que pensam, como se comunicam,
atitudes) e compartilho com você este link que achei bem
interessante. Fiz essa pesquisa para mostrar um caminho inicial
quando temos que fazer uma apresentação: pesquisa sobre como
o tema está envolvido de acordo com o público-alvo da
apresentação (veja em anexo a pesquisa ou acesse o endereço):
http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/176.%2
0a%20amizade%20dos%20adolescentes.pdf
Eu poderia incluir infinitos links aqui, mas acredito que aqui temos um material
interessante de pesquisa para uma breve apresentação, como será a nossa.
Para outras apresentações, é fundamental que você procure diversas fontes
(confiáveis e de referência), para que possa apresentar uma conclusão com
rico embasamento.
PROBLEMÁTICA LEVANTADA: a escola diagnosticou que há um
ambiente mais hostil, ultimamente, entre os adolescentes deste período escolar
e pediu ajuda com a palestra.
ENTÃO O …
OBJETIVO DA APRESENTAÇÃO: é levar os adolescentes a mudar a
perspectiva em relação à amizade, percebendo sua importância para as
relações pessoais mais saudáveis.
Aqui vocês podem observar que, a partir de um problema levantado, seguimos
com o objetivo da nossa apresentação.
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TEMPO PARA A APRESENTAÇÃO: 5 minutos (divida seu tempo
assim: 3 minutos para a apresentação + 2 minutos para a troca de ideias –
lembre-se da importância de gerar a interatividade)
MÃOS À OBRA …
1ª ETAPA DA APRESENTAÇÃO - Informações
PESQUISA: Levante todas as informações necessárias através da pesquisa
(pelo link sugerido).
Lembrando …
Você tem que partir da frase do Platão para conduzir a
apresentação:
“A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres
igualmente ciosos da felicidade um do outro. ”
E o que isso quer dizer?
AMIZADE = 2 PESSOAS (QUE TÊM MUITO CARINHO E ZELAM
CUIDADOSAMENTE PELO BEM-ESTAR UMA DA OUTRA)
O que é predisposição? É uma tendência “natural” para algo …
Afinal, o que Platão nos ensina com essa frase?
Que as pessoas, naturalmente, sentem a necessidade de compartilhar carinho
e afeto entre si. E essa necessidade gera a amizade.
Próximo passo …
CONSTRUÇÃO DO CONTEÚDO (DISSERTAÇÃO): Agora, munido (a) das
informações necessárias, você irá construir um texto separando os pontos,
como se estivesse escrevendo um artigo (você tem apenas 5 minutos para a
apresentação, então seu texto deve ter, no máximo, 1 página. Por exemplo:
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- Comportamento do adolescente;
- Formas de comunicação;
- A amizade na adolescência … e assim por diante;
Depois do texto pronto …
2ª ETAPA DA APRESENTAÇÃO - estruturar informações em
uma ordem lógica
CONSTRUÇÃO DO ROTEIRO: Uma vez separados os pontos, você pode agrupá-
los em blocos de parágrafos. Isso lhe dará uma maior visibilidade do todo e das
partes. Irá orientá-lo melhor na construção da “linha de raciocínio”. Lembrando
do nosso exemplo ...
Agora você pode abrir os slides em branco do Power Point (ou trabalhar as
folhas A4) e acrescentar um parágrafo a cada slide, como se cada slide fosse
uma cena da história que você quer contar.
Agora, transforme seu parágrafo, conforme a dica abaixo …
DICA:
Em cada slide, lembre-se de utilizar a palavra, “PORTANTO” para ajudá-lo (a) a
criar uma lógica para facilitar o raciocínio e evitar os esquecimentos. Veja
novamente o exemplo no slide do curso que fala sobre a 2ª etapa. Essa ainda
não é a sua apresentação final, ok?
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3ª ETAPA DA APRESENTAÇÃO - levando as pessoas à Ação!
CONSTRUÇÃO DA APRESENTAÇÃO: Em cada slide, nesse momento, pense em
como você pode criar uma linha narrativa. Há potenciais imagens que podem
substituir um bloco de palavras? O que mais vai chamar a atenção do público?
Uma imagem, uma frase, ou talvez, uma imagem + uma frase?
Não se preocupe, nesse momento, com a quantidade de slides e de conteúdo.
Bem, para ilustrar, veja a imagem abaixo:
Portanto …
Portanto …
Portanto …
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Siga esses passos e, nesse momento, comece a “cortar” conteúdos que você
percebe que não são necessários ou que podem sem simplificados em
conceitos mais objetivos. Conforme for construindo sua apresentação, imagine
que está apresentando e conte o tempo:
Divida sua apresentação em (imagine um bolo de aniversário):
- Abertura: imagine que esta é a “visão” do lindo e saboroso bolo sobre
a mesa – ela é atrativa? … (pense em algo: uma imagem, uma frase) que
tenha a “linguagem” deles e esteja relacionada à amizade. É justamente
nos instantes iniciais que você conseguirá, ou não, chamar a atenção
desse público; (30 segundos)
- Desenvolvimento: pense nessa fase como o “recheio” do seu bolo.
Tem que ser um momento “saboroso” e “envolvente”. É a história
(narrativa) que você irá contar. É o pegar seu público pela mão e seguir
para uma jornada de novas descobertas. Aqui você pode ter, por
exemplo, um herói (uma amizade real – que é a da frase do Platão)
lutando com um vilão (o ficar muito alienado no mundo virtual, sentir
solidão). Quanto mais você estudar suas pesquisas, mais ideias de
conteúdo irão surgir. (2 minutos)
- Fechamento: Este é um momento “chave” da sua apresentação. Se
pensarmos no bolo de aniversário é aquele momento em que você fala:
“quero mais”! É no fechamento que você incita as pessoas à AÇÃO! Ou
seja, ao próximo momento que é a troca de ideias. Você poderá, por
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exemplo, encerrar com uma frase ou uma pergunta (ou talvez, as duas).
(30 segundos)
- Troca de ideias: neste momento, o envolvimento deve estar no ápice.
Agora você passa para um papel de “mediador” dos debates. Você pode
utilizar um quadro branco ou flip-chart para marcar pontos levantados
pelo público, ou pode utilizar esse momento para criar um jogo ou um
quiz. (2 minutos)
Recomendação: para uma apresentação de 5 minutos, para um público
adolescente (que normalmente tem facilidade em dispersar a atenção),
então tem que ser bastante objetivo e, ao mesmo tempo envolvente para
manter a atenção, é indicado, no máximo, 3 slides;
Divirta-se!!!
- Neste capítulo estamos falando sobre “enfrentamentos”, e sabemos que
quanto mais treinamentos, mais chances temos de melhorar nossas
apresentações. Então que tal, montar essa palestra e sugerir apresentá-la em
alguns colégios?
- Se você tiver filhos ou sobrinhos adolescentes, poderá montar um evento e
juntar familiares e amigos. Faça alguns petiscos gostosos e será muito
divertido e de grande aprendizagem;
- Você também pode utilizar esse roteiro e criar outras apresentações de temas
de seu interesse e de seu convívio social e profissional. Participa de algum
grupo religioso? Ou talvez, você possa falar sobre algum tema interessante
para o pessoal do trabalho …
- Não tenha “melindres”. Não somente aceite as críticas, como se antecipe a
elas. Ao finalizar sua apresentação, pergunte – separadamente – a algumas
pessoas o que acharam. Se for no trabalho, peça a opinião sincera de colegas e
superiores. Se for entre familiares e amigos, também. No caso de
apresentações em outros locais, você pode fazer um formulário (de uma
página), para que as pessoas possam avaliar seu conteúdo;
O importante é: PRATICAR!!!
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Exercício 2 - Planejamento para um processo seletivo Mudando sua mentalidade de “entrevistado” para um “solucionador de Problemas”
Público-Alvo (quem é o entrevistador?)
Dores (possíveis problemas pelos quais a área está passando e precisa de um profissional como você para resolvê-los)
Expectativas (solução dos problemas identificados): quais as expectativas do entrevistador sobre a solução dos problemas da área? Objetivo (qual o objetivo da sua apresentação?): mostrar que você é a pessoa certa para solucionar os problemas. Qual o seu diferencial em relação aos outros candidatos:
Escolha “Qualidades” suas … (escreva aqui sem se preocupar com a quantidade. Pense em suas qualidades que lhe levam a entender que você tem todos os benefícios para atender às expectativas do público). Coisas que você sabe sobre você e coisas que as pessoas falam de você.
Agora é hora de “segmentar” suas habilidades comportamentais e técnicas
Comportamentais Técnicas
Se você precisar fazer uma apresentação sobre você, como ficaria … Monte uma apresentação criativa explanando sobre suas qualidades, dentro dos 5 princípios da Comunicação Persuasiva, explicados abaixo
Comunicação CONCISA
Comunicação OBJETIVA Comunicação ENVOLVENTE
Comunicação ASSERTIVA
Comunicação INSPIRADORA
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Exercício 3
Plano de análise e desenvolvimento de carreira
Este é um exercício bônus para reflexão
Nome: ______________________________________________________
Empresa: ____________________________________________________
Cargo: _______________________________________________________
Data: ___ /____ /________
1) Pense sobre o momento atual de sua carreira - pense em seu plano de
carreira. Escreva:
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Você está plenamente realizado (a)? sim não
Em uma escala de sentir-se realizado (a) de 0 a 10, qual a sua nota? _______
Se deu nota abaixo de 7, marque um “x” e reflita sobre o que está escrito e
complete os quadros em branco com suas percepções.
Assinale as alternativas que você acredita que correspondem às suas atitudes
e complete os quadros com outras atitudes que você considera como “zona de
conforto” ou “zona de confronto”
32
Zona de Conforto ou Zona de Confronto
Não estou plenamente satisfeito
com meu trabalho atual, mas também
não tenho feito nenhum movimento
para melhorar.
Não estou plenamente satisfeito com
meu trabalho atual, mas tenho feito coisas
para melhorar, procuro encontrar um
sentido diferente para meu trabalho.
Tenho mais reclamado do que
pensado em mudanças.
Sinto que a mudança faz parte do
processo, então acabo antecipando-me e
propondo novas soluções.
Existem coisas que tenho que me
conformar e pronto.
Sou um eterno “inconformado” - no bom
sentido, é claro! Acredito que esse
comportamento faz com que eu venha a
atingir novos patamares.
2) Você “realmente” sabe aonde quer chegar em sua carreira?
sim não talvez
Se respondeu sim. Onde quer chegar e em quanto tempo?
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O que pretende fazer para alcançar?
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Se respondeu não. Por quê?
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Se respondeu talvez. Por quê?
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3) Na sua área de trabalho, você é empregável?
Ser empregável:
1) Você é chamado, pelo menos, 2 vezes por mês para processos
seletivos? Para vagas boas, realmente dentro do perfil que você
busca?
2) Seu currículo está disponível para o mercado?
3) Você faz a gestão diária de sua rede de relacionamentos?
4) Você participa de eventos para networking?
sim não preciso melhorar
O que você acredita que precisa melhorar para ser mais empregável?
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34
4) Você tem um plano de carreira ou uma carreira de empregos?
Ter um plano de carreira é ter uma “visão” de onde quer chegar, ter um
planejamento detalhado e escrito, ter uma data e “dead lines” bem definidos
e, principalmente mensurar periodicamente os resultados obtidos.
Uma carreira de empregos, é permanecer menos de 1 ano em cada
empresa.
Tenho um plano de carreira bem planejado
Tenho uma ideia de onde quero chegar, mas nada ainda estruturado
Tenho uma carreira de empregos
Justifique sua alternativa:
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5) Seu currículo atende prontamente às necessidades das empresas?
Ele é somente um cartão de visitas ou realmente traz as soluções que as
empresas buscam?
Ao montar um currículo, precisamos pesquisar outros currículos,
observando como as pessoas estão se “vendendo” e, também pesquisar
as vagas que nosso perfil atende, a fim de verificar quais as
competências técnicas e comportamentais são mais demandadas.
sim não em partes
Justifique:
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6) Nas mudanças no ambiente corporativo, você sabe realmente lidar com
elas?
sim não Por quê?
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7) Em sua carreira, se reconhece “gaps”, onde você acredita que errou?
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8) O que você precisa fazer para melhorar?
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9) O que te move?
O que dá “brilho” em seus olhos? Neste momento, pode ser seu atual
trabalho ou algo que você sonha em fazer.
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10) Pense e escreva em sua missão “momentânea”.
Chamamos de “missão momentânea” aquilo que faz parte de nosso
trabalho atual. Por exemplo, em nosso processo de trabalho, temos
coisas burocráticas para executar, e que geralmente não gostamos e
nos desmotivam. Mas, temos também, algumas coisas que nos
oferecem satisfação. Pense sobre essas coisas no seu trabalho do dia-
a-dia e como você poderia potencializar resultados através delas.
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Aula 3
Mente sob controle
38
Quem já não passou pela situação de estar diante de uma plateia e começar a
imaginar coisas surpreendentes? Para piorar, na maioria dos casos, esses
pensamentos são negativos ou sobre o que essas pessoas estão pensando a
respeito do que está sendo dito.
Muitos de nós já passamos por isso! No entanto, se não tomarmos as rédeas
de nossos pensamentos, isso se tornará um ciclo cada vez mais vicioso e
pernicioso para o sucesso de qualquer tipo de apresentação, desde pequenas
reuniões até apresentações para públicos maiores.
Esses pensamentos, que na arte de falar em público chamo de “CONVERSAS
PARALELAS DA MENTE”, são as gotas de veneno que matam paulatinamente
nosso equilíbrio emocional e minam nosso autocontrole. Dessa maneira, gera
esquecimentos (o famoso “deu branco”), medo da crítica, autocrítica negativa e
anula nossa capacidade natural de comunicação em responder claramente aos
questionamentos que venham a surgir.
E o que desencadeia esses pensamentos? Bom, podemos começar por uma
pessoa na plateia que parece demonstrar uma expressão de não estar gostando
do que falamos. Aí começamos a fantasiar inúmeras possibilidades,
principalmente a de que a apresentação está sendo um fracasso. Aí vem a
desconcentração, seguida dos esquecimentos. Infelizmente, a tendência da
grande maioria das pessoas está em imaginar sempre o lado negativo das
coisas.
“Frequentemente é necessária mais coragem para ousar fazer certo do que
temer fazer errado. ” (Abraham Lincoln)
39
Então pergunto: por que não pensar que esta mesma pessoa talvez esteja
passando por algum problema, algum momento ruim e por isso expressa uma
feição não muito feliz? E aí o problema não está em sua apresentação. Ou
talvez, realmente a pessoa não esteja gostando do que você diz ... mesmo
assim, o problema pode não estar em sua apresentação. Temos que ter
consciência de que as pessoas têm convicções diferentes entre si. E a partir do
momento que considero e assimilo isso, sei que nem sempre posso agradar a
todos. Isso é uma questão de auto respeito, e me reporta imediatamente ao
equilíbrio emocional e à segurança em falar em público.
Uma técnica para tirar a “prova dos nove” é conversar com essa pessoa. Isso
mesmo! Nessas situações nossa tendência é fugir, mas eu lhe convido a
enfrentar. Dale Carnegie tem uma frase que cabe perfeitamente nessa
situação: “Enfrente aquilo que mais teme e seu medo irá se derreter”. Pegue um
gancho em sua apresentação e faça perguntas à plateia. Dirija-se a algumas
pessoas que parecem demonstrar mais conexão com o que você está
apresentando e depois a essa pessoa. Veja a reação dela. Isso certamente lhe
dará mais segurança emocional em ambos os casos: ela estar concordando ou
não com o que está sendo exposto.
O que eu sinto é uma questão de ESCOLHA MINHA, e não de
CIRCUNSTÂNCIAS DE VIDA. Se deixo me levar pelo medo e pela insegurança,
crio mais medo e insegurança, e deixo de construir sentimentos de segurança e
autocontrole. É uma questão de escolha e não de destino.
40
Falar em público com equilíbrio emocional e desenvoltura pode ser adquirido
com treino, muito treino, técnicas corretas e estratégicas. Os atletas querem
vencer e treinam assiduamente. Os atores ensaiam exaustivamente antes da
estreia. Então, por que achamos que podemos estar à frente de uma reunião ou
de uma apresentação sem nos preparar? Isso é loucura!
Nos preocupamos tanto em nos alimentar de coisas saudáveis. E por que?
Porque sabemos que a saúde de nosso corpo é proporcional à qualidade da
comida que ingerimos. Portanto, preocupe-se cada vez mais com a qualidade
de seus pensamentos, pois são deles que nascem as suas emoções, e como
você as administra, te guiam e te conduzem ao fracasso ou sucesso da
performance de suas apresentações!
E quando falamos em GESTÃO DAS NOSSAS EMOÇÕES, não posso deixar de
citar essa frase de Freud ... medite sobre ela:
“O pensamento é o ensaio da ação. ” (Freud)
Como comunicóloga, posso lhe afirmar: falar em público não é um dom para
poucos. É uma habilidade a ser desenvolvida e para MUITOS. Em algumas
pessoas existe uma predisposição que pode ser associada a alguns fatores:
Crescimento em um ambiente favorável ao desenvolvimento da
comunicação;
Participação constante em eventos que retroalimentam a boa
comunicação: um curso de teatro, por exemplo;
Um menor número de experiências negativas ou menos impactantes;
41
Pessoas que gostam de solucionar problemas: geralmente são pessoas
que tomam à frente em determinadas situações;
Enfim, poderíamos classificar um tanto de outras experiências, mas a
mensagem que quero deixar aqui é que, como professora de oratória já tive a
grata resposta de muitos de meus alunos que conseguiram superar seus
medos de uma forma surpreendente. Assim, a DETERMINAÇÃO e a
perseverança são irmãs gêmeas da conquista. Querer é realmente poder.
Quando queremos algo com determinação, essa energia concentrada produz
uma emoção tão forte que, como não poderia deixar de ser, transforma-se em
um potencial resultado.
Entre meus alunos, tanto das turmas abertas, quanto dos treinamentos in
company e aulas de MBA, tenho:
Alunos de graduação
Executivos / Líderes em empresas de pequeno, médio e grande portes
Profissionais das mais diversas áreas das empresas: assistentes,
analistas, consultores, supervisores, trainees, entre outros
Profissionais com formação mais técnica: engenheiros, profissionais de
TI, financeiro
Advogados;
Pastores evangélicos;
Políticos
Profissionais de Vendas;
Empresários;
Profissionais liberais;
Entre muitos outros;
Entre esses alunos, tivemos muitas situações difíceis: choros, apreensão,
vontade de desistir, sentimento de incapacidade. Mas eu lhes pergunto: qual foi
o fator determinante para vencerem seus medos? Eles se determinaram a isso.
