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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO- TEMPORAL DA ASSEMBLÉIA DE PEIXES NA REGIÃO DO SACO DOS LIMÕES, BAÍA SUL – FLORIANÓPOLIS / SC BEATRIZ FERNANDA CHINCHILLA CARTAGENA Itajaí, 17 de dezembro, 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL

ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA ASSEMBLÉIA DE PEIXES NA REGIÃO DO SACO DOS LIMÕES, BAÍA SUL –

FLORIANÓPOLIS / SC

BEATRIZ FERNANDA CHINCHILLA CARTAGENA

Itajaí, 17 de dezembro, 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL

ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA ASSEMBLÉIA DE PEIXES NA REGIÃO DO SACO DOS LIMÕES, BAÍA SUL –

FLORIANÓPOLIS / SC

BEATRIZ FERNANDA CHINCHILLA CARTAGENA

Dissertação apresentada à Universidade do Vale do Itajaí, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental.

Orientador: Prof. Dr. Maurício Hostim-Silva

Itajaí, 17 de dezembro, 2008

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que de forma direta ou indireta colaboraram para a concretização

deste trabalho, em especial: aos meus pais, que sempre estiveram presentes, apoiando e

incentivando; à Raquel, pela acolhida e companhia nos dias de aula; à Sarah, pelas dicas e

toques no uso do excel; ao Miguel, não só pela ajuda nas disciplinas, mas por me entender

como mestranda. Ao professor Dr. Maurício Hostim-Silva, pela oportunidade e orientação e

ao professor Dr. Henry Louis Spach, pela colaboração; à Patty, também pela acolhida e

amizade; à Ana, companheira nas aulas e trabalhos, e aos demais colegas de curso, pela

convivência e troca de experiências.

Agradeço à disponibilização dos dados do Projeto Baía Sul pelos laboratórios de

Biologia, de Ciências Ambientais, de Oceanografia Biológica e de Oceanografia Química da

Univali, em especial ao Prof. Dr. Marcelo Ribeiro, coordenador geral do referido Projeto. Aos

professores doutores Paulo Ricardo Swuingel, Tito César Meneses e Joaquim Olinto Branco,

que revisaram e contribuíram com a proposta inicial da dissertação e com a qualificação. A

todos os técnicos e estagiários que trabalharam nestes quase dez anos de Baía Sul – não posso

deixar de citar a Andressa, que sempre me auxiliou quando precisei – e aos funcionários que

também colaboraram, como a Dona Maria Goreti, sempre pronta a ajudar no que fosse

preciso, e a Cristiane, pelo pronto atendimento sempre que necessário. Meu obrigada também

ao Alberto e Márcio, que me liberaram todas as vezes que necessitei.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................IV

LISTA DE TABELAS............................................................................................................VI

LISTA DE ABREVIAÇÕES..............................................................................................VIII

RESUMO ................................................................................................................................XI

INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 1

OBJETIVOS............................................................................................................................. 4

MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................................... 5

ÁREA DE ESTUDO .............................................................................................................. 5 COLETAS.............................................................................................................................. 8

RESULTADOS....................................................................................................................... 10

DADOS AMBIENTAIS....................................................................................................... 10 ASSEMBLÉIA DE PEIXES ................................................................................................14 ESTRUTURA................................................................................................................ 14 DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL .................................................................... 30 ANÁLISE / DESCRITORES......................................................................................... 35

DISCUSSÃO........................................................................................................................... 44

CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 55

ANEXOS ................................................................................................................................ 65

TABELA Va: ABUNDÂNCIA (n) E FREQÜÊNCIA RELATIVA (%) DAS FAMÍLIAS E ESPÉCIES NO ANO DE 2001 EM CADA MÊS (fev=FEVEREIRO; abr=ABRIL; jun=JUNHO; ago=AGOSTO; out=OUTUBRO E dez=DEZEMBRO) DE COLETA NO SACO DOS LIMÕES-BAÍA SUL (FLORIANÓPOLIS/SC).............................................. 64

TABELA Vb: ABUNDÂNCIA (n) E FREQUÊNCIA RELATIVA (%) DAS FAMÍLIAS E ESPÉCIES NO ANO DE 2002 EM CADA MÊS (fev=FEVEREIRO; abr=ABRIL; jun=JUNHO; ago=AGOSTO; out=OUTUBRO E dez=DEZEMBRO) DE COLETA NO SACO DOS LIMÕES-BAÍA SUL (FLORIANÓPOLIS/SC).............................................. 66 TABELA VI: ABUNDÂNCIA DAS FAMÍLIAS E ESPÉCIES COLETADAS DURANTE OS ANOS DE 2001 E 2002 EM CADA MÊS (fev=FEVEREIRO; abr=ABRIL; jun=JUNHO; ago=AGOSTO; out=OUTUBRO e dez=DEZEMBRO) de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC) ....................................................................................68 TABELA VIIa: ABUNDÂNCIA DAS FAMÍLIAS E ESPÉCIES NO ANO DE 2001 EM CADA MÊS (fev=FEVEREIRO; abr=ABRIL; jun=JUNHO; ago=AGOSTO; out=OUTUBRO E dez=DEZEMBRO), NOS PERÍODOS DIURNO (D) E NOTURNO (N) DE COLETA NO SACO DOS LIMÕES-BAÍA SUL (FLORIANÓPOLIS/SC).................70

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TABELA VIIb: ABUNDÂNCIA DAS FAMÍLIAS E ESPÉCIES NO ANO DE 2002 EM CADA MÊS (fev=FEVEREIRO; abr=ABRIL; jun=JUNHO; ago=AGOSTO; out=OUTUBRO E dez=DEZEMBRO), NOS PERÍODOS DIURNO (D) E NOTURNO (N) DE COLETA NO SACO DOS LIMÕES-BAÍA SUL (FLORIANÓPOLIS/SC)................ 72 TABELA VIIIa: ABUNDÂNCIA (n) E FREQÜÊNCIA RELATIVA (%) DAS FAMÍLIAS E ESPÉCIES EM CADA ÁREA AMOSTRAL (A1 A A6) CAPTURADAS NO ANO DE 2001 NO SACO DOS LIMÕES-BAÍA SUL (FLORIANÓPOLIS/SC).............................. 74

TABELA VIIIb: ABUNDÂNCIA (n) E FREQÜÊNCIA RELATIVA (%) DAS FAMÍLIAS E ESPÉCIES EM CADA ÁREA AMOSTRAL (A1 A A6) CAPTURADAS NO ANO DE 2002 NO SACO DOS LIMÕES-BAÍA SUL (FLORIANÓPOLIS/SC).............................. 76

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa do Brasil com destaque para o estado de Santa Catarina, e em zoom imagem de satélite (Google Earth, 2008) da Baía de Florianópolis (Baías Norte e Sul).....

5

Figura 2: mapa indicando as áreas amostrais (1 a 6) (Imagem cedida pelo Laboratório de Oceanografia Geológica/Laboratório de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto – CTTMar/UNIVALI).............................................................................................................

7

Figura 3: Variação de temperatura média superficial (sup.) e de fundo (fdo.), em graus Celsius (oC), com respectivo desvio padrão, para os anos de 2001 e 2002 de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).....................................................................

10

Figura 4: Variação de salinidade média superficial (sup.) e de fundo (fdo.), em partes por mil (‰),com respectivo desvio padrão, para os anos de 2001 e 2002 de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC)..............................................................................

11

Figura 5: Variação de profundidade média em metros (m), com respectivo desvio padrão, para os anos de 2001 e 2002 de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC)................................................................................................................

11

Figura 6: Comparação entre as médias das temperaturas superficial (Tsu) e de fundo (Tfu) por meses (fe=fevereiro; ab=abril; ju=junho; ag=agosto; ou=outubro e de=dezembro) e anos medidos nas coletas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). EP=erro padrão; DP=desvio padrão....................................................................................................................................

11

Figura 7: Comparação entre as médias salinidades superficial (Ssup) e de fundo (Sfdo) para os meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) e anos medidos nas coletas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). DP=desvio padrão.................................................................................

12

Figura 8: Comparação entre as salinidades superficial (Ssup) e de fundo (Sfdo) para as áreas (1,2,3,4,5,6) e meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) medidos nas coletas de 2001 e 2002 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). DP=desvio padrão........................................................................................

13

Figura 9: Variação de profundidade média, em metros (m), para os meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) nos dois anos de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). DP=desvio padrão................................

13

Figura 10: Comparação entre as médias profundidades para os anos e áreas amostrais (A1 a A6) medidos nas coletas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). DP=desvio padrão.................................................................................................................

14

Figura 11: Freqüência relativa por classe de tamanho das doze espécies com captura igual ou superior a 1% (dominantes) nos anos de 2001 e 2002 nas coletas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). n=número de peixes..................................................

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Figura 12: Freqüência relativa por classe de tamanho das doze espécies dominantes em número nos períodos diurno e noturno coletas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). n=número de peixes com distribuição em classes de tamanho. n= número de peixes..................................................................................................................

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Figura 13: Freqüência relativa por classe de tamanho das doze espécies dominantes em número nas áreas amostrais (A1 a A6) das coletas em 2001 (esquerda) e em 2002 (direita) no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). n=número de peixes com distribuição em classes de tamanho......................................................................................

27

Figura 14: Resultado do MDS para os anos de 2001 e 2002 das capturas realizadas no Saco dos Limões - Baía Sul (Florianópolis/SC)...................................................................

36

Figura 15: Resultado MDS para os meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) de coleta no ano de 2001 no Saco dos Limões- Baía Sul (Florianópolis / SC).................................................................................

36

Figura 16: Resultado MDS para os meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) de coleta no ano de 2002 no Saco dos Limões - Baía Sul (Florianópolis / SC).................................................................................

38

Figura 17: Resultado MDS para as áreas de captura (A1 a a6) no ano de 2001 no Saco dos Limões – Baía Sul (Florianópolis / SC).........................................................................

39

Figura 18: Resultado MDS para as áreas de captura (A1 a A6) no ano de 2002 no Saco dos Limões – Baía Sul (Florianópolis / SC).........................................................................

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LISTA DE TABELAS

Tabela I: Efeitos, variáveis, estatística F (F), p e nível de significância (sig.) resultantes da aplicação da ANOVA fatorial para avaliação da variação temporal e espacial das variáveis ambientais temperatura de superfície (Tsup) e de fundo (Tfdo), salinidade de superfície (Ssup) e de fundo (Sfdo) e profundidade, coletadas nos dois anos de estudos realizados no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). Valores com * apresentaram diferenças significativas. a=ano; m=mês......................................................

10

Tabela II: Abundância (n) e freqüência relativa (%) das espécies e famílias capturadas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC)..............................................................

15

Tabela III: Número total de exemplares capturados (tot.), porcentagem de exemplares capturados (%), número de exemplares com biometria completa (N), média (X), comprimento total (em mm) e peso (em g) mínimo (mín.) e máximo (máx.) e desvio padrão (±s) das famílias e espécie capturadas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC)...............................................................................................................

17

Tabela IV: Guildas funcionais das espécies coletadas no Saco dos Limões – Baía Sul (Florianópolis/SC). M=marinha; E=estuarina; ME=marinha-estuarina. Referência bibliográfica: a=Godoy (1997); b=Queiroz (2005); c=Schwarz (2005), d=banco de dados eletrônico fishbase....................................................................................................

28

Tabela IX: Resultado da análise de variância de efeito principal, avaliando a influência do ano, mês e área de coleta (1 a 6) sobre o número de espécies (S); número de exemplares (N); diversidade de Shannon-Winner (H’) e equitabilidade de Pielou (J) no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC) (D= dezembro, F= fevereiro, Ab= abril, J= junho, Ag= agosto e O= outubro). * indica diferenças significativas............................

35

Tabela X: Análise de similaridade (ANOSIM) entre os meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago =agosto; out=outubro e dez=dezembro) de coleta no ano de 2001 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC) (p=nível de significância).........................

37

Tabela XI: Análise de similaridade de percentagens (SIMPER) entre os meses de coleta que apresentaram diferenças significativas no ano de 2001 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC) (fev=fevereiro; abr =abril; jun=junho; ago =agosto; out=outubro e dez=dezembro).................................................................................................................

38

Tabela XII: Análise de similaridade de percentagens (SIMPER) entre os meses de coleta no ano de 2002 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC) (p=nível de significância; fev=fevereiro; abr =abril; jun=junho; ago =agosto; out=outubro e dez=dezembro.....................................................................................................................

39

Tabela XIII: Análise de similaridade (ANOSIM) entre as áreas de captura no ano de 2001 e 2002 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC): p=nível de significância; A1 a A6=áreas amostrais....................................................................................................

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LISTA DE ESPÉCIES Taxa coletados durante os dois anos de estudo (2001 e 2002), em ordem alfabética.

A. rhomboidalis Archosargus rhomboidalis

B. ronchus Bairdiella ronchus

C. latus Caranx latus

C. garmani Catathyridium garmani

C. parallelus Centropomus parallelus

C. undecimalis Centropomus undecimalis

C. edentulus Cetengraulis edentulus

C. faber Chaetodipterus faber

C. chrysurus Chloroscombrus chrysurus

C. spilopterus Citharichthys spilopterus

C. gracilicirrhus Ctenosciaena gracilicirrhus

C. leiarchus Cynoscion leiarchus

C. microlepidotus Cynoscion microlepidotus

D. rhombeus Diapterus rhombeus

D. radiale Diplectrum radiale

E. saurus Elops saurus

E. marginatus Epinephelus marginatus

E. crossotus Etropus crossotus

E. argenteus Eucinostomus argenteus

E. gula Eucinostomus gula

E. melanopterus Eucinostomus melanopterus

G. genidens Genidens genidens

G. barbus Genidens barbus

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G. oceanicus Gobionellus oceanicus

I. parvipinnis Isopisthus parvipinnis

L. laevigatus Lagocephalus laevigatus

L. synagris Lutjanus synagris

M. americanus Menticirrhus americanus

M. littoralis Menticirrhus littoralis

M. furnieri Micropogonias furnieri

M. curema Mugil curema

M. platanus Mugil platanus

M. acutirostris Mycteroperca acutirostris

M. bonaci Mycteroperca bonaci

M. microlepis Mycteroperca microlepis

O. saurus Oligoplites saurus

O. saliens Oligoplites saliens

O. gomesii Ophichthus gomesii

O. ruber Orthopristis ruber

P. orbignyanus Paralichthys orbignyanus

P. brasiliensis Paralonchurus brasiliensis

P. paru Peprilus paru

P. corvinaeformis Pomadasys corvinaeformis

P. saltatrix Pomatomus saltatrix

P. porosissimus Porichthys porosissimus

P. punctatus Prionotus punctatus

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R. randalli Rypticus randalli

S. isthmensis Scorpaena isthmensis

S. plumieri Scorpaena plumieri

S. vomer Selene vomer

S. setapinnis Selene setapinnis

S. pachygaster Sphoeroides pachygaster

S. spengleri Sphoeroides spengleri

S. testudineus Sphoeroides testudineus

S. greeleyi Sphoeroides greeleyi

S. guachancho Sphyraena guachancho

S. brasiliensis Stellifer brasiliensis

S. rastrifer Stellifer rastrifer

S. hispidus Stephanolepis hispidus

S. tessellatus Symphurus tessellatus

S. foetens Synodus foetens

T. carolinus Trachinotus carolinus

T. lepturus Trichiurus lepturus

ix

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RESUMO O presente estudo foi desenvolvido na região do Saco dos Limões, localizado na Baía

Sul, uma enseada que na parte sul separa a ilha Florianópolis de sua porção continental no

Estado de Santa Catarina. Os dados obtidos são resultantes do monitoramento ambiental

desenvolvido pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) desde 1997, devido às obras de

aterro e dragagem realizados na Baía Sul para a construção da Via Expressa SC-Sul. Ao longo

de dois anos (2001-2002) foram realizados arrastos bimestrais com redes de porta em seis

áreas amostrais (A1 a A6), nos períodos diurno e noturno, resultando na coleta de 26667

exemplares, pertencentes à 27 famílias e 65 taxa. Com os objetivos principais de caracterizar

a Baía Sul como ambiente estuarino, verificar as mudanças ocorridas na assembléia íctica

entre os dois anos de estudo e realizar uma possível avaliação ambiental da área de estudo,

considerando as obras que nela foram realizadas, foi feita a descrição da assembléia íctica,

quanto à composição e distribuição, associada aos parâmetros ambientais temperatura e

salinidade (superficial e de fundo) da água e profundidade, coletados simultaneamente aos

peixes, em cada área amostral. Nove famílias (Gerreidae, Ariidae, Engraulidae,

Paralichthydae, Carangidae, Sciaenidae, Tetraodontidae, Triglidae e Sparidae) foram

representadas por maior número de taxa; desses, onze dominaram as coletas em número,

sendo que cinco deles (Genidens genidens, Cetengrauilis edentulus, Eucinostomus gula,

Eucinostomus argenteus e Citharichthys spilopterus) representaram juntos, pouco mais de

70% do total. Diferenças significativas na salinidade superficial e de fundo, quando testados

por meio da ANOVA os efeitos mês, ano e áreas amostrais foram detectadas. Tais diferenças

também foram verificadas no número de indivíduos capturados entre anos, meses, período

(dia e noite) e áreas amostrais, com destaque para a baixa captura nos meses de fevereiro e

dezembro (verão) e alta em junho (inverno). Esta caracterização da Baía Sul evidencia a

influência dos parâmetros ambientais na distribuição e composição da assembléia ícitca, sem

que se possa, no entanto, confirmar a interferência das obras de dragagem e aterramento, visto

que não há dados prévios à mesma. Portanto, é necessária uma série temporal mais longa, a

fim de se estabelecer padrões de uso da área pelos peixes, e a partir destes detectar anomalias

e suas prováveis causas.

x

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ABSTRACT This study was carried out in the region of Saco dos Limões, located in the Baía Sul, a

cove which separates the island of Florianopolis, in the State of Santa Catarina, from the

mainland portion of the city. The data are the result of the environmental monitoring carried

out by the University of Vale do Itajaí (UNIVALI) since 1997, as a result of the landfill and

dredging works carried out in Baía Sul for the construction of the SC-South "Via Expressa"

highway. Over two years (2001-2002), bimonthly dredges were carried out using nets in six

sampled areas (A1 to A6) both during the day, and at night, resulting in the collection of

26,667 specimens belonging to 27 families and 65 taxa, with the main objectives of

characterizing the Baía Sul as an estuary environment, verifying the changes in fish

assemblages over the two years of the study, and carrying out a possible environmental

assessment of the study area, in view of the construction works carried out in this area, the

fish assemblages were described in terms of their composition and distribution, associated

with the environmental parameters of temperature and salinity (surface and bottom) and water

depth, while at same time, fish were collected in each sample area. Nine families (Gerreidae,

Ariidae, Engraulidae, Paralichthydae, Carangidae, Sciaenidae, Tetraodontidae, Triglidae and

Sparidae) were represented by a higher number of taxa, with eleven taxa dominating the

collections in terms of number, five of these (Genidens genidens, Cetengrauilis edentulus,

Eucinostomus gula, Eucinostomus argenteus and Citharichthys spilopterus) together making

up just over 70% of the total. Significant differences in surface and bottom salinity were

detected when the effects were tested (ANOVA) by month, year and sampling area.

Differences were also found in the number of individuals caught for the different years,

months, periods (day and night) and sampling areas, emphasizing the low catch in February

and December (summer) and the high catch in June (winter). This characterization of the Baía

Sul shows the influence of environmental factors in the distribution and composition of the

fish assemblages. However, it was not possible to confirm the influence of the dredging and

landfill works, as there are no data from before the works. A longer time series is therefore

needed, to establish patterns of use of the area by the fish, and from these data, to detect any

abnormalities and their possible causes.

xi

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1

INTRODUÇÃO

As regiões estuarinas situam-se na fronteira entre os meios marinho, terrestre e fluvial,

e recebem aporte de água doce e nutrientes, de forma que têm sido consideradas um dos

habitats naturais mais produtivos do mundo (COSTA et al., 1994; LONGHURST & PAULY,

1987; SHERIDAN, 1992). Tais características tornam-nas importantes áreas de reprodução

(BLABER et al., 1995; CHAO et al., 1982; CHAVES & BOUCHEREAU, 2000; LOUIS et

al., 1995; McLUSKY, 1990), berçário e alimentação para diversas espécies, fato amplamente

documentado para a ictiofauna nas baías (COTO et al., 1998; CUNNINGHAM, 1983;

HOOK, 1991; LIVINGSTON et al., 1976; MAcGREGOR & HOUDE, 1996; MONTEIRO-

NETO et al., 1990; SEDBERRY & CARTER, 1993; VILLARROEL, 1994; WRIGHT,

1991).

Martino & Able (2003) afirmam que os peixes constituem o componente dominante da

macrofauna da biota estuarina, e têm sua distribuição influenciada por muitos mecanismos.

Ricklefs (2003) relata que as espécies distribuem-se em manchas de habitat adequados, com o

número de indivíduos variando em função do suprimento de alimentos e predação. Para

Garcia & Vieira (1997), a distribuição espacial da ictiofauna obedece principalmente aos

fatores ambientais temperatura e salinidade, os quais têm variação sazonal, fato corroborado

por Pichler (2005), que em estudo realizado na Baía dos Pinheiros, Paraná, encontrou eventos

sazonais (como mudanças na salinidade e temperatura da água), exercendo maior influência

na estrutura da assembléia de peixes que as pequenas variações espaciais (como tipo de fundo

e vegetação). Esta mesma autora afirma que em estuários, descontinuidades ambientais

podem definir padrões de distribuição diferenciados para as comunidades ícticas, reflexo das

interações entre as exigências ecológicas dos diferentes estágios de desenvolvimento e o

ambiente.

Costa et al. (1994), citam que a maior parte dos peixes não está adaptada a cumprir

todo o seu ciclo de vida em ambientes estuarinos. Tais ambientes são em geral habitados ou

por membros sazonais das comunidades estuarinas, ou por espécies que utilizam este habitat

estritamente como via de migração entre áreas de alimentação e desova. Tal posição justifica

a afirmação de Blaber et. al. (1995), de que grande parte dos peixes encontrados nas regiões

estuarinas é jovem, ou adulto de espécies que ocorrem na plataforma continental adjacente.

Weinstein & Heck (1979) complementam que as assembléias ícticas são constituídas por

espécies geralmente pequenas e que a maioria não apresenta comportamento migratório. Ao

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2

contrário, Flores-Verdugo et al. (1990) e Wharfe et al. (1984), encontraram diferentes padrões

de distribuição dos peixes durante as estações seca e chuvosa, fruto de comportamento

migratório, resultando em diferenças estruturais na população.

Dentre os fatores que influenciam a distribuição espacial da ictiofauna, Garcia &

Vieira (1997) ressaltam a oferta de alimento, o abrigo contra predadores e os fatores

abióticos; Pichler (2005) cita a biologia reprodutiva das espécies e os padrões de recrutamento

e/ou migração e Sheridan (1992) as interações biológicas, como predação e competição.

Há também a importância da determinação dos fatores químicos e físicos do ambiente

aquático, pois estes exercem grande influência nas condições de vida dos organismos que aí

vivem. Para Blanc et al. (2001) e outros autores, os parâmetros ambientais mostram um efeito

significante na estruturação da comunidade de peixes dentro de um sistema costeiro marinho,

sendo os principais parâmetros: temperatura (BASILE - MARTINS et al., 1975; LAROCHE

et al., 1997 e SCHWARZ, 2005), salinidade (BASILE - MARTINS et al., 1975; LAROCHE

et al., 1997; ROGERS & MILLNER, 1996; SCHWARZ, 2005; THIEL et al., 1995),

concentração de oxigênio dissolvido (DEEGAN et al., 1997; LOUIS et al., 1995),

profundidade (LAEDSGAARD & JOHNSON, 1995; SCHWARZ, 2005), pluviosidade

(BASILE - MARTINS et al., 1975), pH (BASILE - MARTINS et al., 1975) e característica

morfológicas do substrato (GARCIA-CHARTON, 1999; JENKIS & WHEATLEY, 1998).

Para que se possam relacionar as respostas dos componentes ícticos às variações dos

parâmetros físicos e geológicos é necessária a análise conjunta entre os dados bióticos

(ictiofauna) e abióticos (ambientais) (CTTMar, 2000a). Segundo Remmert (1983), as

variações abióticas são de vital importância na estrutura das comunidades, pois os padrões de

larga escala ocorrem primeiramente como resposta ao ambiente físico, enquanto as interações

bióticas refinam a distribuição das espécies nestas comunidades (MENGE & OLSON, 1990;

SANDERS, 1969).

Assim, o conhecimento da estrutura da comunidade assume grande relevância, pois

pode ser utilizado para análise dos efeitos de variações no ambiente, e como auxílio no

desenvolvimento de políticas para a conservação (GOMES, 2004). De forma semelhante, o

conhecimento da distribuição da ictiofauna num ambiente gera subsídios que auxiliam no

monitoramento dos efeitos de ações antrópicas e fundamentam medidas de uso sustentado em

tal ambiente (PICHLER, 2005).

