tfc - marco paulo de paoli morato - 2012

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UNIVERSIDADE FUMEC FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA – FEA Engenharia Civil Marco Paulo De Paoli Morato ESTUDO COMPARATIVO DA CARGA ADMISSÍVEL OBTIDA ATRAVÉS DE FÓRMULAÇÕES SEMI-EMPÍRICAS, MEDIDAS DE NEGA E REPIQUE E ENSAIOS DE CARREGAMENTO DINÂMICO, COM IMPLEMENTAÇÃO DO SOFTWARE "P-LOAD" EM ESTACAS PERFIL METÁLICO Professor Orientador: Crysthian Purcino Bernardes Azevedo Belo Horizonte, Outubro/2012

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Page 1: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

UNIVERSIDADE FUMEC

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA – FEA

Engenharia Civil

Marco Paulo De Paoli Morato

ESTUDO COMPARATIVO DA CARGA ADMISSÍVEL OBTIDA

ATRAVÉS DE FÓRMULAÇÕES SEMI-EMPÍRICAS, MEDIDAS DE

NEGA E REPIQUE E ENSAIOS DE CARREGAMENTO DINÂMICO,

COM IMPLEMENTAÇÃO DO SOFTWARE "P-LOAD" EM ESTACAS

PERFIL METÁLICO

Professor Orientador: Crysthian Purcino Bernardes Azevedo

Belo Horizonte, Outubro/2012

Page 2: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

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Marco Paulo De Paoli Morato

ESTUDO COMPARATIVO DA CARGA ADMISSÍVEL OBTIDA

ATRAVÉS DE FÓRMULAÇÕES SEMI-EMPÍRICAS, MEDIDAS DE

NEGA E REPIQUE E ENSAIOS DE CARREGAMENTO DINÂMICO,

COM IMPLEMENTAÇÃO DO SOFTWARE "P-LOAD" EM ESTACAS

PERFIL METÁLICO

Trabalho Final de Curso - TFC, apresentado à Faculdade de Engenharia e Arquitetura da Universidade Fumec, como requisito parcial para conclusão do curso de Engenharia Civil, 2° semestre de 2012.

Belo Horizonte,

Outubro/2012

Page 3: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

3

Marco Paulo De Paoli Morato

ESTUDO COMPARATIVO DA CARGA ADMISSÍVEL OBTIDA

ATRAVÉS DE FÓRMULAÇÕES SEMI-EMPÍRICAS, MEDIDAS DE

NEGA E REPIQUE E ENSAIOS DE CARREGAMENTO DINÂMICO,

COM IMPLEMENTAÇÃO DO SOFTWARE "P-LOAD" EM ESTACAS

PERFIL METÁLICO

.

Trabalho Final de Curso - TFC, apresentado à Faculdade de Engenharia e Arquitetura da Universidade Fumec, como requisito parcial para conclusão do curso de Engenharia Civil, 2° semestre de 2012.

_______________________________________

ORIENTADOR-DR. PROF. CRYSTHIAN PURCINO BERNARDES AZEVEDO -

FEA/FUMEC

_______________________________________

SERGIO MAURÍCIO PIMENTA VELLOSO FILHO

_______________________________________

LUIS FERNANDO FARAH DE ARAUJO

Belo Horizonte,___ de ______ de _______.

Page 4: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

4

AGRADECIMENTOS

À minha figura paterna Marcelo Castro De Paoli, pessoa a quem devo a minha vida

e carreira, expresso a minha gratidão e meu orgulho pelo seu apoio, empenho e

dedicação ao longo da minha trajetória pessoal e profissional.

Page 5: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

5

RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade comparar as diferentes formulações e

metodologias de estimativa de capacidade de carga em estacas cravadas tipo perfil

metálico, avaliando as dispersões encontradas. Para o desenvolvimento do estudo,

foram realizados cálculos de capacidade de carga baseados no NSPT pelas

formulações semi-empíricas propostas por Aoki e Velloso (1975), Décourt e

Quaresma (1978), Pedro Paulo Costa Velloso (1981) e Alberto Henriques Teixeira

(1996) com o programa "P-LOAD" desenvolvido pelo próprio autor para fins do

presente trabalho. Posteriormente foram realizados cálculos a partir das medidas de

"nega" com as formulações de Brix e Holandeses, e medidas de repique elástico

através do método proposto por Velloso (1987) e Souza Filho Abreu (1990). Os

valores obtidos foram então comparados com as estimativas de capacidade de

carga obtidas pelos ensaios de carregamento dinâmicos pelo método simplificado

"CASE" e pelo método "CAPWAP".

Palavras Chave: Capacidade, carga, nega, repique, CASE, CAPWAP.