Não fugiram de seus desafios. Existem vários exercícios para ajudar a controlar
o medo de falar em público, mas vocês sabem qual é a melhor maneira de gerir
esse medo?
42
FALANDO EM PÚBLICO
Pois ...
“O bravo não é quem não sente medo, mas quem vence
esse medo. ” (Nelson Mandela)
Veja o exemplo de uma de minhas alunas. Aqui usarei um nome fictício para não a colocar em exposição: Situação: Carla, consultora de negócios de uma grande rede varejista Em sua primeira apresentação na aula, Carla entrou em
pânico e chorou copiosamente. Retornou ao seu lugar.
Pensou em desistir. Mas algo falou mais alto. Quis
acreditar em seu potencial. Veja o que eu escrevi: QUIS
ACREDITAR. Ela ainda não acreditava, mas já começou a utilizar o poder do
pensamento dirigido. Querer algo é um grande primeiro passo. Caminhou para
sua segunda apresentação, agora um pouco mais confiante, mas ainda
trêmula, começou a balbuciar as primeiras palavras. O esquecimento veio, mas
desta vez, preferiu continuar lá de pé. Fechou os olhos, respirou fundo e
recomeçou. Ainda não conseguia encarar seu público, mas conseguiu conduzir
seu pensamento. Em sua terceira apresentação na aula, Carla já dava os
primeiros passos de autoconfiança. Por que se acostumou com os colegas de
classe? NÃO!!! Em absoluto!!! Porque passou a perceber que podia controlar
suas emoções e dirigir suas imagens mentais.
QUAL A
MELHOR
MANEIRA DE
ADMINISTRAR
O MEDO DE
FALAR EM
PÚBLICO???
RESPOSTA:
FALANDO EM
PÚBLICO !!!
43
Depois de 1 mês finalizado o curso, Carla me enviou um e-mail com a seguinte
mensagem: “Professora, estou tão feliz. Muito obrigada por tudo! Estava há 2
anos com um projeto na gaveta, sem a coragem de apresentá-lo à minha
diretoria. Criei coragem e montei uma apresentação. Eles gostaram tanto que o
projeto será implantado nos próximos meses! ”
Isso foi um milagre? NÃO!!! Isso foi o resultado da persistência e da
determinação de Carla em primeiro QUERER e depois aplicar o método. Ela
estava aplicando essa aprendizagem não somente durante as aulas, mas
começou a implementar em seu comportamento no dia-a-dia. E isso foi
fundamental para o sucesso de Carla em falar em público.
Tenho muitas histórias de meus alunos. Escolhi esta em especial, pois tenho
certeza de que muitos de vocês, provavelmente, já passaram por uma situação
parecida. Pense: quantas oportunidades você já perdeu? Muitas
conscientemente e outras que talvez, nem saiba. Lembre-se: as pessoas têm
uma percepção nossa a partir de nosso comportamento e nossas atitudes (ou
não atitudes). Eu já presenciei a dúvida de um gestor em promover um analista
para supervisão. Ele tinha duas opções. Um deles, na minha opinião, estava até
mais preparado tecnicamente para o novo cargo, mas o gestor acabou optando
pelo segundo. Sua argumentação foi a seguinte (exatamente como foi falado,
somente suprimindo os nomes): “o fulano tem muito conhecimento, mas não
tem uma boa comunicação, me parece meio travado, não sei. Para o cargo,
precisa ter bom relacionamento e mais atitude e nisso ele me parece fraco. Já
o outro não tem tanto conhecimento técnico, mas certamente terá muito mais
desenvoltura. Depois mando para um treinamento do produto e tudo fica
resolvido. ”
44
Grifei o termo “ele me parece” para acentuar que as pessoas têm percepções de
nosso comportamento, às vezes são reais, às vezes nem tanto. Mas aqui o
importante é que precisamos estar atentos ao “código” que estamos
transmitindo às pessoas. Quais são seus códigos? Eles estão alinhados com a
imagem que quer transmitir? Já parou para pensar em como as pessoas
realmente lhe enxergam? Quais as oportunidades que provavelmente já
perdeu?
Ah! Outro ponto importante a comentar: na maioria das vezes, o público não
percebe seu nervosismo ou, pelo menos, não percebe na intensidade que você
estava calculando durante sua apresentação. Veja um teste que você pode
fazer e se desarmar. Isso mesmo! Vamos lá ...
O importante nesse texto é que você perceba que seu medo de falar
em público é do tamanho da sua imaginação. Ele não tem um
tamanho real, pois ele é um medo psicológico. Se você realmente se
determinar a vencer essa etapa, com as FERRAMENTAS e ESTRATÉGIAS
apresentadas nesse treinamento, com certeza, você terá um
RESULTADO EXCELENTE.
45
Em uma reunião ou apresentação na empresa ou
em alguma ocasião social, peça a dois ou três colegas para fazer uma análise
de sua performance. Mas combine antes que falem o que realmente
perceberam. Deixe claro que não haverá melindres e que você está firme em
um propósito de trabalhar sua oratória.
Assim, as pessoas ficarão mais tranquilas ao avaliá-lo. Deixe claro que as
outras pessoas que estiverem no local, não deverão saber, pois isso deixará o
ambiente mais natural. Se possível, peça que eles se posicionem de uma forma
que também percebam a reação do público.
Outro fator relevante: saiba como “moldar” seus pensamentos. Tenha em
mente que essa avaliação será para ajudá-lo a ser tornar um melhor orador,
deixe as preocupações de lado. Procure sentir-se à vontade com a avaliação e
pense como isso será útil para seus próximos passos, ok?
Outra coisa, se o ambiente permitir, é interessante você pedir para alguém
filmar sua apresentação (com o celular mesmo), pois depois você poderá
comparar a avaliação de seus colegas, com suas próprias percepções. Para
facilitar, crie um formulário com os pontos que você gostaria que fossem
analisados e entregue aos avaliadores. Segue um exemplo:
FAÇA ESTE TESTE PARA
AJUDÁ-LO EM UMA
AVALIAÇÃO DE
PERFORMANCE
46
ANÁLISE DO APRESENTADOR
CONTEÚDO RELEVANTE 0-5 6-8 9-10
Fale sobre suas percepções:
POSTURA (condizente ao público) 0-5 6-8 9-10
Fale sobre suas percepções:
ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO
(manteve a atenção das pessoas) 0-5 6-8 9-10
Fale sobre suas percepções:
PASSOU SENSAÇÃO DE NERVOSISMO 0-5 6-8 9-10
Fale sobre suas percepções:
GESTOS (mãos, movimentos)
(Excessivos, poucos, adequados)
0-5 6-8 9-10
0-5 para excessivos / 6-8 para poucos / 9-10 para
adequados (ritmados)
É melhor que haja pouco movimento a
movimentos excessivos
Fale sobre suas percepções:
VOZ (baixa, alta, ritmada)
0-5 6-8 9-10
0-5 ou 6-8 para voz baixa ou alta / 9-10 para
adequados (ritmados)
Fale sobre suas percepções:
FINALIZAÇÃO
Terminou com uma mensagem
relevante, convidando para uma ação?
0-5 6-8 9-10
Fale sobre suas percepções:
47
Este é um modelo simples para uma pequena avaliação, porém para início, já
ajudará muito. Aqui há pontos que não serão abordados com profundidade
neste treinamento (estrutura da apresentação, estilos de comunicação,
performance, voz), mas não se preocupe, estou montando uma série completa
de treinamentos que irão abordar com grande relevância todos esses aspectos
das técnicas de apresentação.
Agora, podemos também elaborar um formulário para seus amigos analisarem
a reação do público:
ANÁLISE DO PÚBLICO
MANUTENÇÃO DA ATENÇÃO
O público ficou mais tempo
distraído – celular ou outros – ou
mais focado na apresentação)
muita distração
o normal, devido às múltiplas atividades
bastante focados
Fale sobre suas percepções:
PERGUNTAS / QUESTIONAMENTOS
As pessoas se manifestaram?
Fizeram perguntas ou
questionamentos?
não houve pergunta
algumas (poucas)
o público se manifestou bastante
Fale sobre suas percepções:
CRÍTICAS
As pessoas se manifestaram?
Fizeram críticas às colocações do
apresentador?
não houve crítica
algumas (poucas) não concordaram o público se manifestou bastante
Fale sobre suas percepções:
REAÇÃO ÀS CRÍTICAS
Qual foi a postura do apresentador?
Como ele reagiu?
com desconforto
demonstrou um pouco de desconforto, mas
conseguiu administrar
debateu tranquilamente
Fale sobre suas percepções:
48
Bem, com essas percepções, você poderá iniciar uma jornada em analisar seus
pontos fortes na comunicação e os pontos que precisará desenvolver e ...
RAPIDAMENTE!!! Em nossos próximos treinamentos, vamos trabalhar ponto a
ponto. Agora, deixo algumas dicas bem interessantes para ajudá-lo na gestão
de sua ansiedade:
DICAS IMPORTANTES:
1) No início da apresentação, é um momento de maior tensão. Mas agora
você já sabe que, se controlar seus pensamentos e realmente se
preparou para aquele momento, em poucos minutos você vai se
acostumando com a situação. Então, pelo menos, nesses “novos”
primeiros passos como apresentador, programe o início para que você
tenha moderação na intensidade da voz e também nas gesticulações. Vá
ganhando terreno primeiro. Vá se acostumando e gostando do
momento.
2) Não inicie logo seu tema. Aproveite os momentos iniciais para
cumprimentar as pessoas, agradecer a oportunidade e com isso já vai
trabalhando sua gestão emocional.
3) Respiração: uma técnica que ajuda bastante a acalmar os batimentos
cardíacos e a oxigenar o cérebro. Procure fazer sempre que estiver em
uma situação de tensão: inspire profundamente, segure alguns
segundos e então expire calmamente. Faça isso algumas vezes, até
sentir que você está assumindo o controle novamente. Acalmando os
49
batimentos cardíacos, você terá a sensação da gestão emocional e
oxigenando seu cérebro, suas ideias estarão bem mais organizadas.
Porém, você poderá fazer esse exercício longe do microfone e não na
presença do público. Procure fazer momentos antes de iniciar. Uma
estratégia:
Vou aqui contar uma situação que ocorreu comigo. Mesmo com certa
experiência em falar em público em diversas situações, há cerca de três
anos, ao subir ao palco para fazer uma palestra, comecei a sentir um
grande descontrole (era uma época em que estava passando por alguns
problemas pessoais e isso também impacta em determinadas fases).
Bem, tentei os controles iniciais, mas não adiantou o quanto eu queria,
então minha estratégia foi a seguinte: falei que antes de iniciar, queria
muito que a “fulana” (a pessoa que me convidou), subisse ao palco, pois
ela é a responsável pela organização desse evento maravilhoso! Fiz
como uma forma de homenageá-la.
Bem, nesse momento, consegui me separar do microfone e enquanto a
moça fazia a abertura, eu fiz a técnica de respiração. E deu tudo certo!
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4) Outra dica legal é chegar antecipadamente ao local, principalmente se
for um público que você não conhece. Receba as pessoas,
cumprimentando e agradecendo a presença. Procure com alguns que
estiverem sentados na frente, já iniciar uma pequena conversa. Isso
ajudará muito quando iniciar a apresentação. Mantenha contato visual
com essas pessoas, por um pouco de tempo. A sensação será de que já
conhece essas pessoas e o ambiente se tornará mais aconchegante e
familiar.
5) Para eventos menores, um curso aberto ou mesmo in company, costumo
enviar um e-mail para os participantes, me apresentando, falando do
quanto estou alegre pela oportunidade, passando brevemente o objetivo
do nosso encontro e os pontos principais que serão vistos. Isso também
ajuda na sensação de que você já teve um primeiro contato com essas
pessoas e na hora presencial, a carga emocional fica menos tensa.
Para finalizar esta aula, novamente deixo a mensagem: a prática leva à
perfeição, ou pelo menos, leva à melhoria contínua, certo? Quanto mais você
realizar apresentações, reuniões ou outras atividades de comunicação, seus
medos, ansiedades e autocrítica diminuirão de uma maneira bastante
confortável.
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E, não se esqueça:
“A maior arma contra o estresse é nossa habilidade de escolher um
pensamento ao invés de outro. ” (William James)
A Escolha é SUA!!!
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+ 5 DICAS
Para ajudar na
GESTÃO EMOCIONAL
“Aprender a administrar o medo e a ansiedade ao falar em público é uma das
maiores fontes de liberdade que podemos conquistar. ” (Van Marchetti)
53
Como já disse anteriormente, nossas atitudes são reflexos de nossas emoções
ativadas por nossos pensamentos. Assim:
Evidentemente você tem que ser realista. Se for para uma apresentação sem
preparo, sem conhecer detalhes do público e sem se aprofundar no
conhecimento do tema, certamente você terá muitos motivos para sentir
apreensão e ansiedade.
Por outro lado, se você seguiu as dicas, estratégias e exercícios aqui propostos,
você não terá motivos para manter uma autocrítica negativa. Lembrando:
54
A autocrítica negativa, como já dissemos, pode ser combatida quando você se
coloca em uma nova posição: a posição de não se lamentar e partir para a
mudança. Quando você encara DE FRENTE, os pontos que você precisa
desenvolver, tudo fica mais fácil e a vitória sorrirá para você.
Vamos a 5 dicas fundamentais para administrar seus conflitos INTERNOS:
1) Você escolhe em que focar seu pensamento: nos momentos ruins ou
nos momentos bons. Se escolher os bons, estará já colocando sua
mente em uma posição de sucesso;
2) Quanto ao seu tema: deixe-se envolver pelo assunto. Explore ao máximo
todas as vertentes. Pesquise, busque informações relevantes e
curiosidades. Pense, verdadeiramente, em como sua apresentação irá
fazer o diferencial na vida das pessoas;
3) Não aceite os pensamentos negativos. Eles não levarão você a um
objetivo concreto. Faça a pergunta: por que estou pensando isso? O que
isso irá me trazer de benefício? Lembre-se do exercício MIND
DIRECTION. Repita-o diversas vezes ao dia.
55
4) Seus questionamentos internos precisam ter um fundamento real e não
INAGINÁRIO. Por exemplo: “será que esse tema é apropriado? ” “Será
que o público irá se interessar? ” Ao invés de sentir-se tentado a mudar o
tema, imediatamente responda: “qual o grande interesse que move o
meu público? ” Então revise seu conteúdo, inclua novas informações,
exclua o que estiver sobrando, reorganize o roteiro ... enfim ... utilize os
diálogos internos como fatores motivadores para você aperfeiçoar sua
apresentação. E lembre-se: APERFEIÇOAR é bem diferente de
PERFECCIONISMO. Sinceramente não vejo isso como uma qualidade,
mas sim como algo que deve ser minado de suas apresentações. O
perfeccionismo somente leva o apresentador a nunca estar satisfeito
com sua mensagem e isso, meus amigos, é transmitido ao público
durante sua apresentação. Nada pior do que assistir a uma
apresentação em que o apresentador não se sente seguro com suas
informações.
5) AUTOCONFIANÇA: não é mágica. É trabalho para moldar sua
personalidade. A autoconfiança é tão poderosa, que transmite esse
sentimento nas pessoas. Uma pessoa autoconfiante tem suas opiniões
respeitadas, mesmo por quem pensa ao contrário. Afinal, as pessoas
não precisam pensar como você, mas respeitar e até admirar seu ponto
de vista é o máximo, não é mesmo?
Em nossas aulas presenciais, sempre coloco exercícios práticos, para que
meus alunos façam apresentações. É claro que, no início, não é uma situação
nada confortável, mas a ideia é driblar a emoção negativa. Isso mesmo! Mas
como?
56
MINTA PARA O SEU MEDO
Lembra-se de quando falamos sobre a forma de agir da mente? Ela não
distingue uma situação real de uma imaginária. Se você disser a ela: “estou em
perigo”, a produção de adrenalina será torrencial e os sintomas das
tremedeiras irão vir em cascata. Então finja que não está com medo ou
ansiedade. Não dê atenção a isso. Eu sei que no princípio isso parece
impossível, mas no decorrer do tempo, isso vai ficando natural. Periga até
desaparecer! Mas não deixe isso acontecer. Um pouco de medo é muito bom
para deixá-lo atento a situações de improviso.
Então, voltando aos meus alunos, que maravilha! Eles fazem a apresentação e
quando terminam falam: “nossa, estava tão nervosa! ”, e os colegas rebatem:
“sério? Nem deu para perceber, sua apresentação foi tão legal! ”
E é justamente isso o que acontece na maioria das vezes. Pense nisso!
Onde você concentra atenção, você concentra
poder.
57
Exercício 4
Respiração
ORIENTAÇÕES
1) Procure ficar em um estado de relaxamento;
2) Depois comece “inspirando profundamente” e segure a respiração por
cerca de 30 segundos;
3) Logo após, comece a expirar “lentamente”;
4) Repita esse processo por cerca de 3 vezes;
5) O exercício levará cerca de 3 minutos no total;
6) Você perceberá que seus batimentos cardíacos ficarão mais
compassados e a sensação de ansiedade tende a ser reduzida;
7) Esse exercício poderá ser realizado sempre que você vivenciar alguma
situação de stress. Mas também, se for realizado com frequência, você
entrará em um estado de tranquilidade mais rápido, frente a situações
desafiadoras.
58
Exercício 5
Teste de comunicação Suas habilidades de Comunicação ao falar em público
Este é um teste para você mensurar suas habilidades de comunicação ao falar em público. No final do teste, você terá um gabarito, com análise de seu perfil. Bem, vamos ao teste. Por favor, escolha às questões NÃO como você acredita que deveria ser, mas SIM, como você REALMENTE se sente e age nas situações de exposição pública. Um ótimo teste para você!!! Circule a letra que corresponde à sua atitude:
1) Ao estar diante da situação de uma apresentação corporativa, comercial, reunião,
ministrar um treinamento, fazer um seminário, palestra ou outra em que esteja em
exposição, como se sente?
A. Sinto-me em um estado emocional controlado
B. Sinto-me em um estado emocional, relativamente tenso (a), mas consigo ter
controle
C. Sinto-me totalmente nervoso (a) e com grande descontrole emocional
2) Quando você é chamado para fazer uma apresentação corporativa ou comercial,
tem que organizar uma reunião ou ministrar um treinamento / seminário, qual a
sua atitude?