Diversos trabalhos produzidos sobre ictiofauna em todo o Brasil enfocam estrutura e

distribuição de populações (AGUIAR, 2005; BRAGA & ANDRADE, 2005; BRANCO &

VERANI, 2006; CASTRO & PETRERE Jr. 2001; FALCÃO et al. 2006; FRACASSO &

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3

BRANCO, 2005; GARCIA & VIEIRA. 1997; GURGEL, 2004; LOEBMANN & VIEIRA,

2005; ORSI et al., 2004; SILVA et al., 2005; TEIXEIRA et al., 2005), pesca (AGUIAR,

2003), produção (FRACALOSSI et al. 2004) e biologia (HOSTIM SILVA et al., 2002;

NEVES, et al. 2006).

No Estado de Santa Catarina, foram realizados trabalhos sobre ecologia trófica

(AGUIAR, 2003; OTTO, 2006), produção (FRACALOSSI et al., 2004; GOMES &

SCHLINDWEIN, 2000) e fauna acompanhante (BAIL & BRANCO, 2003; BRANCO &

VERANI, 2006). Para a Baía Sul, embora existam trabalhos sobre muitos grupos zoológicos

(BOEHS & MAGALHÃES, 2004; RESGALLA Jr., 2001; ZALESKI, 2005), são poucos

(SOUZA-CONCEIÇÃO et al., 2005 e CONCEIÇÃO, 2004) os estudos que contemplam a

ictiofauna.

Desta forma, neste trabalho propõe-se a caracterização da área de estudo e da

distribuição e estrutura da ictiofauna demersal na região do Saco dos Limões (Baía Sul,

Florianópolis, SC), a fim de se verificar as mudanças ocorridas na ictiofauna entre os dois

anos abordados.

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OBJETIVOS

Geral

Conhecer a composição e distribuição da assembléia íctica do Saco dos Limões entre

os anos de 2001 e 2002, de modo a fornecer subsídios para o monitoramento ambiental nesta

área de estudo.

Específicos

- descrever a composição e a estrutura da assembléia íctica nos anos de estudo;

- realizar a comparação espaço-temporal da assembléia de peixes durante o período de estudo;

- relacionar a composição e a estrutura da assembléia íctica com os parâmetros ambientais.

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MATERIAL E MÉTODOS Área de Estudo

A baía de Florianópolis (Figura 1), localizada sob as coordenadas geográficas 27º35' S

e 48º32' W, separa o continente da ilha de Santa Catarina. Com área de 430 km2 e uma

profundidade média de 3,2m, é formada por duas baías, Norte e Sul, as quais se comunicam

entre si por um canal de aproximadamente 550m de largura e 21m de profundidade. Em

ambas as baías, há aporte de águas doces provenientes tanto do continente, quanto da ilha de

Florianópolis, sendo as principais as águas fluviais dos rios Tavares e Ribeirão, de origem

insular, e do rio Cubatão, de origem continental (Prefeitura Municipal de Florianópolis).

Figura 1: Mapa do Brasil com destaque para o estado de Santa Catarina, e em zoom imagem de satélite (Google Earth, 2008) da Baía de Florianópolis (Baías Norte e Sul).

A Baía Sul recebe ainda o aporte da água doce do rio dos Defuntos, que nela

desemboca. Segundo Molleri (2006), a intensidade dos ventos e a variação da maré são os

principais agentes responsáveis pela renovação de suas águas, que ocorre através dos dois

canais existentes nas extremidades norte e sul desta Baía. Seus limites apresentam uma

variedade de habitats - Ilha das Vinas ao norte; o Manguezal do rio Tavares ao sul; o Morro

do Tavares a leste e o canal da Baía Sul a oeste (CONCEIÇÃO, 2004), constituindo áreas

abrigadas e propícias para o desenvolvimento de juvenis de várias espécies de peixes de

importância comercial (AGUIAR, 2003).

O Saco dos Limões, objeto deste estudo, uma reentrância na Baía Sul (CTTMar,

2003), é uma enseada localizada no lado interno da Ilha de Santa Catarina na margem leste da

Baía Sul (RESGALLA Jr., 2001). É caracterizado como uma enseada de águas calmas e

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bastante rasa, com fundo areno-lamoso, que forma um remanso com propriedades estuarinas e

produtividade biológica elevada, gerada pelo aporte continental do rio Tavares, e exportação

de nutrientes orgânicos e inorgânicos provenientes do manguezal associado (CTTMar, 2003).

Essas características favorecem a manutenção do ictioplâncton (CONCEIÇÃO &

RODRIGUES-RIBEIRO, 1999), as desovas e a criação de fases larvais e juvenis de peixes

(FACIMAR, 1998). A fauna zooplanctônica também está presente, sendo constituída por

copépodos, Larvacea e uma significativa parcela de larvas de organismos bentônicos e

pelágicos (RESGALLA Jr., 2001).

Apesar de sua importância biológica, o Saco dos Limões possui histórico de ocupação

humana, resultando em interferências em suas características físico-químicas, seja por

emissão de efluentes (esgotos) ou por obras de grande porte, como a construção da Via

Expressa SC-Sul. Esta obra foi iniciada em 1995, a fim de solucionar problemas de tráfego na

cidade de Florianópolis, consistindo na retirada de 8,5 x 106 m3 de areia de uma jazida

localizada no centro do próprio ambiente, a qual foi utilizada para o aterramento de 15,9 km

de extensão às margens da Baía Sul (ABREU et al., 1998). Inicialmente prevista para

terminar em 14 meses, o prazo para a finalização do aterro foi diminuído para sete meses,

frente à utilização de uma nova draga de maior porte, resultando em intensa atividade no

verão de 1997 e a conclusão total em fevereiro do mesmo ano (RESGALLA Jr., 2001). Dado

o ritmo acelerado das obras, em outubro de 1996 o Ministério Público Federal solicitou à

então Faculdade de Ciências do Mar (FACIMAR) da Universidade do Vale do Itajaí

(UNIVALI) plano de Monitoramento Ambiental da área, o qual foi firmado por meio de

convênio entre o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina (DER/SC) e

UNIVALI. Foi previsto o monitoramento simultâneo às obras, com acompanhamento das

condições fisico-químicas da água, da cobertura sedimentar, da fauna e flora, além do

estabelecimento de um modelo para circulação das correntes e regime de ondas e

caracterização da geomorfologia do Saco dos Limões e Reserva de Pirajubaé, localizada nas

proximidades (CTTMar, 2001). Tal monitoramento efetivamente iniciou-se em 1996, quando

foram feitos os primeiros levantamentos das características físico-químicas do Saco dos

Limões.

Tomando-se como base esses primeiros levantamentos, pode-se dizer que Saco dos

Limões possui características de região estuarina, como o aporte de águas continentais,

principalmente do Rio Tavares. As profundidades médias são baixas (variaram de 2,7m a

3,3m), com exceção da área dragada, com registro de 12,10m (CTTMar, 2003). As medidas

médias da transparência da coluna d’água, concentrações de material em suspensão (MS),

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fósforo orgânico total (POT), nitrogênio inorgânico dissolvido (NID) e amônio (NH4),

apresentaram correlação entre si, com os diferentes ambientes circundantes ao Saco dos

Limões, e com a dragagem realizada, ainda que fosse precoce essa afirmação, necessitando-se

a continuidade da série de dados para se confirmar esta observação (FACIMAR/UNIVALI,

1998).

Da mesma forma, alguns dos dados coletados foram evidenciados em determinadas

áreas amostrais (Figura 2), em função da localização dos mesmos. Num primeiro momento, as

áreas que mais pareceram refletir os efeitos da dragagem foram A3 (localizada na região

interna/central do Saco dos Limões, nas adjacências do morro Tavares) e A5 (localizada

internamente ao sul do Saco dos Limões, adjacente a foz do Rio Tavares e à localidade da

Costeira). Juntamente com a área A4, essas são áreas que recebem a influência das águas

doces provenientes do continente, e que têm, portanto, salinidades mais baixas que as demais,

principalmente a área A5. A área A3 é ainda caracterizada por águas calmas e protegidas dos

ventos, e a A5 está próxima do manguezal que se estende da Costeira à Ponta do Capim. Já a

área A2 está localizada na região intermediária entre a parte interna do Saco dos Limões e a

externa na Baía Sul, nas adjacências da Ponta dos Limões/Ilha das Vinhas e a A6, localiza-se

na região adjacente interna da Ponta do Capim, sendo uma região intermediária entre a parte

interna do Saco dos Limões e externa na Baía Sul. Nestas áreas, por receberem maior

influência marinha, a salinidade é mais elevada em relação às demais; a área A6 tem ainda a

particularidade de maior profundidade, pois se situa na região que sofreu dragagem. A área

A1 é a mais externa, ao norte do Saco dos Limões, e que tem também a maior influência

marinha e as maiores profundidades, apresentando-se sob esses aspectos semelhante à área

A6 (CONCEIÇÃO, 2004).

Figura 2: mapa indicando as áreas amostrais (1 a 6) (Imagem cedida pelo Laboratório de Oceanografia Geológica/Laboratório de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto – CTTMar/UNIVALI)

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Coletas

Todos os dados foram coletados na Baía Sul, a cada bimestre, entre fevereiro de 2001

e dezembro de 2002. Foram estabelecidas seis áreas amostrais (A1 a A6), sendo a área A1

considerada controle. A região de estudo é mostrada por meio de imagem de satélite (Figura

1) e por mapa cedido pelo Lab. de Oceanografia Geológica/Lab. de Geoprocessamento e

Sensoriamento Remoto – CTTMar/UNIVALI, no qual constam as áreas amostrais (Figura 2).

Para a coleta de peixes foi usada baleeira com tangones. Em cada mês, período e área

amostral foram realizados dois arrastos simultâneos de 10 minutos com redes de portas,

usadas na pesca do camarão-sete-barbas. Cada rede possui comprimento total de 4,5m, tralha

superior de 7,5m e inferior de 9m. A malha utilizada variou de 12 a 14 mm medidos entre nós

opostos. Na embarcação, os espécimes foram acondicionados em sacos plásticos etiquetados e

levados ao Laboratório de Ciências Ambientais da UNIVALI, onde foram mantidos

congelados até ser realizada a biometria (comprimento total – CT, comprimento padrão – CP

e peso – P) e feita sua identificação, com base em chaves dicotômicas de Figueiredo &

Menezes (1978, 1980, 1985, 2000) e de Fischer (1978). Todos esses dados foram

disponibilizados em planilhas eletrônicas do programa Excel 97 (FACIMAR, 2000).

Para um conhecimento geral da composição da assembléia íctica os espécimes

capturados foram agrupados em três guildas (Queiroz, 2005; Schwarz, 2005): 1. ecológica (de

acordo com o ambiente em que vivem, podendo ser marinhos, estuarinos ou marinho-

estuarinos); 2. vertical (de acordo com a posição na coluna d'água, podendo ser demersais,

pelágicos ou bentopelágicos) e 3. alimentar (podendo ser bentofágicas, piscívoras, onívoras

ou planctofágica). Para a assembléia íctica foi ainda estabelecida sua importância econômica,

classificada em alta, média ou baixa. Estas informações foram obtidas dos trabalhos de Godoy

(1997), Queiroz (2005) e Schwarz (2005) e da base eletrônica de dados fishbase1.

As comparações entre as médias anuais, mensais e por área dos parâmetros

ambientais, do número de peixes e espécies, e dos índices de diversidade de Shannon-Winner

(número) e eqüitatividade de Pielou (LUDWIG & REYNOLDS, 1988; PIELOU, 1969),

foram feitas através de análise de variância (ANOVA) nos níveis de significância de p < 0,05

e p < 0,01 e do teste a posteriori de Tukey (HSD) (SOKAL & ROHLF, 1995). Para atender

aos requisitos da ANOVA, os dados foram antes testados quanto à homogeneidade da

variância (teste de Bartelett) e normalidade das distribuições (prova de Kolmogorov-Smirnov)

(SOKAL & ROHLF, 1995). Através da ANOVA foram apuradas diferenças nos padrões de ______________

1 www.fishbase.org

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ocorrência temporal (anos e meses) e espacial (áreas amostrais) das espécies mais abundantes.

Para atender aos pressupostos de homogeneidade de variância e distribuição normal das

ocorrências numéricas de C. chrysurus, C. spilopterus, E. gula, A. rhomboidalis e D.

rhombeus, foi necessária a transformação pela raiz quarta; para G. genidens, M. furnieri, P.

punctatus, E. argenteus, G. barbus e S. testudineus, transformação pela raiz quadrada e para

O. saurus pelo arco-seno.

Já a comparação da composição das espécies entre anos, meses e áreas foi feita através

da técnica de ordenação MDS (Non Metric Multidimensional Scaling) sobre dados não

transformados de todas as espécies capturadas, e pelo coeficiente de similaridade de Bray-

Curtis, com o fusionamento dos grupos pela média simples dos seus valores de similaridade

(UPGMA) (JOHNSON & WICHERN, 1992; ROMESBURG, 1984). Para a avaliação da

significância das diferenças foi utilizada a análise de similaridade (ANOSIM), enquanto que

para identificar as espécies que mais contribuíram com a dissimilaridade entre meses e áreas

(CLARKE & WARWICH, 1994) utilizou-se a análise de similaridade de percentagens

(SIMPER).

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RESULTADOS Dados Ambientais

A variável ambiental que apresentou mais diferenças significativas seja com nível

significativo de 5% ou 1%, foi salinidade de superfície e fundo. Temperatura da água

(superfície e fundo) apresentou diferenças apenas para os efeitos mês (F=27,83; p<0,01) e

anoXmês, ambos com nível significativo de 1%, enquanto que a variável profundidade

apresentou tais diferenças para os efeitos ano (F=5,29; p<0,05) e área (F=72,73; p<0,01), com

nível significativo de 5% e 1% respectivamente (Tabela I).

Tabela I: Efeitos, variáveis, estatística F (F), p, nível de significância (sig.) e graus de liberdade (graus lib.) resultantes da aplicação da ANOVA fatorial para avaliação da variação temporal e espacial das variáveis ambientais temperatura de superfície (Tsup) e de fundo (Tfdo), salinidade de superfície (Ssup) e de fundo (Sfdo) e profundidade, coletadas nos dois anos de estudos realizados no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). Valores com * apresentaram diferenças significativas. a=ano; m=mês.

Tsup e Tfdo Ssup e Sfdo Profundidade

F p sig. F p sig. F p sig. ano (a) 0,63 0,53 - 0,58 0,565 - 5,29* 0,02 0,05 mês (m) 27,83* 0,00 0,01 16,86* 0,000 0,01 0,68 0,64 - área 0,61 0,81 - 7,92* 0,000 0,01 72,73* 0,00 0,01 aXm 3,43* 0,00 0,01 13,44* 0,000 0,01 0,97 0,44 - aXárea 0,47 0,91 - 0,78 0,654 - 2,16 0,07 - mXárea 0,49 0,1 - 1,96 0,000 0,01 0,76 0,77 - aXmXárea 0,37 1,00 - 1,58 0,02 0,05 0,57 0,94 -

Quando comparados em relação aos anos (2001x2002), a temperatura média de

superfície foi a que apresentou maiores variações entre os dois anos, seguida pela

profundidade, temperatura média de fundo, salinidade média de fundo e salinidade média de

superfície (Figuras 3 a 5).

22

22.1

22.2

22.3

22.4

22.5

22.6

22.7

22.8

22.9

23

2001 2002anos

tem

p.

méd

ia (

oC

)

sup.

fdo.

Figura 3: Variação de temperatura média superficial (sup.) e de fundo (fdo.), em graus Celsius (oC), com respectivo desvio padrão, para os anos de 2001 e 2002 de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).

efeito variável

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30

30.1

30.2

30.3

30.4

30.5

30.6

30.7

30.8

30.9

31

2001 2002anos

salin

ida

de

dia

(%

o)

sup.

fdo.

Figura 4: Variação de salinidade média superficial (sup.) e de fundo (fdo.), em partes por mil (‰),com respectivo desvio padrão, para os anos de 2001 e 2002 de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).

2.5

2.6

2.7

2.8

2.9

3

3.1

3.2

3.3

3.4

3.5

2001 2002anos

prof

und

idad

e m

édia

(m

)

Figura 5: Variação de profundidade média em metros (m), com respectivo desvio padrão, para os anos de 2001 e 2002 de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).

As temperaturas médias tanto superficiais quanto de fundo, considerando-se os anos

agrupados (2001 mais 2002), apresentam-se mais baixas em junho, com aumento gradativo

até dezembro, quando começam a diminuir até abril. Comparando-se as temperaturas médias

de superfície de 2001 e 2002 (22,46oC e 22,75oC, respectivamente), verificou-se que 2002

apresentou maiores médias que 2001. O mesmo ocorreu para as temperaturas de fundo (média

de 22,26oC em 2001 e de 22,51oC em 2002). Os resultados da ANOVA fatorial indicaram

menores médias de temperatura da água em junho e agosto (ambos os anos), maiores em

fevereiro de 2001 e dezembro de 2002, e intermediárias nos demais meses, tanto em 2001

quanto em 2002. O mês de junho foi o que apresentou menor diferença nas médias de

temperatura, tanto de superfície quanto de fundo, quando comparado 2001 com 2002,

enquanto a maior diferença de médias ocorreu na temperatura de fundo em dezembro, quando

comparados os dois anos (Figura 6).

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Figura 6: Comparação entre as médias das temperaturas superficial (Tsu) e de fundo (Tfu) por meses (fe=fevereiro; ab=abril; ju=junho; ag=agosto; ou=outubro e de=dezembro) e anos medidos nas coletas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). EP=erro padrão; DP=desvio padrão.

Em geral, 2001 apresentou menores médias de salinidade que 2002, e para ambas

(superfície e fundo) apenas no mês de dezembro as médias foram maiores em 2001, visto que

em 2002 a salinidade média neste mês ficou bem abaixo em relação aos demais (Figura 7). As

maiores médias ocorreram em outubro de 2002 (32,33‰, média de superfície e 32,28‰,

média de fundo) e as menores em dezembro do mesmo ano (26,82‰, superfície e 25,39‰,

fundo).

Figura 7: Comparação entre as médias salinidades superficial (Ssup) e de fundo (Sfdo) para os meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) e anos medidos nas coletas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). DP=desvio padrão.

tem

per

atu

ra o C

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A comparação entre as médias de salinidade para áreas amostraisXmeses, por meio da

ANOVA, apresentou semelhanças, principalmente entre os meses de junho, agosto e outubro,

com a menor média ocorrendo sempre em A4. Fevereiro destacou-se pela redução das médias

de salinidade tanto superficial quanto de fundo nas áreas A4 e A5. Abril (A4) e dezembro

(A2) foram os meses que apresentaram maiores diferença entre as médias de superfície e

fundo. Dezembro destacou-se ainda por apresentar as maiores diferenças nas médias de

salinidade entre as áreas amostrais (Figura 8).

Figura 8: Comparação entre as salinidades superficial (Ssup) e de fundo (Sfdo) para as áreas (1,2,3,4,5,6) e meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) medidos nas coletas de 2001 e 2002 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). DP=desvio padrão. A profundidade apresenta valores muito próximos quando comparados os meses

(Figura 9). Na comparação de cada área amostral entre os anos de 2001 e 2002 (F=2,15;

p>0,05) também não ocorreram diferenças significativas de suas médias (Figura 10).

Figura 9: Variação de profundidade média, em metros (m), para os meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) nos dois anos de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). DP=desvio padrão.

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Figura 10: Comparação entre as médias profundidades para os anos e áreas amostrais (A1 a A6) medidos nas coletas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). DP=desvio padrão.

Assembléia de peixes

Estrutura

Durante o período de estudo foram realizados 142 arrastos, nos quais foram coletados

26667 exemplares de peixes, de 65 espécies, pertencentes a 28 famílias (Tabela II).

As famílias com maior abundância (n) foram: Gerreidae (n=7506), Ariidae (n=7085),

Engraulidae (n=3886), Paralichthyidae (n=1944), Carangidae (n=1644), Sciaenidae (n=1523),

Tetraodontidae (n=831), Sparidae (n=716) e Triglidae (n=425) (Tabela II). Estas famílias

somaram 25560 exemplares (95,85% da captura). Os valores das freqüências relativas (%)

foram respectivamente, 28,15%, 26,57%, 14,57%, 7,29%, 6,16%, 5,71%, 3,12%, 2,68% e

1,59%. Dezenove famílias apresentaram freqüência relativa menor que 1%, com abundância

variando de 2 (família Batrachoididae) a 220 (família Serranidae) (Tabela II).

O número de espécies em cada família foi assim distribuído: Sciaenidae (n=12);

Carangidae e Serranidae (ambas com n=7), Tetraodontidae (n=5), Gerreidae (n=4),

Paralichthyidae (n=3) e Ariidae, Centropomidae, Haemulidae, Mugilidae e Scorpaenidae (n=2

cada uma). As 17 famílias restantes apresentaram apenas uma espécie cada (Tabela II).

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Em relação à abundância de espécies, as maiores capturas foram de G. genidens

(n=6418), C. edentulus (n=3886), E. gula (n=3217), E. argenteus (n=2659), C.

spilopterus (n=1781), D. rhombeus (n=1568), M. furnieri (n=1304), C. chrysurus (n=1017),

A. rhomboidalis (n=716), G. barbus (n=667), S. testudineus (n=508), P. punctatus (n=425) E

O. saliens (n=324), que apresentaram individualmente freqüência relativa maior que 1% e

juntas correspondem a 91,84% do total capturado.

Destas espécies, apenas M. furnieri (família Sciaenidae) não pertence a uma das cinco

famílias mais representativas citadas acima. Das 65 espécies capturadas, 35 apresentaram

abundância menor que 50, somando 314 exemplares, com freqüência relativa igual a 1,18%

do total de peixes. Nos 6,98% restantes, o número de exemplares capturados variou de n=167

em S. vomer a n=56 em S. setapinnis (Tabela II).

Tabela II: Abundância (n) e freqüência relativa (%) das espécies e famílias capturadas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). FAMÍLIA / ESPÉCIE n % FAMÍLIA / ESPÉCIE n % GERREIDAE 7506 28,15 Stellifer sp. 2 0,01 E. gula 3217 12,06 C. microlepidotus 1 0,00 E. argenteus 2659 9,97 S. brasiliensis 1 0,00 D. rhombeus 1568 5,88 TETRAODONTIDAE 831 3,12 E. melanopterus 62 0,23 S. testudineus 508 1,90 ARIIDAE 7085 26,56 S. greeleyi 125 0,47 G. genidens 6418 24,07 L. laevigatus 110 0,41 G. barbus 667 2,50 S. spengleri 87 0,33 ENGRAULIDAE 3886 14,57 S. pachygaster 1 0,00 C. edentulus 3886 14,57 SPARIDAE 716 2,68 PARALICHTHYIDAE 1944 7,29 A.rhomboidalis 716 2,68 C. spilopterus 1781 6,68 TRIGLIDAE 425 1,59 E. crossotus 162 0,61 P. punctatus 425 1,59 P. orbignyanus 1 0,00 SERRANIDAE 220 0,82 CARANGIDAE 1644 6,16 D. radiale 145 0,54 C. chrysurus 1017 3,81 M. microlepis 38 0,14 O. saliens 324 1,21 M. acutirostris 22 0,08 S. vomer 167 0,63 R. randalli 9 0,03 O. saurus 76 0,28 Mycteroperca sp. 3 0,01 S. setapinnis 56 0,21 M. bonaci 2 0,01 C. latus 2 0,01 E. marginatus 1 0,00 T. carolinus 2 0,01 MUGILIDAE 182 0,68 SCIAENIDAE 1523 5,71 M. curema 149 0,56 M. furnieri 1304 4,89 M. platanus 33 0,12 I. parvipinnis 95 0,36 EPHIPPIDAE 136 0,51 C. leiarchus 64 0,24 C. faber 136 0,51 M. americanus 22 0,08 CYNOGLOSSIDAE 122 0,46 C. gracilicirrhus 11 0,04 S. tessellatus 122 0,46 P. brasiliensis 11 0,04 SYNODONTIDAE 119 0,45 B.ronchus 7 0,03 S. foetens 119 0,45 M. littoralis 3 0,01 ACHIRIDAE 67 0,25 S. rastrifer 2 0,01 C. garmani 67 0,25

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Continuação. Tabela II FAMÍLIA / ESPÉCIE n % FAMÍLIA / ESPÉCIE n % HAEMULIDAE 66 0,25 SPHYRAENIDAE 11 0,04 P. corvinaeformis 5 0,02 S. guachancho 11 0,04 O. ruber 61 0,23 STROMATEIDAE 6 0,02 TRICHIURIDAE 60 0,22 P. paru 6 0,02 T. lepturus 60 0,22 SCORPAENIDAE 6 0,02 POMATOMIDAE 25 0,09 S. isthmensis 3 0,01 P. saltatrix 25 0.09 S. plumieri 3 0,01 MONACANTHIDAE 24 0,09 OPHICHTHIDAE 6 0,02 S. hispidus 24 0,09 O. gomesii 6 0,02 GOBIIDAE 22 0,08 ELOPIDAE 4 0,01 G. oceanicus 22 0,08 E.lops saurus 4 0,01 CENTROPOMIDAE 15 0,06 BATRACHOIDIDAE 2 0,007 C. parallelus 9 0,03 P. porosissimus 2 0,007 C. undecimalis 6 0,02 TOTAL INDIVÍDUOS 26667 100 LUTJANIDAE 14 0,05 TOTAL ESPÉCIES 65 L. synagris 14 0,05 TOTAL FAMÍLIAS 28

Os 22551 exemplares capturados que tiveram o comprimento total (CT) medido,

apresentaram um CT médio de 117,04±43,24mm, sendo o CT mínimo de 27mm (A.

rhomboidalis) e máximo de 941mm (E. gula). Além de E. gula, as espécies T. lepturus, S.

spengleri, O. gomesii, C. undecimalis, M. microlepis, S. foetens, M. littoralis e M. platanus,

foram, em ordem decrescente, as que mais contribuíram para a elevação da média de CT. Por

outro lado, em ordem crescente, as que mais contribuíram para a diminuição da média do CT

(aquelas com menores CT mínimos) de todas as espécies capturadas foram A. rhomboidalis,

S. greeleyi, S. testudineus, E. gula, S.vomer, E. argenteus, C. spilopterus, S. spengleri, M.

furnieri, P. punctatus, D. rhombeus, E. crossotus e C. chrysurus (Tabela III).