A. Antes de começar a desenvolver o conteúdo, analiso com muito cuidado perfil do
público, buscando principalmente em atender às expectativas dos mesmos
B. Não faço uma preparação dentro de um processo organizado, simplesmente utilizo
dos conhecimentos que já tenho e rascunho algo só para me direcionar um pouco
C. Eu realmente não me preparo adequadamente
“Durante toda a duração de sua vida é o medo que impede a extensão da
grandeza que poderia ser sua. ” (Eugene J. Benge)
59
3) Imagine uma situação em que não tenha conhecimento mais profundo sobre um
determinado assunto, porém recebe um convite e sabe que é uma oportunidade
interessante para sua carreira
A. Você pergunta sobre o prazo e somente confirma se houver tempo hábil para o
preparo, pois sabe que mesmo sendo uma ótima oportunidade, não pode correr o
risco de não atender às expectativas
B. Você aceita prontamente e depois “corre atrás” para se preparar
C. Você nem pensa sobre isso. Recusa imediatamente
4) Como você organiza sua comunicação para uma apresentação?
A. Independente de meu conhecimento, atendo públicos diferentes, então tenho que
reorganizar, o mesmo tema, para diversas situações
B. Se tenho um grande conhecimento sobre o tema, não faço alterações em minha
apresentação atual. Porém, faço alguns lembretes e vou levando minhas
argumentações
C. Minha apresentação já está montada. O público vai se adequando, afinal eu
detenho o conhecimento a ser transmitido
5) A apresentação ou reunião inicia, como você age?
A. Já treinei antes, durante o planejamento, qual será minha abertura
B. Não tenho consciência disso, nunca pensei. Acho que vou direto ao assunto. Início normalmente de acordo com os “ânimos” do ambiente e do público
C. Fico tão nervoso, que mesmo que tenha pensado em alguma abertura, esqueço
tudo e realmente, nem sei como começo geralmente
6) Durante a apresentação, você percebe que algumas pessoas se levantam e saem.
Qual a sua reação?
A. Mantenho a calma e passo a analisar com mais detalhes a reação das pessoas,
para que eu possa adequar melhor minha fala
B. Acho normal, afinal as pessoas têm outras coisas para fazer
C. Fico em Pânico, afinal estão detestando minha apresentação
60
7) Falando da reação das pessoas, como você administra a manutenção da sua
audiência?
A. Fico bem atento (a) às reações. Se perceber algo fora do esperado, já procuro
alterar os rumos da apresentação para manter o interesse
B. Falo exatamente o que levei para falar. As pessoas têm que ter educação e prestar
atenção, mesmo que não estejam interessadas
C. Se perceber que as pessoas não estão prestando atenção, começo a ficar muito
nervoso, não sabendo o que fazer
8) Quando você faz uma apresentação executiva, de vendas, acadêmica ou uma
reunião, qual o seu real objetivo?
A. Sempre planejo minha apresentação pensando no objetivo que quero atingir: ação
do público
B. O meu objetivo é que as pessoas prestem atenção e que tudo ocorra normalmente,
para que eu não precise buscar alternativas para manter a atenção das pessoas
C. Nunca pensei exatamente sobre isso. Acabo levando no “piloto automático” Monto
a apresentação e simplesmente executo
9) E como você termina sua apresentação?
A. O final é o ponto alto. Sempre planejo algo que irá fazer com que o público tenha
uma ação específica, de acordo com o objetivo da minha apresentação
B. Aprendi que tenho que deixar uma mensagem forte e impactante, mas nem sempre
encontro uma muito ligada ao assunto. Porém não deixo de colocar uma frase ou
uma música
C. Bem, termino agradecendo a oportunidade. É uma questão de educação
10) Como você trabalha sua performance para uma apresentação?
A. Eu treino bastante minhas expressões e minha voz, sempre de acordo com o
ambiente e o público e a mensagem que eu quero que seja apreendida pelas
pessoas
B. Eu nunca me preocupei com performance. Vou lá e apresento.
C. Eu “morro” de vergonha das minhas expressões e de parecer ridículo (a), por isso
procuro ser o mais contido (a) possível
61
11) Se você atua em uma área mais técnica e possui “jargões” próprios dessa área,
como administra seu vocabulário?
A. Dependendo do público, faço adaptações. Se for um público mais leigo, geralmente
utilizo outros recursos, como metáforas, por exemplo. Tudo muito bem planejado
B. Não faço adaptações na montagem da apresentação. Sempre utilizo a mesma.
Durante a apresentação, se percebo que a palavra é um pouco complicada, tento
buscar um sinônimo
C. Nunca me atentei a isso. Simplesmente falo, independente do público
12) Quando pensa no ritmo de sua fala, como ele se processa?
A. Tenho total consciência do ritmo da minha fala e vou conduzindo de acordo com a
mensagem que quero transmitir
B. Já me falaram que falo rápido demais ou devagar demais quando estou
apresentando, mas nunca fiz nada concreto sobre isso. Tento controlar
C. Tenho meu jeito de falar e se for ficar me preocupando com ritmo, acabo perdendo
o foco. Não acho que ritmo tenha muita relevância. O que importa é o conteúdo
13) Quando falamos de contato visual. Como é o seu durante uma apresentação?
A. Sei que é difícil encarar um público (olhos nos olhos), ainda mais dependendo do
nível de exigência. Mas, sei também que o contato visual é sinônimo de
credibilidade e segurança do que estou falando e o público sente isso
imediatamente. Por isso, insisto até me sentir confortável. Não desisto!
B. Olho para as pessoas, porém quando percebo algo errado, já vou sentindo um certo
incomodo que prejudica minha concentração. Mesmo assim, vou tentando me
equilibrar. Às vezes, dependendo do público, fica quase impossível
C. Tenho pavor de olhar para as pessoas e perceber que não estou agradando. Então,
nunca olho diretamente para as pessoas. Olho para um papel, para o slide, para a
parede, mas para as pessoas, definitivamente, não!
14) Se não estiver dirigindo uma reunião, mas somente participando, qual é o seu
comportamento?
A. Sempre se prepara com antecedência, pois sabe que é uma oportunidade para
apresentar alguma ideia e, no momento certo, “entra em cena” para contribuir
B. Não fala nada, mas mantém a atenção, pois se for chamado terá ciência sobre o
assunto. Prefere não se pronunciar, mas se tiver que participar, fica tranquilo (a)
C. Nem imagina a possibilidade de falar e fica “rezando” para não ser chamado
62
15) Quando pensa em seu estilo de comunicação, com qual você mais se identifica?
A. Acredita que consegue manter um equilíbrio entre ser objetivo e ter uma
performance um pouco teatral, assim vai dando ritmo à sua apresentação
B. Você é bastante “expressivo”, com gestos e grande teatralidade. Já lhe falaram
sobre isso, mas é algo tão natural que você não consegue controlar. Quando
percebe já está exagerando nas gesticulações
C. É objetivo e não entende que tenha espaço para “emoção”, durante na
apresentação
Muito bem! Agora você deverá colocar, no gabarito abaixo, a letra
correspondente a cada questão respondida. Veja o resultado no final!
GABARITO
NÚMERO DA QUESTÃO LETRA CORRESPONDENTE À SUA
RESPOSTA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
63
Marque seus pontos da seguinte maneira:
Cada letra A = 8 pontos - Cada letra B = 5 pontos - Cada letra C = 0 ponto
“Nunca deixe que nenhum limite tire de você a ambição da
Auto superação”
RESULTADO
86 a 120 pontos
EXCELENTE GESTÃO EMOCIONAL
PARABÉNS!!! Esse é o caminho. Evidentemente para você que já atingiu esse patamar é
muito importante saber que conhecimento nunca é demais e novas técnicas são sempre
bem-vindas.
A aprendizagem é constante!
Você tem todas as ferramentas para uma ótima apresentação sob controle:
• Planejamento e preparo: estuda o público e suas expectativas, faz as adaptações de
conteúdo necessárias, tem estratégias para a manutenção da audiência e pensa em um
fechamento que realmente levará as pessoas ao objetivo: a ação;
• Performance: Entende a importância da linguagem corporal no processo de
comunicação e por isso trabalha suas expressões e voz;
Continue assim! Uma dica importante para seu aprimoramento: Volte ao teste e veja as
questões em que você optou pelas letras B ou C. Esses são os pontos em que você
precisa melhorar. Nessas questões, analise a opção A como referência.
41 a 85 pontos
GESTÃO EMOCIONAL EM DESENVOLVIMENTO
VOCÊ ESTÁ NO CAMINHO!!! Parece que. Mesmo com certa tensão, você consegue manter
o controle em grande parte do tempo. Isso já é um bom avanço, mas é importante que
mantenha o foco em sua gestão emocional por todo o tempo. Qualquer deslize e sua
apresentação pode vir a sofrer desequilíbrios desnecessários.
64
E para uma boa gestão emocional, nada melhor do que o PREPARO! Por isso, nada de
aceitar prontamente todos os convites para fazer apresentações. Primeiro você deve
avaliar se tem conhecimento e tempo necessários para o planejamento. Quanto mais falar
em público, mas seu medo e ansiedade irão se dissipar, mas cuidado! O tempo para o
preparo é essencial.
Aparentemente você já percebe que fazer um planejamento para sua apresentação é
fundamental, mas talvez não esteja fazendo de uma maneira mais completa. Apenas
criando alguns rascunhos para guiá-lo durante a apresentação. É uma forma de organizar
o pensamento, mas ainda incompleta e você corre riscos de não atender totalmente às
expectativas das pessoas.
Esses rascunhos ou lembretes ajudam na condução, mas é importante atentar-se – caso
você já tenha uma apresentação pronta - a fazer as adaptações necessárias quando se
trata de um público diferente.
Um bom planejamento vai além de lembretes no papel. Um bom planejamento estrutura a
apresentação “pensando” nas expectativas do público: como iniciar, como manter a
atenção e como fazer um fechamento que instigue as pessoas à ação – e não somente
porque é “bonitinho” terminar com uma música motivadora. Pense nisso!
Esse deve ser o objetivo: levar as pessoas à ação e não que somente fiquem sentadas
assistindo sem interagir. É de fundamental importância que você tenha consciência de que
as apresentações são “organismos vivos” e que acontecem durante sua explanação.
Assim, 50% reside no preparo e os 50% restante no “palco”.
Talvez também você tenha que analisar mais sua performance. Levando-se em conta de
que 93% da nossa comunicação é não-verbal, as pessoas interpretam nossa mensagem –
93% através de nossas expressões faciais, corporais e nossa voz.
Neste estágio, você já se preocupa em certo ponto em organizar o pensamento antes de
enfrentar uma apresentação, mas tão ou mais importante, deve ser a preocupação com
seu estilo de comunicação.
Você fala rápido demais ou devagar demais? Fala muito alto ou muito baixo? Durante todo
o tempo? Costuma exagerar nas gesticulações? Você já recebeu esse feedback algumas
vezes? Então fique atento!
Geralmente as pessoas não oferecem a devida atenção ao quesito linguagem corporal.
Este é um ponto muito importante para gerar conexão com as pessoas. Aqui vai uma dica:
procure desenvolver mais sua comunicação não-verbal.
Uma dica importante para seu aprimoramento: Volte ao teste e veja as questões em que
você optou pelas letras B ou C. Esses são os pontos em que você precisa melhorar.
Nessas questões, analise a opção A como referência.
65
0 a 40 pontos
BAIXA GESTÃO EMOCIONAL
MUITA ATENÇÃO!!! Você está deixando-se levar pelo nervosismo excessivo ao falar em
público e, certamente, perdendo muitas oportunidades em sua carreira.
O medo da exposição e da crítica é considerado “normal” em um primeiro momento,
porém deve ser administrado para que as apresentações não sejam prejudicadas. E como
já visto a melhor forma de lidar com o medo e a ansiedade ao falar em público é
enfrentado. Mas, junto ao enfrentamento, vem o preparo, pois sem planejamento, a
possibilidade de esquecimentos e falta de capacidade em lidar com críticas e
questionamentos estão batendo à sua porta. E para a gestão emocional, não há mágica,
mas sim estratégias!
Talvez você não esteja conseguindo manter a atenção das pessoas durante a sua
apresentação. Isso pode ser decorrente à falta de adaptação do seu conteúdo ao público.
Pense nisso em sua próxima apresentação! Você deve partir do perfil dos participantes e
depois mapear as expectativas. Então, mesmo que a essência da sua apresentação seja a
mesma, a estratégia de comunicação e o estilo da condução, poderão ser diferentes.
E quanto à linguagem corporal? Certamente você promove a retração em suas expressões,
justamente por considerar-se tímido ou “sem jeito” para trabalhar sua comunicação não-
verbal. Mas saiba que ela é a responsável por 93% de como as pessoas compreendem seu
conteúdo. Isso mesmo! Pesquisas afirmam que 93% da nossa comunicação está centrada
nas expressões corporais, faciais e em nosso tom e ritmo de voz.
Como anda seu estilo de comunicação? Tem facilidade para olhar nos olhos das pessoas
quando fala? Se não consegue, isso é um grande problema, pois olhar nos olhos significa
credibilidade e autoconfiança. E isso você somente transmite às pessoas praticando.
Como trabalha sua performance durante uma apresentação? Move-se com naturalidade e
fala com desenvoltura? Aposto que esteja com problemas nessa área. Então é necessário
desenvolver sua linguagem corporal com a máxima urgência!
Uma dica importante para seu aprimoramento: Volte ao teste e veja as questões em que
você optou pelas letras B ou C. Esses são os pontos em que você precisa melhorar.
Nessas questões, analise a opção A como referência.
66
Exercício 6
Mind Direction
Como usar o poder da mente para administrar o medo de falar em
público
A descarga de adrenalina irá continuar, porém aqui ela representa que você
está preocupado (mas com moderação) em entregar o melhor conteúdo e
passar a melhor experiência para seu público. Aqui a adrenalina se converte em
entusiasmo e torna sua apresentação envolvente.
A atenção conduzida também possibilita que você controle sua respiração,
oxigenando mais o cérebro, produzindo pensamentos mais ordenados e
concatenando melhor suas ideias. Inclusive para o improviso.
O pensamento dirigido faz com que você determine o foco de sua imagem
mental.
“Se deixo me levar pelo medo e pela insegurança, crio mais medo e
insegurança, e deixo de construir sentimentos de segurança e autocontrole. É
uma questão de escolha e não de destino. ” (Van Marchetti)
67
COMO AFASTAR PENSAMENTOS NEGATIVOS
Uma forma bem fácil e prática para ajudar a afastar os pensamentos negativos
é carregar consigo (no iPhone ou no Smartphone), trechos de música que lhe
remontam boas lembranças e boas emoções. Também procure ter trechos de
filmes ou pequenos vídeos motivacionais que, ao assistir também tenha essas
boas sensações.
Então toda vez que algo ruim acontecer, algum aborrecimento ou o pavor inicial
antes de uma apresentação, ouça ou assista - trecho breve – algo que lhe traga
boas emoções. Isso, automaticamente fará com que o foco de seus
pensamentos negativos se dissolva.
Agora, peço que você relaxe – não vale dormir, hein! (risos)
Vou lhe ensinar o exercício MIND DIRECTION – prático, fácil e eficaz, para você
diariamente aprender a controlar e direcionar seus pensamentos.
Vamos lá ...
EXERCÍCIO MIND DIRECTION®
68
PASSO 1
Relaxe (faça em um momento que não será incomodado e
sem ruídos externos)
PASSO 2
Concentre-se um pouco e procure esvaziar sua mente
PASSO 3
Em um primeiro momento, pense em uma situação – que
realmente aconteceu – e que lhe deixou muito triste ou
muito aborrecido. Aqui não importa quando foi, o
importante é ser uma situação que lhe traga uma emoção
muito forte. Procure lembrar de local, pessoas e deixe essa
emoção fluir. Seja agora seu observador: o que está
acontecendo com o seu corpo? Que sensações físicas e
psicológicas está sentindo?
PASSO 4
Quando esse sentimento estiver bem forte, procure
rapidamente, mudar o foco do seu pensamento e passe a
pensar em outra situação – porém agora, um fato que lhe
trouxe bastante alegria e uma profunda sensação de
satisfação e sucesso. Faça o mesmo – sinta o lugar, as
pessoas – deixe essa grande emoção fluir. Agora faça o
mesmo: Seja agora seu observador: o que está
acontecendo com o seu corpo? Que sensações físicas e
psicológicas está sentindo?
PASSO 5
Não volte imediatamente, vá fazendo com que a visão vá
se desfazendo e retorne ao seu estado emocional atual.
QUESTÕES
1) O que você sentiu no primeiro momento? O que você sentiu no segundo
momento? Conseguiu alternar as sensações?
Respostas possíveis:
a) Se teve dificuldade para alternar os sentimentos, é necessário que você
repita esse exercício, ao menos, 3 vezes ao dia;
b) Se conseguiu, mesmo com um pouco de resistência (é normal), parabéns! Utilize este exercício sempre que se encontrar em uma situação de necessidade de equilíbrio emocional
69
2) O foco desse exercício é mostrar o quanto temos a capacidade de dirigir nossos pensamentos e o quanto, se não houver essa direção, somos levados por pensamentos automáticos, oriundos de falcas crenças enraizadas em nosso subconsciente
3) A partir de agora, sempre que um assombroso pensamento negativo lhe visitar, diga: “Um momento! Por que estou pensando isso? É realmente real ou imaginário? Como posso buscar uma solução para que isso não aconteça? ”
4) Ao invés de ocupar sua mente com assuntos tristes, notícias ruins, músicas
que lhe trazem emoções e lembranças ruins, passe mais tempo com suas
boas lembranças e não dê espaço para os “fantasminhas”. Lembre-se de:
Vitórias
Momentos de superação Elogios recebidos
Bons trabalhos executados
Boas apresentações Pegue um papel e escreva esses momentos, com detalhes. Quando você escreve
(à mão), você se força a trazer os detalhes. Esse exercício ajudará bastante a
desenvolver sua autoestima e melhorar potencialmente sua autoimagem.
70
Aula 4
Os 6 “As” da
Gestão emocional
71
Podemos trabalhar a GESTÃO EMOCIONAL ao falar em público, através de 6
princípios, os 6 As:
AUTOCONFIANÇA
A autoconfiança pode ser definida como a “consciência das nossas
habilidades” e a certeza de que nossas metas serão atingidas. Mas como
atingimos esse estágio de consciência? A resposta é simples: com trabalho,
persistência e dedicação. Vamos trazer esse exemplo ao ato de falar em
público. Já passamos da fase do mi mi mi (risos). Nada de lamentações e
muito menos de limitações.
Neste momento, o fundamental é entender o que eu preciso ter como
habilidade para falar em público com naturalidade, segurança e desenvoltura,
certo? Então vamos lá, observe o quadro abaixo. Não vou entrar aqui nos
detalhes mais estratégicos como planejamento e estrutura da apresentação,
mas sim, nas habilidades do apresentador:
“No meio da confusão, encontre a simplicidade. A partir da discórdia, encontre a harmonia. No
meio da dificuldade reside a oportunidade. ” (Albert Einstein)
AUTOCONFIANÇA
AUTOCONTROLE
AUTOCRÍTICA AUTOCONHECIMENTO
AUTOESTIMA AUTOMOTIVAÇÃO
72
HABILIDADES DO APRESENTADOR FUNDAMENTAIS PARA FALAR BEM EM PÚBLICO
COMUNICAÇÃO VERBAL - VOZ
BOA DICÇÃO RITMO
VELOCIDADE
CONTROLADA
ENTONAÇÃO
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL – EXPRESSÕES
EXPRESSÕES FACIAIS
EXPRESSÕES CORPORAIS
(GESTOS)
OLHAR PARA O PÚBLICO
EXERCÍCIO: FAÇA UMA PRÉ-ANÁLISE DE SUAS HABILIDADES: você deverá
fazer esse exercício baseado em suas percepções. Ao fazer esse exercício,
você já estará trabalhando o segundo A, o AUTOCONHECIMENTO. Adquirindo
assim, a consciência de suas habilidades em oratória.
Você deverá classificar e logo após descrever o porquê acha isso:
73
SUAS HABILIDADES AO FALAR BEM EM PÚBLICO
Avaliação Própria
COMUNICAÇÃO VERBAL – VOZ
DICÇÃO BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
RITMO BOA RUIM PÉSSIMO
Por quê?
VELOCIDADE
CONTROLADA BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
ENTONAÇÃO BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL – EXPRESSÕES
EXPRESSÕES FACIAIS BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
EXPRESSÕES CORPORAIS
(GESTOS) BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
OLHAR PARA O PÚBLICO BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
74
Agora, faça uma pequena filmagem – de até 3 minutos. Ou você mesmo ou
peça para alguém lhe filmar. Não precisa se preocupar com o conteúdo. Fale
sobre algo que você tenha conhecimento.
Depois, assista detalhadamente ao vídeo. Peça para outra pessoa assistir.
Depois repita a sua avaliação e peça à outra pessoa fazer uma avaliação
também. Peça que seja bastante sincero e que pontue os pontos fortes e a
desenvolver de suas habilidades. Assistam quantas vezes for necessário para
ter uma avaliação bem definida.
Esta é a sua:
75
SUAS HABILIDADES AO FALAR BEM EM PÚBLICO
Reavaliação Própria
COMUNICAÇÃO VERBAL – VOZ
DICÇÃO BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
RITMO BOA RUIM PÉSSIMO
Por quê?
VELOCIDADE
CONTROLADA BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
ENTONAÇÃO BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL – EXPRESSÕES
EXPRESSÕES FACIAIS BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
EXPRESSÕES CORPORAIS
(GESTOS) BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
OLHAR PARA O PÚBLICO BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
Esta é para a outra pessoa:
76
SUAS HABILIDADES AO FALAR BEM EM PÚBLICO
Avaliação da outra pessoa
COMUNICAÇÃO VERBAL – VOZ
DICÇÃO BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
RITMO BOA RUIM PÉSSIMO
Por quê?
VELOCIDADE
CONTROLADA BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
ENTONAÇÃO BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL – EXPRESSÕES
EXPRESSÕES FACIAIS BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
EXPRESSÕES CORPORAIS
(GESTOS) BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
OLHAR PARA O PÚBLICO BOA RUIM PÉSSIMA
Por quê?
77
Agora compare as três avaliações. Primeiro compare as suas. Certamente você
verá pontos divergentes: isso denota sua autoimagem. Se a diferença foi muito
grande entre a primeira e a segunda, ou seja, na primeira com mais pontos
negativos, isso significa que há uma distorção em relação à sua autoimagem.
Aqui você já começa a treinar a lidar com o terceiro A, a AUTOCRÍTICA. Como
está sua autocrítica? Mais positiva ou mais negativa? Sentiu a diferença entre o
apresentador real e o apresentador “imaginado”?
E quanto à terceira avaliação, do colega? Agora faça a comparação entre as
três. Chegou o momento de você começar a trabalhar a CRÍTICA do outro.
Como você se sentiu? Tente olhar essa crítica como uma ferramenta de
desenvolvimento e não de uma forma negativa. Nossa reação emocional
depende do foco que colocamos nas críticas e como as recebemos.
Na realidade todos os As estão interligados e são interdependentes. Voltando à
Autoconfiança, vejamos alguns pontos importantes a analisar. Veja para qual
lado você se sente. Coloque um X:
AUTOCONFIANÇA (ALTA)
AUTOCONFIANÇA (BAIXA)
Fazer o que você acredita, mesmo que haja
críticas ou deboches
Agir de acordo como as pessoas esperam
de você ou pensam, mesmo sacrificando
suas convicções
Aceitar e admitir erros e utilizá-los como
aprendizagem
Procurar esconder seus erros ao máximo
e evitar que percebam
Aceitar elogios tranquilamente: “parabéns, o
trabalho ficou muito bom”
Não lida muito bem com elogios: “não foi
nada, muitos poderiam fazer igual”
Entrar na zona de confronto, ou seja,
disposição para correr riscos em prol de obter
algo melhor
Continuar na zona de conforto, por medo
de correr risco e de se expor a um
fracasso
Esperar ser reconhecido Fazer o seu Marketing Pessoal
E aí?? De que lado você está???
78
A AUTOCONFIANÇA (ALTA) remete ao quarto A, a AUTOESTIMA. Resumindo,
a autoestima é a crença de que você pode e deve ser feliz. Que você é livre para
fazer suas escolhas e sabe lidar com seus erros de uma forma construtiva.
Enfim, é gostar de você, independente dos pontos que você ainda precisa
desenvolver. Quando você tem elevada autoestima, você sabe que é um ser
humano em construção e que a vida é uma eterna aprendizagem. Você sabe
que se algo não foi bem hoje, amanhã será um novo dia e você tem uma nova
página em branco para preencher.
O pensamento positivo é peça importante, porém não é a única face desse
propósito. Ele sozinho não faz com que saiamos do lugar, portanto, para
completar o ciclo é necessário trabalharmos os 3 fatores para uma base sólida
para a AUTOCONFIANÇA:
O PENSAMENTO POSITIVO
A DEFINIÇÃO DE METAS
As EXPERIÊNCIAS DA VIDA (principalmente o modo como lidamos com
essas experiências – entendemos os erros como fator de fracasso e
limitante ou como um fator para o autodesenvolvimento?)
79
Aqui, o foco e a determinação são primordiais para atingir um nível de
autoconfiança sustentável. Gosto muito desta frase de Jobs, pois em poucas
palavras, resume perfeitamente o que é foco:
"Algumas pessoas acham que foco significa dizer sim para a coisa em que você
irá se focar. Mas não é nada disso. Significa dizer não às centenas de outras
boas ideias que existem. Você precisa selecionar cuidadosamente." (Steve Jobs)
Somo bombardeados diariamente por milhões de informações (no nível
consciente e muito mais ainda no nível subconsciente), então precisamos
manter a atenção focada naquilo que realmente irá nos conduzir aos nossos
objetivos. E MUITO CUIDADO!!! O foco é irmão gêmeo da determinação.
Seremos facilmente tentados a mudar o caminho por frases que nos
assombram sempre. Isso por acaso lhe é familiar?
“Desista! Você já tentou e não conseguiu ... não vai conseguir ... não é
para você”
“Veja isso aqui que interessante também! E se eu entendesse melhor
sobre isso? ”
Ahhh, se eu deixar para amanhã, não vai atrasar tanto assim ...”
Aqui precisamos sacar mais uma de nossas armas, o quinto A:
AUTOCONTROLE. O autocontrole, ao contrário do que muitos pensam, não
começa no autocontrole emocional, mas sim no autocontrole dos
pensamentos. Afinal, são eles que geram as emoções e refletem em nossas
atitudes, não é mesmo?
Então vamos reformular as frases acima?
80
FRASE 1
“Desista! Você já tentou e não conseguiu ... não vai conseguir ... não é
para você”
Quantas vezes você tentou mesmo? Duas, três? Ah, sei! O Michael
Jordan, grande atleta do basquete pensa diferente e ele é um grande
sucesso. Veja isso:
"Errei mais de 9.000 cestas e perdi quase 300 jogos. Em 26 diferentes
finais de partidas fui encarregado de jogar a bola que venceria o jogo...
e falhei. Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos em minha
vida. E é exatamente por isso que sou um sucesso."
Como está sua persistência???
Vamos mudar sua frase? Que tal ...
“Ok, você já tentou por esse caminho. E se buscar outro? Ou talvez,
verifique suas atitudes. Você tem certeza de que está agindo do modo
certo?
FRASE 2
“Veja isso aqui que interessante também! E se eu entendesse melhor
sobre isso? ”
81
Muito cuidado com as distrações. Fazemos muitas coisas ao mesmo
tempo e facilmente somos tentados a desviar nosso foco. Agora, por
exemplo, estou aqui escrevendo este texto no meu notebook. Posso ser
influenciada por muitos fatores externos: redes sociais, conversas
paralelas, desvio de pensamento. Precisamos aprender a “isolar” esses
fatores. Há tempo para tudo, somente temos que administrá-los.
Outra coisa, estou aqui escrevendo sobre AUTOCONTROLE DO
PENSAMENTO. Enquanto escrevo, pode ser que venha em mente citar
um outro ponto. Então tenho que forçar manter o foco. Uma dica: para
esse pensamento não ficar “martelando” na sua cabeça, anote em um
local onde mais tarde você possa verificá-lo. Eu, por exemplo, abro um
Word e anoto o pensamento. Tenho uma pasta que se chama: assuntos
para desenvolver. Salvo o novo arquivo lá. Esse simples gesto,
tranquiliza meu pensamento paralelo e me mantém no foco
Como está seu autocontrole???
Vamos mudar sua frase? Que tal ...
“Realmente isso é muito interessante. Pronto! Está salvo. Mais tarde
buscarei mais informações. ”
82
FRASE 3
Ahhh, se eu deixar para amanhã, não vai atrasar tanto assim ...”
Nada mais confortável esse nosso “auto” engano, não é mesmo? Você
vê que eu utilizo muito o prefixo “AUTO”, pois é, acredito firmemente que
somos os únicos responsáveis pelo que entregamos ao mundo e,
principalmente a nós mesmos. Se passássemos a nos conscientizar
disso, muita coisa iria melhorar em nossa vida, pode acreditar! No final
deste Speech Paper, deixarei boas indicações de livros. Não deixe de
evoluir nessa trajetória.
Tem um dito popular que fala: “para que deixar para amanhã o que
podemos fazer hoje? ” Por que será? Porque é um dispositivo que nos
alimenta a PROCRASTINAÇÃO. Vamos adiando, acreditando que há
tempo e assim vai... mas, quando percebemos o tempo está se
esgotando e acabamos fazendo tudo correndo e, muitas vezes,
entregando pouco ou nenhum resultado.
Mas por que entrei nesse assunto? O medo de falar em público, ativa
esse dispositivo chamado “PROCRASTINAÇÃO”. E o que é? Ela nos
“engana”, porque precisamos justificar (a nós mesmos) o porque não
estamos fazendo aquilo que deveríamos estar fazendo. Simples assim!
Como funciona?
Como deveria ser?
Preciso fazer uma
apresentação daqui a 1 mês
MEDO
ACIONADO
Válvula de escape: ADIAR O QUANTO
PODE “Ainda tenho tempo”
PROCRASTINAÇÃO
O tempo começa a
cobrar uma resposta: você tem
que fazer a apresentação e não
tem outra alternativa
Monta a
apresentação sem tempo hábil para o planejamento, não
sente segurança e o MEDO volta a bater
na porta
RESPONSABILIDADE
ACIONADA
40% DO TEMPO
PARA A PESQUISA DO
ASSUNTO, ATUALIZAÇÃO DO
CONTEÚDO, ESTUDO DA
EXPECTATIVA DO PÚBLICO:
CRIAÇÃO DO
ROTEIRO
+ 20 % DO TEMPO
PARA ESTRUTURAR A APRESENTAÇÃO:
* ORDEM *ESTILO DE
COMUNICAÇÃO *ABERTURA
*ESTRATÉGIA DE MANUTENÇÃO *FECHAMENTO
+ 10% DO TEMPO
PARA A MONTAGEM DOS
SLIDES
+ 30% DO TEMPO PARA O ENSAIO E
REVISÃO
83
E por último e não menos importante, o sexto A: a AUTOMOTIVAÇÃO. Ela é o
elo que reúne todos os outros As, fazendo a manutenção do ciclo virtuoso
rumo ao sucesso em suas apresentações. Como o próprio nome diz, é uma
motivação interna, que nasce baseada em um propósito a cumprir e um
objetivo a atingir, pois quando sabemos o POR QUE, a caminhada, mesmo em
trechos íngremes, torna-se o prazer - vencer os desafios e não medo - em se
esconder do mundo.
A automotivação retroalimenta sua jornada e mantém acesa a chama da
PERSISTÊNCIA e da DETERMINAÇÃO. Portanto não espere algo externo,
busque dentro de você!
84
Módulo 2 - Insegurança
85
Aula 5
Linguagem corporal
86
Segundo estudos de Albert Mehrabian, pioneiro da pesquisa da linguagem
corporal na década de 1950, psicólogo americano e professor emérito da
Universidade da Califórnia – UCLA – constatou-se que a forma de
comunicação não-verbal (nossos gestos, a forma como fazemos contato visual
e nossa postura, impactam em 55% na decodificação de nossa mensagem pelo
público.
Ainda segundo esses estudos, mais 38% desse impacto da comunicação está
em nosso tom de voz (entonação, som alto, som baixo demais) e somente 7%,
restantes, nas palavras propriamente ditas, ou seja – O QUE FALAMOS.
Vejo que a grande maioria das pessoas, ao pensar em uma apresentação,
pensa em transmitir palavras, enquanto o público decodifica a mensagem
através de imagens mentais. Esse é o nosso processo de decodificação da
comunicação. Então, está aqui a enorme importância de um planejamento bem
detalhado sobre quais imagens mentais eu quero que seja entendida a minha
mensagem.
“O COMO você diz, transmite muito mais essência do que O
QUE você diz. ” (Van Marchetti)
87
Não estou falando somente das imagens que serão colocadas nos slides, mas
principalmente na imagem mental que o público faz do apresentador: seus
gestos, sua entonação – é monótono ou é dinâmico – é expressivo ou é sem
vida. Enfim, qual a imagem que você está transmitindo realmente para seu
público?
LINGUAGEM CORPORAL
COMO AS PESSOAS PERCEBEM A SUA LINGUAGEM CORPORAL
1. Uma Curiosidade: a leitura da linguagem corporal ainda é “primitiva” e nosso
cérebro tende a procurar primeiro o “negativo” na comunicação das pessoas;
2. Geralmente, as pessoas não consideram o contexto no qual a pessoa está
inserida e fazem uma análise muito superficial e unilateral;
3. As pessoas sempre procuram encontrar um significado para os seus gestos
(dentro do sistema de crenças delas) enquanto você se comunica;
4. Para conseguir fazer um bom julgamento, é necessário conhecer mais
detalhes sobre o comportamento da pessoa, seu meio, conhecimentos;
5. As pessoas lhe avaliarão baseadas em uma série de preconceitos.
Você já parou
para pensar ???
88
PESQUISAS - NEUROCIÊNCIA
Foram feitas pesquisas baseadas em estudos de neurociência com aparelhos
de eletroencefalograma (EEG - eletroencefalograma) para medir as “ondas
cerebrais”.
O que foi constatado:
Quando sua linguagem corporal não combina com suas palavras,
sua mensagem verbal é perdida.
Então: o que você fala (o conteúdo da sua mensagem) tem que estar alinhada
com o COMO você fala (seus gestos, voz e expressões)
UMA POSITIVA PRIMEIRA IMPRESSÃO
As primeiras impressões são cruciais: em 7 segundos as pessoas estão
julgando sua confiabilidade, sua competência …
Quando as pessoas te “rotulam”, tudo o que você faz ou diz, passa a ser
visualizado através desse filtro.
Veja a importância do MARKETING PESSOAL!
As primeiras impressões são fortemente influenciadas por percepções não-
verbais.
89
MUITO RELEVANTE!!!
Na verdade, estudos descobriram que a linguagem corporal tem mais de quatro
vezes o impacto sobre a impressão que você faz do que qualquer coisa que
você diz.
PASSOS PARA UMA PRIMEIRA IMPRESSÃO POSITIVA
1.Primeiro, ajuste sua linguagem corporal. As pessoas percebem sua
comunicação não-verbal instantaneamente, então antes de entrar na sala de
reunião da empresa ou entrar no escritório de alguém para uma visita de
vendas ou entrevista de emprego, pense sobre a situação e faça uma escolha
consciente sobre a atitude mental que deseja incorporar. Atitudes que
atraem pessoas incluem ser amigável, feliz, receptiva, paciente, acessível,
acolhedora, útil e curiosa.
2.Quais atitudes evitar: irritado, impaciente, entediado, arrogante, com medo,
deprimido e suspeito. O próximo passo é verificar sua postura. Por exemplo:
mantenha a postura erguida - os ombros retos e a cabeça erguida, mostra que
você tem a certeza de si mesmo. Quanto ao sorriso: o sorriso é a expressão
facial que mais gostamos. É um convite de boas-vindas, diz que somos
amigáveis e acessíveis. Uma dica aqui é entrar na sala com um pequeno
sorriso, e deixá-lo alargar à medida que você olha a outra pessoa. Também é
importante fazer contato visual. Olhar para os olhos de alguém transmite
energia e indica abertura. Além de credibilidade!
O nome: quando você conhece alguém e ele lhe diz o seu nome, encontre uma
maneira de repetir esse nome durante sua conversa, e enquanto você toca a
pessoa levemente no braço. O impacto poderoso deste breve toque vem do
fato de que você desencadeou sentimentos positivos lembrando e usando seu
nome, e ao tocá-lo, essas emoções positivas ficam ligadas ou ancoradas ao
seu toque.