Dentre as famílias, Ophichthidae (422,17±160,54mm), Trichiuridae

(390,95±131,52mm), Centropomidae (277,13±131,12mm) e Mugilidae (214,92±57,82mm)

foram as famílias que, apresentaram as maiores médias de CT, e as que apresentaram as

menores foram: Carangidae (92,07±33,93mm), Ephippidae (92,09±18,47mm) e Achiridae

(92,09±20,43mm) (Tabela III).

O peso médio das famílias capturadas foi de 36,90±27,77g. Centropomidae destacou-

se como a de maior peso médio (101,30±216,35g), seguida por Mugilidae (99,73±74,36g) e

Lutjanidae (85,68±27,98g), cujos valores dos pesos médios foram próximos entre si.

As famílias com os menores pesos médios foram Ephippidae (7,86±10,24g), Gobiidae

(11,33±9,09g), Sphyraenidae (11,45±10,21g), Paralichthyidae (11,71±8,30g), Sparidae

(11,76±16,48g) e Cynoglossidae (11,76±10,17g) (Tabela III)2.

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Tabela III: Número total de exemplares capturados (tot.), porcentagem de exemplares capturados (%), número de exemplares com biometria completa (N), média (X), comprimento total (em mm) e peso (em g) mínimo (mín.) e máximo (máx.) e desvio padrão (±s) das famílias e espécie capturadas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).

Comprimento total Peso FAMÍLIA / ESPÉCIE tot. % N X mín máx ±s N X mín máx ±s

ACHIRIDAE 67 0.30 66 92,09 60 166 20,43 66 12,99 3,02 40,30 11,20

C. garmani 67 0.30 66 92,09 60 166 20,43 66 12,99 3,02 40,30 11,20

ARIIDAE 7085 31.26 7037 125,05 50 339 35,71 7037 13,75 0,29 812,00 19,40

G. genidens 6418 28.32 6370 125,67 54 339 36,50 6370 13,70 0,29 812,00 19,97

G. barbus 667 2.94 667 119,20 50 245 26,37 667 14,25 0,70 120,33 12,69

BATRACHOIDIDAE 2 0.01 2 113,00 111 115 2,83 2 57,27 56,94 57,60 0,47

P. porosissimus 2 0.01 2 113,00 111 115 2,83 2 57,27 56,94 57,60 0,47

CARANGIDAE 1644 7.25 1609 92,07 39 248 33,93 1609 15,24 0,55 353,69 23,79

C. latus 2 0.01 2 108,00 91 125 24,04 2 3,02 3,02 3,02 0,00

C. chrysurus 1007 4.44 1006 80,60 45 175 18,75 1006 7,12 0,61 74,42 4,49

O. saurus 76 0.34 74 126,51 80 170 18,17 74 24,48 4,02 58,82 13,35

O. saliens 324 1.43 303 88,25 67 196 20,32 303 20,61 2,35 179,35 20,24

S. setapinnis 56 0.25 56 178,91 50 234 46,04 56 60,97 1,55 124,42 27,31

S. vomer 167 0.74 166 122,60 39 218 49,53 166 34,82 0,55 353,69 51,96

T. carolinus 2 0.01 2 182,50 117 248 92,63 2 50,50 19,93 81,07 43,23

CENTROPOMIDAE 15 0.07 15 277,13 68 580 131,12 15 101,30 3,09 817,00 216,35

C. parallelus 9 0.04 9 210,33 68 346 79,74 9 20,12 3,09 98,70 34,59

C. undecimalis 6 0.03 6 377,33 204 580 133,74 6 223,06 5,61 817,00 315,42

CYNOGLOSSIDAE 122 0.54 122 136,65 87 261 27,78 122 19,22 4,09 112,52 14,51

S. tesselatus 122 0.54 122 136,65 87 261 27,78 122 19,22 4,09 112,52 14,51

ELOPIDAE 4 0.02 4 208,75 115 262 64,41 4 52,69 23,18 96,27 32,90

E. saurus 4 0.02 4 208,75 115 262 64,41 4 52,69 23,18 96,27 32,90

ENGRAULIDAE 3886 17.15 --- --- --- --- --- --- --- --- --- ---

C. edentulus 3886 17.15 --- --- --- --- --- --- --- --- --- ---

EPHIPPIDAE 136 0.60 136 92,09 49 189 18,47 136 7,86 3,12 75,86 10,24

C. faber 136 0.60 136 92,09 49 189 18,47 136 7,86 3,12 75,86 10,24

GERREIDAE 7506 33.12 7390 106,05 38 941 33,23 7390 18,56 0,35 540,00 29,68

D. rhombeus 1568 6.92 1545 107,50 44 254 24,18 1545 14,27 0,35 191,42 14,12

E. argenteus 2659 11.73 2610 108,27 41 285 36,36 2610 27,19 0,76 540,00 38,94

E. gula 3217 14.19 3173 102,49 38 941 33,42 3173 13,47 0,38 377,00 24,42

E. melanopterus 62 0.27 62 158,45 102 207 23,86 62 22,80 2,80 98,36 27,15

GOBIIDAE 22 0.10 22 177,32 73 247 40,05 22 11,33 6,48 39,61 9,09

G. oceanicus 22 0.10 22 177,32 73 247 40,05 22 11,33 6,48 39,61 9,09

HAEMULIDAE 66 0.29 65 143,42 80 240 46,19 65 52,54 5,61 304,18 61,88

O. ruber 61 0.27 60 147,42 80 240 45,74 60 59,43 5,61 304,18 66,40

P. corvinaeformis 5 0.02 5 95,40 80 110 12,46 5 14,21 7,66 23,61 6,23

LUTJANIDAE 14 0.06 14 193,21 167 315 36,65 14 85,68 6,00 135,93 27,98

L. synagris 14 0.06 14 193,21 167 315 36,65 14 85,68 6,00 135,93 27,98

_______________

2 Não foi inserido o CT de C. edentulus e de sua respectiva família (Engraulidae), pela falta da biometria da espécie. Alguns

exemplares de outras espécies não tiveram sua biometria completa, não sendo, portanto, inclusos.

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Tabela III. Continuação

Comprimento total Peso FAMÍLIA / ESPÉCIE tot. % N X mín máx ±s N X mín máx ±s

MONACANTHIDAE 24 0.11 24 108,21 54 192 30,02 24 19,01 6,02 98,86 19,73

S. hispidus 24 0.11 24 108,21 54 192 30,02 24 19,01 6,02 98,86 19,73

MUGILIDAE 182 0.80 179 214,92 127 385 57,82 179 99,73 1,49 607,16 74,36

M. curema 149 0.66 146 200,12 127 334 49,24 146 92,30 15,24 306,21 53,86

M. platanus 32 0.14 33 280,25 194 379 39,33 32 117,78 1,49 310,98 96,33

OPHICHTHIDAE 6 0.03 6 422,17 130 610 160,54 6 35,62 2,47 131,08 47,73

O. gomesii 6 0.03 6 422,17 130 610 160,54 6 35,62 2,47 131,08 47,73

PARALICHTHYIDAE 1944 8.58 1932 101,33 41 310 26,89 1932 11,71 0,64 82,77 8,30

C. spilopterus 1781 7.86 1770 100,44 41 199 26,70 1770 10,84 0,64 82,77 7,61

E. crossotus 162 0.71 161 109,87 44 176 22,13 161 21,17 0,72 33,81 9,58

P. orbignyanus 1 0.00 1 310,00 310 310 1 24,21 24,21 24,21

POMATOMIDAE 25 0.11 25 147,60 86 253 37,37 25 31,47 5,72 56,79 10,90

P. saltatrix 25 0.11 25 147,60 86 253 37,37 25 31,47 5,72 56,79 10,90

SCIAENIDAE 1523 6.72 1516 129,11 43 405 39,18 1516 20,37 0,43 534,07 35,76

B. ronchus 7 0.03 7 183,71 142 235 34,99 7 29,67 3,01 184,60 68,33

C. gracilicirrhus 11 0.05 11 131,27 94 225 33,73 11 10,71 10,68 10,73 0,02

C. leiarchus 64 0.28 64 141,72 61 315 46,58 64 17,84 1,43 75,35 13,79

C. microlepidotus 1 0.00 1 94,00 94 94 1 94,00 94,00 94,00

I. parvipinnis 95 0.42 94 129,84 65 260 46,65 94 35,32 2,57 299,34 37,96

M. americanus 22 0.10 22 218,05 131 367 67,21 22 119,04 5,54 534,07 150,57

M. littoralis 3 0.01 3 315,67 208 405 99,77 3 29,58 0,51 87,39 50,07

M. furnieri 1304 5.75 1298 126,16 43 283 34,06 1298 17,73 0,43 505,00 28,16

P. brasiliensis 11 0.05 11 148,09 85 192 35,10 11 30,05 21,24 100,12 23,25

S. brasiliensis 1 0.00 1 88,00 88 88 1 5,70 5,70 5,70

S. rastrifer 2 0.01 2 126,00 99 153 38,18 2 7,10 5,81 8,39 1,82

Stellifer sp. 2 0.01 2 75,50 57 94 26,16 2 5,97 5,95 5,99 0,03

SCORPAENIDAE 6 0.03 6 129,17 90 186 40,03 6 43,51 13,77 133,74 44,73

S. isthmensis 3 0.01 3 106,33 90 117 14,36 3 25,89 13,77 32,87 10,54

S. plumieri 3 0.01 3 152,00 98 186 47,29 3 61,14 22,43 133,74 62,92

SERRANIDAE 220 0.97 220 146,00 74 497 43,19 219 30,03 5,47 196,38 23,65

D. radiale 145 0.64 145 140,12 98 199 22,95 145 29,22 12,80 97,79 12,56

E. marginatus 1 0.00 1 124,00 124 124 1 31,95 31,95 31,95

M. acutirostris 22 0.10 22 145,41 74 270 48,03 21 14,84 5,47 25,92 6,20

M. bonaci 2 0.01 2 309,00 271 347 53,74 2 23,04 22,97 23,10 0,09

M. microlepis 38 0.17 38 161,76 100 497 74,24 38 41,03 6,20 196,38 47,37

Mycteroperca sp. 3 0.01 3 148,33 118 198 43,36 3 46,08 18,50 94,61 42,16

R. randalli 9 0.04 9 141,11 105 183 25,96 9 28,08 13,75 52,58 13,31

SPARIDAE 715 3.15 715 122,10 27 279 36,56 715 11,76 0,61 148,71 16,48

A. rhomboidalis 715 3.15 715 122,10 27 279 36,56 715 11,76 0,61 148,71 16,48

SPHYRAENIDAE 11 0.05 11 135,18 95 197 33,09 11 11,45 5,24 40,68 10,21

S. guachancho 11 0.05 11 135,18 95 197 33,09 11 11,45 5,24 40,68 10,21

STROMATEIDAE 6 0.03 6 121,33 94 185 34,09 6 29,74 21,43 45,41 10,28

P. paru 6 0.03 6 121,33 94 185 34,09 6 29,74 21,43 45,41 10,28

SYNODONTIDAE 119 0.53 119 199,45 64 469 46,59 119 26,82 6,30 79,85 18,55

S. foetens 119 0.53 119 199,45 64 469 46,59 119 26,82 6,30 79,85 18,55

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19

Tabela III. Continuação

Comprimento total Peso FAMÍLIA / ESPÉCIE

tot. % N X mín máx ±s N X mín máx ±s

TETRAODONTIDAE 831 3.67 827 130,19 36 668 60,11 826 64,08 0,59 595,21 96,14

L. laevigatus 110 0.49 110 128,01 50 317 65,03 109 52,40 0,66 595,21 102,96

S. greeleyi 125 0.55 123 132,21 36 266 63,79 123 127,80 1,15 474,16 143,19

S. pachygaster 1 0.00 1 82,00 82 82 1 54,42 54,42 54,42

S. spengleri 87 0.38 87 97,59 42 668 70,64 87 18,59 1,20 209,65 33,73

S. testudineus 508 2.24 506 135,87 37 280 54,25 506 58,95 0,59 560,07 79,27

TRICHIURIDAE 60 0.26 60 390,95 143 734 131,52 59 64,27 12,09 533,87 76,86

T. lepturus 60 0.26 60 390,95 143 734 131,52 59 64,27 12,09 533,87 76,86

TRIGLIDAE 425 1.88 423 122,61 43 237 37,88 423 55,67 0,80 505,37 69,54

P. punctatus 425 1.88 423 122,61 43 237 37,88 423 55,67 0,80 505,37 69,54

TOTAL INDIVÍDUOS 22665 100 22551 22547

TOTAL ESPÉCIES 65 65 65

TOTAL FAMÍLIAS 28 27 27

Os exemplares capturados variaram o tamanho de comprimento total de 27mm (A.

rhomboidalis) a 941mm (E. gula), as mesmas entre os exemplares pertencentes às 12 espécies

com captura maior ou igual a 1%.

Entre as espécies, a distribuição nas classes nos dois anos foi semelhante em quatro (E.

gula, G. genidens, C. spilopterus e G. barbus) das onze dominantes e nas outras sete algumas

diferenças significantes foram encontradas: em E. argenteus as classes 58-81mm e 82-105mm

apresentaram, respectivamente, diminuição de 17,75% e 16,39% de 2001 para 2002, enquanto

na classe 130-153mm houve aumento de 13,62% de 2001 para 2002; D. rhombeus apresentou

picos nas classes 106-129mm (52,52%) e 82-105mm (54,23%), respectivamente em 2001 e

2002; C. chrysurus teve 38,70% dos exemplares pertencentes à classe 58-81mm em 2001, e

no ano seguinte esta mesma classe representou 65,78%; em M. furnieri as classes entre 58-

81mm a 130-153mm representaram 86,16% em 2001 e 60,46% em 2002; em A. rhomboidalis

predominaram as classes entre 82-105mm a 106-129mm (88,66%) em 2001 e 154-177mm

(30,18%) em 2002; S. testudineus apresentou 9,49% de freqüência relativa na classe 106-

129mm em 2001 e pico nessa mesma classe em 2002 (25,49%); P. punctatus teve 56,77% dos

indivíduos entre as classes 34-57mm a 82-105mm em 2001 enquanto que nenhum indivíduo

dessas classes foi capturado em 2002, semelhante ao ocorrido para O. saliens, cujas classes

58-81mm a 106-129mm representaram 94,61% das capturas em 2001 e estiveram ausentes

em 2002; nesta mesma espécie a classe 130-153mm teve 4,04% das capturas em 2001,

chegando a 50% em 2002 (Figura 11).

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20

G. genidens (n=6370) E. gula (n=3173)

E. argenteus (n=2610) C. spilopterus (n=1770)

D. rhombeus (n=1545) M. furnieri (n=1298)

C. chrysurus (n=1006) A. rhomboidalis (n=715)

continua �

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21

G. barbus (n=667) S. testudineus (n=506)

P. punctatus (n=423) O. saliens3 (n=303)

Figura 11: Freqüência relativa por classe de tamanho das doze espécies com captura igual ou superior a 1% (dominantes) nos anos de 2001 e 2002 nas coletas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). n=número de peixes.

Entre as espécies, a predominância das classes foi semelhante entre os períodos diurno

e noturno, com algumas exceções, a exemplo do que ocorreu na comparação entre os anos: E.

argenteus apresentou no período diurno a classe 130-153mm com a maior freqüência relativa

(29,44%), sendo que no noturno esta foi a quarta classe (8,84%); em D. rhombeus, a classe

106-129mm, segunda em termos de freqüência relativa, representou no período diurno 45,14%

da captura total da espécie, enquanto que no noturno (também a segunda predominante)

representou 24,22% desse total; em C. spilopterus, embora as diferenças não tenham sido

muito pronunciadas, 12,72% dos espécimes capturados pertenciam à classe 58-81mm durante

o dia, enquanto que a noite a freqüência relativa destes foi de 29,53%; a classe 34-57mm foi a

que apresentou maior diferença de captura entre os períodos diurno e noturno (0,17% e

18,62% respectivamente); A. rhomboidalis teve 42,90% de captura na classe 82-105mm

durante o dia, e 25,07% durante à noite; S. testudineus apresentou freqüências relativas baixas

em todas as classes, porém 34-57mm, predominante durante o dia (19,18%), foi a com menor

captura à noite (3,23%); P. punctatus, foi a que apresentou mais classes com diferenças entre _______________________________________

3 Embora não tenha sido dominante em 2002, foram considerados os dados deste ano para comparação com 2001.

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22

os dois períodos, com destaque para as classes 34-57mm e 58-82mm, não capturadas durante

o dia, mas que à noite representaram respectivamente 6,89% e 12,96% das capturas deste

período e por fim, O. saliens, por concentrar as capturas (87,25% e 85% nos períodos diurno e

noturno, respectivamente) em duas classes (82-105mm e 58-81mm) de comprimento (Figura

12).

G. genidens (n=6370) E. gula (n=3173)

E. argenteus (n=2610) D. rhombeus (n=1545)

C. spilopterus (n=1770) C. chrysurus (n=1006)

continua �

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23

M. furnieri (n=1298) A. rhomboidalis (n=715)

G. barbus (n=667) S. testudineus (n=506)

P. punctatus (n=423) 4O. saliens (n=303)

Figura 12: Freqüência relativa por classe de tamanho das doze espécies dominantes em número nos períodos diurno e noturno coletas no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). n=número de peixes com distribuição em classes de tamanho.

A distribuição das classes de comprimento nas áreas amostrais apresentou variações:

em A1, C. chrysurus apresentou maior diferença entre a captura de uma classe (82-105mm)

de um ano para outro (68,78%), seguido pela espécie S. testudineus, que apresentou diferença

de 52,17% na classe 34-57mm. Deve-se ressaltar que O. saliens teve só um exemplar

capturado em 2001 e nenhum em 2002, por isso a grande diferença na freqüência relativa

(100%) na classe de cumprimento 82-105mm entre os dois anos (Figura 13).

___________________ 4Não apresentou freqüência relativa maior ou igual a 1% em 2002. Colocado apenas para comparação com 2001.

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24

Na área A2, D. rhombeus e G. barbus apresentaram as maiores diferenças de

freqüência relativa na classe de comprimento 82-105mm (56,79% e 60,87%, respectivamente)

entre 2001 e 2002 e na A3 A. rhomboidalis teve só um exemplar capturado neste área em

2001 (classe 202-225mm), enquanto que os 48 exemplares capturados em 2002 distribuíram-

se por seis classes de comprimento, inclusive na classe ≥250mm, a de menor

representatividade em praticamente todas as áreas, em ambos os anos. Nas áreas A1, A2 e A3,

mais uma vez O. saliens teve um único exemplar capturado nas classes 82-105mm (A1 e A3)

e 154-177mm (A2), representando então 100% de freqüência relativa em 2001 nestas áreas e

zero (áreas A1, A2, A3, A4 e A6) em 2002 (Figura 13).

A área A5 foi a que apresentou maiores semelhanças entre a freqüência relativa das classes de

comprimento nos anos de 2001 e 2002 e a área A6 foi a segunda que apresentou menores

diferenças entre as freqüências relativas nas classes de comprimento de ano para ano. Ainda

assim, nesta última área, A. rhomboidalis apresentou diferença de 66,66% entre a freqüência

relativa de captura entre 2001 e 2002 para a classe 106-129mm, e O. saliens 75% na classes

de cumprimento 82-105mm (Figura 13).

G. genidens (n=3382) G. genidens (n=3011)

E. gula (n=1584) E. gula (n=1589)

continua �

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25

E. argenteus (n=1037) E. argenteus (n=1573)

D. rhombeus (n=575) D. rhombeus (n=970)

C. spilopterus (n=1133) C. spilopterus (n=638)

C. chrysurus (n=632) C. chrysurus (n=374)

continua �

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26

M. furnieri (n=1070) M. furnieri (n=228)

A. rhomboidalis (n=546) A. rhomboidalis (n=169)

G. barbus (n=291) G. barbus (n=376)

S. testudineus (n=252) S. testudineus (n=254)

continua �

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27

P. punctatus (n=273) P. punctatus (n=150)

O. saliens (n=296) 5O. saliens (n=7)

Figura 13: Freqüência relativa por classe de tamanho das doze espécies dominantes em número nas áreas amostrais (A1 a A6) das coletas em 2001 (esquerda) e em 2002 (direita) no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). n=número de peixes com na distribuição em classes de tamanho.

Quanto às guildas funcionais, a maioria dos taxa capturados (n=42) é marinho-

estuarina, 20 são marinhos e apenas três estuarinos. Além de prevalecer quanto à guilda

funcional, os marinho-estuarinos prevaleceram em número de exemplares capturados, sendo

as principais espécies: G. genidens (n=6418), E. gula (n=3217), E. argenteus (n=2659), D.

rhombeus (n=1568) e M. furnieri (n=1304). Entre os taxa marinhos, destacaram-se quanto à

abundância de captura P. punctatus (n=425), S. foetens (n=119), S. spengleri (n= 87), M.

acutirostris (n=22) e S. hispidus (n=24) e as três espécies estuarinas são C. spilopterus

(n=1781), S. testudineus (n=508) e C. microlepidotus (n=1). Em relação à distribuição

vertical, predominaram as demersais (n=51) sobre as pelágicas (n=9) e bentopelágicas (n=2).

Grande parte das espécies capturadas são bentofágicas/piscívoras (n=30) ou apenas

bentofágicas (n=22); 3 são onívoras, 3 são planctofágica e duas (T. lepturus e M. bonaci)

predominantemente piscívoras. As espécies com baixa importância econômica na região

(n=27) prevaleceram, seguidas pelas de alta (n=19) e média (n=12), enquanto que para as

demais (n=8) não foram encontrados dados na literatura pesquisada (Tabela IV).

_______________ 5Não apresentou freqüência relativa maior ou igual a 1% em 2002. Colocado apenas para comparação com 2001.