90
Aula 6
Dando vida à
sua fala
91
VAMOS COMEÇAR PELA IMPORTÂNCIA PRIMORDIAL DO OLHAR ...
O olhar é uma “ferramenta estratégica” e potencial de comunicação não-verbal.
Mas, CUIDADO, um dos maiores problemas que vejo em nossas aulas de
oratória é a dificuldade que as pessoas têm de olhar para as pessoas na hora
da apresentação.
Olhar nos olhos do outro, significa que você tem firmeza em seu tema e quer,
verdadeiramente, transmiti-lo às pessoas. Já, por outro lado, desviar o olhar,
significa, para o público, que você não está seguro de sua mensagem e, muito
pior, pode transmitir falta de credibilidade. E isso é fatal para seu conteúdo e
sua imagem. Certo?
Veja agora algumas características e suas respectivas percepções:
OS OLHOS
DEMONSTRAM
COMO ESTÁ SEU
INTERIOR ...
92
CARACTERÍSTICAS PERCEPÇÕES
NEGATIVAS
TÉCNICAS POSITIVAS DE
COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
Olhos baixos Timidez
Interpretação de uma mensagem
para transmitir uma situação
dramática
Olhos caídos Cansaço
Interpretação de uma mensagem
para transmitir uma situação de
limite
Olhar endurecido Falta de flexibilidade
Interpretação de uma mensagem
para transmitir uma situação que
exige firmeza
Olhar arrogante Querer mostrar
superioridade
Interpretação de uma mensagem
para transmitir uma situação que
exige determinação
Olhar muito doce Transmitir ser muito
bonzinho
Interpretação de uma mensagem
para transmitir uma situação de
cunho bastante afetivo
Brilho nos olhos ------------------ Transmitir Entusiasmo
93
Percebe a importância do treino da interpretação do olhar para transmitir uma
mensagem? E também o cuidado a se tomar para não transmitir uma sensação
negativa para o público?
Olhar nos olhos quando estamos conversando com alguém, demonstra que
estamos prestando atenção, mostrando respeito pelo interlocutor e que somos
educados. Logo, o contrário, ou seja, não olhar para a pessoa com quem se
fala, é um ato indelicado. Assim é no ato de falar em público. Não podemos
perder o foco em nosso público. Temos que procurar dar atenção a todas as
pessoas. Porém, é de fundamental importância ficar atento ao modo como
você olha para o seu público.
Vamos às DICAS:
Em caso de timidez / acanhamento no início da apresentação, você pode
começar a olhar a plateia do fundo do auditório para as primeiras fileiras
(no caso de um público grande), porém utilize esta técnica somente no
início, até se acalmar. No caso de um público menor, possivelmente, não
há essa possibilidade, então eu sempre indico: não use subterfúgios,
ENFRENTE! Acostume-se a olhar para as pessoas!
Uma outra dica, mas somente se estiver muito, muito nervoso (acredito
firmemente que, se você aplicar todos os ensinamentos deste curso,
você não chegará a esse estado emocional): havendo uma distância
razoável entre você e o seu público, pode-se olhar na altura da testa das
pessoas. A distância propicia a ilusão de ótica de que você está
direcionando o olhar. Mas atenção: utilize somente em momentos de
pico emocional.
Que tal treinar
em frente ao
espelho???
94
Aula 7
O corpo fala
95
NÃO RECOMENDO!!!
1. Alguns oradores recomendam olhar para um ponto perdido no fundo do
auditório. Eu não recomendo! Isso, além de demonstrar uma enorme
insegurança, também pode “viciar” sua forma de se comunicar com o público. E
quando for um auditório pequeno ou uma sala de reunião ... uma conversa de
feedback a dois? Qual será seu ponto perdido???
2. Não desvie o olhar abruptamente. Se estiver em uma apresentação e, de
repente, olhar para um rosto com expressão não muito agradável, controle suas
emoções (você já aprendeu como) e desvie LENTAMENTE o olhar, procurando
por um rosto mais receptivo. Isso
carregará sua “bateria emocional”. Mas,
não desista, uma vez carregado, volte o
olhar àquela pessoa. Este é um ótimo
treino!
3. Outro comportamento que vejo muito
em apresentações: a pessoa olha
demais para cima ou para baixo. Isso demonstra claramente que não há
segurança sobre o que se fala. Para consertar isso, conheça profundamente
sobre seu tema e sobre seu público;
4. Cuidado para não viciar o olhar em apenas algumas poucas pessoas, pois
estão lhe parecendo bastante receptivas. O público percebe e soa como
desrespeito aos outros.
Bem, acredito que até aqui, você já tenha percebido a imensa importância do
olhar no processo de comunicação. Então se tem problemas em olhar nos
olhos das pessoas: ENFRENTE!!!
VAI ENCARAR ???
96
A EXPRESSÃO CORPORAL
Pelos estudos já realizados, ela é responsável por 55% da nossa comunicação.
Uau! É bastante percentual, não é mesmo? Nos preocupamos tanto em O QUE
vamos falar e, muitas vezes, negligenciamos o COMO vamos falar!
Nossas expressões corporais são os maiores delatores de nossas emoções. É
automático sentirmos uma emoção e logo demonstrarmos em nossos gestos.
Sim, é automático. Desde que eu não esteja no controle da situação.
Exatamente como já vimos no capítulo que fala sobre gestão emocional.
DICAS: CERTO X ERRADO – RESUMO DA COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
ERRADO CERTO
Não fazer contato visual com as pessoas
Demonstra fuga / insegurança
Olhar para as pessoas durante sua
apresentação
Demonstra credibilidade/autoconfiança
Gesticular demais com as mãos
Demonstra ansiedade / nervosismo
Gesticular moderadamente com as mãos
Dá mais “vida” à sua apresentação, as pessoas
acompanham melhor seu raciocínio
Andar excessivamente
Demonstra ansiedade / nervosismo, tira o
foco do público
Utilizar o “andar” de uma forma mais teatral
O “marcar os passos” pode ser utilizado para
tratar de pontos distintos da apresentação,
dando ritmo
Cuidado com os “tiques”
Passar a mão excessivamente nos cabelos
(para as mulheres), colocar as mãos nos
bolsos, somente falar segurando um objeto
(uma caneta, por exemplo)
Lembre-se: todos os gestos repetitivos
acabam desviando o foco da atenção das
pessoas. Você não percebe que faz, mas o
público acaba se concentrando, e muito, em
seus “tiques”
Use somente a seu favor
Para as mulheres (talvez prender os cabelos).
Quanto às mãos nos bolsos: passa a ideia de
querer esconder algo ou por não saber onde
colocar as mãos. Se esse é o seu problema,
prenda algo (um alfinete) no bolso, pois cada
vez que tentar colocar as mãos, haverá lá um
bloqueio.
E quanto a segurar um objeto: você pode fazer
a apresentação com o passador de slides.
Mas acostume-se também a não ter nada em
mãos, pois algumas apresentações poderão
ser sem o complemento visual. Tenha em
mente que você não precisa de “bengalas
emocionais”, pois você é o protagonista de sua
apresentação.
97
“A persistência é o caminho do êxito. ” (Charles Chaplin)
Exercício 7
Trabalhando a linguagem corporal
Imagine que você tem que fazer uma apresentação sobre a importância de
prestar atenção aos detalhes de um projeto, para não correr o risco de grandes
erros.
Já falamos que histórias conectam as pessoas, ativam a atenção e
contextualizam muito mais o tema para a realidade da audiência.
Então, utilize o texto abaixo para treinar:
- Como fazer uma breve apresentação sobre um ponto específico;
- Como utilizar uma história (case real) dentro da apresentação;
- Como treinar sua voz e linguagem corporal;
TEXTO PARA INTERPRETAÇÃO
“Não são os grandes planos que dão certo … são os …. pequenos DETALHES! ” (Stephen Kanitz)
E para ilustrar essa frase, eu quero compartilhar com vocês algo que aconteceu comigo…
Pode até parecer algo, digamos … corriqueiro …
Mas, acabou ensinando-me uma importante lição …
98
Estava em casa em final de tarde e, de repente comecei a sentir muito calor. Então resolvi sair de casa para ir à padaria comprar um sorvete para me refrescar.
Ao abrir a porta me deparei com um gato preto e pensei assustado... “ai, será que dá azar mesmo? ”
Bem, o calor estava demais, estava suando e minha roupa grudando no corpo.
Resolvi esquecer o gato e seguir rumo à padaria ...
Caminhei por um quarteirão e reparei que o prédio que estão construindo nessa rua já está bem alto ... “nossa! 20 andares! ” E como levantam rápido uma construção ultimamente, né?
Ao cruzar outro quarteirão, começou uma daquelas tempestades de verão, mas como sou prevenido, havia levado um guarda-chuva o qual prontamente abri. E o que aconteceu?
Uma ventania absurda entortou todas as varetas e eu fiquei completamente encharcado.
Por um lado, foi bom ... acabei me refrescando!
Enfim, cheguei à padaria ... lá estava ele ... o freezer!!!
Caminhei em direção a ele, deslizei a tampa e peguei o tão sonhado e refrescante sorvete!!!
Ahhh estava tudo muito bom para ser verdade ...
Quando cheguei no caixa para pagar ... onde está minha carteira?
Oh!!! Não!!! Havia esquecido em casa ...
Moral da história, para chegar em um objetivo é preciso:
- Um bom planejamento
- O check-list de todas as etapas
- E … muita atenção aos pequenos detalhes!
Pois …
Um pequeno erro, um pequeno esquecimento …
Podem colocar todo um grande plano a perder!!!
99
Módulo 3 - Expressão verbal
100
Aula 8
A força da
expressão verbal
101
O PODER DA VOZ
Avaliando o seu tom vocal
Você pode ter certeza de que as pessoas não estarão apenas ouvindo suas
palavras, eles estarão avaliando o como você diz o que você diz.
Pense, por exemplo, como a prosódia vocal pode mudar de bom ritmo, "Sim,
certo" em "Sim, certo" cheio de sarcasmo, ou como um aumento de volume e
intensidade, "Pare com isso agora mesmo!" atrapalha a atenção devido à maior
emoção e urgência que sinaliza.
Ouça como uma alteração na inflexão pode alterar sutilmente o significado na
seguinte frase.
"Precisamos tentar…"
"Precisamos tentar!!!"
A VOZ
A voz tem que ter ritmo para que haja alternância de tons. Isso faz com que sua
apresentação seja dinâmica. Quais são as características da voz?
Falar muito alto Falar muito baixo Praticar a alternância da voz durante uma
apresentação
Tende a irritar os ouvintes
Transmite a imagem de
arrogância
Dificulta a compreensão
das pessoas
Passa a imagem de
insegurança
Voz em tom normal, de acordo com o
ambiente (na maioria do tempo)
Voz alta = quando quer chamar a atenção
para um determinado fato
Voz baixa = quando quer falar de algo
mais dramático ou passar a ideia de algo
triste, com bastante emoção
102
Um ponto importante: cuidado com a velocidade da sua fala. As pessoas que
sentem desconforto ao falar em público, geralmente aceleram bastante,
transmitindo a mensagem subliminar de que querem sair rapidamente daquela
situação. Na realidade, no nível subconsciente, você tem esse desejo e,
consequentemente, passa isso para as pessoas.
Saiba que é o apresentador que conduz a plateia: seja para uma boa
experiência, ou seja, para uma má experiência. Se você correr com sua fala, as
pessoas terão a sensação de ansiedade, mesmo sem saber o porquê de sentir.
Isso desconecta o público e prejudica a atenção.
Por isso, outro fator da voz de extrema importância é o ritmo. Ele conduz a
melodia da apresentação. Por isso o ensaio é fundamental, ele propicia os
momentos em que você deverá falar um pouco mais alto, outro momento, um
pouco mais baixo. Em determinadas cenas, falar com uma maior velocidade e
em outras mais devagar. Se você simplesmente colocar sua apresentação no
slide, salvar no pen drive ou na “nuvem”, ou mesmo colocar o notebook debaixo
do braço e sair apresentando, certamente não terá tempo hábil de estudar seus
movimentos “cênicos” e sua voz corre o risco de se tornar monótona demais
ou acelerada demais.
DICAS PARA SUA VOZ:
Ler em voz alta diversos tipos de textos: poesia, textos jornalísticos,
trechos de peças de teatro, discursos.
Exercício 8
Equalização do som
Este é um exercício de “equalização” para sua voz.
Basta seguir as instruções de velocidade: lento, normal e rápido, pronunciando as
letras conforme escritas.
Faça 3 x cada um.
103
Dica: grave uma fala no gravador de voz do celular
Faça o exercício e depois grave a mesma fala novamente. Você verá a diferença na
sua voz.
LENTAMENTE ... com um tom mais equalizado e cristalino.
ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã
ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha
ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô
NORMALMENTE ...
ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha
ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô
ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã
RAPIDAMENTE ...
ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô
ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã
ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha
104
Aula 9
Uma fala bem articulada
105
Exercício 9
Entonação
Este é um exercício de “equalização” para sua voz.
Este exercício deve ser feito, dando ênfase às palavras que estão sublinhadas e
em negrito.
Leia a frase com atenção e perceba qual a mensagem que está passando e
qual a emoção que deve ser passada em sua voz.
Dica: você pode trocar a ênfase para outras palavras das frases. Veja como
muda o sentido e a emoção que será passada.
Exemplo:
O rio está morrendo pelo excesso de poluição!
Com a ênfase na palavra “morrendo”, passamos uma emoção que
denota mais o sentimento de “tristeza”.
O rio está morrendo pelo excesso de poluição!
Com a ênfase na palavra “excesso”, passamos uma emoção que
denota mais o sentimento de “irritado”.
Faça o mesmo com as frases seguintes …
É preciso ser forte para superar os obstáculos da vida.
Não! Não era verdade. Todos nós sabíamos, mas, eu ... eu continuei a te amar.
As cortinas se cerraram, a luz se fez presente e a verdade ganhou vida, você,
você estava linda!
Oh, Senhor, tende piedade dos pobres, socorrei os miseráveis e derramai amor
no coração dos homens.
106
Exercício 10
Trava-línguas
Este exercício é ideal para:
Melhorar a dicção
Facilitar o controle da velocidade da fala
Corrigir “gaps” de pronúncia em vogais duplas: ss ou rr
Dica: não queira já, logo de início, fazer o exercício rapidamente. Comece no
seu ritmo e depois vá aumentando a velocidade até se sentir confortável.
1. Tagarelarei, tagarelarás, tagarelara, tagarelaremos, tagarelareis,
tagarelarão.
2. Em três pratos de trigo comem três tristes tigres.
3. Quando lhe fala da falha, falha-lhe a fala.
4. Três papos de pato num prato de prata.
5. Seiscentos e sessenta e seis sucessivos sucessos sociais sensacionais.
6. Luzia lustrava o lustre listrado; o lustre lustrado luzia.
7. Iara amarra a arara rara, a rara arara de Araraquara.
8. Um ninho de magarfagarfa com cinco magarfagarfinhos, quando a
magarfagarfa guincha, guincham os cinco magarfagarfinhos. Quem
desmagarfagarfizar, bom desmagarfagarfizador será.
9. Um grego é gago, outro grogue é gagá. Tem um grego gagá e um grogue
gago e tem também um grego grogue.
10. Se a aranha arranha a rã, se a rã arranha a aranha, como a aranha
arranha a rã e como a rã arranha a aranha.
11. Se cem serras serram cem cigarras, seiscentas serras serram
seiscentas cigarras e seiscentas e seis serras serram seiscentas e seis
cigarras.
12. Seis caçadores sobre seis sofás cochichavam ao caçador sem sorte:
Seja sortudo sem suspeita e sua sorte salvará seus segredos.
107
Módulo 4 - Planejamento
108
Aula 10
A construção da
mensagem
109
Um fato importante a ponderar quando estiver construindo sua apresentação:
Quando você assiste a uma apresentação, certamente ao ouvir o apresentador
contar uma história, sua mente já remete às imagens que fazem parte de seu
conjunto de crenças e convicções e que se encontram armazenadas em seu
subconsciente. Automaticamente já ocorrem as conexões neurais e é formada
sua opinião a respeito daquele assunto, a qual poderá ser favorável ou não.
Agora mude sua posição: você é o apresentador. Sente a importância de
construir estrategicamente sua mensagem? Suas palavras, a forma como vai
transmiti-las e as imagens que irá utilizar serão fundamentais para a
compreensão e adesão da opinião do público. Tudo isso precisa ser muito bem
planejado e, novamente, nesta fase, o conhecimento detalhado de seu público,
irá fazer toda a diferença.
ONDE COMEÇA UMA APRESENTAÇÃO?
PELA IDEIA
"Planejar é decidir de antemão qual é, e como será a sua
vitória."(Rhandy di Stefano)
Não pensamos em PALAVRAS. Pensamos em IDEIAS.
110
Toda apresentação começa com a necessidade de transmitir algo a alguém.
Não deve começar pela montagem de slides, mas sim pelo planejamento e
criação de um roteiro. E como pode ser feito esse planejamento?
Baseado nas respostas:
Tenho conhecimento necessário sobre o assunto?
Tenho conhecimento sobre o perfil do público?
Qual problemática vou tratar?
Quanto tempo terei para a apresentação?
Você irá começar a escrever um planejamento para o seu tema que vai da
IDEIA ao SLIDE.
Nesta aula, quero que você tenha uma ideia sistêmica da construção da
“ideação” de uma apresentação, através de um modelo.
A construção do seu pensamento será algo assim ...
111
Então temos, basicamente, 6 momentos:
1) Planejamento (ideação e definição do conteúdo);
2) Roteiro (organização do conteúdo);
3) Divisão por “blocos de assunto” (estrutura da apresentação);
4) Montagem dos slides;
5) Ensaio da apresentação;
6) Condução da apresentação.
Veja como a construção do conteúdo, além de deixar esse conteúdo mais rico,
ainda organiza completamente suas ideias e seu processo de pensamento.
COMO MUITOS FAZEM HOJE COMO DEVE SER FEITO
ERRADO CERTO
Começam a apresentação pelo slide: Começar pelo planejamento:
Parte de uma ideia (pequena), buscando
ampliá-la (bem mais difícil e de
complicada assimilação)
Parte de uma ideia (ampla), sintetizando o
conteúdo para sua essência (bem mais fácil e
de assimilação bem mais descomplicada)
Tendência a decorar (e esquecer o
conteúdo durante a apresentação)
Capacidade de “incorporar” o conteúdo
(trabalhando a construção do raciocínio
durante a apresentação)
Tendência a escrever textos no slide (pela
falta de criar uma imagem mental do
conteúdo e pelo medo de
esquecimentos)
Visão sistêmica da história a contar e de suas
cenas (tornando a apresentação uma
“experiência” para o público
Leitura de textos dos slides (cansa o
público e se há a possibilidade de leitura,
o apresentador não é necessário!!!)