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28

Tabela IV: Guildas funcionais das espécies coletadas no Saco dos Limões – Baía Sul (Florianópolis/SC). M=marinha; E=estuarina; ME=marinha-estuarina. Referência bibliográfica: a=Godoy (1997); b=Queiroz (2005); c=Schwarz (2005), d=banco de dados eletrônico fishbase

espécie guilda

ecológica guilda vertical

guilda alimentar importância econômica

referência bibliográfica

C. garmani ME demersal bentofágica / piscívora b G.genidens M onívora média b; c G. barbus M demersal onívora alta a

P. porosissimus M demersal bentofágica / piscívora baixa a C. latus ME pelágica bentofágica / piscívora baixa a

C. chrysurus ME pelágica planctofágica alta a; b; c O. saurus ME bentofágica / piscívora média a; b; c O. saliens ME pelágica bentofágica / piscívora alta d

S. setapinnis ME bentopelágica bentofágica / piscívora alta d S. vomer ME pelágica bentofágica / piscívora baixa b; c

T. carolinus ME pelágica bentofágica / piscívora alta b C. parallelus ME demersal bentofágica / piscívora baixa d

C. undecimalis ME demersal bentofágica / piscívora alta a S. tessellatus ME demersal bentofágica baixa b; c

E. saurus ME bentofágica / piscívora baixa d C. edentulus M pelágico planctofágica alta b

C. faber ME demersal bentofágica alta b; c D. rhombeus ME demersal onívora baixa b E. argenteus ME demersal bentofágica baixa b; c

E. gula ME demersal bentofágica média a; b E. melanopterus ME demersal bentofágica / piscívora média a G. oceanicus ME demersal d

O. ruber ME demersal bentofágica / piscívora baixa b P. corvinaeformis ME demersal bentofágica / piscívora alta a; b

L. synagris M demersal bentofágica / piscívora média d S. hispidus M demersal bentofágica baixa a; b M. curema ME demersal bentofágica média a M. platanus ME demersal d O. gomesii ME demersal baixa b

C. spilopterus E demersal bentofágica baixa b; c E. crossotus ME demersal bentofágica baixa b; c

P. orbignyanus ME demersal bentofágica alta d P. saltatrix ME pelágica bentofágica / piscívora alta d B. ronchus ME demersal bentofágica média a; b

C. gracilicirrhus M demersal bentofágica baixa b C. leiarchus ME demersal bentofágica alta a; b

C. microlepidotus E demersal bentofágica / piscívora alta a; b; c I. parvipinnis ME demersal bentofágica / piscívora alta b; c

M. americanus ME demersal bentofágica média a; b; c M. littoralis M demersal bentofágica média c M. furnieri ME demersal bentofágica / piscívora alta a; b; c

P. brasiliensis M demersal bentofágica baixa c S. brasiliensis ME demersal bentofágica / piscívora baixa c

S. rastrifer ME demersal bentofágica / piscívora baixa c Stellifer sp. ME demersal bentofágica baixa b S. isthmensis M demersal d S. plumieri M demersal bentofágica / piscívora baixa d D. radiale ME demersal bentofágica / piscívora baixa b; c

E. marginatus M demersal bentofágica / piscívora alta d M. acutirostris M demersal planctófoga alta d

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29

Tabela IV. Continuação

espécie guilda

ecológica guilda

vertical guilda alimentar importância econômica

referência bibliográfica

M. bonaci M demersal bentofágica (jovens) /

piscívora (adultos) alta d

M. microlepis ME demersal bentofágica / piscívora alta a Mycteroperca sp.

R. randalli ME demersal bentofágica/ piscívora baixa b; c A. rhomboidalis M demersal bentofágica d S. guachancho M pelágica bentofágica / piscívora baixa b

P. paru ME bentopelágico bentofágica média a S. foetens M demersal bentofágica / piscívora baixa b; c

L. laevigatus ME demersal bentofágica alta b; c S. greeleyi ME demersal bentofágica baixa b; c

S. pachygaster M demersal d S. spengleri M demersal bentofágica baixa b; c

S. testudineus E demersal bentofágica / piscívora baixa b; c T. lepturus ME pelágica piscívora média b; c

P. punctatus M demersal bentofágica / piscívora baixa b; c

Distribuição espaço temporal Durante o período de estudos - fevereiro de 2001 a dezembro de 2002 - foi realizado

um total de 12 coletas bimestrais em seis áreas amostrais (A1 a A6), totalizando 26667

exemplares capturados, de 65 diferentes taxa pertencentes a 28 famílias.

Comparando-se os anos de estudo, a riqueza de espécies foi similar (n=57 em 2001 e

n=56 em 2002), assim como ocorreu na comparação entre os meses. Porém nos anos

considerados juntos, abril, com 54 taxa capturados e fevereiro e dezembro, com 46 taxa cada,

foram respectivamente os meses com a maior e menor riqueza em taxa.

Quanto ao número de peixes capturados, não houve grandes diferenças em relação aos

anos (n=14660 em 2001 e n=12008 em 2002), às famílias (n=27 em 2001 e n=28 em 2002) e

aos taxa (n=57 em 2001 e n=56 em 2002). Apenas entre os meses houve maior diferença

entre as freqüências absolutas de capturas em 2001 e 2002 (Tabelas Va e Vb, em anexo).

Apenas os taxa C. undecimalis, E. marginatus, Mycteroperca sp, L. synagris, M.

platanus, P. brasiliensis P. corvinaeformis, P. paru, S. isthmensis e S. pachygaster, foram

capturados exclusivamente em 2001, da mesma forma que C. gracilicirrhus, C. latus, C.

microlepidotus, M. bonaci, P. orbignyanus, P. porosissimus, S. brasiliensis e Stellifer sp. o

foram em 2002 (Tabelas Va e Vb, em anexo).

O número de famílias representadas foi alto em ambos os anos, sendo que em 2001

apenas Batrachoididae não teve ao menos um representante, e em 2002 apenas exemplares da

família Stromateidae não foram capturados (Tabelas Va e Vb, em anexo). No entanto, em

ambos os anos, embora apenas nove famílias apresentaram freqüência relativa maior ou igual

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30

a 1%, representaram respectivamente 95,96% e 95,71% do total de exemplares capturados em

2001 e 2002 (Tabelas Va e Vb, em anexo).

As famílias mais representativas em termos de abundância de exemplares capturados

em 2001 - Ariidae (n=3685), Gerreidae (n=3287), Engraulidae (n=2302), Paralichthyidae

(n=1198), Sciaenidae (n=1195), Carangidae (n=1158), Sparidae (n=547), Tetraodontidae

(n=423) e Triglidae (n=273) - foram as mesmas em 2002 (Gerreidae, n=4219; Ariidae,

n=3400; Engraulidae, n=1584; Paralichthyidae, n=746; Carangidae, n=486; Tetraodontidae,

n=408; Sciaenidae, n=328; Sparidae, n=169 e Triglidae, n=152). Interessante notar que em

2001, entre as nove famílias mais representativas em termos de abundância, as três famílias

com maior abundância (Ariidae, Gerreidae e Engraulidae) apresentaram abundância mais

próxima das três famílias com menor (Sparidae, Tetraodontidae e Triglidae) e que em 2002, a

abundância de Ariidae e Gerreidae foi visivelmente maior que a de Engraulidae,

Paralichthyidae, Carangidae e Tetraodontidae (Tabelas Va e Vb, em anexo).

O número de espécies capturadas em cada família foi semelhante em ambos os anos

(máximo de oito em 2001 e onze em 2002), da mesma forma que o número de famílias (n=4

em 2001 e n=3 em 2002) representadas por mais de cinco espécies (em 2001, Sciaenidae

(n=8), Serranidae (n=6) e Carangidae e Tetraodontidae (n=5 cada) e em 2002, Sciaenidae,

n=11; Carangidae, n=7 e Serranidae, n=5). Em 2001 três famílias foram representadas por um

único exemplar, o que não ocorreu em 2002 (Tabelas Va e Vb, em anexo).

As espécies G. genidens (n=3394 em 2001 e n=3024 em 2002), C. edentulus (n=2302

em 2001 e n=1584 em 2002), E. gula (n=1609 em 2001 e n=1608 em 2002) e C. spilopterus

(n=1138 em 2001 e n=643 em 2002) foram as que estiveram entre as cinco mais abundantes

em número em ambos os anos, representando 57,59% e 57,13%, respectivamente, do total de

exemplares capturados em 2001 e 2002 (Tabelas Va e Vb, em anexo).

No ano de 2001 o mês que apresentou maior número de exemplares capturados foi

junho (n=3419), seguido por abril (n=2833), outubro (n= 2220), agosto (n=2219), dezembro

(n=1996) e fevereiro (n=1973); em 2002, junho (n=2434), abril e outubro (n=2295 cada),

agosto (n=1898), dezembro (n=1773) e fevereiro (n=1313), foram os meses com maior

número de indivíduos capturados (Tabelas Va e Vb, em anexo).

Dentre as 13 espécies dominantes capturadas em 2001, apenas C. crhysurus e P.

punctatus (junho), D. rhombeus (fevereiro), O. saliens (fevereiro, abril e dezembro) e S.

testudineus (junho e agosto) não foram dominantes em todos os meses. Assim como no ano

anterior, em 2002, poucas foram as espécies dominantes que não apresentaram freqüência

relativa de captura igual ou maior que 1% em todos os meses: C. crysurus (junho, outubro e

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31

dezembro); M. furnieri (agosto e outubro); A. rhomboidalis (dezembro) e P. punctatus

(agosto). No ano de 2001, abril apresentou exclusivamente as espécies S. isthmensis, S.

plumieri, M. littoralis, S. rastrifer e T. carolinus, e fevereiro S. pachygaster. Em 2002, as

espécies Lutjanus synagris, S. brasiliensis e S. rastrifer ocorreram exclusivamente em

outubro; C. microlepidotus e E. saurus em agosto; P. orbignyanus em dezembro; S. plumieri

em junho e S. guachancho e T. carolinus em fevereiro. Das 27 famílias representadas em

2001, 14 delas estiveram presentes em todos os meses, inclusive Mugilidae, Serranidae e

Trichiuridae, que não possuem nenhuma espécie dominante e em 2002 foram 15 das 28;

assim como em 2001, algumas famílias (Cynoglossidae, Ephippidae, Mugilidae, Serranidae,

Synodontidae) que não foram representadas pelas espécies dominantes estiveram presentes

em todos os meses (Tabelas Va e Vb, em anexo).

O número total de exemplares capturados no período noturno (n=15405) foi pouco

maior que o capturado no diurno (n=11262), e os números de famílias (n=26 e n=28 para dia

e noite, respectivamente) e os de espécies (n=59 e n=61 para dia e noite, respectivamente)

foram praticamente o mesmo (Tabela VI, em anexo).

As espécies P. orbignyanus (n=1), S. brasiliensis (n=1), Stellifer sp. (n=2), E.

marginatus (n=1) e S. pachygaster (n=1) foram capturadas exclusivamente no período diurno

e M. littoralis (n=3), Mycteroperca sp. (n=3), S. isthmensis (n=3), S. plumieri (n=3), C. latus

(n=2), P. porosissimus (n=2) e C. microlepidotus (n=1) no noturno. No entanto, por estes

exemplares apresentarem baixo número de exemplares capturados, tanto no período diurno

quanto no noturno, pode-se considerar tais capturas ocasionais (Tabela VI, em anexo).

Nove famílias (Ariidae, Carangidae, Gerreidae, Engraulidae, Paralichthyidae,

Sciaenidae, Sparidae, Tetraodontidae e Triglidae) dominaram numericamente tanto o período

diurno quanto o noturno, mas com grau de dominância diferente entre os períodos (Tabela VI,

em anexo).

Em ambos os períodos, 24 famílias tiveram todas suas espécies presentes, o que

representa 92,30% das 26 capturadas no período diurno e 92,86% das 28 capturadas no

noturno. No período diurno, a família Sciaenidae apresentou o maior número de espécies

capturadas (n=10), seguida por Carangidae e Serranidae (n=6, cada) e Tetraodontidae (n=5).

As mesmas famílias foram as que tiveram maior número de espécies capturadas no período

noturno, porém com número de espécies capturadas diferentes do período diurno (Tabela VI,

em anexo).

Dentre as espécies, dominaram em número G. genidens (n=2701), C. edentulus

(n=1950), E. argenteus (n=965), E. gula (n=908), M. furnieri (n=715), C. spilopterus

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(n=670), C. chrysurus (n=592), D. rhombeus (n=563), A. rhomboidalis (n=380), G. barbus

(n=332), O. saliens (n=263) e P. punctatus (n=178) no período diurno e G. genidens

(n=3717), E. gula (n=2309), C. edentulus (n=1936), E. argenteus (n=1694), C. spilopterus

(n=1111), D. rhombeus (n=1005), M. furnieri (n=589), S. testudineus (n=435), C. chrysurus

(n=425), A. rhomboidalis (n=336), G. barbus (n=335) e P. punctatus (n=247) no noturno

(Tabela VI, em anexo).

Comparando-se os períodos diurno e noturno no ano de 2001, verificou-se que o

número total de exemplares capturados (n=7071 e n=7589, respectivamente) foi semelhante

entre os dois períodos; o número de espécies (n=54, dia e n=56, noite), foi um pouco maior à

noite que de dia, enquanto o número de famílias (n=26, dia e n=27, noite) foi praticamente

igual. Em 2002, a diferença entre os períodos diurno (n=4218) e noturno (n=7789) foi bem

maior; o número de famílias (n=24, dia e n=25, noite) e de taxa capturados (n=49 dia e n=50

noite) foi praticamente igual (Tabelas VIIa e VIIb, em anexo).

Algumas espécies ocorreram exclusivamente em algum ano/período, como T.

carolinus (n=1), E. marginatus (n=1) e S. pachygaster (n=1), na captura diurna de 2001 e C.

parallelus (n=3), M. littoralis (n=1), Mycteroperca sp. (n=3), S. isthmensis (n=3), S. plumieri

(n=2) e S. rastrifer (n=1) na noturna. Em 2002, estiveram presentes somente nas amostras do

período diurno as espécies: E. saurus (n=1), L. synagris (n=1), P. orbignyanus (n=1), S.

brasiliensis (n=1), S. rastrifer (n=1) e Stellifer sp. (n=2); e B. ronchus (n=4), C. latus (n=2),

M. littoralis (n=2), M. microlepis (n=5), O. gomesii (n=4), P. porosissimus (n=2), C.

microlepidotus (n=1), S. plumieri (n=1) e T. carolinus (n=1) foi exclusiva na captura noturna.

O número de famílias capturadas no período diurno em 2001 e 2002 foi n=26 e n=24,

respectivamente, sendo que em 2001 Scorpaenidae foi a única família capturada

exclusivamente num período (noite), o mesmo para as famílias Elopidae e Lutjanidae (dia) e

Batrachoididae, Ophichthidae e Scorpaenidae (noite) em 2002 (Tabelas VIIa e VIIb, em

anexo).

Em 2001, as famílias com maior número de taxa no período diurno foram Carangidae

e Sciaenidae (n=6, cada); Serranidae e Tetraodontidae (n=5, cada) e Gerreidae (n=4). À noite,

as famílias dominantes foram as mesmas, porém com pequena diferença no número de

espécies capturadas: Sciaenidae (n=8), Serranidae e Carangidae (n=5, cada) e Gerreidae e

Tetraodontidae (n=4, cada). Em 2002, as famílias com maior número de taxa capturados nos

dois períodos foram as mesmas, apresentando, assim como em 2001, o mesmo número de

taxa ou pequena diferença neste: Sciaenidae (n=8, dia e noite); Carangidae (n=5, dia; n=7,

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noite); Gerreidae (n=4, dia e noite); Serranidae (n=4, dia e n=5, noite); Tetraodontidae (n=4,

dia e noite) (Tabelas VIIa e VIIb, em anexo).

As espécies dominantes em 2001, em ambos os períodos foram: G. genidens (n=1689,

dia e n=1705, noite), C. edentulus (n=1475, dia e n=827, noite), E. gula (n=483, dia e n=1126,

noite), C. spilopterus (n=449, dia e n=689, noite), M. furnieri (n=652, dia e n=422, noite), E.

argenteus (n=365, dia e n=701, noite), C. chrysurus (n=381, dia e n=259, noite), D. rhombeus

(n=170, dia e n=415, noite), A. rhomboidalis (n=303, dia e n=244, noite), P. punctatus

(n=120, dia e n=153, noite) e G. barbus (n=167, dia e n=124, noite). As espécies O. saliens

(n= 262) e S. vomer (n=80) foram dominantes apenas no período diurno e S. testudineus

(n=219) no noturno, ambos em 2001. Cabe ressaltar, que embora o período noturno tenha

apresentado maior número de exemplares capturados que o diurno, neste último a freqüência

relativa das espécies dominantes correspondeu a 93,28% do total do período, enquanto que no

noturno a freqüência foi de 90,71% do total deste período. Dos taxa dominantes no período

diurno em 2001 apenas A. rhomboidalis, O. saliens, S. vomer e P. punctatus não o foram em

2002 Já no período noturno, os mesmos taxa foram dominantes em ambos os anos, com

exceção de M. furnieri, A. rhomboidalis e P. punctatus, não dominantes neste período em

2002. A única espécie dominante apenas em 2002 foi S. testudineus, no período noturno. Em

todos os oito taxa dominantes em ambos os períodos de 2002, apresentaram maior número de

exemplares capturados no período noturno que no diurno, enquanto que em 2001, houve

equilíbrio: das onze espécies dominantes em comum, cinco apresentaram maior número de

exemplares capturados no período diurno e seis no noturno (Tabelas VIIa e VIIb, em anexo).

Em 2001, os períodos diurno e noturno apresentaram menor proximidade do valor das

freqüências relativas dos taxa dominantes (93,28% dia e 92,73% noite), que em 2002

(85,16% dia e 88,95% noite). Entre os anos, houve também inversão na freqüência relativa

dos taxa dominantes entre os períodos, sendo maior no diurno em 2001 e no noturno em 2002

(Tabelas VIIa e VIIb, em anexo).

As áreas com maior e menor riqueza de espécies, foram respectivamente A4 (n=50) e

A5 (n=48), somadas as capturas de 2001 e 2002. Com exceção das áreas A3 e A6, nas demais

o número de exemplares capturados foi maior em 2001, sendo a maior diferença encontrada

na área A5 (n=3637 em 2001 e n=2649 em 2002) e a maior semelhança na área A3 (n=688

em 2001 e n=693 em 2002). O número de famílias presentes foi igual para os dois anos

(n=26), sendo a maior captura na A5 (n=24) em 2001 e nas áreas A1 e A4 (n=22 em cada) em

2002. Os menores números de famílias capturadas ocorreram nas áreas A3 (n=15) e A2 e A3

(n=18 em cada), respectivamente em 2001 e 2002. Poucos taxa e em número reduzido foram

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coletados em uma única área no ano de 2001, sendo: A1, S. isthmensis (n=3); A3, E.

marginatus (n=1) e M. littoralis (n=1); A4, S. pachygaster (n=1), T. carolinus (n=1) e A6, S.

rastrifer (n=1). Em 2002, 16 foram os taxa capturados numa única área, sendo seis na A6 (C.

parallelus, n=6; P. porosissimus, n=2; Stellifer sp., n=2; S. brasiliensis, n=1; S. rastrifer, n=1

e S. plumieri, n=1); três nas áreas A4 (M. bonaci, n=2, T. carolinus, n=1; L. synagris, n=1) e

A5 (O. salines, n=7; B. ronchus, n=4 e E. saurus, n=1) e um nas áreas A2 (P. orbignyanus,

n=1) e A3 (M. littoralis, n=2) (Tabelas VIIIa e VIIIb, em anexo).

Em 2001, G. genidens foi a espécie com maior número de captura geral e nas áreas

A1, A2, A3, A5 e A6 (n=302; n=415; n=182; n=1033 e n=1000, respectivamente), seguida

por E. gula (maior captura no A4, com n=806), e pelas espécies C. spilopterus (n=1138), M.

furnieri (n=1074), E. argenteus (n=1066), C. chrysurus (n=640), D. rhombeus (n=585), A.

rhomboidalis (n=547), O. saliens (n=317), G. barbus (n=291), P. punctatus (n=273), S.

testudineus (n=253) e S. vomer (n=136), que não tiveram a maior captura em nenhuma das

áreas. Todas estas espécies representaram mais de 1% da captura total, embora nem sempre

em todas as áreas. Por outro lado, espécies como D. radiale (A1, A2 e A3); E. crossotus, S.

spengleri e C. garmani (A1); T. lepturus (A3); M. curema e C. faber (A5) e O. ruber (A6),

que não figuram entre aquelas com captura total ≥1% no ano, foram predominantes em

determinada área, quando apresentaram freqüência relativa igual ou superior a 1% da captura

total desta área. Em 2002, as espécies dominantes foram semelhantes, excluindo apenas O.

saliens e S. vomer e acrescentando-se S. foetens. Mais uma vez G. genidens foi a espécie com

maior captura total, em todas as áreas, com exceção da A4, onde predominou E. gula. As

demais espécies com maior número de captura por área, em ordem decrescente foram: D.

rhombeus (n=570 na A5); E. argenteus (n=552 na A4); C. spilopterus (n=240 na A6); C.

chrysurus (n=133 na A4); G. barbus (n=112 na A6); S. testudineus (n=130 na A5); M.

furnieri (n=128 na A6); C. chrysurus (n=133 na A4), G. barbus (n=1003 na A4); P. punctatus

(n=70 na A6); A. rhomboidalis (n=58 na A5) e S. foetens (n=42 na A4). Assim como em

2001, algumas espécies não dominantes tiveram captura igual ou superior a 1% em alguma

das áreas: E. crossotus (A2, A3 e A5), D. radiale (A1 e A2), S. tessellatus (A3 e A6), C. faber

e L. laevigatus (A1) e I. parvipinnis, S. greeleyi e S. setapinnis na A6 (Tabelas VIIIa e VIIIb,

em anexo). As famílias que apresentaram maior número de espécies capturadas, em ambos os

anos, em ao menos uma área, foram Carangidae, Gerreidae, Sciaenidae, Serranidae e

Tetraodontidae. Tal número variou de 6 (famílias Sciaenidae, áreas A4, A5 e A6 e

Carangidae, A4 ambas em 2001) a 1 (família Serranidae, A2 em 2001 e A1 em 2002)

(Tabelas VIIIa e VIIIb, em anexo).

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Análise / Descritores

Através da análise de variância de efeito principal (ANOVA) observaram-se

diferenças significativas entre anos (F=6,343, p<0,05), meses (F=6,861, p<0,01) e áreas de

coleta (F=9,093, p<0,01) no número de espécies capturadas (Tabela IX). O teste a posteriori

de Tukey, mostrou que em média o número de espécies foi maior em 2001, e nos meses de

junho e abril em relação a dezembro, fevereiro e outubro. Maiores médias do número de

espécies foram observadas nas áreas A4, A5 e A6 em comparação ao A1; e A4 em relação às

áreas A2, A3 e A6.

Os valores médios do número de exemplares capturados também diferiram

estatisticamente entre anos (F=5,490, p<0,05), meses (F=7,720, p<0,01) e áreas de coleta

(F=22,040, p<0,01) (Tabela IX). O teste de Tukey mostrou que o número médio de

exemplares capturados foi maior em 2001, e no mês de junho em comparação aos meses de

dezembro, fevereiro, agosto e outubro. Este número foi significativamente maior na área A6

em relação ao A1 e nas áreas A4 e A5 quando comparadas às demais (Tabela IX).

A diversidade, calculada através do índice de diversidade de Shannon-Winner (H’), só

apresentou diferenças estatísticas entre os meses de coleta, com valores médios maiores em

abril e junho em relação aos demais meses (Tabela IX). Nenhuma diferença estatística foi

observada entre anos, meses e áreas de coleta na equitabilidade, estimada através do índice de

Pielou (J) (Tabela IX).

Tabela IX: Resultado da análise de variância de efeito principal, avaliando a influência do ano, mês e área de coleta (1 a 6) sobre o número de espécies (S); número de exemplares (N); diversidade de Shannon-Winner (H’) e equitabilidade de Pielou (J) no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC) (D= dezembro, F= fevereiro, Ab= abril, J= junho, Ag= agosto e O= outubro). * indica diferenças significativas.

Efeito ano mês área F p Tukey HSD F p Tukey HSD F p Tukey HSD S 6,43* 0,014 2002 2001 6,861* 0,000 D F O Ag J Ab

_________________________________________________________________

9,093* 0,000 1 2 3 6 5 4

N 5,490* 0,022 2002 2001 7,720* 0,000 D F Ag O Ab J __________________________________________

22,04* 0,000 1 2 3 6 4 5

H’ 0,551 0,461 3,610* 0,006 O D F Ag Ab J

___________________________________________________________________________________________________

0,736 0,599

J 0,129 0,720 1,700 0,148

1,655 0,159

Comparando-se a ictiofauna dos dois anos de coleta pelo método de ordenamento

multidimensional não métrico (MDS), foi detectada uma pequena distinção entre os anos

(Figura 14). A análise de similaridade (ANOSIM) confirmou o resultado do MDS mostrando

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que o Rglobal=0,114 foi significativo (p=0,1%). Desta forma, optou-se por realizar as demais

análises considerando-se os anos separadamente.

Figura 14: Resultado do MDS para os anos de 2001 e 2002 das capturas realizadas no Saco dos Limões - Baía Sul (Florianópolis/SC).

Aplicando-se o MDS para os meses em que houve coleta no ano de 2001, evidenciou-

se diferenças na ictiofauna entre meses, com o mês de fevereiro sendo diferente em relação

aos demais, o mesmo ocorrendo em menor escala entre junho e dezembro (Figura 15). Estas

diferenças foram corroboradas pela análise de similaridade (ANOSIM: Rgolobal=0,326,

p=0,1), com diferenças significativamente maiores entre o mês de fevereiro com os meses de

abril, junho, agosto, outubro e dezembro (Tabela X).

Figura 15: Resultado MDS para os meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) de coleta no ano de 2001 no Saco dos Limões- Baía Sul (Florianópolis / SC).