Foco da atenção do público no apresentador,
com o slide servindo de cenário e “ilustração”
para o tema
112
Bem, eu poderia ficar aqui escrevendo e escrevendo inúmeros benefícios de
começar a montagem da apresentação pelo planejamento, mas o e-book ficaria
enorme!!! (risos).
Agora, vamos partir do PLANEJAMENTO para ROTEIRO e depois para o SLIDE.
Abaixo, segue uma ideia da construção de um pensamento, baseada no
diagnóstico da problemática a resolver. Veja como é fundamental o
planejamento correto para que a mensagem seja transmitida de uma forma a
evitar o máximo de “ruídos” possível e atingir realmente o objetivo esperado.
EXEMPLO DE COMO PLANEJAR UMA APRESENTAÇÃO:
(Este é um exemplo fictício)
1) TEMA A SER ABORDADO: Liderança
2) PÚBLICO-ALVO: Gerentes já com mais de 10 anos no cargo, faixa etária
média de 45 anos
3) PROBLEMÁTICAS DIAGNOSTICAS PELA EMPRESA CONTRATANTE:
Problemas em exercer liderança. O diagnóstico levantado é que
esses gerentes agem como chefes e não como líderes. Não estão
obtendo os resultados esperados das equipes;
113
O curso é “in company”, ou seja, a empresa diagnosticou e
contratou o treinamento com um consultor. Os gerentes (pelo
menos não todos) talvez não estejam muito confortáveis com a
situação. Não estão participando por vontade própria.
Como os participantes não se inscreveram por conta própria.
Talvez já haja uma certa resistência;
Lembrando que minha apresentação deve ser entendida como uma “história”
(início, meio e fim) e cada parte dessa história será uma “cena”. Então se eu for
construir slides para ilustrar, cada slide será uma cena.
Aqui, partirei do pressuposto de que já escrevi um roteiro com todo o texto.
Então chegou a hora e imaginar como essa história será ilustrada. Existem 3
formas de desenvolver as ilustrações da “história” que estou contando (minha
apresentação) e dependo da mensagem que quero transmitir no momento,
escolho uma das três. Então, partindo de um trecho do meu texto no roteiro, um
slide pode conter:
SOMENTE UMA FRASE DE IMPACTO
SOMENTE IMAGEM IMAGEM + FRASE
Minha escolha será baseada no impacto que pretendo e preciso causar no
público. O público está mais ou menos aberto à minha mensagem? Essa é uma
das primeiras perguntas que devemos nos fazer.
Com base no diagnóstico (problemáticas) levantado acima pela empresa, posso concluir: Fato 1: o tema liderança é bastante amplo e cabe dentro de vários contextos. Nesse caso, o foco tem que ser nesse tipo de público e dentro dessa abordagem; Fato 2: o público-alvo são gerentes com faixa etária média de 45 anos (geração x) e estão há mais de 10 anos no cargo. Certamente não estão muito “confortáveis “com o fato de suas equipes não oferecer os resultados esperados; (aqui possivelmente tenho a resposta a minha pergunta: “O público está, mais ou menos, aberto à minha mensagem? ” ... eu diria que, provavelmente, está “menos aberto. ”
114
Fato 3: mesmo sabendo que, nesse caso, o problema se encontra na gestão, jamais poderei iniciar o treinamento com tom de “acusação”, pois imediatamente o público se tornará refratário às minhas ideias e o objetivo do treinamento não se consolidará; Fato 4: uma ideia é construir a história em cima da história dos gerentes. Falar sobre como a experiência deles pode ser transmitida de uma forma a “inspirar pessoas” = trabalho o “ego” e consigo “empatia”, para que no decorrer, eu consiga introduzir melhor as minhas ideias; Então como ficaria um slide modelo? Primeiro tento as 3 opções, partindo do trecho do meu texto:
TRECHO DE TEXTO DO MEU ROTEIRO Um líder não chega a um determinado ponto sem antes ter percorrido um longo caminho de conhecimentos, adversidades e vitórias. Tudo isso traz uma infinita e poderosa bagagem a ser transmitida e compartilhada às novas gerações. Liderar não se aprende em teorias, mas sim na prática diária do lidar com o outro, de entender o outro e assim partilhar aquilo que se tem de melhor no crescimento e desenvolvimento dessa pessoa.
AS 3 OPÇÕES PARA UM SLIDE:
OPÇÃO 1 - SOMENTE UMA FRASE DE IMPACTO
A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias
em pessoas comuns. (Abraham Lincoln)
115
OPÇÃO 2 - SOMENTE UMA IMAGEM
OPÇÃO 3 - IMAGEM + FRASE
Como foi a construção do meu pensamento: Baseada na conclusão do fato 3, cheguei primeiro a essa frase do Lincoln, a qual entendo como bem focada na mensagem que quero transmitir ao subconsciente dos gerentes: vocês são ótimos, têm um grande conhecimento e a equipe precisa absorver esse conhecimento. Com essa primeira mensagem tenho 2 objetivos:
1) Quebrar a barreira inicial de não se sentirem confortáveis com o treinamento;
2) Gerar empatia para que eu possa trabalhar com mais “terreno” as minhas ideias;
“A maior habilidade de um líder é
desenvolver habilidades
extraordinárias em pessoas comuns. ”
(Abraham Lincoln)
116
Então desta frase, criei um pequeno mapa mental para poder ter uma visão mais sistêmica e optar pela melhor forma de transmitir minha mensagem com o maior grau de impacto inicial:
Como a resistência do público à mensagem é maior, optei por utilizar a opção
3: IMAGEM + FRASE.
Por quê? Porque a imagem fala direto ao subconsciente. Se eles imaginam a
equipe como “simples gatinhos”, com o grande conhecimento e experiência
dos gerentes, eles poderão transformá-los em leões. Então a imagem
associada à frase do Lincoln, cria uma abertura na receptividade deles
(empatia), para que eu trabalhe o segundo ponto do trecho do texto que quero
transmitir (consta no trecho de texto do meu roteiro), citado acima:
Liderar não se aprende em teorias, mas sim na prática diária do lidar com o outro, de entender o outro e assim partilhar aquilo que se tem de melhor no crescimento e desenvolvimento dessa pessoa. Partindo desse trecho, vou percorrer o mesmo caminho na construção da minha mensagem.
117
Bem, quero que com essa aula, você perceba a importância do planejamento e da construção da linha de raciocínio. Você tem, a partir de agora, alguma dúvida de que esse planejamento lhe prepara potencialmente para uma apresentação? Quais são os benefícios?
Durante a criação, você já estará estudando e treinando, recheando sua mente com conteúdo. E o melhor: SEM DECORAR!!! Tudo está sendo guardado em sua mente, como um mapa mental.
Com essa segurança, seu medo e ansiedade de falar em público
viram pó!!!
Além disso, com todo o conteúdo muito bem armazenado em sua mente, as conexões neurais se tornarão poderosas para responder às perguntas e questionamentos com muito mais agilidade e segurança!!!
Portanto:
Planejar a apresentação é grande parte do percurso para o sucesso em sua COMUNICAÇÃO!
118
Aula 11
Para quem é a
apresentação?
119
PILARES ESSENCIAIS …
Toda sua comunicação, seja na forma de uma apresentação, deve ser voltada
para o público-alvo. É justamente para quem é a apresentação!
Então, sempre vamos validar nossa comunicação dentro desses 3 pilares, a
partir de um conhecimento mais profundo da nossa audiência:
Meu conteúdo e meu discurso estão alinhados com o interesse da
audiência?
Minha apresentação está concisa, sendo objetiva com o resultado que
estou buscando? Não será cansativa para as pessoas?
Apesar de concisa, minha apresentação tem informações essenciais e
relevantes para a compreensão da minha mensagem?
120
3 Dicas essenciais para manter a atenção da audiência:
Simplifique
Não canse as pessoas!
Sim! Menos é mais. Para uma ótima comunicação isso nunca foi tão verdade …
Quanto mais slides você colocar e mais detalhes por slide, menos gente vai ter
paciência para sua apresentação até o final.
Pense como seu público
Você não é o público da sua apresentação, mas sim, para quem é a sua
apresentação. Então não é a sua opinião a que mais importa.
Pense sob a ótica do seu público para saber quais são as informações mais
relevantes. Leia artigos e veja vídeos que falam sobre o que o mais valorizam.
Sua Comunicação está sempre em construção
Sem “Stress”. Sim, você vai começar a descobrir erros e acertos que cometeu
no processo de criação. Não se preocupe: sua apresentação estará em
constante atualização. O mundo muda. As pessoas mudam…
121
Um ponto muito importante para ambientar sua apresentação para
o público …
Dor X Expectativa
• As “dores” do público, são os problemas, sentimentos de medo, frustração,
obstáculos, perdas, ou seja, aquilo que ainda não foi preenchido por nenhuma
proposta de valor;
• As expectativas, por sua vez, são o que o público espera, anseia em conseguir
para acabar com suas dores;
122
Aula 12
Crie uma experiência
para o seu público
123
Como “pensar” uma apresentação e planejar dentro de uma lógica
persuasiva para levar o público à ação.
Agora, vamos partir do PLANEJAMENTO para ROTEIRO e depois para o SLIDE.
Abaixo, segue uma ideia da construção de um pensamento, baseada no
diagnóstico da problemática a resolver. Veja como é fundamental o
planejamento correto para que a mensagem seja transmitida de uma forma a
evitar o máximo de “ruídos” possível e atingir realmente o objetivo esperado.
EXEMPLO DE COMO PLANEJAR UMA APRESENTAÇÃO: (este é um exemplo
fictício)
4) TEMA A SER ABORDADO: Liderança
5) PÚBLICO-ALVO: Gerentes já com mais de 10 anos no cargo, faixa etária
média de 45 anos
6) PROBLEMÁTICAS DIAGNOSTICAS PELA EMPRESA CONTRATANTE:
Problemas em exercer liderança. O diagnóstico levantado é que esses
gerentes agem como chefes e não como líderes. Não estão obtendo os
resultados esperados das equipes;
124
O curso é “in company”, ou seja, a empresa diagnosticou e contratou o
treinamento com um consultor. Os gerentes (pelo menos não todos)
talvez não estejam muito confortáveis com a situação. Não estão
participando por vontade própria.
Como os participantes não se inscreveram por conta própria. Talvez já
haja uma certa resistência;
125
Aula 13
Você é o protagonista
126
FOCANDO NA EXPECTATIVA DO PÚBLICO …
A “atração” de sua apresentação
• A premissa ao lado é o resumo literal da estrutura de uma apresentação;
• Lembra-se do 1º princípio para apresentações de sucesso?
• As pessoas somente mostrarão interesse e lhe darão atenção, quando
perceberem um BENEFÍCIO (uma proposta de valor) em sua apresentação;
127
Onde nasce a apresentação?
• Nossa mente é a nossa ferramenta de criação .... É aonde nascem as ideias;
• Então, o apresentador é a APRESENTAÇÃO;
• Qualquer meio utilizado além do apresentador é apenas a expressão do
raciocínio ... é a “ilustração”, o “cenário” da apresentação;
128
Onde mora a apresentação?
• Imagine que você chega para fazer uma apresentação e acontece algo
inusitado e você não tem como projetar sua apresentação;
• Alternativa 1: sai correndo?
• Alternativa 2: senta e chora?
129
Você é a apresentação ...
• Se você estiver bem preparado, nenhuma das alternativas anteriores;
• Então, a apresentação deve morar em sua mente e vou além ... Também em
seu coração;
• Pois é com entusiasmo e uma grande vontade de transmitir algo, que você se
conecta com sua audiência;
130
Fazendo uma aliança com seu público
• E quando as pessoas de identificam com sua apresentação (VOCÊ) e com a
história que você está contando ...
• Você consegue formar uma aliança com seu público, porque eles enxergam
uma proposta de valor;
131
Porque você é muito mais do que um currículo ...
• Qual são os valores que norteiam a sua vida?
• O que você tem de especial para entregar às pessoas?
• Quais são as expectativas das pessoas em relação a você?
Reflita profundamente sobre isso …
132
Exercício 11
Colocando a mão na massa
Fazendo uma apresentação, com base no esquema de argumentação persuasiva de
Aristóteles, facilmente adaptada para, vender uma ideia ou um projeto, apresentar um
ponto importante em uma reunião, apresentar uma proposta de venda e,
principalmente, para entrevistas de emprego.
A persuasão se dá a partir de uma proposta de “raciocínio lógico”.
133
Orientações
Temos as 5 frases, que neste exercício estão fazendo o papel do “tema” da
apresentação:
Veja agora um exemplo do exercício feito por mim e a minha frase preferida:
Aqui, eu acrescentei mais um item no modelo de roteiro, que está
designado. É o item “Valores”;
É importante porque dá um “propósito” à apresentação. A defesa e
sustentação ficam mais firmes.
134
Problema X Solução
Parto para fazer a colocação do problema, baseado na minha proposta de
valor e da história que contei;
Uma vez o problema colocado, eu faço a sugestão de uma solução;
135
Sustentação da argumentação
Ao sugerir uma solução eu faço a “sustentação” da minha colocação com
os benefícios obtidos a partir da minha proposta de solução;
Como é uma apresentação de segue um processo de raciocínio lógico,
naturalmente já motiva as pessoas à análise e ao questionamento;
Então é hora de criar a interatividade, o momento da troca de ideias: a hora
de “incitar” as pessoas à ação …
Como levar as pessoas à AÇÃO!
É recomendável fazer esse exercício várias vezes após o curso, até se habituar a
construir facilmente um esquema de argumentação lógica. Lembrando que a prática,
leva à perfeição!
Planejando uma apresentação
Dica esperta! A prática e a repetição levam à perfeição …
1. Faça o exercício do Jogo das Frases, várias vezes, com frases diferentes.
Escolha frases com as quais você se identifica.
2. Uma dica bem legal é depois de criado o roteiro, ensaie a apresentação,
fazendo filmagens com seu celular mesmo. Mostre para algumas pessoas.
Peça sugestões.
3. Depois, passe a utilizar esse modelo para vender ideias, projetos,
apresentações de vendas, processos seletivos, entre outros.
136
Aula 14
Construção da persona!
137
Para quem vamos falar …
Público-Alvo X Persona
Para quem vamos falar …
Público-Alvo X Persona
138
139
140
141
142
Aula 15
Planejamento e roteiro
143
As apresentações do TED Talks – no módulo anterior, compartilhei o link da
plataforma deles no Youtube - têm atraído muita audiência ao redor do mundo,
ao longo dos anos. E por quê?
Porque traz um modelo que é o que mais atende às atuais demandas de
comunicação em todos os âmbitos, principalmente no corporativo:
E quem não quer ter uma comunicação assim?
Quando você começar a planejar sua apresentação, não importa quanta
informação será colocada – este é o momento da construção do
conhecimento.
Nesta fase, mesmo sem perceber, você já estará “treinando” sua apresentação
e formando uma rede sólida de “conexões neurais” que lhe darão a segurança
para responder perguntas, debater críticas e utilizar o “improviso funcional”.
É todo o conhecimento que você levará para sua apresentação – mas não
nos slides – e sim em sua mente, para que possa resgatar toda informação
necessária, no momento certo e sem esquecimentos!
“Uma apresentação do TED tem de ser uma jornada na qual os pensamentos de
quem está no palco, reverberam para o público. ”
(Chris Anderson, presidente do TED Talks)
)
Falar pouco, de forma CONCISA e OBJETIVA, com RELEVÂNCIA para o
público, atingindo RESULTADOS POTENCIAIS.
144
O roteiro tem muita importância para a riqueza do seu conteúdo – ele pode ser
considerado a alma de sua apresentação! Veja: grandes produções
cinematográficas vieram de livros. Importantes palestras saíram de livros.
Ainda tem dúvidas sobre o potencial do roteiro para o sucesso de sua
apresentação? Então, mãos à obra! Ponha-se a escrever ...
Mas antes, vamos a alguns conceitos importantes …
CONTEXTUALIZAÇÃO
A sua mensagem / ideia tem que “se reconstruir” na mente do público. Para
isso, todo o seu planejamento precisa estar voltado a que sua mensagem faça
parte dos pensamentos e emoções das pessoas.
Todo processo de comunicação tem um objetivo. Você precisa partir do ponto
A para o ponto B. Quanto mais polêmico e complexo for o seu tema, mais
argumentos (emocionais e lógicos) você terá que gerar.
Criar um processo de COMUNICAÇÃO, seja as conversas no dia-a-dias, as
relações humanas, apresentações, vendas, treinamentos, reuniões, feedbacks,
entre outros, exige o ato de “plantar uma ideia na mente da audiência. ”
E o que isso significa? Significa que se minha apresentação não levar o público
a um novo patamar (ser capaz de mudar a visão de mundo das pessoas), ela
não terá atingido seu objetivo principal.
Então, procure ser menos “mecânico”, levando conceitos, teorias infindáveis e
seja mais AUTÊNTICO! Certamente você tem experiências a compartilhar.
Bingo! O público está sedento por isso!!!
CONTEXTUALIZAÇÃO
Essa é uma das ferramentas mais importantes para o engajamento do público.
Somente quando as pessoas percebem “sentido” no que está sendo dito, elas
conseguem realmente manter a atenção na mensagem.
A falta de contextualização no planejamento da apresentação é um grande e fatal
erro!
Lembre-se: a apresentação é para seu público e NÃO PARA VOCÊ!
Todo o seu conteúdo precisa ser “CODIFICADO” para o modelo mental da
audiência. Aí sim, haverá a DECODIFICAÇÃO e o entendimento da mensagem.
Assim, você precisa partir do conhecimento, crenças e experiências das pessoas,
para depois, construir suas argumentações.
Seguindo o método, você chegará a um resultado surpreendente!
145
LINHA MESTRA
Outro ponto importante a considerar na roteirização de uma apresentação é,
segundo o TED Talks, a definição de uma LINHA MESTRA.
Ao fazer uma apresentação você tem que entregar algo realmente VALIOSO
para as pessoas. Algo que elas possam levar consigo e que venha a impactar
suas vidas. Se isso não ocorre, o máximo que você conseguiu foi apenas
“entreter” as pessoas.
A LINHA MESTRA une todos os elementos da narrativa.