2002

2001

estresse: 0,16

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Tabela X: Análise de similaridade (ANOSIM) entre os meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago =agosto; out=outubro e dez=dezembro) de coleta no ano de 2001 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC) (p=nível de significância).

meses estatística R p fev / abr 0,639 0,2 fev / jun 0,798 0,2 fev / ago 0,494 0,2 fev / out 0,594 0,2 fev / dez 0,830 0,2 abr / jun 0,041 31,2 abr / ago 0,187 10,2 abr / out 0,154 12,8 abr / dez 0,167 10,4 jun / ago 0,194 10,2 jun / out 0,224 7,4 jun / dez 0,298 2,2 ago / out 0,085 18,6 ago / dez 0,231 6,7 out / dez -0,009 39.0

A aplicação do SIMPER (Tabela XI) mostrou dissimilaridade ictiofaunística entre os

meses de fevereiro e abril (62%), sendo 53% desta dissimilaridade devido a diferenças no

padrão temporal de ocorrência das espécies C. chrysurus, G. genidens e E. argenteus, com a

primeira destas espécies apresentando uma abundância média maior em fevereiro e as demais

em abril. Entre fevereiro e junho, a dissimilaridade média encontrada foi de 69%, sendo 54%

desta resultante da maior ocorrência de C. chrysurus no primeiro mês e de G. genidens, E.

argenteus e E. gula em junho. Em termos percentuais, fevereiro diferiu de agosto em 64%,

com C. chrysurus mais abundante em fevereiro, enquanto que G. genidens, E. gula e E.

argenteus o foram em agosto. Entre os meses de fevereiro e outubro, a mesma análise

apontou dissimilaridade média de 66% no padrão de ocorrência das espécies, com C.

chrysurus e M. furnieri mais abundantes em fevereiro; já E. gula e G. genidens foram em

média mais freqüentes em outubro. Em 68% diferiram as freqüências relativas das espécies

entre os meses de fevereiro e dezembro, com maior contribuição novamente de C. chrysurus,

mais abundante em fevereiro, e de M. furnieri, G. genidens e E. gula, estas mais abundantes

em dezembro. Embora tenha sido observada diferença significativa entre junho e dezembro,

esta diferença foi bem menor que as demais (53%), contribuindo para tanto G. genidens, E.

gula, E. argenteus e C. spilopterus, todas mais freqüentes em junho (Tabela XI).

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Tabela XI: Análise de similaridade de percentagens (SIMPER) entre os meses de coleta que apresentaram diferenças significativas no ano de 2001 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC) (fev=fevereiro; abr =abril; jun=junho; ago =agosto; out=outubro e dez=dezembro).

dissimilaridade média (%) 62 69 64 66 68 53

fev X abr fev X jun fev X ago fev X out fev X dez jun X dez espécie G. genidens 22 14 16 12 18 15 C. chrysurus 23 18 28 28 25 13 E. gula - 11 10 12 14 14 E. argenteus 8 11 - - - 13 C. spilopterus - - - 11 - - D. rhombeus - - - - - -

Para 2002, verificou-se por meio do MDS, maior homogeneidade na distribuição das

espécies nos meses de coleta (Figura 16) e a análise de similaridade (ANOSIM) demonstrou

um alto nível de significância (p=0,012), porém o valor de R global foi pouco significativo

(0,147). Entre os meses de 2002 observaram-se pequenas diferenças na fauna de peixes entre

os meses de abril e dezembro e entre agosto e dezembro (Tabela XII). A análise de

similaridade de percentagens (SIMPER) indicou uma dissimilaridade média de 55% entre as

ictiofunas de abril e dezembro, principalmente pela maior ocorrência de G. genidens, C.

chrysurus e E. argenteus em abril e de E. gula em dezembro (Tabela XII). A dissimilaridade

média foi um pouco maior entre agosto e dezembro (60%), em função de maiores

abundâncias de E. argenteus e D. rhombeus em agosto, e de G. genidens e E. gula em

dezembro. Embora não significativos (Tabela XII), os valores de p se aproximaram muito de

5%, indicando uma ligeira diferença no padrão de ocorrência numérica de algumas espécies

entre o mês de fevereiro e os meses de junho, agosto e dezembro.

Figura 16: Resultado MDS para os meses (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) de coleta no ano de 2002 no Saco dos Limões - Baía Sul (Florianópolis / SC).

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Tabela XII: Análise de similaridade de percentagens (SIMPER) entre os meses de coleta no ano de 2002 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC) (p=nível de significância; fev=fevereiro; abr =abril; jun=junho; ago =agosto; out=outubro e dez=dezembro).

dissimilaridade média (%) 55 60 60 64 56

abr X dez ago X dez fev X jun fev X ago fev X dez espécie G. genidens 18 22 20 26 25 C. chrysurus 15 - - - 8 E. gula 15 21 11 16 20 E. argenteus 11 15 19 14 8 C. spilopterus - - 8 - - D. rhombeus - 6 - - -

Com relação às áreas de coleta, a análise de ordenamento multidimensional não

métrica (MDS) apontou, em ambos os anos, dois grupos razoavelmente separados, um

formado pelas áreas A1, A2 e A3 e o outro por A4, A5 e A6 (Figura 17 e 18). Esta separação

indicaria a existência de diferenças na ictiofauna, principalmente de caráter quantitativo.

Figura 17: Resultado MDS para as áreas de captura (A1 a a6) no ano de 2001 no Saco dos Limões – Baía Sul (Florianópolis / SC).

Figura 18: Resultado MDS para as áreas de captura (A1 a a6) no ano de 2002 no Saco dos Limões – Baía Sul (Florianópolis / SC).

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A análise de similaridade (ANOSIM) aplicada às áreas amostrais mostrou um R global

de 0,324 para 0,1% de significância em 2001 e R global de 0,363 também para 0,1% de

significância em 2002, indicando, portanto, pequenas dissimilaridades na distribuição espacial

das espécies. As áreas A1 e A4 (R global=0,507, p=0,4); A1 e A5 (R global=0,72, p=0,4); A2

e A4 (R global=0,561, p=0,9); A2 e A5 (R global=0,744, p=0,2); A3 e A4 (R global=0,41,

p=1,3); A3 e A5 (R global=0,596, p=0,4), A4 e A6 (R global=0,441, p=0,6) e A5 e A6 (R

global=0,393, p=0,4) apresentaram diferenças significativas em 2001. Assim como em 2001,

no ano de 2002, diferenças significativas foram encontradas pelo mesmo método entre

algumas áreas (Tabela XIII).

Tabela XIII: Análise de similaridade (ANOSIM) entre as áreas de captura no ano de 2001 e 2002 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC): p = nível de significância; A1 a A6=áreas amostrais.

Em relação às dissimilaridades entre as áreas verificadas pelo método de SIMPER, no

ano de 2001 ocorreu diferença significativa entre A1 e A4 (66%), devido à dissimilaridade no

padrão de ocorrência espacial das espécies E. gula, E. argenteus, G. genidens, D. rhombeus e

O. saliens, sempre com presença maior na área A4. Essas mesmas áreas apresentaram

dissimilaridade em 2002 (70%), novamente com as mesmas espécies predominando na área

A4. A área A1 diferenciou-se também em relação à A5 em 2001 (72%) e 2002 (72%), devido

principalmente à G. genidens, E. gula, A. rhomboidalis, C. chrysurus e E. argenteus em 2001

e à D. rhombeus, G. genidens, E. argenteus e E. gula em 2002, todas estas espécies em maior

número na A5 em ambos os anos. Somente em 2002 a A1 apresentou dissimilaridade

significativa em relação à A6 (68%), podendo ser atribuída à maior abundância média de G.

genidens, E. argenteus, C. spilopterus e M. furnieri na A6 (Tabela XIV).

2001 2002

áreas estatística R p estatística R p

A1xA2 0,035 34,6 -0,06 70,1

A1xA3 -0,035 60,6 0,043 31,2

A1XA4 0,507 0,4 0,78 0,2

A1XA5 0,72 0,4 0,839 0,2

A1XA6 0,154 12,8 0,663 0,2

A2xA3 -0,093 76,6 -0.036 53,9

A2xA4 0,561 0,9 0,419 1,9

A2XA5 0,744 0,2 0,439 1,9

A2xA6 0,193 8,2 0,302 3,9

A3xA4 0,410 1,3 0,428 1,3

A3XA5 0,596 0,4 0,617 0,2

A3xA6 0,072 21,0 0,307 2,8

A4xA5 0,139 9,1 0,106 19,7

A4XA6 0,441 0,6 0,315 3,7

A5XA6 0,393 0,4 0,419 1,9

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41

Entre A2 e A4 a dissimilaridade foi de 60% em 2001 e de 62% em 2002, contribuindo

mais para este percentual a maior abundância média E. gula, E. argenteus, G. genidens e D.

rhombeus na A4 e M. furnieri na A2, esta última espécie apenas em 2001. Comparando as

áreas de coleta A2 e A5 observou-se uma dissimilaridade média de 66% em 2001 e 63% em

2002, contribuindo para tal G. genidens, E. gula e A. rhomboidalis mais abundantes na A5 em

2001, e em 2002 as duas primeiras espécies mais D. rhombeus e E. argenteus, na mesma área.

Em 2002 houve uma dissimilaridade de 60% entre as áreas de coleta A2 e A6, principalmente

por serem G. genidens e E. argenteus mais abundantes na A6 (Tabela XIV).

Tanto em 2001 (59%) quanto em 2002 (56%) ocorreu diferenças significativas entre as

áreas A3 e A4, sendo E. gula, E. argenteus e G. genidens, as espécies que contribuíram para

esta diferença. A A3 apresentou diferença (64% de dissimilaridade) com a A5, onde as

espécies G. genidens, E. gula, A. rhomboidalis e C. chrysurus, estiveram presentes em maior

número, contribuindo com 53% da dissimilaridade no ano de 2001. No ano seguinte, foi de

60% a dissimilaridade entre essas mesmas áreas, com 66% desta diferença pela maior

presença de D. rhombeus, E. argenteus, G. genidens e E. gula na A5. Apenas em 2002 a

dissimilaridade foi significativa entre as áreas A3 e A6, contribuindo mais para isso a maior

presença de G. genidens e E. argenteus e E. gula na A6 (Tabela XIV).

Em ambos os anos diferenças ocorreram entre as áreas de coleta A4 e A6. Em 2001, a

dissimilaridade média foi de 63%, com 54% devido à maior presença de E. gula e E.

argenteus na A4 e G. genidens na A6. Em 2002 a dissimilaridade foi a mais baixa (53%), com

as mesmas espécies mais abundantes nas mesmas áreas que 2001, contribuindo com 57%

dessa dissimilaridade (Tabela XIV). Finalmente, A5 diferenciou-se significativamente em

relação a A6 em ambos os anos, e mais uma vez devido à predominância de G. genidens, E.

gula, A. rhomboidalis e C. chrysurus na A5 em 2001; e em 2002 de D. rhombeus, E.

argenteus e E. gula na A5 e G. genidens na A6, resultando numa dissimilaridade de 55%

entre tais áreas (Tabela XIV).

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Tabela XIV: Análise de similaridade de percentagens (SIMPER) entre as áreas de captura no ano de 2001 realizada no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC). 1=A1; 2=A2; 3=A3; 4=A4; 5=A5 e 6=A6.

dissimilaridade média (%) 2001 2002

66 72 60 66 59 64 63 59 70 72 68 62 63 60 56 60 55 53 55

áreas amostrais

1X4

1X5

2X4

2X5

3 X 4

3X5

4X6

5X6

1X4

1X5

1X6

2X4

2X5

2X6

3X4

3X5

3X6

4X6

5 X 6

espécie G. genidens 10 23 8 20 10 19 21 20 20 18 34 18 17 31 14 14 30 19 19 E. gula 26 14 24 13 24 13 22 14 27 14 26 14 7 26 14 8 22 11 E. argenteus 14 8 12 - 13 - 11 - 20 18 15 19 17 15 20 17 15 16 12 C. spilopterus - - - - - - - - - - 9 - - - - - - - - D. rhomboidalis - - - - - - - - - 21 - - 21 - - 21 - - 17 A. rhomboidalis - 11 - 11 - 11 12 - - - - - - - - - - - C. chrysurus - 10 - - - 11 - - - - - - - - - - - - -

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43

DISCUSSÃO

Muitas das famílias são comuns a esse e outros estudos (QUEIROZ, 2005; OTERO,

2005), e outras não foram registradas para a Baía Sul, como Clupeidae, Gymnuridae,

Hemiramphidae e Pristigasteridae. Já Sciaenidae, comumente dominante em estuários

tropicais e subtropicais, exceto no Indo-Oeste do Pacífico (BABLER, 2002), embora não

presente entre as cinco dominantes, apresentou M. furnieri entre as 13 espécies dominantes. A

maior riqueza das famílias Sciaenidae e Carangidae aqui encontradas foram consistentes com

os resultados de Schwartz (2005), Corrêa (2001) e Nakayama (2000), todos realizados no

Complexo Estuarino de Paranaguá (PR), e de Gomes (2004), realizado entre a Baía de

Guaratuba e na foz do rio Saí-Guaçu (PR).

O número de espécies capturadas (n=65) foi semelhante ao encontrado por Queiroz

(2005) no complexo estuarino de Paranaguá/PR, assim como o número de espécies mais

abundantes (12 em Queiroz (op. cit.) e 13 neste). Dentre estas, apenas E. argenteus e S.

testudineus foram comuns aos dois trabalhos, assim como as seguintes espécies listadas por

Chagas (2005) para vários Estados brasileiros, a partir de levantamento bibliográfico: C.

edentulus, no Pará; G. genidens, no Paraná e no Rio Grande do Sul; M. furnieri, no Rio

Grande do Sul e S. testudineus, no Espírito Santo. No entanto, espécies dominantes

encontradas por Chagas (op. cit.) e Schwarz (2005), tais como Cathorops spixii, Lycengraulis

grossidens, Achirus lineatus, Anisotremus surinamensis, Bagre marinus, Diapterus auratus,

Cyclichthys spilostylus, Chirocentrodon bleekerianus, Aspistor luniscutis e Achirus achirus,

não foram capturadas no Saco dos Limões. A espécie G. genidens, com maior abundância no

presente estudo, embora tenha sido a segunda dominante em Queiroz (2005), não foi

capturada por Schwartz (2005). Já C. edentulus - a segunda espécie dominante neste trabalho

– não foi capturada na Baía dos Pinheiros (SCHWARZ, op. cit.) e no Complexo Estuarino de

Paranaguá por Queiroz (2005), ambos no estado do Paraná, sendo, no entanto, amplamente

capturada no Rio de Janeiro (DA-SILVA-KRAUS & TEIXEIRA-BONECKER, 1994; GAY

et al., 2002; MAZETTI (1983, apud SERGIPENSE & SAZIMA, 1995)).

Em relação à diversidade de espécies capturadas, a ANOVA apontou diferenças

significativas para os meses e para ano x mês, com as maiores capturas em junho e abril.

Embora os picos de captura tenham sido em meses diferentes do presente estudo, Pereira

(1994), em estudo realizado na Lagoa dos Patos/RS também encontrou menores índices de

diversidade nos meses mais quentes, com poucas espécies predominantes, e Schwarz (2005),

na Baía dos Pinheiros (PR) registrou os menores valores dos índices de diversidade em abril.

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44

Das duas espécies tipicamente estuarinas - e dominantes - capturadas neste estudo (C.

spilopterus e S. testudineus), em C. spilopterus as classes de comprimento dão um indicativo

de que esta espécie desova no Saco dos Limões, visto que Chaves & Vendel (1997), em

estudos realizados na Baía de Guaratuba/PR e Dias et al. (2005), no saco do Mamanguá/RJ,

citam, respectivamente, o fim da primavera e início do verão; e outono (março a maio) e

possivelmente novembro como período de desova da espécie, períodos em que Dias et al. (op.

cit.) afirmam ainda, que C. spilopterus completa todo seu ciclo de vida no saco do

Mamanguá, migrando para águas mais profundas durante seu desenvolvimento, com retorno

das fêmeas – após a desova – para áreas mais internas e rasas do saco. Guedes et al. (2004),

estudando a mesma espécie, encontraram situação semelhante, com indivíduos de menor

tamanho predominantes na zona mais externa da Baía de Sepetiba/RJ (profundidade maior

que 10m), os quais à medida que cresceram migraram para a zona mais interna (profundidade

menor que 5m), sendo, no entanto, a maior abundância de indivíduos encontrada na zona

central (profundidade entre 5 e 10m). Reichert & Van der Veer (1991) ao estudarem larvas e

juvenis de C. spilopterus num estuário na Geórgia (EUA), também relatam a migração de

juvenis para águas mais profundas e para a foz do rio, provavelmente como reação ao

aumento da temperatura da água. A outra espécie estuarina e dominante, S. testudineus,

variou o comprimento padrão (CP) entre 28mm e 231mm, compreendendo desde indivíduos

jovens a adultos, considerando a afirmação de Colmenero et al. (1982), de que a idade de

primeira maturação ocorre com CP maior que 130mm.

A distribuição das espécies em onze classes de comprimento significa presença de

recrutas, juvenis e adultos no Saco dos Limões. De maneira geral, nas espécies dominantes,

predominaram indivíduos alocados nas classes centrais sendo as extremas com menor número

de indivíduos, e em dez dessas 12 espécies a estrutura (distribuição nas diferentes classes de

comprimento) foi bastante distinta entre os anos. No entanto, como foram comparados dados

de apenas dois anos, as possíveis causas (migração, captura de cardumes ou flutuação natural

da população) seriam meramente especulativas. Para se comprovar a influência de tais causas

ou se determinar outras, seria necessário maior série temporal e estudos aprofundados sobre a

ecologia das espécies, principalmente em relação à reprodução.

Na comparação entre os anos, foi observado diminuição de 2001 para 2002 nas classes

de comprimento 82-105mm (ainda assim, a de maior representatividade em ambos os anos) e

na 58-81mm. Porém, em A. rhomboidalis, P. punctatus e O. saliens, predominaram as

menores classes em 2001 e as maiores em 2002. De acordo com Schwarz (2005), as menores

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classes de comprimento estão associadas às épocas de maior recrutamento das espécies,

ocorrendo portanto o aumento no número médio de indivíduos pertencentes a estas classes.

As classes de comprimento são úteis também ao entendimento da distribuição espacial

dos peixes, sugerindo a seleção de diferentes habitats de acordo com a fase de

desenvolvimento das espécies (GILLANDERS et al., 2003). Nesse sentido, observou-se

aumento na freqüência relativa de capturas na A6 – maior profundidade - em 2002 para M.

furnieri. Essa espécie apresentou igual comportamento em Schwarz (2005) e em Araújo &

Azevedo (2001), o que segundo estes últimos autores poderia significar a busca por áreas de

alimentação em regiões mais profundas de sua área de trabalho (Baía de Sepetiba), pois em

maior tamanho M. furnieri estaria apta para competir com indivíduos maiores. Tal afirmação

deve ser aplicada com cautela à Baía Sul, pois embora a A6 apresente maior profundidade que

as demais, a maior parte dos indivíduos capturados nesta área (87,82%) pertence às classes de

58-81mm a 154-177mm, que não incluem os maiores exemplares capturados.

Embora os resultados encontrados através do método MDS (estresse=0,13) -

agrupamento entre as áreas A1, A2 e A3 e entre A4, A5 e A6, estes dois conjuntos de áreas

apresentam semelhanças na distribuição das espécies, mas não de composição. O grupo das

áreas A1, A2 e A3, que apresentou 7,60%, 12,51% e 6,06% da captura total, respectivamente,

não revelou nenhuma espécie em comum entre as dominantes por área (as quais foram, em

geral, diferentes das espécies dominantes em número por ano), e entre estas espécies

dominantes por área, apenas Mycteroperca sp, foi comum a A1 e A2. No segundo conjunto,

foram três as espécies dominantes comuns às áreas A4, A5 e A6 (E. gula; E. argenteus e G.

genidens), uma entre A4 e A5 (D. rhombeus) e duas entre A4 e A6 (C. spilopterus e M.

furnieri), todas elas também dominantes em relação aos anos. Tais diferenças podem ter

ocorrido em função de diferenças entre as suas características físicas: no primeiro deles, a A3

é bastante protegida de ventos e a salinidade influenciada pelo aporte de água continental,

contrastando com uma maior exposição e maiores salinidades encontradas na A2, enquanto na

A1 as salinidades são também mais elevadas, mas diferencia-se das A2 e A3 pela maior

profundidade; cabe lembrar que esta área (A1) foi a controle. No segundo conjunto de áreas,

A5 e A6 são semelhantes quanto à salinidade, porém a A6, devido à dragagem, tem maior

profundidade; a A4 sofre grande influência do rio Tavares, apresentando, portanto menor

salinidade que as demais. Desta forma, as únicas áreas que apresentaram maior semelhança de

espécies e condições físicas foram A1e A2.

Considerando-se a posição das áreas de coleta, podemos dizer que A1 a A3 situam-se

mais ao norte da Baía Sul, enquanto A4 a A6, ao sul. Foi nesta última região onde ocorreram

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46

as maiores capturas de exemplares, e é esta a região mais próxima dos rios dos Defuntos e

Tavares, indicando uma provável preferência dos peixes por regiões mais marinho-estuarinas

que propriamente marinhas ou estuarinas.

Tanto na Baía Babitonga (CREMER et al., 2004), localizada no litoral norte de SC,

quanto no presente estudo, o inverno (junho e agosto) apresentou maiores capturas que o

verão (dezembro e fevereiro), contrariando a afirmação de Tzeng e Wang (1992) e Louis et al.

(1995), de que os maiores valores de riqueza e diversidade ocorrem nas estações mais quentes

do ano. Estes resultados foram confirmados pela diferença significativa determinada pelo

ANOSIM entre fevereiro e os demais meses em 2001 e pelas dissimilaridades encontradas

entre os meses de fevereiro e junho de 2002, evidenciadas pela rotina de SIMPER.

Embora 2001 tenha apresentado maiores diferenças entre as abundâncias de captura

entre os meses, a média de captura no verão foi maior que a média no inverno deste mesmo

ano. Desta forma, evidencia-se que os meses de fevereiro e junho foram decisivos para o total

de capturas, e provavelmente houve interferência de outros fatores – ambientais ou biológicos

– não levantados neste estudo, os quais explicariam as diferenças do número de indivíduos

capturados em cada ano e entre os mesmos aqui abordados. Observando-se as capturas no

mês de fevereiro, vemos que de fato a abundância foi menor que nos demais em 2001, e a

segunda menor em 2002, embora dentre as espécies dominantes, apenas C. edentulus não

tenha sido capturada neste mês em 2001 e em agosto, outubro e dezembro de 2002 e C.

chrysurus em junho e dezembro deste mesmo ano. A diferença então se deveu à presença de

C. chrysurus em fevereiro, e à G. genidens, E. argenteus e E. gula em junho, conforme

verificado pela rotina de SIMPER para 2001. De acordo com a literatura (ARAÚJO et al.,

1998; ARAÚJO & AZEVEDO, 2001; CHAGAS, 2005; GOMES, 2004; YÁÑEZ-

ARANCIBIA, 1985 e 1986), as famílias Ariidae (a qual pertence G. genidens) e Gerreidae

(família de E. argenteus e E. gula), são amplamente capturadas em regiões estuarinas. Chagas

(2005) cita que das dez espécies com maior freqüência de ocorrência no Atlântico ocidental,

três (D. rhombeus, E. argenteus e E. gula), pertencem à família Gerreidae.

Silva et al. (2003) encontraram densos grupos de adultos de C. edentulus entre outubro

e janeiro na Baía de Sepetiba/RJ, enquanto indivíduos menores ocorreram em menor

abundância nos demais meses. Já Sergipense e Sazima (1995) capturaram C. edentulus

predominantemente no período de frio (abril a setembro), na laguna de Itaipu, localizada na

Baía de Sepetiba/RJ. Em março, foi amplamente capturada por Hackradt (2006) em grandes

cardumes na praia Europinha, localizada no setor meso-halino da Baía de Paranaguá/PR, cujo

fundo é caracterizado como lamoso; Barreiros et al. (2004), em estudo realizado na praia

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Canto Grande/SC teve esta espécie como dominante em fevereiro. Conceição (2004), em

trabalho realizado na Baía Sul/SC, encontrou pré-recrutas (pós larvas e juvenis) no verão e

primavera e recrutas principalmente no outono, sendo que no inverno, foram capturados

indivíduos maiores. No presente estudo C. edentulus foi capturado em maior freqüência no

mês de outubro em 2001 e dezembro em 2002. No entanto, a falta da biometria da espécie não

possibilitou associar a distribuição sazonal com o tamanho dos indivíduos capturados.

A presença/ausência das espécies variou mensalmente, também em função do

tamanho das mesmas. Em seu trabalho na Baía dos Pinheiros/PR, Schwarz (2005), encontrou

indivíduos maiores nos meses de inverno e primavera, com redução do comprimento total no

verão e outono. Para a Baía Sul, os maiores exemplares - aqueles pertencentes às quatro

maiores classes de comprimento - das espécies dominantes predominaram nos meses de verão

e inverno, tanto em 2001 quanto em 2002. No trabalho conduzido por Godefroid et al. (2001)

na praia Pontal do Sul/PR com larvas e juvenis de sete espécies, entre elas E. gula, esta

predominou nos meses mais quentes e as três menores capturas ocorreram no inverno. Spach

et al. (2003) encontraram esta mesma espécie distribuída ao longo do ano todo na gamboa do

Sucuriú/PR e Santos et al. (2002) capturaram E. gula em nove dos doze meses de estudos na

Baía de Paranaguá, porém em número reduzido, sendo a maior captura em número no mês de

abril. Na plataforma continental interna de Ilhéus/BA, Moraes (2006) teve E. gula como uma

das dez espécies dominantes em número, estando presente em novembro de 2003 a fevereiro

de 2005, mas no mês de dezembro de 2004, foram registrados cerca de 77% do total de

capturas. O autor sugere então que a ocorrência exclusiva desta espécie na época seca,

especialmente nos meses de novembro a fevereiro, pode ser resultado do período de

reprodução. No presente estudo, E. gula foi capturada também ao longo do ano todo, mas

principalmente no inverno e verão, de modo que não foi possível relacionar sua captura com o

período reprodutivo.