146
147
Modelo de roteiro
Exercício 12
Construindo um roteiro
MODELO DE ROTEIRO PARA APRESENTAÇÕES
Escolha um tema que tenha conhecimento
Para qual público irá falar?
Qual a faixa etária?
Qual a ocupação? Cargos?
Qual a formação?
Qual a expectativa desse público sobre seu tema?
Quais as possíveis perguntas?
Quais as possíveis críticas?
148
Faça aqui a descrição do tema (um resumo sobre o que irá apresentar)
149
Faça aqui a ordem da apresentação:
TÍTULO:
OBJETIVO:
VAI TRATAR DE QUAL PROBLEMÁTICA:
ABERTURA:
DESENVOLVIMENTO:
CONCLUSÃO E FINALIZAÇÃO:
150
FAÇA AQUI SUAS ANOTAÇÕES PARA A APRESENTAÇÃO:
151
Aula 16
Design e imagens
Como montar uma apresentação
152
Além de aprendermos técnicas de apresentação e como podemos gerenciar
nossas emoções, driblando o medo e a ansiedade ao falar em público, também
precisamos, ao menos, termos uma noção sobre design de slides, pois eles –
bem feitos - são uma importante ferramenta de ajuda para atrair e manter a
atenção da audiência em sua apresentação.
Para reforçar ainda mais o que já vimos nas aulas anteriores, vamos elencar
mais alguns pontos que lhe ajudarão nessa organização. Se ficou ainda alguma
dúvida sobre o que falamos anteriormente, estes pontos poderão
complementar. Afinal, sabendo que planejou e criou uma ordem de raciocínio,
sua ansiedade já será potencialmente controlada.
Vamos aos pontos essenciais:
TEMA
Você precisa ter a certeza de que conhece com profundidade seu tema.
Responda às seguintes questões:
Estou atualizado?
Quais os diversos pontos de vista, que são diferentes dos meus?
Quais as perspectivas para os próximos meses ou anos?
Tem alguma pesquisa, estudo ou reportagem (de fontes confiáveis) que eu possa
utilizar para reforçar meus argumentos?
Existe alguma história (pessoal ou de terceiros) que posso utilizar para ilustrar
meu conteúdo?
“Imaginar é o princípio da criação. Nós imaginamos o que desejamos,
queremos o que imaginamos e, finalmente, criamos aquilo que queremos. ”
(George Bernard Shaw)
153
PÚBLICO
Você precisa ter a certeza de que conhece com profundidade seu público.
Responda às seguintes questões:
Quem é meu público? O que faz? Qual a sua formação? Faixa etária? Região
demográfica?
Quais as suas expectativas em relação ao meu tema?
Vieram por livre e espontânea vontade ou foram condicionados?
É um público de conhecimentos mais técnico? São líderes? São estudantes?
De acordo com os diversos pontos de vista sobre o tema, quais as possíveis
perguntas que surgirão?
E críticas? Quais seriam as possíveis?
O que eles provavelmente já sabem sobre o assunto? O que você poderia acrescentar?
CRÍTICAS E QUESTIONAMENTOS
Como lidar?
Responda às seguintes questões:
Pessoas que pensam exatamente como eu, porém não conhecem o tema com
profundidade. Quais seriam as possíveis perguntas?
Pessoas que pensam diferente de mim. Quais seriam as possíveis críticas?
Como estarei preparado para responder e argumentar? *
154
ESTILO DE COMUNICAÇÃO
De acordo com meu público e meu tema. Qual será meu estilo?
Responda às seguintes questões:
Mais formal? Ou posso ser informal?
Caberia utilizar alguma dose de humor?
Posso usar linguagem técnica ou terei que utilizar recursos didáticos mais metafóricos? *
Minha performance de palco: como utilizar a voz e as expressões corporais? *
MANUTENÇÃO DA ATENÇÃO
Quais minhas estratégias de manutenção da atenção da minha audiência?
Responda às seguintes questões:
Qual o tempo que tenho
Como vou iniciar?
De acordo com o tempo da apresentação. Como vou manter a audiência? (Você
sabia que nosso grau de atenção dura ciclos de 10 minutos? Isso significa que a
cada 10 minutos, é preciso criar algum recurso para ativar novamente a atenção)
*
Como irei finalizar? Que mensagem quero deixar? Qual ação espero das pessoas ao saírem da minha apresentação?
155
Bem, a essa altura você já sabe o porquê provavelmente não obteve muito
sucesso em apresentações anteriores. Posso apostar que não houve uma
preparação assim tão minuciosa, não é mesmo? Então, certamente você
também imagina que fazendo um bom planejamento e gerando boas
estratégias, seus medos e suas ansiedades também serão reduzidas e,
drasticamente!
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que
ensina. ” (Cora Coralina)
O SLIDE
Lembrando:
O slide não é sua apresentação. Sua apresentação é VOCÊ!
Jamais inicie a montagem de sua apresentação pelo slide. Crie antes um roteiro (sua criatividade ficará muito mais ampla);
O slide é o cenário, mas o artista principal é VOCÊ!
DICAS*:
O tamanho das letras dependerá de onde será projetado, porém normalmente
você poderá utilizar para títulos (40) e para frases (24);
Veja assim: a apresentação é a HISTÓRIA, cada slide é uma CENA dessa história;
Cada slide precisa transmitir um ponto específico da sua mensagem, para que a
atenção do público não fique dispersa. Prefira uma imagem e, no máximo, uma
imagem e uma frase;
Utilize contrastes de cores entre fundo e letras (mas que facilitem a leitura e não cansem os olhos)
Procure utilizar um padrão, para que seus slides não fiquem “festivos” demais;
Não coloque textos! Ainda mais se irá ler o que está escrito!
156
Módulo 6 – Condução da apresentação
157
Aula 17
O maestro da Arte da
Apresentação
158
COMO FALAR EM PÚBLICO COM SUCESSO
É muito importante, algumas vezes, dar um passo para trás e colocar o ato de
falar em público em perspectiva.
Falar em público é uma atividade humana, uma necessidade constante,
principalmente no ambiente de trabalho. Podemos decidir continuar com medo
ou ansiedade … ou talvez, “estacionados” nessa habilidade … ou ainda, bem
melhor: decidirmos potencializar essa atividade.
TEMPO = SUCESSO, PORÉM COM RELEVÂNCIA
159
Os discursos (desde a comunicação no dia-a-dia, até apresentações mais
complexas), devem ser cada vez mais curtos:
Cada vez mais eles são medidos em minutos. Devem ser assim planejados:
por minutos.
Seu conteúdo deve ser interessante para a audiência. Não adianta sua fala
ser breve, se não for relevante. Todos os minutos da sua fala, devem
retornar para o público e reverberar sua mensagem de forma a levá-lo à ação.
Mas, lembre-se: nesses minutos muito bem planejados, não basta somente O
QUE você irá falar, mas principalmente COMO você vai entregar sua mensagem
– 93% da comunicação é não-verbal.
Como já vimos, o ensaio é um passo muito importante e não deve ser
esquecido. Não basta preencher seu discurso apenas com palavras: pausas,
gestos e silêncio são uma composição muito importante para o envolvimento
do público.
Faça sua mensagem ser uma nova versão do que pode ser uma
antiga verdade.
160
O seu esforço mais importante para ser um COMUNICADOR DE SUCESSO é
encontrar sua “voz”. Ou seja, encontrar a sua MARCA NA COMUNICAÇÃO.
Sabemos que o cérebro humano se interessa por assuntos novos, curiosidades
ou sobre um tema colocado sob uma nova perspectiva.
Mas, sabemos também, que muito do que vamos compartilhar em nossa fala,
não é uma grande novidade para as pessoas.
Sim! Precisamos colocar a nossa mensagem de uma forma
“atrativa”, mas não devemos ficar obcecados com o conteúdo. Perdemos
muito tempo em sobre O QUE será falado e, na maioria das vezes,
acabamos falando “mais do mesmo”.
Devemos, sim, ficar obcecados em dar uma “nova roupagem” à nossa voz. À
nossa “marca” na comunicação.
Diferentes públicos precisam de diferentes abordagens
O erro que a maioria de nós cometemos é querer falar muito em pouco tempo.
Queremos mostrar “conteúdo”. Queremos mostrar que sabemos muito e que
dedicamos longas horas e dias na preparação da apresentação. O conteúdo
fica “raso”.
161
Devemos encontrar a relevância … os públicos são heterogêneos … estão em
lugares diferentes, ou diferentes níveis de habilidade, ou têm problemas
diferentes.
Então, ao invés de tentar despejar tudo o que você sabe, comece a dedicar seu
tempo no planejamento para descobrir o que você vai deixar de fora. Esse é um
exercício complexo, mas oferece uma alta performance para apresentações de
sucesso.
Seu público agradece!!!
AH! O ENSAIO … mas ele é tão importante assim?
A alta performance em sua comunicação não pode depender de ensaios, onde
o discurso fica apenas na sua cabeça!
Definitivamente, esse não é o ensaio! Lembre-se: 93% da comunicação é não-
verbal …
162
Parece engraçado falar isso, mas você precisa usar o seu corpo para dar
incorporar o seu discurso … para ensaiar … porque nós incorporamos nossas
emoções primeiro, para depois descobrirmos o que eles representam para nós
(têm sentido), para aí sim, fazer sentido para a audiência.
SEU DISCURSO NUNCA SERÁ FEITO DUAS VEZES
Mas, como assim?
Todo discurso, toda apresentação … enfim sua COMUNICAÇÃO deve ser
SEMPRE adaptada a audiência específica.
Sim! Os principais pontos podem ser semelhantes, ou talvez, os mesmos, mas
você sempre precisa personalizar a sua apresentação para um público
específico, porque se você não fizer isso, significa que você não está pensando
sobre esse público, tanto quanto você precisa. E o resultado será a percepção
do público sobre isso.
Você perderá a conexão da audiência com a sua
mensagem!
163
Aula 18
6 passos para o show
164
Veja o potencial desta frase de Confúcio! Contar histórias é um instrumento
fantástico nas apresentações, mas instrumentos sozinhos não compõem uma
orquestra! Então, ao utilizar todos de uma forma bem harmônica é o sucesso
para a atenção e o reconhecimento do público. Tudo, muito bem estruturado
envolve e inspira pessoas.
Aqui quero transmitir a vocês 6 passos essenciais para ajudá-lo na condução
de sua aula, reunião ou apresentação. Nada pior e mais desgastante
emocionalmente, do que iniciar uma apresentação sem antes ter preparado um
passo a passo, dividindo o tempo e as fases em ordem de importância.
Aqui vai ...
PASSO 1 – SEJA CORDIAL
Como assim? Mas é lógico que eu irei cumprimentar as pessoas. Ah!!! Acredito em
você. Mas, será que utilizará o tempo para se conectar com as pessoas?
Ser cordial no início da apresentação vai muito além de ser educado ou simpático. Ora,
isso é obrigação!!! Quando falo em ser cordial, falo em procurar gerar empatia. Ou seja,
colocar-se no lugar do outro. Trazer as pessoas para “caminharem” com você durante
sua apresentação. Vamos dar dois simples exemplos de entonação:
Exemplo 1 (simpatia):
“Boa noite (sorriso). Eu sou “fulana de tal”, sou formada em ...
Exemplo 2 (empatia):
“BOA NOITE!!! (entusiasmo). Estou realmente muito honrada em estar aqui esta noite
para poder compartilhar com vocês sobre um tema que realmente tenho muita paixão! E
espero estar à altura das expectativas de todos vocês, pois quero que vocês saiam
daqui com a vontade de multiplicar essas ideias. Inspirar pessoas é gerar uma corrente
do bem, uma corrente para novas ideias, para lidar com as mudanças ... bem eu sou
“fulana de tal” ... Viram a diferença? Seu público está realmente interessado em saber: “por que eu tenho
que lhe dar o meu tempo? ” ou “o que eu ganharei com sua apresentação? ” Quando eles
já estiverem confortáveis com isso, se interessarão em conhecer seu currículo. Dica: faça, desde o início as pessoas se sentirem parte da apresentação
“Conte-me e eu esqueço. Mostre-me e eu apenas me lembro.
Envolva-me e eu compreendo. ” (Confúcio)
165
PASSO 2 – CONQUISTANDO AS PESSOAS
Aqui, seu empenho deverá ser redobrado em duas situações em especial:
Seu tema é bastante polêmico? Já sabe de antemão que as opiniões serão
divididas. Principalmente se o público contrário já sabe qual é o seu
posicionamento, por já ter lido artigos ou livros seus, ou mesmo já ter visto
vídeos.
O público não veio por iniciativa própria? As pessoas foram inscritas pela
empresa?
Bem, aqui você entende que há divisões e restrições. Conquistar as pessoas logo de
início é questão de sobrevivência para sua apresentação. Mas não precisa se
desesperar, existem algumas estratégias que ajudarão bastante a conquistar sua
audiência.
Vamos lá .... Se o público não veio pela própria vontade (isso acontece muito em cursos abertos
quando a empresa inscreve o colaborador ou em cursos in company):
Quais seriam os assuntos de interesse dessas pessoas (independente da
apresentação). Algum tema que teria ligação com o que você vai falar? Poderia
fazer uma conexão? Iniciar com uma frase de impacto ou um vídeo? Talvez uma
história?
Ou, dentro do seu tema, existe um assunto que você descobriu, que seria
interessante para despertar a curiosidade dessas pessoas? O que poderia
“quebrar” a apatia inicial?
Agora, se o público é um público com divergência de opiniões, por ser seu assunto um
tema polêmico:
Jamais inicie colocando seu ponto de vista. Isso soa como uma imposição e, de
imediato, cria um muro enorme entre você e as pessoas que pensam o contrário
de você;
Comece com imagens impactantes, com uma história envolvente. Esse conteúdo
não deverá demonstrar logo de início sua posição. Deverá mostrar situações
(causa e consequência). É o que chamamos na oratória de “zona neutra”, ou seja,
o lugar aonde as ideias opostas encontram alguma concordância. O objetivo
primordial aqui é levantar reflexões. Quebrar paradigmas. Isso não garante que
as pessoas passarão a pensar de modo diferente, mas, pelo menos, desarma um
pouco as posições, propiciando um debate mais saudável;
166
PASSO 3 – QUAL SERÁ O CONTEÚDO
Não precisa “desfiar o rosário” (risos). Seja breve, mas procure descrever sobre o que
será tratado durante a apresentação:
Não coloque aqui um sumário. Comece citando assuntos mais relevantes e que
despertem o interesse;
Estratégia do gancho de palavras-chave: separe dois desses pontos que deverão
ser os que mais fizeram as pessoas comparecerem à sua apresentação e diga:
“vamos falar também sobre o medo de falar em público ... no decorrer da
apresentação vou ensinar a vocês como aprender a gerenciar suas emoções,
através de um exercício bem simples, mas muito, muito eficiente! ”
Viu o poder dessas palavras?
1) Tema de interesse: medo de falar em público (considerado um dos maiores
medos da humanidade)
2) Conseguir realizar: Aprender a gerenciar as emoções (isso é geralmente muito difícil para as pessoas)
3) Facilitar a conquista: exercício bem simples
4) Garantia do resultado: muito eficiente!
Você tem alguma dúvida de que se você estudou bem seu público e tem a certeza de
que a maioria está lá porque tem medo de falar em público, ao utilizar essa estratégia
vai manter bem atenta sua audiência? Mas ... mais uma vez escrevo aqui .... Você tem alguma dúvida de que se planejar seu
discurso, seu domínio será muito mais poderoso? E que seus medos e suas ansiedades
estarão sob controle?
PASSO 4 – QUAL A PROBLEMÁTICA A RESOLVER
Dependendo do assunto a tratar em sua apresentação, talvez tenha como objetivo a
solução de um problema. Se for esse o caso, você poderá utilizar como estratégia,
trazer as pessoas para o debate logo no início. Aqui cabe uma das premissas da
oratória:
Ao falar em público, FALE COM pessoas e não FALE PARA pessoas. Parece
simples? E é? Não é muito mais interessante tratar sua apresentação como um
diálogo com sua plateia? Quando você se coloca em uma posição de abertura ao
167
diálogo, as pessoas se sentem atraídas a participar. Esse estilo pode ser muito
bem aplicado em uma reunião na empresa, por exemplo. Ou também em uma
apresentação que você precisa do maior número de adesão das pessoas, ou
cabe muito bem também para uma aula.
EXEMPLOS:
1) Reunião na empresa: O líder, ao invés de expor o problema e já trazer uma solução, muitas vezes não
consegue a adesão (emocional) à sua ideia, mas somente a adesão compulsória.
Ou seja, as pessoas fazem por obrigação, não por se sentirem parte do projeto.
Quando o líder inicia a reunião com a problemática e coloca a questão para
debate (mesmo já sabendo a solução), torna a equipe mais coesa e, portanto,
mais produtiva;
2) Adesão necessária:
Por exemplo, em 2014, o estado de São Paulo passou por um grave problema de
falta de água. Então como conscientizar as pessoas da necessidade de
economia? Como levar palestras de conscientização a todos as classes da
população?
PASSO 5 – DESENVOLVIMENTO DO TEMA
Neste momento você já fez a introdução, já criou a empatia com as pessoas, já colocou
quais os temas serão discutidos. Então está entrando no desenvolvimento do tema em
si. Este é o momento da maestria. Você tem que estar atento às respostas do público
(postura corporal, fisionomia, interesse) e por isso é de fundamental importância que
você esteja praticando todas as táticas de gestão emocional.
Pense em sua apresentação com um ORGANISMO VIVO. Sim! O fato de você ter feito
um planejamento, ter criado um roteiro, ter gerado uma story board, ter montado uma
apresentação brilhante e, principalmente ter ensaiado sua apresentação, ela não está
pronta! Mas como assim, não está pronta? É isso mesmo ... Por acaso você está se
dirigindo a um muro ou a pessoas? Não havia pensado dessa maneira?
Sim, sua apresentação foi muito bem estruturada para “circular” o mais à vontade
possível dentro de um ambiente de construção de conhecimento. Agora é você e o seu
público e a qualidade dessa interação fará toda a diferença no resultado esperado:
168
Se quer passar uma mensagem Quer entendimento do público
Se quer resolver um problema Quer a solução por parte do público
Se quer mudar uma atitude Quer que as pessoas saiam dispostas a
mudar
Se quer transmitir conhecimento Quer que as pessoas aprendam
Enfim, essa construção somente se dá à base de troca. Comunicação é uma via de mão
dupla. Então como manter a audiência e o interesse das pessoas?