Um dos poucos trabalhos específicos sobre diferenças numéricas entre capturas

diurnas e noturnas é o de Pessanha et al. (2003), que aborda mudanças sazonais e circadianas

na distribuição dos peixes. Este autor verificou a ocorrência de C. edentulus exclusivamente

durante o dia e C. chrysurus à noite, o que não ocorreu na Baía Sul. Conceição (2004) não

encontrou diferenças na abundância de indivíduos entre o dia e a noite para C. edentulus, mas

neste trabalho, mesmo presente em todas as coletas, com exceção da noturna no mês de junho

de 2002, e embora amplamente capturada no período diurno em agosto de 2001, teve

abundância de captura ligeiramente maior durante à noite.

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Diferenças entre capturas nos períodos diurno e noturno ocorreram também nos

meses: em 2001, agosto e dezembro foram os que apresentaram maiores diferenças nas

capturas diurna e noturna, sendo que neste último tais diferenças entre os períodos deveram-se

pela maior ocorrência das espécies G. genidens (à noite) e C. chrysurus (de dia), embora a

última em pequenas porcentagens. No ano de 2002, além de agosto, maior diferença no

número de exemplares capturados entre os períodos de coleta ocorreu no mês de junho, sendo

que no primeiro mês as espécies E. argenteus e C. edentulus ocorreram em maior número à

noite.

O número e as espécies exclusivas de dado período foram variados na Baía Sul, sendo:

três e nove no período diurno, respectivamente em 2001 e 2002 e seis no noturno para cada

um dos anos. Dentre estas espécies, apenas M. littoralis e S. plumieri ocorreram unicamente

no período noturno em ambos os anos, enquanto S. rastrifer ocorreu à noite em 2001 e de dia

em 2002. No entanto, como o número de exemplares capturados destas espécies foi reduzido,

não é possível fazer qualquer inferência sobre as causas de suas ocorrências num determinado

período. Embora não tenham sido encontrados trabalhos específicos sobre a atividade diurno-

noturna em peixes, há vários trabalhos (CASEY & MYERS, 1998; CHAGAS, 2005;

CONCEIÇÃO, 2004; COSTA, 2006; GUEDES et al., 2004; OLIVEIRA-NETO, 2005;

PESSANHA et al., 2003) nos quais são citadas a captura de espécies exclusivamente durante

o dia, à noite, ou em ambos, para diversos ambientes (praia, estuários, mangues), sendo as

capturas realizadas por meio de arrasto manual e de fundo com portas. Dentre estes trabalhos,

os únicos que apresentaram semelhança com os resultados obtidos neste estudo foram o de

Conceição (2004), que em coletas realizadas também na Baía Sul, verificou equilíbrio entre as

capturas diurna e noturna de C. edentulus e o de Costa (2006), que por meio de arrasto

manual e de redes com portas, realizou duas coletas no Rio dos Pinheiros, localizado na Baía

de Guaratuba/PR, sendo a primeira entre às 6 e 10h (considerada diurna) e a segunda entre às

0 e 4h (considerada noturna), na qual foram capturadas exclusivamente nove espécies,

incluindo C. spilopterus e E. argenteus. Nos demais estudos, os resultados foram inversos aos

aqui obtidos: Pessanha et al. (2003), que em praia arenosa na Baía de Sepetiba/RJ, capturaram

C. chrysurus exclusivamente durante a noite, C. edentulus exclusivamente durante o dia e D.

rhombeus, embora tenha ocorrido em ambos os períodos, teve pico de captura à noite; Guedes

et al. (2004), que em estudo sobre alimentação realizado na Baía de Sepetiba/RJ concluiu que

C. spilopterus tem hábitos mais diurnos que noturnos; Oliveira-Neto et al. (2004) capturaram,

entre outros, todos os indivíduos de M. furnieri no período noturno, utilizando rede do tipo

"fyke", em duas gamboas da Baía dos Pinheiros/PR.

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Já a diferença entre a freqüência de exemplares coletados nos períodos diurno e

noturno (4,32% em 2001 e 29,70% em 2002) deveu-se principalmente à maior captura de E.

gula, E. argenteus, D. rhombeus e C. spilopterus no período noturno em 2001 e

principalmente de G. genidens, E. gula e C. edentulus em 2002, visto que entre as espécies

dominantes apenas C. chrysurus e M. furnieri foram capturadas em maior número no período

diurno neste ano.

Dentre os fatores ambientais que mais influenciam na composição e distribuição dos

peixes em regiões estuarinas, temperatura e salinidade (superficial e de fundo) da água e a

profundidade são os mais citados (DAY et al., 1989; HACKRADT, 2006; KENNISH, 1990).

No presente estudo, houve diferenças significativas entre as variações anuais, mensais e por

áreas amostrais destes fatores, os quais podem ter exercido alguma influência sobre a

composição e distribuição da assembléia íctica.

Araújo & Azevedo (2001) encontraram semelhanças ambientais entre lagoas costeiras

do RJ e SC, caracterizados como ambientes rasos com influência fluvial e baixa amplitude de

salinidade, comunicando-se com o mar. De acordo com estes mesmos autores, Carangidae,

Engraulidae e Synodontidae utilizam águas costeiras, baías e estuários com fundo arenoso e

lodoso, e particularmente, C. edentulus ocorre em regiões de baixa salinidade enquanto C.

leiarchus e S. foetens são comuns em áreas costeiras mais profundas. Embora poucos

exemplares destas duas últimas espécies tenham sido capturados no presente estudo, estão de

acordo com o encontrado por Araújo & Azevedo (2001). A ocorrência de C. edentulus na área

de baixa salinidade (A6) e a presença de indivíduos de menor tamanho encontrados na área

próxima à foz dos rios Tavares e dos Defuntos por Conceição (2004), também estão de acordo

com Araújo & Azevedo (2001), confirmando a estreita relação desta espécie com o ambiente

fluvial e de manguezal (CONCEIÇÃO, 2004).

Ainda em relação à salinidade, o presente estudo apontou maiores médias no mês mais

frio (junho), semelhante ao encontrado por Pickler (2005) e Queiroz (2005), mas diferente de

autores como Corrêa (2001), Schwarz (2005) e Otero (2005). Schwarz (2005) relata

associação positiva da espécie M. furnieri com a salinidade, sendo capturado maior número

de exemplares nas maiores médias de salinidade. No presente estudo, as maiores capturas

coincidiram com as maiores médias de salinidade, sendo que as espécies G. genidens, E.

argenteus e E. gula foram as que mais contribuíram para a diferença entre fevereiro e junho

no ano de 2002, embora os valores de p encontrados pelo método de ANOSIM não tenham

sido significativos.

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Uma primeira observação que pode ser feita quanto à diferença de temperatura

(superficial e de fundo) da água, é que as médias foram sempre maiores em 2002 que em

2001. Como as maiores temperaturas estão relacionadas ao período de desova e de migração

de muitas espécies para regiões estuarinas visando forrageamento, era esperado maior número

de indivíduos e espécies no ano de 2002, o que não ocorreu. Assim como com os anos, nos

meses com temperaturas mais elevadas esperava-se maior número de indivíduos capturados,

como verificado por Godefroid et al. (2003), que no infralitoral da praia de Atami, litoral do

Paraná, apontaram maiores capturas nos meses mais quentes.

Como ambos os fatores ambientais (temperatura e salinidade) diferiram do encontrado

na literatura, da mesma forma que a abundância observada para junho, dados

complementares, como fenômenos climáticos e ações antrópicas pontuais, deveriam ser

avaliados, assim como uma maior série temporal, a fim de se verificar se esse é um padrão na

Baía Sul, ou foi um caso isolado.

Embora a ANOVA tenha apontado diferenças significativas na profundidade entre as

áreas amostrais, não foi possível determinar padrões de distribuição relacionando o número de

exemplares capturados com a profundidade destas áreas. Nas áreas A3 e A6, que

apresentaram as maiores profundidades médias, por exemplo, a diferença na captura é

refletida quando observado que ocorreu a menor e a terceira maior captura de exemplares,

respectivamente nestas áreas. Nesse caso, embora pequena, foi detectada por meio de

SIMPER dissimilaridade entre estas duas áreas, sendo as espécies G. genidens e E. argenteus

as que mais contribuíram para tal dissimilaridade. O fato de Queiroz (2005) associar a

distribuição de G. genidens à profundidade e de Mishima & Tanji (1983), observarem a

preferência desta mesma espécie em profundidades médias de 3m, semelhante à encontrada

no presente estudo (3,24m) em 2002, indicaria a relação profundidade/abundância para A6,

embora tal relação tenha sido identificada nesta única área no presente estudo.

Dadas as características da área de estudo e do petrecho de pesca utilizado (rede de

arrasto de fundo), esperava-se maior captura de espécies demersais, sendo, no entanto,

amplamente capturadas espécies pelágicas pertencentes às famílias Engraulidae, Carangidae e

Trichiuridae, a exemplo do que ocorreu com Schwartz (2005), possivelmente em função da

baixa profundidade da área de estudo, ou pelo fato destas espécies encontrarem-se na coluna

d’água no momento da captura, como afirmou o mesmo autor. Este exemplo mostra que

muitas são as variações que determinam diferenças na composição e distribuição espaço-

temporal dos peixes, inclusive os tipos de rede e esforço amostral empregados, embora

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Hemingway & Elliot (2002) considerem as redes de porta eficientes para o estudo de peixes

demersais e bentônicos, pois fornecem dados quantitativos confiáveis.

Outros fatores como número de coletas realizadas, condições de maré, disponibilidade

de alimentos, variações dos fatores abióticos (CHAGAS, 2005), estímulos visuais e

capacidade de algumas espécies em escapar das redes (CASEY & MYERS, 1998) poderiam

também explicar tais diferenças.

A tendência de espécies demersais em mover-se regularmente na coluna d’água

durante os períodos de escuridão à procura de alimentos, os quais consistem principalmente

de crustáceos pelágicos (MAES et al., 1998); o maior número de espécies agregadas em águas

mais profundas durante o dia, que migram à noite para águas mais rasas (METHEVEN et al.,

2001), a fim de evitar a ação de predadores em profundidades médias (GIBSON et al. 1996) e

às espécies diurnas estarem mais relacionadas com hábitos herbívoros ou onívoros, enquanto

as noturnas com predação, como ocorre em peixes recifais (HOBSON, 1965), são possíveis

explicações para as diferenças na distribuição diurna e noturna dos peixes.

Podemos ainda considerar que interferências humanas podem ter influenciado nas

diferenças de composição e distribuição, visto que a presença antrópica é cada vez mais

intensa no litoral. OLSEN (1985) cita a ocupação litorânea por 60% da população mundial e

POLETTI et. al. (1995) por 68% da população do Estado e da Ilha de SC. Essa pressão

antrópica acaba por interferir no ambiente, por exemplo, por meio do lançamento de efluentes

domésticos e industriais – geralmente aumentando a disponibilidade de recursos por

determinados períodos, sendo que poucas espécies podem suportar tal condição (PFEIFFER

et al., 1998 apud ARAÚJO et al., 2006). Neste sentido, podemos supor que as diferenças

encontradas na assembléia íctica entre as áreas A1, A2 e A3 de um lado, e de A4, A5 e A6 de

outro, estejam relacionadas às obras realizadas na área de estudo. Do segundo grupo de áreas,

A4 e A5 foram aqueles que sofreram aterro, e embora tenham apresentado particularidades, as

espécies E. gula (na A4) e G. genidens (na A5) predominaram. Já a A6 foi a área onde foi

realizada a dragagem, tornando-a de maior profundidade, e na qual foi encontrada maior

abundância de G. genidens, espécie demersal.

Além dos possíveis fatores responsáveis pelas diferenças de composição e distribuição

dos peixes na Baía Sul elencados acima, cabe ressaltar que todos os estudos aqui

mencionados foram realizados em baías e/ou estuários voltados para o mar aberto, e que a

Baía Sul é voltada para o continente.

Resgalla Jr. (2001), cita o Saco dos Limões - Baía Sul como enseada, mas Conceição

(2004) e Souza-Conceição et. al. (2005) caracterizaram-na como região estuarina. Segundo

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Pritchard (1967, apud Elliott e McLusky, 2002) estuário é “(...) um corpo de água semi-

fechado, que tem livre comunicação com o mar e dentro do qual a água salgada se dilui de

um modo mensurável com a água doce derivada da drenagem terrestre (...)”. Faibridge

(1980) (apud Elliott e McLusky, 2002) acrescenta a importância da variação de marés para a

conceituação de estuários. Essas definições, no entanto, levam em consideração apenas

aspectos físicos, o que não é suficiente, como consta no trabalho de Elliott e McLusky (2002),

em que o conceito de estuário é discutido em termos físicos, biológicos, sociais e econômicos.

Independente do foco que se dê para a conceituação é unanimidade que os estuários são áreas

de grande diversidade de habitats e biológica, favorecendo a alta produtividade, e amplamente

utilizada para reprodução, alimentação e abrigo de inúmeras espécies ícticas (JOYEUX et al.,

2004; LAYMAN, 2000; LAZZARI et al., 2003; SMITH & PARRISH, 2002). Dentro deste

contexto, a Baía Sul caracteriza-se como região estuarina. A presença do manguezal do rio

Tavares; da desembocadura do rio do Defunto; as variações de temperatura e salinidade da

água; a variação de maré citada por Molleri (2006) como um dos principais agentes

responsáveis pela renovação de suas águas; o elevado número de famílias e espécies

presentes, bem como a classificação destas espécies em estuarina (duas), marinha (15) e

marinho-estuarina (20); e as diversas classes de comprimento destas espécies, indicando

presença de juvenis e adultos, corroboram a condição estuarina da Baía.

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CONCLUSÕES a) as áreas amostrais possuem particularidades de ambientes estuarinos, evidenciadas

pelas amplitudes de valores de salinidade, profundidade e de peixes e espécies capturados;

b) a dominância de indivíduos juvenis corrobora a hipótese de que a Baía Sul tem função de

criadora para algumas espécies;

c) a família Ariidae utiliza a Baía Sul, mas não há evidências de sua reprodução na mesma;

d) o mês de junho (inverno) destacou-se pelo alto número de exemplares capturados, a

maioria juvenis, provavelmente provindos da reprodução ocorrida na região no último verão;

e) as espécies dominantes foram responsáveis pelas dissimilaridades de composição entre as

áreas amostrais;

f) verificou-se variações na composição e distribuição da assembléia de peixes, mas não foi

possível determinar se tais variações foram decorrentes das obras de dragagem e aterro por

que passou a Baía Sul.

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ANEXOS Tabela Va: Abundância (n) e freqüência relativa (%) das famílias e espécies no ano de 2001 em cada mês (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).

fev abr jun ago out dez total FAMÍLIA / ESPÉCIE n % n % n % n % n % n % n %

ACHIRIDAE 0 0.00 10 0.35 9 0.26 8 0.36 11 0.50 7 0.35 45 0.31

C. garmani 0 0.00 10 0.35 9 0.26 8 0.36 11 0.50 7 0.35 45 0.31

ARIIDAE 253 12.82 774 27.32 1190 34.81 408 18.39 522 23.51 538 26.95 3685 25.14

G. genidens 228 11.56 704 24.85 1115 32.61 366 16.49 483 21.76 498 24.95 3394 23.15

G. barbus 25 1.27 70 2.47 75 2.19 42 1.89 39 1.76 40 2.00 291 1.98

BATRACHOIDIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

P. porosissimus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

CARANGIDAE 322 16.32 127 4.48 230 6.73 153 6.89 152 6.85 174 8.72 1158 7.90

C. latus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

C. chrysurus 249 12.62 88 3.11 33 0.97 46 2.07 77 3.47 147 7.36 640 4.37

O. saurus 1 0.05 11 0.39 11 0.32 13 0.59 11 0.50 8 0.40 55 0.38

O. saliens 13 0.66 14 0.49 157 4.59 82 3.70 48 2.16 3 0.15 317 2.16

S. setapinnis 7 0.35 2 0.07 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 9 0.06

S. vomer 52 2.64 11 0.39 29 0.85 12 0.54 16 0.72 16 0.80 136 0.93

T. carolinus 0 0.00 1 0.04 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.01

CENTROPOMIDAE 1 0.05 2 0.07 0 0.00 3 0.14 3 0.14 0 0.00 9 0.06

C. parallelus 1 0.05 1 0.04 0 0.00 1 0.05 0 0.00 0 0.00 3 0.02

C. undecimalis 0 0.00 1 0.04 0 0.00 2 0.09 3 0.14 0 0.00 6 0.04

CYNOGLOSSIDAE 8 0.41 17 0.60 11 0.32 5 0.23 2 0.09 1 0.05 44 0.30

S. tessellatus 8 0.41 17 0.60 11 0.32 5 0.23 2 0.09 1 0.05 44 0.30

ELOPIDAE 0 0.00 0 0.00 1 0.03 0 0.00 2 0.09 0 0.00 3 0.02

E. saurus 0 0.00 0 0.00 1 0.03 0 0.00 2 0.09 0 0.00 3 0.02

ENGRAULIDAE 161 8.16 459 16.20 298 8.72 562 25.33 603 27.16 219 10.97 2302 15.70

C. edentulus 161 8.16 459 16.20 298 8.72 562 25.33 603 27.16 219 10.97 2302 15.70

EPHIPPIDAE 2 0.10 6 0.21 4 0.12 25 1.13 17 0.77 20 1.00 74 0.50

C. faber 2 0.10 6 0.21 4 0.12 25 1.13 17 0.77 20 1.00 74 0.50

GERREIDAE 462 23.42 624 22.03 769 22.49 432 19.47 397 17.88 603 30.21 3287 22.42

D. rhombeus 10 0.51 211 7.45 108 3.16 45 2.03 44 1.98 167 8.37 585 3.99

E. argenteus 74 3.75 290 10.24 343 10.03 146 6.58 79 3.56 134 6.71 1066 7.27

E. gula 378 19.16 123 4.34 297 8.69 236 10.64 273 12.30 302 15.13 1609 10.98

E. melanopterus 0 0.00 0 0.00 21 0.61 5 0.23 1 0.05 0 0.00 27 0.18

GOBIIDAE 0 0.00 0 0.00 1 0.03 1 0.05 1 0.05 1 0.05 4 0.03

G. oceanicus 0 0.00 0 0.00 1 0.03 1 0.05 1 0.05 1 0.05 4 0.03

HAEMULIDAE 0 0.00 1 0.04 5 0.15 3 0.14 2 0.09 17 0.85 28 0.19

O. ruber 0 0.00 1 0.04 1 0.03 2 0.09 2 0.09 17 0.85 23 0.16

P. corvinaeformis 0 0.00 0 0.00 4 0.12 1 0.05 0 0.00 0 0.00 5 0.03

LUTJANIDAE 0 0.00 3 0.11 8 0.23 0 0.00 0 0.00 2 0.10 13 0.09

L. synagris 0 0.00 3 0.11 8 0.23 0 0.00 0 0.00 2 0.10 13 0.09

MONACANTHIDAE 3 0.15 6 0.21 2 0.06 4 0.18 0 0.00 0 0.00 15 0.10

S. hispidus 3 0.15 6 0.21 2 0.06 4 0.18 0 0.00 0 0.00 15 0.10

MUGILIDAE 9 0.46 17 0.60 32 0.94 26 1.17 22 0.99 20 1.00 126 0.86

M. curema 4 0.20 11 0.39 31 0.91 26 1.17 18 0.81 18 0.90 108 0.74

M. platanus 5 0.25 6 0.21 1 0.03 0 0.00 4 0.18 2 0.10 18 0.12

OPHICHTHIDAE 0 0.00 1 0.04 0 0.00 1 0.05 0 0.00 0 0.00 2 0.01

O. gomesii 0 0.00 1 0.04 0 0.00 1 0.05 0 0.00 0 0.00 2 0.01

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Tabela Va. Continuação fev abr jun ago out dez total

FAMÍLIA / ESPÉCIE n % n % n % n % n % n % n %

PARALICHTHYIDAE 110 5.58 247 8.72 317 9.27 208 9.37 176 7.93 140 7.01 1198 8.17

C. spilopterus 105 5.32 236 8.33 298 8.72 200 9.01 169 7.61 130 6.51 1138 7.76

E. crossotus 5 0.25 11 0.39 19 0.56 8 0.36 7 0.32 10 0.50 60 0.41

P. orbignyanus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

POMATOMIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 4 0.18 2 0.09 0 0.00 6 0.04

P. saltatrix 0 0.00 0 0.00 0 0.00 4 0.18 2 0.09 0 0.00 6 0.04

SCIAENIDAE 347 17.59 274 9.67 224 6.55 187 8.43 88 3.96 75 3.76 1195 8.15

B. ronchus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.09 1 0.05 0 0.00 3 0.02

C. gracilicirrhus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

C. leiarchus 6 0.30 18 0.64 1 0.03 5 0.23 1 0.05 1 0.05 32 0.22

C. microlepidotus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

I. parvipinnis 19 0.96 5 0.18 7 0.20 5 0.23 14 0.63 4 0.20 54 0.37

M. americanus 1 0.05 8 0.28 3 0.09 2 0.09 4 0.18 1 0.05 19 0.13

M. littoralis 0 0.00 1 0.04 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.01

M. furnieri 321 16.27 240 8.47 212 6.20 164 7.39 68 3.06 69 3.46 1074 7.33

P. brasiliensis 0 0.00 1 0.04 1 0.03 9 0.41 0 0.00 0 0.00 11 0.08

S. brasiliensis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

S. rastrifer 0 0.00 1 0.04 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.01

Stellifer sp. 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

SCORPAENIDAE 0 0.00 5 0.18 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 5 0.03

S. isthmensis 0 0.00 3 0.11 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 3 0.02

S. plumieri 0 0.00 2 0.07 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.01

SERRANIDAE 17 0.86 42 1.48 33 0.97 15 0.68 16 0.72 16 0.80 139 0.95

D. radiale 6 0.30 26 0.92 24 0.70 12 0.54 9 0.41 11 0.55 88 0.60

E. marginatus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.05 1 0.01

M. acutirostris 2 0.10 6 0.21 0 0.00 0 0.00 1 0.05 0 0.00 9 0.06

M. bonaci 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

M. microlepis 9 0.46 7 0.25 7 0.20 2 0.09 5 0.23 3 0.15 33 0.23

Mycteroperca sp. 0 0.00 0 0.00 2 0.06 1 0.05 0 0.00 0 0.00 3 0.02

R. randalli 0 0.00 3 0.11 0 0.00 0 0.00 1 0.05 1 0.05 5 0.03

SPARIDAE 102 5.17 45 1.59 179 5.24 99 4.46 73 3.29 49 2.45 547 3.73

A. rhomboidalis 102 5.17 45 1.59 179 5.24 99 4.46 73 3.29 49 2.45 547 3.73

SPHYRAENIDAE 1 0.05 2 0.07 2 0.06 1 0.05 0 0.00 0 0.00 6 0.04

S. guachancho 1 0.05 2 0.07 2 0.06 1 0.05 0 0.00 0 0.00 6 0.04

STROMATEIDAE 3 0.15 1 0.04 0 0.00 2 0.09 0 0.00 0 0.00 6 0.04

P. paru 3 0.15 1 0.04 0 0.00 2 0.09 0 0.00 0 0.00 6 0.04

SYNODONTIDAE 0 0.00 6 0.21 6 0.18 2 0.09 0 0.00 1 0.05 15 0.10

S. foetens 0 0.00 6 0.21 6 0.18 2 0.09 0 0.00 1 0.05 15 0.10

TERAODONTIDAE 102 5.17 73 2.58 58 1.70 19 0.86 103 4.64 68 3.41 423 2.89

L. laevigatus 14 0.71 6 0.21 11 0.32 6 0.27 7 0.32 18 0.90 62 0.42

S. greeleyi 11 0.56 14 0.49 23 0.67 7 0.32 1 0.05 0 0.00 56 0.38

S. pachygaster 1 0.05 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.01

S. spengleri 10 0.51 5 0.18 14 0.41 2 0.09 8 0.36 12 0.60 51 0.35

S. testudineus 66 3.35 48 1.69 10 0.29 4 0.18 87 3.92 38 1.90 253 1.73

TRICHIURIDAE 7 0.35 21 0.74 7 0.20 7 0.32 5 0.23 5 0.25 52 0.35

T. lepturus 7 0.35 21 0.74 7 0.20 7 0.32 5 0.23 5 0.25 52 0.35

TRIGLIDAE 63 3.19 70 2.47 33 0.97 44 1.98 23 1.04 40 2.00 273 1.86

P. punctatus 63 3.19 70 2.47 33 0.97 44 1.98 23 1.04 40 2.00 273 1.86

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66

Tabela Va. Continuação fev abr jun ago out dez total

FAMÍLIA / ESPÉCIE n % n % n % n % n % n % n %

TOTAL EXEMPLARES 1973 100 2833 100 3419 100 2219 100 2220 100 1996 100 14660 100

TOTAL FAMÍLIAS 18 66,67 24 88,89 22 81,48 24 88,89 20 74,07 19 70,37 27 100

TOTAL ESPÉCIES 36 63.16 48 84.21 40 70.17 44 77.19 38 66.67 35 61.4 57 100

Tabela Vb: Abundância (n) e frequência relativa (%) das famílias e espécies no ano de 2002 em cada mês (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).

fev abr jun ago out dez total FAMÍLIA / ESPÉCIE n % n % n % n % n % n % n %

ACHIRIDAE 3 0.23 6 0.26 6 0.25 1 0.05 2 0.09 4 0.23 22 0.18

C. garmani 3 0.23 6 0.26 6 0.25 1 0.05 2 0.09 4 0.23 22 0.18

ARIIDAE 589 44.86 648 28.24 763 31.35 332 17.50 702 30.59 366 20.64 3400 28.32

G. genidens 545 41.51 560 24.40 665 27.32 294 15.50 643 28.02 317 17.88 3024 25.19

G. barbus 44 3.35 88 3.83 98 4.03 38 2.00 59 2.57 49 2.76 376 3.13

BATRACHOIDIDAE 0 0.00 1 0.04 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.06 2 0.02

P. porosissimus 0 0.00 1 0.04 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.06 2 0.02

CARANGIDAE 75 5.71 295 12.85 28 1.15 64 3.37 10 0.44 14 0.79 486 4.05

C. latus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.11 0 0.00 0 0.00 2 0.02

C. chrysurus 59 4.49 241 10.50 17 0.70 53 2.79 5 0.22 2 0.11 377 3.14

O. saurus 2 0.15 3 0.13 5 0.21 4 0.21 0 0.00 7 0.39 21 0.17

O. saliens 1 0.08 1 0.04 0 0.00 1 0.05 0 0.00 4 0.23 7 0.06

S. setapinnis 4 0.30 39 1.70 0 0.00 2 0.11 1 0.04 1 0.06 47 0.39

S. vomer 8 0.61 11 0.48 6 0.25 2 0.11 4 0.17 0 0.00 31 0.26

T. carolinus 1 0.08 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.01

CENTROPOMIDAE 1 0.08 2 0.09 2 0.08 1 0.05 0 0.00 0 0.00 6 0.05

C. parallelus 1 0.08 2 0.09 2 0.08 1 0.05 0 0.00 0 0.00 6 0.05

C. undecimalis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

CYNOGLOSSIDAE 9 0.69 16 0.70 28 1.15 4 0.21 8 0.35 13 0.73 78 0.65

S. tessellatus 9 0.69 16 0.70 28 1.15 4 0.21 8 0.35 13 0.73 78 0.65

ELOPIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.05 0 0.00 0 0.00 1 0.01

E. saurus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.05 0 0.00 0 0.00 1 0.01

ENGRAULIDAE 131 9.98 352 15.34 26 1.07 335 17.66 192 8.37 548 30.91 1584 13.19

C. edentulus 131 9.98 352 15.34 26 1.07 335 17.66 192 8.37 548 30.91 1584 13.19

EPHIPPIDAE 2 0.15 6 0.26 24 0.99 13 0.69 11 0.48 6 0.34 62 0.52

C. faber 2 0.15 6 0.26 24 0.99 13 0.69 11 0.48 6 0.34 62 0.52

GERREIDAE 229 17.44 584 25.45 1028 42.24 777 40.96 1039 45.27 562 31.70 4219 35.14

D. rhombeus 72 5.48 184 8.02 184 7.56 111 5.85 376 16.38 56 3.16 983 8.19

E. argenteus 96 7.31 236 10.28 553 22.72 334 17.61 247 10.76 127 7.16 1593 13.27

E. gula 61 4.65 162 7.06 279 11.46 315 16.61 414 18.04 377 21.26 1608 13.39

E. melanopterus 0 0.00 2 0.09 12 0.49 17 0.90 2 0.09 2 0.11 35 0.29

GOBIIDAE 8 0.61 1 0.04 0 0.00 2 0.11 2 0.09 5 0.28 18 0.15

G. oceanicus 8 0.61 1 0.04 0 0.00 2 0.11 2 0.09 5 0.28 18 0.15

HAEMULIDAE 10 0.76 3 0.13 13 0.53 8 0.42 4 0.17 0 0.00 38 0.32

O. ruber 10 0.76 3 0.13 13 0.53 8 0.42 4 0.17 0 0.00 38 0.32

P. corvinaeformis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

LUTJANIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 1 0.01

L. synagris 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 1 0.01

MONACANTHIDAE 2 0.15 0 0.00 3 0.12 3 0.16 1 0.04 0 0.00 9 0.07

S. hispidus 2 0.15 0 0.00 3 0.12 3 0.16 1 0.04 0 0.00 9 0.07

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67

Tabela Vb. Continuação fev abr jun ago out dez total

FAMÍLIA / ESPÉCIE n % n % n % n % n % n % n %

MUGILIDAE 4 0.30 6 0.26 20 0.82 13 0.69 5 0.22 8 0.45 56 0.47

M. curema 1 0.08 4 0.17 20 0.82 10 0.53 4 0.17 2 0.11 41 0.34

M. platanus 3 0.23 2 0.09 0 0.00 3 0.16 1 0.04 6 0.34 15 0.12

OPHICHTHIDAE 2 0.15 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.11 4 0.03

O. gomesii 2 0.15 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.11 4 0.03

PARALICHTHYIDAE 50 3.81 130 5.66 225 9.24 153 8.07 110 4.79 78 4.40 746 6.21

C. spilopterus 42 3.20 108 4.71 193 7.93 118 6.22 107 4.66 75 4.23 643 5.36

E. crossotus 8 0.61 22 0.96 32 1.31 35 1.85 3 0.13 2 0.11 102 0.85

P. orbignyanus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.06 1 0.01

POMATOMIDAE 1 0.08 2 0.09 13 0.53 0 0.00 0 0.00 3 0.17 19 0.16

P. saltatrix 1 0.08 2 0.09 13 0.53 0 0.00 0 0.00 3 0.17 19 0.16

SCIAENIDAE 84 6.40 84 3.66 61 2.51 24 1.27 25 1.09 50 2.82 328 2.73

B. ronchus 3 0.23 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.06 4 0.03

C. gracilicirrhus 4 0.30 1 0.04 6 0.25 0 0.00 0 0.00 0 0.00 11 0.09

C. leiarchus 4 0.30 7 0.31 6 0.25 9 0.47 2 0.09 4 0.23 32 0.27

C. microlepidotus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.05 0 0.00 0 0.00 1 0.01

I. parvipinnis 0 0.00 39 1.70 1 0.04 1 0.05 0 0.00 0 0.00 41 0.34

M. americanus 2 0.15 1 0.04 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 3 0.02

M. littoralis 0 0.00 0 0.00 2 0.08 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.02

M. furnieri 71 5.41 36 1.57 46 1.89 13 0.69 20 0.87 44 2.48 230 1.92

P. brasiliensis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

S. brasiliensis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 1 0.01

S. rastrifer 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 1 0.01

Stellifer sp. 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 1 0.06 2 0.02

SCORPAENIDAE 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.01

S. isthmensis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

S. plumieri 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.01

SERRANIDAE 10 0.76 10 0.44 26 1.07 17 0.90 14 0.61 4 0.23 81 0.67

D. radiale 5 0.38 9 0.39 18 0.74 16 0.84 9 0.39 0 0.00 57 0.47

E. marginatus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

M. acutirostris 4 0.30 1 0.04 4 0.16 0 0.00 2 0.09 2 0.11 13 0.11

M. bonaci 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.05 1 0.04 0 0.00 2 0.02

M. microlepis 1 0.08 0 0.00 3 0.12 0 0.00 1 0.04 0 0.00 5 0.04

Mycteroperca sp. 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

R. randalli 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 1 0.04 2 0.11 4 0.03

SPARIDAE 47 3.58 12 0.52 51 2.10 33 1.74 24 1.05 2 0.11 169 1.41

A. rhomboidalis 47 3.58 12 0.52 51 2.10 33 1.74 24 1.05 2 0.11 169 1.41

SPHYRAENIDAE 0 0.00 5 0.22 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 5 0.04

S. guachancho 0 0.00 5 0.22 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 5 0.04

STROMATEIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

P. paru 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

SYNODONTIDAE 1 0.08 6 0.26 28 1.15 33 1.74 21 0.92 15 0.85 104 0.87

S. foetens 1 0.08 6 0.26 28 1.15 33 1.74 21 0.92 15 0.85 104 0.87

TERAODONTIDAE 37 2.82 81 3.53 56 2.30 66 3.48 95 4.14 73 4.12 408 3.40

L. laevigatus 11 0.84 7 0.31 1 0.04 3 0.16 4 0.17 22 1.24 48 0.40

S. greeleyi 0 0.00 0 0.00 5 0.21 7 0.37 48 2.09 9 0.51 69 0.57

S. pachygaster 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

S. spengleri 2 0.15 4 0.17 24 0.99 0 0.00 4 0.17 2 0.11 36 0.30

S. testudineus 24 1.83 70 3.05 26 1.07 56 2.95 39 1.70 40 2.26 255 2.12

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68

Tabela Vb. Continuação fev abr jun ago out dez total

FAMÍLIA / ESPÉCIE n % n % n % n % n % n % n %

TRICHIURIDAE 0 0.00 4 0.17 1 0.04 1 0.05 1 0.04 1 0.06 8 0.07

T. lepturus 0 0.00 4 0.17 1 0.04 1 0.05 1 0.04 1 0.06 8 0.07

TRIGLIDAE 18 1.37 41 1.79 31 1.27 16 0.84 28 1.22 18 1.02 152 1.27

P. punctatus 18 1.37 41 1.79 31 1.27 16 0.84 28 1.22 18 1.02 152 1.27

TOTAL EXEMPLARES 1313 100 2295 100 2434 100 1897 100 2295 100 1773 100 12007 100

TOTAL FAMÍLIAS 21 77,78 22 81,48 21 77,78 22 81,48 20 74,07 20 74,07 28 100

TOTAL ESPÉCIES 38 67,86 38 67,86 40 71,42 37 56,07 38 67,86 36 64,28 56 100

Tabela VI: Abundância das famílias e espécies coletadas durante os anos de 2001 e 2002 em cada mês (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro) de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).

dia noite FAMÍLIA / ESPÉCIE fev abr jun ago out dez tot. fev abr jun ago out dez tot.

ACHIRIDAE 0 3 4 6 1 2 16 3 13 11 3 12 9 51

C. garmani 0 3 4 6 1 2 16 3 13 11 3 12 9 51

ARIIDAE 271 557 947 318 622 318 3033 571 865 1006 422 602 586 4052

G. genidens 242 469 880 284 553 273 2701 531 795 900 376 573 542 3717

G. barbus 29 88 67 34 69 45 332 40 70 106 46 29 44 335

BATRACHOIDIDAE 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

P. porosissimus 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

CARANGIDAE 121 241 198 156 108 161 985 276 181 60 61 54 27 659

C. latus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2

C. chrysurus 75 198 30 64 79 146 592 233 131 20 35 3 3 425

O. saurus 0 5 3 6 5 1 20 3 9 13 11 6 14 56

O. saliens 14 14 146 80 6 3 263 0 1 11 3 42 4 61

S. setapinnis 4 10 0 1 1 0 16 7 31 0 1 0 1 40

S. vomer 28 13 19 5 17 11 93 32 9 16 9 3 5 74

T. carolinus 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1

CENTROPOMIDAE 0 2 2 2 0 0 6 2 2 0 2 3 0 9

C. parallelus 0 1 2 0 0 0 3 2 2 0 2 0 0 6

C. undecimalis 0 1 0 2 0 0 3 0 0 0 0 3 0 3

CYNOGLOSSIDAE 3 13 13 4 4 9 46 14 20 26 5 6 5 76

S. tessellatus 3 13 13 4 4 9 46 14 20 26 5 6 5 76

ELOPIDAE 0 0 1 1 0 0 2 0 0 0 0 2 0 2

E. saurus 0 0 1 1 0 0 2 0 0 0 0 2 0 2

ENGRAULIDAE 165 489 293 646 258 99 1950 127 322 31 251 537 668 1936

C. edentulus 165 489 293 646 258 99 1950 127 322 31 251 537 668 1936

EPHIPPIDAE 1 6 6 27 27 18 85 3 6 22 11 1 8 51

C. faber 1 6 6 27 27 18 85 3 6 22 11 1 8 51

GERREIDAE 474 341 586 260 517 275 2453 217 867 1211 949 919 890 5053

D. rhombeus 27 156 63 67 224 26 563 55 239 229 89 196 197 1005

E. argenteus 63 143 386 140 109 124 965 107 383 510 340 217 137 1694

E. gula 384 41 130 45 183 125 908 55 244 446 506 504 554 2309

E. melanopterus 0 1 7 8 1 0 17 0 1 26 14 2 2 45

GOBIIDAE 8 1 1 0 3 6 19 0 0 0 3 0 0 3

G. oceanicus 8 1 1 0 3 6 19 0 0 0 3 0 0 3

HAEMULIDAE 2 3 8 10 4 0 27 8 1 10 1 2 17 39

O. ruber 2 3 8 9 4 0 26 8 1 6 1 2 17 35

P. corvinaeformis 0 0 0 1 0 0 1 0 0 4 0 0 0 4

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69

Tabela VI. Continuação dia noite

FAMÍLIA / ESPÉCIE fev abr jun ago out dez tot. fev abr jun ago out dez tot.

LUTJANIDAE 0 1 0 0 1 1 3 0 2 8 0 0 1 11

L. synagris 0 1 0 0 1 1 3 0 2 8 0 0 1 11

MONACANTHIDAE 2 2 5 5 0 0 14 3 4 0 2 1 0 10

S. hispidus 2 2 5 5 0 0 14 3 4 0 2 1 0 10

MUGILIDAE 7 2 1 15 10 20 55 6 21 51 24 17 8 127

M. curema 3 1 1 14 10 18 47 2 14 50 22 12 2 102

M. platanus 4 1 0 1 0 2 8 4 7 1 2 5 6 25

OPHICHTHIDAE 0 0 0 1 0 0 1 2 1 0 0 0 2 5

O. gomesii 0 0 0 1 0 0 1 2 1 0 0 0 2 5

PARALICHTHYIDAE 43 140 165 142 144 89 723 117 237 377 219 142 129 1221

C. spilopterus 39 126 149 130 140 86 670 108 218 342 188 136 119 1111

E. crossotus 4 14 16 12 4 2 52 9 19 35 31 6 10 110

P. orbignyanus 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0

POMATOMIDAE 0 0 2 3 0 1 6 1 2 11 1 2 2 19

P. saltatrix 0 0 2 3 0 1 6 1 2 11 1 2 2 19

SCIAENIDAE 253 187 144 144 68 43 839 178 171 141 67 45 82 684

B. ronchus 0 0 0 2 0 0 2 3 0 0 0 1 1 5

C. gracilicirrhus 2 1 2 0 0 0 5 2 0 4 0 0 0 6

C. leiarchus 0 5 2 6 3 1 17 10 20 5 8 0 4 47

C. microlepidotus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

I. parvipinnis 18 38 3 3 13 3 78 1 6 5 3 1 1 17

M. americanus 0 9 0 0 0 0 9 3 0 3 2 4 1 13

M. littoralis 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 3

M. furnieri 233 134 136 125 49 38 715 159 142 122 52 39 75 589

P. brasiliensis 0 0 1 8 0 0 9 0 1 0 1 0 0 2

S. brasiliensis 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0

S. rastrifer 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 1

Stellifer sp. 0 0 0 0 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0

SCORPAENIDAE 0 0 0 0 0 0 0 0 5 1 0 0 0 6

S. isthmensis 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 3

S. plumieri 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 0 3

SERRANIDAE 15 24 30 15 10 12 106 12 28 29 17 20 8 114

D. radiale 7 17 21 14 7 5 71 4 18 21 14 11 6 74

E. marginatus 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0

M. acutirostris 2 3 3 0 2 2 12 4 4 1 0 1 0 10

M. bonaci 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1

M. microlepis 6 3 5 0 0 2 16 4 4 5 2 6 1 22

Mycteroperca sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 3

R. randalli 0 1 1 0 1 2 5 0 2 0 0 1 1 4

SPARIDAE 57 35 138 105 32 13 380 92 22 92 27 65 38 336

A. rhomboidalis 57 35 138 105 32 13 380 92 22 92 27 65 38 336

SPHYRAENIDAE 0 5 2 1 0 0 8 1 2 0 0 0 0 3

S. guachancho 0 5 2 1 0 0 8 1 2 0 0 0 0 3

STROMATEIDAE 0 0 0 2 0 0 2 3 1 0 0 0 0 4

P. paru 0 0 0 2 0 0 2 3 1 0 0 0 0 4

SYNODONTIDAE 1 7 19 15 17 12 71 0 5 15 20 4 4 48

S. foetens 1 7 19 15 17 12 71 0 5 15 20 4 4 48

TETRAODONTIDAE 59 31 49 16 47 18 220 80 123 65 69 151 123 611

L. laevigatus 11 10 9 4 6 11 51 14 3 3 5 5 29 59

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70

Tabela VI. Continuação dia noite

FAMÍLIA / ESPÉCIE fev abr jun ago out dez tot. fev abr jun ago out dez tot.

S. greeleyi 9 6 5 0 32 4 56 2 8 23 14 17 5 69

S. pachygaster 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0

S. spengleri 9 3 20 1 4 2 39 3 6 18 1 8 12 48

S. testudineus 29 12 15 11 5 1 73 61 106 21 49 121 77 435

TRICHIURIDAE 3 11 5 7 4 4 34 4 14 3 1 2 2 26

T. lepturus 3 11 5 7 4 4 34 4 14 3 1 2 2 26

TRIGLIDAE 20 23 24 43 27 41 178 61 88 40 17 24 17 247

P. punctatus 20 23 24 43 27 41 178 61 88 40 17 24 17 247

TOTAL INDIVÍDUOS 1505 2124 2643 1944 1904 1142 11262 1781 3004 3210 2172 2611 2627 15405

TOTAL FAMÍLIAS 18 22 23 24 19 19 26 22 26 20 21 21 21 28

TOTAL ESPÉCIES 34 43 41 42 38 38 58 40 48 40 41 39 39 60

Tabela VIIa: Abundância das famílias e espécies no ano de 2001 em cada mês (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro), nos períodos diurno (D) e noturno (N) de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).

fev abr jun ago out dez total FAMÍLIA / ESPÉCIE D N D N D N D N D N D N D N

ACHIRIDAE 0 0 0 10 0 9 5 3 1 10 1 6 7 38

C. garmani 0 0 0 10 0 9 5 3 1 10 1 6 7 38

ARIIDAE 119 134 234 540 820 370 278 130 254 268 151 387 1856 1829

G. genidens 106 122 190 514 771 344 251 115 235 248 136 362 1689 1705

G. barbus 13 12 44 26 49 26 27 15 19 20 15 25 167 124

BATRACHOIDIDAE 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

P. porosissimus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

CARANGIDAE 72 250 82 45 194 36 130 23 101 51 160 14 739 419

C. latus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

C. chrysurus 34 215 53 35 29 4 43 3 76 1 146 1 381 259

O. saurus 0 1 4 7 1 10 3 10 5 6 0 8 13 42

O. saliens 13 0 14 0 146 11 80 2 6 42 3 0 262 55

S. setapinnis 1 6 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 2 7

S. vomer 24 28 9 2 18 11 4 8 14 2 11 5 80 56

T. carolinus 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

CENTROPOMIDAE 0 1 1 1 0 0 2 1 0 3 0 0 3 6

C. parallelus 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 3

C. undecimalis 0 0 1 0 0 0 2 0 0 3 0 0 3 3

CYNOGLOSSIDAE 0 8 6 11 5 6 0 5 0 2 1 0 12 32

S. tessellatus 0 8 6 11 5 6 0 5 0 2 1 0 12 32

ELOPIDAE 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2 0 0 1 2

E. saurus 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2 0 0 1 2

ENGRAULIDAE 92 69 344 115 267 31 513 49 198 405 61 158 1475 827

C. edentulus 92 69 344 115 267 31 513 49 198 405 61 158 1475 827

EPHIPPIDAE 0 2 2 4 2 2 23 2 16 1 12 8 55 19

C. faber 0 2 2 4 2 2 23 2 16 1 12 8 55 19

GERREIDAE 422 40 183 441 175 594 85 347 69 328 91 512 1025 2262

D. rhombeus 10 0 50 161 39 69 37 8 23 21 11 156 170 415

E. argenteus 38 36 106 184 81 262 30 116 34 45 76 58 365 701

E. gula 374 4 27 96 51 246 15 221 12 261 4 298 483 1126

E. melanopterus 0 0 0 0 4 17 3 2 0 1 0 0 7 20

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71

Tabela VIIa. Continuação fev abr jun ago out dez total FAMÍLIA / ESPÉCIE

D N D N D N D N D N D N D N

GOBIIDAE 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 3 1

G. oceanicus 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 3 1

HAEMULIDAE 0 0 0 1 0 5 3 0 0 2 0 17 3 25

O. ruber 0 0 0 1 0 1 2 0 0 2 0 17 2 21

P. corvinaeformis 0 0 0 0 0 4 1 0 0 0 0 0 1 4

LUTJANIDAE 0 0 1 2 0 8 0 0 0 0 1 1 2 11

L. synagris 0 0 1 2 0 8 0 0 0 0 1 1 2 11

MONACANTHIDAE 1 2 2 4 2 0 2 2 0 0 0 0 7 8

S. hispidus 1 2 2 4 2 0 2 2 0 0 0 0 7 8

MUGILIDAE 6 3 1 16 1 31 14 12 10 12 19 1 51 75

M. curema 2 2 1 10 1 30 14 12 10 8 18 0 46 62

M. platanus 4 1 0 6 0 1 0 0 0 4 1 1 5 13

OPHICHTHIDAE 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1

O. gomesii 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1

PARALICHTHYIDAE 24 86 104 143 77 240 99 109 96 80 70 70 470 728

C. spilopterus 21 84 99 137 73 225 94 106 94 75 68 62 449 689

E. crossotus 3 2 5 6 4 15 5 3 2 5 2 8 21 39

P. orbignyanus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

POMATOMIDAE 0 0 0 0 0 0 3 1 0 2 0 0 3 3

P. saltatrix 0 0 0 0 0 0 3 1 0 2 0 0 3 3

SCIAENIDAE 207 140 129 145 128 96 135 52 54 34 73 2 726 469

B. ronchus 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 2 1

C. gracilicirrhus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

C. leiarchus 0 6 4 14 1 0 5 0 1 0 1 0 12 20

C. microlepidotus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

I. parvipinnis 18 1 4 1 3 4 2 3 13 1 3 1 43 11

M. americanus 0 1 8 0 0 3 0 2 0 4 0 1 8 11

M. littoralis 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

M. furnieri 189 132 113 127 123 89 118 46 40 28 69 0 652 422

P. brasiliensis 0 0 0 1 1 0 8 1 0 0 0 0 9 2

S. brasiliensis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

S. rastrifer 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

Stellifer sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

SCORPAENIDAE 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5

S. isthmensis 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3

S. plumieri 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

SERRANIDAE 9 8 20 22 18 15 8 7 4 12 9 7 68 71

D. radiale 2 4 14 12 13 11 8 4 2 7 5 6 44 44

E. marginatus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0

M. acutirostris 1 1 2 4 0 0 0 0 1 0 0 0 4 5

M. bonaci 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

M. microlepis 6 3 3 4 5 2 0 2 0 5 2 1 16 17

Mycteroperca sp. 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 3

R. randalli 0 0 1 2 0 0 0 0 1 0 1 0 3 2

SPARIDAE 24 78 33 12 135 44 80 19 18 55 13 36 303 244

A. rhomboidalis 24 78 33 12 135 44 80 19 18 55 13 36 303 244

SPHYRAENIDAE 0 1 1 1 2 0 1 0 0 0 0 0 4 2

S. guachancho 0 1 1 1 2 0 1 0 0 0 0 0 4 2

STROMATEIDAE 0 3 0 1 0 0 2 0 0 0 0 0 2 4

P. paru 0 3 0 1 0 0 2 0 0 0 0 0 2 4

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72

Tabela VIIa. Continuação fev abr jun ago out dez total FAMÍLIA / ESPÉCIE

D N D N D N D N D N D N D N

SYNODONTIDAE 0 0 2 4 2 4 1 1 0 0 0 1 5 10

S. foetens 0 0 2 4 2 4 1 1 0 0 0 1 5 10

TERAODONTIDAE 54 48 17 56 16 42 6 13 6 97 2 66 101 322

L. laevigatus 10 4 5 1 9 2 3 3 4 3 1 17 32 30

S. greeleyi 9 2 6 8 5 18 0 7 1 0 0 0 21 35

S. pachygaster 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

S. spengleri 8 2 1 4 1 13 1 1 1 7 1 11 13 38

S. testudineus 26 40 5 43 1 9 2 2 0 87 0 38 34 219

TRICHIURIDAE 3 4 8 13 4 3 7 0 3 2 4 1 29 23

T. lepturus 3 4 8 13 4 3 7 0 3 2 4 1 29 23

TRIGLIDAE 14 49 11 59 13 20 33 11 15 8 34 6 120 153

P. punctatus 14 49 11 59 13 20 33 11 15 8 34 6 120 153

TOTAL EXEMPLARES 1047 926 1181 1652 1863 1556 1431 788 846 1374 703 1293 7071 7589

TOTAL FAMÍLIAS 13 18 19 24 19 18 21 19 15 18 20 17 26 27

TOTAL ESPÉCIES 28 32 37 44 33 34 36 28 34 33 30 28 53 55

Tabela VIIb: Abundância das famílias e espécies no ano de 2002 em cada mês (fev=fevereiro; abr=abril; jun=junho; ago=agosto; out=outubro e dez=dezembro), nos períodos diurno (D) e noturno (N) de coleta no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).