Lembrando que, como já comentei, estudos científicos afirmam que a atenção do
cérebro humano cai a cada 10 minutos, mesmo que o assunto seja interessante. Alguns
fatores são associados a essa reação, mas não é o caso do nosso estudo no momento.
O que importa aqui é sabermos que, ao planejar a apresentação, temos que programar
os recursos que utilizaremos para atuar nessa queda de atenção.
DICAS:
Não transmita informações (atualmente as pessoas têm acesso imenso a
informações). Mas, procure criar uma “experiência” para sua plateia. Já ouviram
falar de marketing da experiência? Lojas que possuem perfume próprio e sempre
que vocês sentem no olfato, imediatamente sua mente se reporta à marca. Ou
lojas de eletroeletrônicos aonde as pessoas podem utilizar os produtos (sentar
em uma poltrona para assistir à TV de última geração ou testar novas
tecnologias). O próprio test drive nos automóveis. Tudo isso é para causar a
experiência do cliente. Fazer com que ele se sinta fazendo parte. Então, que
EXPERIÊNCIA para seu público você está programando para sua próxima
apresentação?
Planeje recursos para que sejam utilizados durante o contexto:
Em minhas palestras, percebo que as pessoas gostam muito quando levo
resultados de pesquisas e estudos, comprovando minha fala. Mas é fundamental
que sejam de fontes realmente confiáveis, senão acabam não gerando a
credibilidade esperada e demonstra pouco conhecimento e falta de preocupação
de sua parte;
169
Outro recurso bem legal e que as pessoas gostam muito é quando conto
histórias. Evidentemente são histórias dentro do contexto. Quando a história é
sobre minhas experiências, percebo que a conexão é ainda maior. Mas você
poderá utilizar história de terceiros, desde que consiga impregnar com a emoção
necessária. As histórias podem ser contadas de duas maneiras: em forma de
NARRATIVA* e em forma de DRAMATIZAÇÃO*. Ambas são interessantes e
podem ser usadas de acordo com o momento.
O importante é você “ILUSTRAR” sua apresentação. Dê VIDA e MOVIMENTO e
certamente irá conectar as pessoas. Mostre gráficos, passe trechos de filmes, se
for possível, faça alguns exercícios com as pessoas;
A troca com o público gera a sensação de pertencer a algo e a possibilidade de
desconexão é bem menor;
PASSO 6 – ENCERRAMENTO
Neste ponto existem algumas dicas para que você obtenha o resultado esperado de sua
apresentação e venha atingir o objetivo central. Esse é um momento muito importante.
É o momento do “gran finale”.
DICAS:
Em primeiro lugar, se falar: “bem agora para terminar” ... TERMINE mesmo! Nada
pior para o público (mesmo que tudo esteja correndo bem) ouvir essa frase e
apresentação continuar parecendo não ter mais fim. Quando você fala essa
frase, automaticamente o cérebro registra e já começa o processo de
encerramento de atenção do público. Então ser for terminar ... termine!
“Bem, agora para terminar vamos recapitular todas as 100 dicas que dei durante
a palestra” ... por Deus!!! Não faça isso!!! Sim, é importante você recapitular, mas
fique atento aos pontos mais importantes e de maior destaque. Podem ser já
planejados ou então, pontos que você descobriu durante a apresentação, serem
de grande interesse para as pessoas. O essencial é que você escolha, no
máximo, 3 pontos;
Após essa explanação, convide as pessoas a refletir sobre esses pontos. Você
poderá, dependendo do tema, passar um exercício para que façam
tranquilamente e depois lhe deem feedback por e-mail, por exemplo. É uma
forma de se manter conectado com o público, até para futuras indicações de seu
trabalho e também para ampliar sua rede de relacionamentos;
170
Você poderá criar um grupo de discussão em alguma rede social;
Deixe uma mensagem realmente profunda e envolvente. Você pode terminar com
uma música que remeta à ideia central;
Você pode também terminar deixando espaço para perguntas ou até para um
debate. Nesse caso, inclusive, você poderá ter um convidado (que seja uma
referência na área) para ser entrevistado;
Enfim, esse final será o tom da sustentação de seus argumentos e é muito importante
seu planejamento ponto a ponto. A mensagem que quero deixar ao fim deste capítulo é: quanto mais você se envolver
com o seu tema, pesquisar, escrever o roteiro, estudar seu público, mais e mais essa
apresentação fará parte de você e não será algo isolado. Pense nisso ...
QUANDO VOCÊ NÃO SE PREPARA
ADEQUADAMENTE PARA SUA
APRESENTAÇÃO, EXISTE:
QUANDO VOCÊ SE PREPARA E SE
ENVOLVE COM SUA
APRESENTAÇÃO:
VOCÊ É A APRESENTAÇÃO VOCÊ É A APRESENTAÇÃO
Essa simples mudança de acento, faz toda a diferença em sua segurança ao falar em
público!!!
“O medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-
lo, outras - acho que estou entre elas - aprendem a conviver com ele e o encaram
não como uma coisa negativa, mas como um sentimento de autopreservação. ”
(Ayrton Senna)
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Aula 19
Como ativar a
atenção das pessoas
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PSICOLOGIA COGNITIVA
Segundo teóricos da Psicologia Cognitiva como Jean Piaget e Lev Vygotsky,
temos quatro importantes conceitos sobre a aprendizagem:
1) Atenção: concentra e mantém o interesse na aprendizagem.
2) Emoção: atua no processo de retenção de informação.
3) Motivação: ativa a vontade de aprender.
4) Memória: conhecimento prévio e contextualização efetivam a
formação da memória.
Tanto a Neurociência quanto a Psicologia Cognitiva nos ajudam a entender
como se processa a aprendizagem:
Neurociência: trata experimentos sobre a bioquímica cerebral. O avanço
tecnológico também traz a possibilidade de utilização de aparelhos como
tomografia e ressonância magnética que facilitam a observação de alterações
cerebrais, corroborando os conceitos acima mencionados.
Psicologia Cognitiva:
Experiências comportamentais comprovam, atualmente, que esses conceitos
estão cada vez mais presentes em como o cérebro aprende e mantém o
conteúdo contextualizando com seu conhecimento, experiências e vivências.
E como esse conhecimento pode contribuir para professores, instrutores e
consultores de treinamento?
Vamos ver …
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STORYTELLING
“As histórias atraem as pessoas, captam sua atenção e são mais facilmente
memorizadas do que listas de regras. Grandes ideias e apresentações,
portanto, devem ser parte de uma história. ” (Garr Reynolds)
E por que histórias?
Porque há estudos que confirmam que o cérebro humano se
mostra muito mais receptivo à aprendizagem através de histórias
do que fatos, dados e puros conceitos.
Mesmo ao apresentar dados, temos que ter em mente que, números não falam
por si. Sempre precisamos ter um embasamento como “pano de fundo”. Ou
seja, cada número tem uma história por trás.
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Aula 20
Improvisando com
criatividade
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PSICOLOGIA COGNITIVA
Nossa mente e a criatividade
• Nossa capacidade de conexão de ideias é uma rede muito mais ampla do que
imaginamos;
• Como sabemos, não usamos toda a capacidade de nosso cérebro e, por isso,
muitas vezes, sentimos falta de sermos mais criativos;
• Mas é possível que a criatividade seja desenvolvida, ou é um privilégio de
algumas pessoas?
Pensar “FORA DA CAIXA”
• E é justamente através de nossas conexões neurais que ocorrem os famosos
“insights” (ideias inovadoras e criativas);
• Certamente vocês já ouviram a famosa frase: “pensar fora da caixa”. E o que
isso quer dizer?
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• Quer dizer que quando mudamos um ponto de vista e procuramos “dar um
outro olhar” para algo, formamos novas conexões neurais;
Penar diferente faz parte do processo criativo
• E isso acontece naturalmente?
• Não acontece! Devemos estimular!
• Na figura anterior os neurônios não tinham estímulo – então mantinham a
“mesma conversa”;
• Agora, conforme a figura ao lado – que recebeu estímulo - os pontos de luz
correspondem às “novas conversas”;
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Aula 21
Improviso
Exercício guiado
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Exercício 13
Improviso: qual é a sua história?
ORIENTAÇÕES
1) O objetivo deste exercício é para trabalhar: - Improviso - Criatividade - Storytelling
2) Com as 6 imagens aleatórias você vai construir sua história;
3) O que você deve saber:
- Veja as imagens na sequência (exatamente como se
estivesse fazendo uma apresentação);
- No surgimento da primeiroa imagem, você deverá iniciar
uma história (baseado no que a imagem significa para
você, dentro de um contexto);
IMPORTANTE!!! Não pode mencionar o que é a imagem e sim o que ela significa. Por exemplo: se aparece a imagem de um tijolo, não pode falar sobre o tijolo (nem a palavra tijolo), mas sim um significado da imagem dentro do contexto da história que estiver contando. Por exemplo: Errado: “Este tijolo geralmente é utilizado para pequenas construções …” Correto: “Entendo que a nossa vida é uma eterna construção. (aqui simbolizado pelo tijolo na imagem) Por isso, devemos sempre estar abertos a novas aprendizagens para o nosso desenvolvimento.”
Exemplo: veja essa sequência de slides
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Como poderia ser a história: Imagem 1 = vivemos em grandes metrópoles, porém sentimos cada vez mais a solidão que nos cerca diariamente. Milhares de pessoas vivendo, mas não convivendo. (note que vi a imagem e a coloquei dentro de um contexto) Imagem 2 = quando conseguimos encontrar algum ambiente aonde é possível nos libertar, ao menos, por algumas horas, uma energia acaba nos contagiando e nos aproximando mais de outras pessoas. Imagem 3 = e mesmo na solidão das grandes metrópoles, nós ainda nos deparamos com algumas pessoas com as quais criamos laços mais afetivos, talvez por afinidades de ideias, ou simplesmente, porque fomos feitos para compartilhar. A ideia é essa. Essas três imagens poderiam contar outras tantas histórias, completamente diferentes. O importante a salientar para os alunos é a regra de não poder falar o nome da imagem e que a história tem que ter uma sequência lógica, tem que ter um sentido, aonde uma imagem dá sequência à outra e assim por diante.
a) A criatividade é trabalhada com a ruptura (uma vez que a pessoa não pode falar o nome da imagem, ela força sua mente a encontrar um contexto para a imagem);
b) O improviso surge da capacidade criativa de gerar as conexões e criar uma história;
c) E, por fim, o storytelling surge pelo desenrolar de um processo lógico entre as imagens, formando a história;
Agora faça seu exercício com as imagens a seguir, você pode praticar infinitamente selecionando outro grupo de imagens:
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Pratique várias vezes.....
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Espero que, com este curso, eu tenha alcançado este objetivo: fazer a
diferença, mesmo que pequena em sua vida.
Quero aqui, não deixar uma mensagem final, pois a aprendizagem não tem fim
e como já dissemos neste curso: o ser humano está em constante construção.
Através dos exercícios aqui propostos, quero ser um elo da sua jornada na arte
da FALAR EM PÚBLICO.
Também quero agradecer por ter percorrido comigo estes vídeos e páginas,
desejo, de todo o coração, que este curso possa contribuir bastante na
administração de seu medo ou de sua ansiedade ao fazer apresentações.
Então minha mensagem para você é: A preparação, o planejamento, a gestão
emocional e o treino são importantes remédios para superar o medo de falar
em público. Mas, nada supera a PRÁTICA.
E NÃO SE ESQUEÇA ...
Saiba O QUE você vai dizer, COMO vai dizer e QUANTO vai dizer
Quanto mais prática, mais experiência e mais histórias de sucesso!!!
RECAPITULANDO ...
A ansiedade antes de uma apresentação é um fator normal, como vimos,
porém, quando bem administrada, pois do contrário, torna-se um grande
tormento limitador para sua vida e para sua carreira.
O que vimos neste curso?
Você não tem que ser perfeito. Se errar: corrija e aprenda com seus erros
Nem sempre você vai agradar a todos. Entenda que as pessoas pensam de
forma diferente da sua
Visualize um resultado de sucesso e faça com que ele se realize: planeje,
estude, pesquise, entenda as expectativas de seu público, treine e
potencialize sua comunicação não-verbal
Você pode dirigir seus pensamentos. Então ESCOLHA ser POSITIVO!!!
DESEJO MUITO, MUITO SUCESSO!!!
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Carnegie, Dale. Como falar em público e influenciar pessoas no mundo dos negócios,
Editora Record, 49ª edição, 2010.
Carnegie, Dale. Como evitar as preocupações e começar a viver, Companhia Editora
Nacional, 37ª edição, 2003.
Gallo, Carmine. Faça como Steve Jobs e realize apresentações incríveis em qualquer
situação, Editora Lua de Papel, 4ª edição, 2010.
Duhigg, Charles. O poder do hábito, Editora Objetiva, 1ª edição, 2012.
Murphy, Joseph. Acredite em si mesmo, Editora Nova Era, 2008.
Frankl, Viktor E. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração,
Editora Petrópolis, 1991.
Mlodinow, Leonard. Subliminar. Como o inconsciente influencia nossas vidas, Editora
Zahar, 1ª edição, 2012.
Cohen, David. A linguagem do corpo, Editora Vozes, 6ª edição, 2013.
Stephen E. Lucas. A arte de falar em público, Editora Bookman, 11ª edição, 2014.
Robbins, Anthony. Desperte seu Gigante Interior, Editora Best Seller, 19ª edição, 2010.
INDICO BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
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Projeto final
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Este é o Projeto Final do seu curso. Você deverá entregar:
- O planejamento da apresentação
- Os slides em PDF
- Um vídeo de apresentação de até 5 minutos
Faça o curso até o final.
Objetivos deste exercício:
• Trabalhar a organização do pensamento, através de uma estrutura lógica;
• Propor uma forma de estruturar uma apresentação de uma ideia, um argumento, uma proposta;
• Trabalhar pontos importantes como crítica e questionamento;
• Aprender a fazer a marcação de tempo em apresentações;
ORIENTAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO:
1) O objetivo deste exercício é trabalhar a organização das ideias, através de uma estrutura lógica de argumentações;
2) Você terá acesso às 5 frases que constam no PDF (mas você poderá também escolher outra frase, através de suas pesquisas);
3) Veja a explicação, seguindo os slides (anexos):
- Público: pessoas que estão desmotivadas em seus trabalhos;
- Objetivo: mostrar que há uma saída, encontrando seu propósito;
- Minha frase escolhida: “Escolha um trabalho que você ama e não terá que trabalhar um único dia em sua vida”
- Meus valores:
Entrega ao outro, parte de quem eu sou
Amor pelo trabalho
Transformar a vida das pessoas
- A minha história:
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Certa vez, fui contratada por uma instituição para ministrar um curso de oratória. Na apresentação da turma, verifiquei que um dos alunos era gago. No princípio, me preocupou, afinal não sou fonoaudióloga. Ele era funcionário dessa instituição e tinha uma apresentação duas semanas após o curso.
Eu poderia pensar: ora! Não sou fonoaudióloga, portanto vou apenas cumprir meu trabalho como professora e sinto muito! Mas … tenho meu propósito muito firme … e é “transformar a vida das pessoas através dos meus cursos.
O curso tinha 5 módulos. Então eu teria mais 4 módulos para frente. Nesse período eu procurei estudar sobre o assunto e como eu poderia ajudá-lo (eu “comprei” a sua dor). Li, pesquisei, conversei com amigos fonoaudiólogos … enfim … encontrei alguns exercícios que eu poderia aplicar durante o curso.
E foi o que eu fiz! O resultado? Ele fez a apresentação final com muito mais autoconfiança. Não! A gagueira não foi curada. Mas foi administrada com sucesso!
E, para minha surpresa, voltei dois meses depois, à mesma instituição para ministrar outro curso. Esse aluno entrou na sala de aula e quis dar um depoimento. Ele disse que após o curso, fez a apresentação que ele estava escalado na empresa e obteve sucesso. Mesmo ainda com o problema, ele relatou que conseguiu falar as frases até o final e também concluiu o objetivo da sua mensagem.
Esse é o meu propósito … não é ministrar cursos, mas sim, encontrar soluções para a comunicação das pessoas.
- O problema: A maioria das pessoas ainda não encontrou um propósito em seus trabalhos
- A solução: Há um caminho, sem que você precise “jogar tudo para o alto” e desistir do que está fazendo agora. Paralelamente ao seu trabalho, procure identificar algo que o motive: pode ser um plano B, um hobby que pode vir a ser um novo trabalho, aprender algo novo …
- Benefícios: quem está “sofrendo” por esse problema, geralmente procura por uma “válvula de escape”, então, fazendo algo paralelo você poderá obter os seguintes benefícios:
* sensação de maior liberdade
* novas experiências
* experimentações
- Finalização: Incite a plateia à ação!
Aqui é o momento de levar as pessoas à reflexão e, nesse caso, tirá-las da “zona de conforto”. Então coloco para reflexão a seguinte frase:
“E você? Vê sentido em seu trabalho?
Nesse momento, meu objetivo é abrir a possibilidade para um debate.
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EXERCÍCIO: JOGO DAS FRASES
(Baseado no esquema de Aristóteles para argumentos persuasivos)
APRESENTAÇÃO DE 5 MINUTOS
Objetivo: VENDER UMA PROPOSTA DE VALOR
INDICADORES (ROTEIRO):
QUEM É O SEU PÚBLICO? (Quais os dilemas, dores, problemas que estão enfrentando)
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QUAL O OBJETIVO DA MINHA APRESENTAÇÃO?
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FRASE ESCOLHIDA:
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ESQUEMA DE ARISTÓTELES PARA
ARGUMENTOS PERSUASIVOS:
• Apresente uma história ou relato que desperte o interesse e que tenha contextualização com o tema proposto;
• Proponha 1 problema ou 1 pergunta (sempre voltado a um problema que foi identificado no público);
• Sugira uma solução;
• Descreva os benefícios da sua solução;
• Incite a plateia a agir;
DIVISÃO DO TEMPO
5 MINUTOS
• 1’30’’
• 30’’
• 30’’
• 1’
• 1’30’’
192
QUAIS OS VALORES ENCONTRADOS POR VOCÊ, NA FRASE? (aqui é muito importante, pois seu
público “sentirá” essa intensidade durante a sua apresentação. Ter a percepção clara desses
valores, dá mais “poder” à sua persuasão)
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A HISTÓRIA QUE ILUSTRA ESSA ESCOLHA
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PROBLEMA IDENTIFICADO NO PÚBLICO
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SUGESTÃO PARA UMA SOLUÇÃO
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BENEFÍCIOS
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INCITE A PLATEIA A UMA AÇÃO
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