fev abr jun ago out dez total FAMÍLIA / ESPÉCIE D N D N D N D N D N D N D N

ACHIRIDAE 0 3 3 3 4 2 1 0 0 2 1 3 9 13

C. garmani 0 3 3 3 4 2 1 0 0 2 1 3 9 13

ARIIDAE 152 437 323 325 127 636 40 292 368 334 167 199 1177 2223

G. genidens 136 409 279 281 109 556 33 261 318 325 137 180 1012 2012

G. barbus 16 28 44 44 18 80 7 31 50 9 30 19 165 211

BATRACHOIDIDAE 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2

P. porosissimus 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2

CARANGIDAE 49 26 159 136 4 24 26 38 7 3 1 13 246 240

C. latus 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 2

C. chrysurus 41 18 145 96 1 16 21 32 3 2 0 2 211 166

O. saurus 0 2 1 2 2 3 3 1 0 0 1 6 7 14

O. saliens 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 4 1 6

S. setapinnis 3 1 9 30 0 0 1 1 1 0 0 1 14 33

S. vomer 4 4 4 7 1 5 1 1 3 1 0 0 13 18

T. carolinus 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

CENTROPOMIDAE 0 1 1 1 2 0 0 1 0 0 0 0 3 3

C. parallelus 0 1 1 1 2 0 0 1 0 0 0 0 3 3

C. undecimalis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

CYNOGLOSSIDAE 3 6 7 9 8 20 4 0 4 4 8 5 34 44

S. tessellatus 3 6 7 9 8 20 4 0 4 4 8 5 34 44

ELOPIDAE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0

E. saurus 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0

ENGRAULIDAE 73 58 145 207 0 26 133 202 60 132 38 510 449 1135

C. edentulus 73 58 145 207 0 26 133 202 60 132 38 510 449 1135

EPHIPPIDAE 1 1 4 2 4 20 4 9 11 0 6 0 30 32

C. faber 1 1 4 2 4 20 4 9 11 0 6 0 30 32

GERREIDAE 52 177 158 426 411 617 175 602 448 591 184 378 1428 2791

D. rhombeus 17 55 106 78 24 160 30 81 201 175 15 41 393 590

E. argenteus 25 71 37 199 305 248 110 224 75 172 48 79 600 993

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73

Tabela VIIb. Continuação fev abr jun ago out dez total FAMÍLIA / ESPÉCIE

D N D N D N D N D N D N D N

E. gula 10 51 14 148 79 200 30 285 171 243 121 256 425 1183

E. melanopterus 0 0 1 1 3 9 5 12 1 1 0 2 10 25

GOBIIDAE 8 0 1 0 0 0 0 2 2 0 5 0 16 2

G. oceanicus 8 0 1 0 0 0 0 2 2 0 5 0 16 2

HAEMULIDAE 2 8 3 0 8 5 7 1 4 0 0 0 24 14

O. ruber 2 8 3 0 8 5 7 1 4 0 0 0 24 14

P. corvinaeformis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LUTJANIDAE 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0

L. synagris 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0

MONACANTHIDAE 1 1 0 0 3 0 3 0 0 1 0 0 7 2

S. hispidus 1 1 0 0 3 0 3 0 0 1 0 0 7 2

MUGILIDAE 1 3 1 5 0 20 1 12 0 5 1 7 4 52

M. curema 1 0 0 4 0 20 0 10 0 4 0 2 1 40

M. platanus 0 3 1 1 0 0 1 2 0 1 1 5 3 12

OPHICHTHIDAE 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 4

O. gomesii 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 4

PARALICHTHYIDAE 19 31 36 94 88 137 43 110 48 62 19 59 253 493

C. spilopterus 18 24 27 81 76 117 36 82 46 61 18 57 221 422

E. crossotus 1 7 9 13 12 20 7 28 2 1 0 2 31 71

P. orbignyanus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0

POMATOMIDAE 0 1 0 2 2 11 0 0 0 0 1 2 3 16

P. saltatrix 0 1 0 2 2 11 0 0 0 0 1 2 3 16

SCIAENIDAE 46 38 58 26 16 45 9 15 14 11 23 27 166 162

B. ronchus 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 4

C. gracilicirrhus 2 2 1 0 2 4 0 0 0 0 0 0 5 6

C. leiarchus 0 4 1 6 1 5 1 8 2 0 0 4 5 27

C. microlepidotus 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1

I. parvipinnis 0 0 34 5 0 1 1 0 0 0 0 0 35 6

M. americanus 0 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2

M. littoralis 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 2

M. furnieri 44 27 21 15 13 33 7 6 9 11 22 22 116 114

P. brasiliensis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

S. brasiliensis 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0

S. rastrifer 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0

Stellifer sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2 0

SCORPAENIDAE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1

S. isthmensis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

S. plumieri 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1

SERRANIDAE 6 4 4 6 12 14 7 10 6 8 3 1 38 43

D. radiale 5 0 3 6 8 10 6 10 5 4 0 0 27 30

E. marginatus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

M. acutirostris 1 3 1 0 3 1 0 0 1 1 2 0 8 5

M. bonaci 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1

M. microlepis 0 1 0 0 0 3 0 0 0 1 0 0 0 5

Mycteroperca sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R. randalli 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 2 2

SPARIDAE 33 14 2 10 3 48 25 8 14 10 0 2 77 92

A. rhomboidalis 33 14 2 10 3 48 25 8 14 10 0 2 77 92

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74

Tabela VIIb. Continuação fev abr jun ago out dez total FAMÍLIA / ESPÉCIE

D N D N D N D N D N D N D N

SPHYRAENIDAE 0 0 4 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 1

S. guachancho 0 0 4 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 1

STROMATEIDAE 1 0 5 1 17 11 14 19 17 4 12 3 66 38

P. paru 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

S. foetens 1 0 5 1 17 11 14 19 17 4 12 3 66 38

TERAODONTIDAE 5 32 14 67 33 23 10 56 41 54 16 57 119 289

L. laevigatus 1 10 5 2 0 1 1 2 2 2 10 12 19 29

S. greeleyi 0 0 0 0 0 5 0 7 31 17 4 5 35 34

S. pachygaster 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

S. spengleri 1 1 2 2 19 5 0 0 3 1 1 1 26 10

S. testudineus 3 21 7 63 14 12 9 47 5 34 1 39 39 216

TRICHIURIDAE 0 0 3 1 1 0 0 1 1 0 0 1 5 3

T. lepturus 0 0 3 1 1 0 0 1 1 0 0 1 5 3

TRIGLIDAE 6 12 12 29 11 20 10 6 12 16 7 11 58 94

P. punctatus 6 12 12 29 11 20 10 6 12 16 7 11 58 94

TOTAL EXEMPLARES 458 855 943 1352 754 1680 513 1384 1058 1237 492 1281 4218 7789

TOTAL FAMÍLIAS 17 19 20 20 18 18 19 17 17 15 16 18 24 25

TOTAL ESPÉCIES 28 32 34 33 30 33 30 30 33 28 24 30 48 49

Tabela VIIIa: Abundância (n) e freqüência relativa (%) das famílias e espécies em cada área amostral (A1 a A6) capturadas no ano de 2001 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).

A1 A2 A3 A4 A5 A6 FAMÍLIA / ESPÉCIE n % n % n % n % n % n %

ACHIRIDAE 14 1,29 9 0.55 6 0,87 3 0,09 3 0,08 10 0,5

C. garmani 14 1.29 9 0.55 6 0.87 3 0.09 3 0.08 10 0.50

ARIIDAE 330 30,3 427 26.10 213 30,96 529 16,03 1086 29,86 1100 54,81

G. genidens 302 27.73 415 25.37 182 26.45 462 14.00 1033 28.40 1000 49.83

G. barbus 28 2.57 12 0.73 31 4.51 67 2.03 53 1.46 100 4.98

BATRACHOIDIDAE 0 0 0 0.00 0 0 0 0 0 0 0 0

P. porosissimus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

CARANGIDAE 105 9,64 146 8.92 90 13,08 391 11,84 361 9,93 65 3,24

C. latus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

C. chrysurus 86 7.90 123 7.52 68 9.88 83 2.51 231 6.35 49 2.44

O. saurus 1 0.09 1 0.06 1 0.15 22 0.67 28 0.77 2 0.10

O. saliens 1 0.09 1 0.06 1 0.15 235 7.12 75 2.06 4 0.20

S. setapinnis 0 0.00 4 0.24 3 0.44 2 0.06 0 0.00 0 0.00 S. vomer 17 1.56 17 1.04 17 2.47 48 1.45 27 0.74 10 0.50

T. carolinus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.03 0 0.00 0 0.00

CENTROPOMIDAE 0 0 2 0.12 0 0 4 0,12 1 0,03 2 0,1

C. parallelus 0 0.00 2 0.12 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.05

C. undecimalis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 4 0.12 1 0.03 1 0.05

CYNOGLOSSIDAE 8 0,73 14 0.86 6 0,87 3 0,09 6 0,16 7 0,35

S. tessellatus 8 0.73 14 0.86 6 0.87 3 0.09 6 0.16 7 0.35

ELOPIDAE 0 0 0 0.00 0 0 2 0,06 1 0,03 0 0

E. saurus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.06 1 0.03 0 0.00

EPHIPPIDAE 1 0,09 2 0.12 5 0,73 24 0,73 38 1,04 4 0,2

C. faber 1 0.09 2 0.12 5 0.73 24 0.73 38 1.04 4 0.20

GERREIDAE 171 15,7 189 11.55 96 13,95 1516 45,93 1076 29,58 239 11,91

D. rhombeus 42 3.86 4 0.24 38 5.52 244 7.39 231 6.35 26 1.30

E. argenteus 63 5.79 95 5.81 13 1.89 455 13.78 332 9.13 108 5.38

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75

Tabela VIIIa. Continuação A1 A2 A3 A4 A5 A6 FAMÍLIA / ESPÉCIE

n % n % n % n % n % n % E. gula 65 5.97 90 5.50 45 6.54 806 24.42 500 13.75 103 5.13

E. melanopterus 1 0.09 0 0.00 0 0.00 11 0.33 13 0.36 2 0.10

GOBIIDAE 0 0 2 0.12 0 0 1 0,03 1 0,03 0 0

G. oceanicus 0 0.00 2 0.12 0 0.00 1 0.03 1 0.03 0 0.00

HAEMULIDAE 4 0,37 4 0.24 0 0 0 0 0 0 20 1,00

O. ruber 0 0.00 3 0.18 0 0.00 0 0.00 0 0.00 20 1.00

P. corvinaeformis 4 0.37 1 0.06 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

LUTJANIDAE 0 0 0 0.00 0 0 8 0,24 5 0,14 0 0

L. synagris 0 0.00 0 0.00 0 0.00 8 0.24 5 0.14 0 0.00

MONACANTHIDAE 4 0,37 1 0.06 0 0 0 0 3 0,08 7 0,35

S. hispidus 4 0.37 1 0.06 0 0.00 0 0.00 3 0.08 7 0.35

MUGILIDAE 3 0,28 3 0.18 0 0 24 0,73 93 2,56 3 0,15

M. curema 2 0.18 1 0.06 0 0.00 18 0.55 87 2.39 0 0.00

M. platanus 1 0.09 2 0.12 0 0.00 6 0.18 6 0.16 3 0.15

OPHICHTHIDAE 0 0 0 0.00 0 0 0 0 1 0,03 1 0,05

O. gomesii 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.03 1 0.05

PARALICHTHYIDAE 223 20,48 342 20.90 128 18,6 240 7,27 86 2,36 179 8,92

C. spilopterus 212 19.47 329 20.11 122 17.73 239 7.24 73 2.01 163 8.12

Etropus crossotus 11 1.01 13 0.79 6 0.87 1 0.03 13 0.36 16 0.80

P. orbignyanus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

POMATOMIDAE 0 0 0 0.00 1 0,15 2 0,06 3 0,08 0 0

P. saltatrix 0 0 0 0.00 1 0,15 2 0,06 3 0,08 0 0

SCIAENIDAE 110 10,1 326 19.93 84 12,21 210 6,36 209 5,75 256 12,76

B. ronchus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.03 1 0.03 1 0.05

C. gracilicirrhus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

C. leiarchus 0 0.00 7 0.43 1 0.15 4 0.12 8 0.22 12 0.60

C. microlepidotus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

I. parvipinnis 3 0.28 16 0.98 3 0.44 9 0.27 11 0.30 12 0.60

M. americanus 3 0.28 6 0.37 1 0.15 1 0.03 7 0.19 1 0.05

M. littoralis 0 0.00 0 0.00 1 0.15 0 0.00 0 0.00 0 0.00

M. furnieri 103 9.46 297 18.15 78 11.34 192 5.82 177 4.87 227 11.31

P. brasiliensis 1 0.09 0 0.00 0 0.00 3 0.09 5 0.14 2 0.10

S. brasiliensis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

S. rastrifer 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.05

Stellifer sp. 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

SCORPAENIDAE 4 0,37 1 0.06 0 0 0 0 0 0 0 0

S. isthmensis 3 0.28 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

S. plumieri 1 0.09 1 0.06 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

SERRANIDAE 21 1,93 20 1.22 13 1,89 42 1,27 26 0,71 17 0,85

D. radiale 14 1.29 20 1.22 10 1.45 22 0.67 6 0.16 16 0.80

E. marginatus 0 0.00 0 0.00 1 0.15 0 0.00 0 0.00 0 0.00

M. acutirostris 1 0.09 0 0.00 1 0.15 4 0.12 2 0.05 1 0.05

M. bonaci 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

M. microlepis 4 0.37 0 0.00 1 0.15 13 0.39 15 0.41 0 0.00

Mycteroperca sp. 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.03 2 0.05 0 0.00

R. randalli 2 0.18 0 0.00 0 0.00 2 0.06 1 0.03 0 0.00

SPARIDAE 15 1,38 18 1.10 1 0,15 91 2,76 416 11,44 6 0,3

A. rhomboidalis 15 1.38 18 1.10 1 0.15 91 2.76 416 11.44 6 0.30

SPHYRAENIDAE 1 0,09 0 0.00 0 0 2 0,06 3 0,08 0 0

S. guachancho 1 0.09 0 0.00 0 0.00 2 0.06 3 0.08 0 0.00

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76

Tabela VIIIa. Continuação A1 A2 A3 A4 A5 A6

FAMÍLIA / ESPÉCIE n % n % n % n % n % n % STROMATEIDAE 0 0 3 0.18 1 0,15 0 0 2 0,05 0 0

P. paru 0 0.00 3 0.18 1 0.15 0 0.00 2 0.05 0 0.00

SYNODONTIDAE 2 0,18 6 0.37 0 0 5 0,15 2 0,05 0 0

S. foetens 2 0.18 6 0.37 0 0.00 5 0.15 2 0.05 0 0.00

TETRAODONTIDAE 44 4,04 39 2.38 7 1,02 142 4,30 166 4,56 25 1,25

L. laevigatus 8 0.73 10 0.61 3 0.44 14 0.42 20 0.55 7 0.35

S. greeleyi 2 0.18 10 0.61 0 0.00 27 0.82 12 0.33 5 0.25

S. pachygaster 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.03 0 0.00 0 0.00

S. spengleri 11 1.01 3 0.18 0 0.00 13 0.39 15 0.41 9 0.45

S. testudineus 23 2.11 16 0.98 4 0.58 87 2.64 119 3.27 4 0.20

TRICHIURIDAE 10 0,92 5 0.31 11 1,6 15 0,45 9 0,25 2 0,1

T. lepturus 10 0.92 5 0.31 11 1.60 15 0.45 9 0.25 2 0.10

TRIGLIDAE 19 1,74 77 4.71 26 3,78 47 1,42 40 1,10 64 3,19

P. punctatus 19 1.74 77 4.71 26 3.78 47 1.42 40 1.10 64 3.19

TOTAL EXEMPLARES 1089 100 1636 100 688 100 3301 100 3637 100 2007 100

TOTAL ESPÉCIES 38 58,46 37 56,92 31 47,69 45 69,23 45 69,23 37 56,92

TOTAL FAMÍLIAS 19 70,37 23 85,15 15 55,56 21 77,78 24 88,89 18 66,67

Tabela VIIIb: Abundância (n) e freqüência relativa (%) das famílias e espécies em cada área amostral (A1 a A6) capturadas no ano de 2002 no Saco dos Limões-Baía Sul (Florianópolis/SC).

A1 A2 A3 A4 A5 A6 FAMÍLIA / ESPÉCIE n % n % n % n % n % n %

ACHIRIDAE 3 0.47 4 0.33 2 0.29 1 0.04 7 0.26 5 0.20

C. garmani 3 0.47 4 0.33 2 0.29 1 0.04 7 0.26 5 0.20

ARIIDAE 239 37.17 435 35.86 246 35.50 761 27.40 667 25.18 1052 42.97

G. genidens 212 32.97 412 33.97 204 29.44 658 23.69 598 22.57 940 38.40

G. barbus 27 4.20 23 1.90 42 6.06 103 3.71 69 2.60 112 4.58

BATRACHOIDIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.08

P. porosissimus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.08

CARANGIDAE 74 11.51 80 6.60 56 8.08 157 5.65 43 1.62 76 3.10

C. latus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 1 0.04

C. chrysurus 67 10.42 73 6.02 47 6.78 133 4.79 18 0.68 39 1.59

O. saurus 1 0.16 1 0.08 0 0.00 7 0.25 11 0.42 1 0.04

O. saliens 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 7 0.26 0 0.00

S.setapinnis 4 0.62 2 0.16 5 0.72 7 0.25 0 0.00 29 1.18

S. vomer 2 0.31 4 0.33 4 0.58 9 0.32 6 0.23 6 0.25

T. carolinus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 0 0.00

CENTROPOMIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 6 0.25

C. parallelus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 6 0.25

C. undecimalis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

CYNOGLOSSIDAE 5 0.78 12 0.99 10 1.44 1 0.04 3 0.11 47 1.92

S. tessellatus 5 0.78 12 0.99 10 1.44 1 0.04 3 0.11 47 1.92

ELOPIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00

E. saurus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00

EPHIPPIDAE 19 2.95 2 0.16 5 0.72 14 0.50 22 0.83 0 0.00

C. faber 19 2.95 2 0.16 5 0.72 14 0.50 22 0.83 0 0.00

GERREIDAE 153 23.79 352 29.02 163 23.52 1480 53.29 1458 55.04 613 25.04

D. rhombeus 13 2.02 83 6.84 16 2.31 229 8.25 570 21.52 72 2.94

E. argenteus 43 6.69 118 9.73 31 4.47 552 19.88 478 18.04 371 15.16

E. gula 95 14.77 143 11.79 115 16.59 697 25.10 392 14.80 166 6.78

E. melanopterus 2 0.31 8 0.66 1 0.14 2 0.07 18 0.68 4 0.16

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77

Tabela VIIIb. Continuação A1 A2 A3 A4 A5 A6

FAMÍLIA / ESPÉCIE n % n % n % n % n % n % GOBIIDAE 1 0.16 0 0.00 0 0.00 12 0.43 5 0.19 0 0.00

G. oceanicus 1 0.16 0 0.00 0 0.00 12 0.43 5 0.19 0 0.00

HAEMULIDAE 1 0.16 2 0.16 1 0.14 3 0.11 17 0.64 14 0.57

O. ruber 1 0.16 2 0.16 1 0.14 3 0.11 17 0.64 14 0.57

P. corvinaeformis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

LUTJANIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 0 0.00

L. synagris 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 0 0.00

MONACANTHIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.07 0 0.00 7 0.29

S. hispidus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.07 0 0.00 7 0.29

MUGILIDAE 2 0.31 7 0.58 6 0.87 28 1.01 12 0.45 1 0.04

M. curema 1 0.16 4 0.33 5 0.72 22 0.79 9 0.34 0 0.00

M. platanus 1 0.16 3 0.25 1 0.14 6 0.22 3 0.11 2 0.04

OPHICHTHIDAE 0.00 1 0.08 0 0.00 1 0.04 2 0.08 0 0.00

O. gomesii 0 0.00 1 0.08 0 0.00 1 0.04 2 0.08 0 0.00

PARALICHTHYIDAE 60 9.33 133 10.96 81 11.69 105 3.78 112 4.23 255 10.42

C. spilopterus 55 8.55 113 9.32 74 10.68 99 3.56 62 2.34 240 9.80

E. crossotus 5 0.78 19 1.57 7 1.01 6 0.22 50 1.89 15 0.61

P. orbignyanus 0 0.00 1 0.08 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

POMATOMIDAE 3 0.47 1 0.08 1 0.14 3 0.11 10 0.38 1 0.04

P. saltatrix 3 0.47 1 0.08 1 0.14 3 0.11 10 0.38 1 0.04

SCIAENIDAE 22 3.42 26 2.14 30 4.33 49 1.76 21 0.79 180 7.35

B. ronchus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 4 0.15 0 0.00

C. gracilicirrhus 3 0.47 0 0.00 1 0.14 0 0.00 0 0.00 7 0.29

C. leiarchus 4 0.62 4 0.33 1 0.14 7 0.25 10 0.38 6 0.25

C. microlepidotus 1 0.16 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

I. parvipinnis 0 0.00 2 0.16 1 0.14 2 0.07 1 0.04 35 1.43

M. americanus 0 0.00 1 0.08 0 0.00 2 0.07 0 0.00 0 0.00

M. littoralis 0 0.00 0 0.00 2 0.29 0 0.00 0 0.00 0 0.00

M. furnieri 14 2.18 19 1.57 25 3.61 38 1.37 6 0.23 128 5.23

P. brasiliensis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

S. brasiliensis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04

S. rastrifer 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04

Stellifer sp. 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.08

SCORPAENIDAE 0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1 0.04

S. isthmensis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

S. plumieri 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04

SERRANIDAE 7 1.09 20 1.65 5 0.72 24 0.86 9 0.34 16 0.65

D. radiale 7 1.09 16 1.32 4 0.58 14 0.50 4 0.15 12 0.49

E. marginatus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

M. acutirostris 0 0.00 1 0.08 1 0.14 3 0.11 4 0.15 4 0.16

M. bonaci 0 0.00 0 0.00 0 0.00 2 0.07 0 0.00 0 0.00

M. microlepis 0 0.00 0 0.00 0 0.00 4 0.14 1 0.04 0 0.00

Mycteroperca sp. 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

R. randalli 0 0.00 3 0.25 0 0.00 1 0.04 0 0.00 0 0.00

SPARIDAE 9 1.40 38 3.13 48 6.93 12 0.43 58 2.19 4 0.16

A. rhomboidalis 9 1.40 38 3.13 48 6.93 12 0.43 58 2.19 4 0.16

SPHYRAENIDAE 0 0.00 0 0.00 1 0.14 4 0.14 0 0.00 0 0.00

S. guachancho 0 0.00 0 0.00 1 0.14 4 0.14 0 0.00 0 0.00

STROMATEIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

P. paru 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

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78

Tabela VIIIb. Continuação A1 A2 A3 A4 A5 A6

FAMÍLIA / ESPÉCIE n % n % n % n % n % n %

SYNODONTIDAE 10 1.56 19 1.57 5 0.72 42 1.51 11 0.42 17 0.69

S. foetens 10 1.56 19 1.57 5 0.72 42 1.51 11 0.42 17 0.69

TETRAODONTIDAE 31 4.82 55 4.53 19 2.74 64 2.30 165 6.23 74 3.02

L. laevigatus 7 1.09 6 0.49 4 0.58 13 0.47 10 0.38 8 0.33

S. greeleyi 2 0.31 5 0.41 0 0.00 20 0.72 9 0.34 33 1.35

S. pachygaster 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00 0 0.00

S. spengleri 0 0.00 4 0.33 2 0.29 2 0.07 16 0.60 12 0.49

S. testudineus 22 3.42 40 3.30 13 1.88 29 1.04 130 4.91 21 0.86

TRICHIURIDAE 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 7 0.29

T. lepturus 0 0.00 0 0.00 0 0.00 1 0.04 0 0.00 7 0.29

TRIGLIDAE 4 0.62 26 2.14 14 2.02 12 0.43 26 0.98 70 2.86

P. punctatus 4 0.62 26 2.14 14 2.02 12 0.43 26 0.98 70 2.86

TOTAL EXEMPLARES 643 100 1213 1000 693 100 2777 100 2649 100 2448 100

TOTAL ESPÉCIES 31 47.69 35 53.85 32 49.23 42 64.61 37 56.92 38 58,46

TOTAL FAMÍLIAS 22 81.48 18 66.67 18 66.67 22 81.48 19 70.37 20 74.07