Page 6: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

6

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localização da obra em estudo ............................................................ 15

Figura 2 - Levantamento Planialtimétrico Cadastral ............................................ 16

Figura 3 - Carta geológica ...................................................................................... 17

Figura 4 - Sistema de cravação utilizado .............................................................. 21

Figura 5 - Croqui esquemático do sistema de cravação...................................... 22

Figura 6 - Transferência de cargas ao solo........................................................... 24

Figura 7 - Apresentação inicial do programa ........................................................ 25

Figura 8 - Gráfico de cargas admissíveis obtidas pelas formulações

semi-empíricas ........................................................................................................ 31

Figura 9 - Croqui esquemático do registro de nega e repique em campo ......... 32

Figura 10 - Boletim de campo com medidas de nega e de repique ................... 33

Figura 11 - Modelo de estacas para fórmulas dinâmicas .................................... 34

Figura 12 - Gráfico de cargas admissíveis obtidas através da "Nega" e

Repique .................................................................................................................... 36

Figura 13 - Sensores acoplados ao perfil e PDA ................................................. 37

Figura 14 - Display do PDA ..................................................................................... 37

Figura 15 - Gráfico-resumo de cargas admissíveis .............................................. 39

Page 7: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

7

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Estudo de cortes e aterros ................................................................. 20

Quadro 2 – Coeficientes K e α ............................................................................... 27

Quadro 3 – Valores de Cs e Cp .............................................................................. 30

Quadro 4 - Fatores de correlação de resistência propostos por

Teixeira (1996) ........................................................................................................ 31

Quadro 5 - Cargas admissíveis obtidas através da "Nega" e do

Repique elástico ..................................................................................................... 35

Quadro 6 - Análise "CASE" ................................................................................... 38

Quadro 7 - Análise "CAPWAP" .............................................................................. 39

Page 8: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dados de execução das estacas .......................................................... 23

Page 9: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

9

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ARE - Areia

AREA - Areia argilosa

ARGA - Argila arenosa

ARGS - Argila siltosa

ARP - Areia com pedregulhos

ARS - Areia siltosa

cm - Centímetros.

CAPWAP - Case Pile Wave analysis Program

CASE - Case Reserve University

CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

CPT - Cone penetration test

E - Módulo de elasticidade

FS – Fator de segurança

FUMEC – Fundação Mineira de Educação e Cultura

h - Altura de queda para a nega

K - Repique elástico

L - Comprimento da estaca

MG – Minas Gerais

mm - Milímetros

NBR – Norma brasileira

SPT – Standard Penetration Test

N.A. – nível d’água

NSPT– Número de golpes de penetração do amostrador padrão por 30 cm

PDA - Pile Driving Analyser

PL - Carga de ruptura por atrito lateral

PP - Carga de ruptura de ponta

PR - Carga de ruptura (ponta e atrito lateral)

PUC - Pontifícia universidade católica

RJ - Rio de Janeiro

RQD- Rock Quality Designation

S - Nega para 10 golpes

Page 10: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

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SAG - Silte argiloso

SAR - Silte arenoso

SP – Sondagem à percussão

UTM - Universal transversa de Mercator

VBA - Visual basic for applications

W - Peso do martelo

Page 11: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13

2 METODOLOGIA .................................................................................................... 14

3 DADOS GERAIS .................................................................................................... 14

3.1 LOCALIZAÇÃO ....................................................................................................... 14

3.2 ELEMENTOS DE REFERÊNCIA .................................................................................. 15

3.3 TOPOGRAFIA, RELEVO E NÍVEIS DE IMPLANTAÇÃO ..................................................... 16

3.4 PERFIL ESTRATIGRÁFICO ........................................................................................ 17

3.4.1 Interpretação Geológica ................................................................................ 17

3.4.2 Interpretação Geotécnica .............................................................................. 18

4 FILOSOFIA DE FUNDAÇÕES ............................................................................... 20

4.1 ESCOLHA DA TIPOLOGIA ........................................................................................ 20

4.2 PROJETO DE FUNDAÇÕES ....................................................................................... 21

4.3 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE CRAVAÇÃOE DADOS DE CAMPO ............................ 22

5 SELEÇÃO DAS AMOSTRAS ................................................................................ 23

6 ESTIMATIVA CAPACIDADE DE CARGA PELAS FORMULAÇÕES SEMI-

EMPÍRICAS PARA ESTACAS CRAVADAS ATRAVÉS DO "P-LOAD" ................. 23

6.1 CONCEITOS DE CAPACIDADE DE CARGA ................................................................... 23

6.2 FUNCIONAMENTODO SOFTWARE .............................................................................. 25

6.3 CONFIGURAÇÃO ADOTADA ...................................................................................... 26

6.3.1 Formulação de Aoki e Velloso (1975) ........................................................... 26

6.3.2 Formulação de Décourt e Quaresma (1978) ................................................. 28

6.3.3 Formulação de Pedro Paulo Costa Velloso (1981) ...................................... 28

6.3.4 Formulação de Alberto Henriques Teixeira (1996) ...................................... 30

6.4 INTERPRETAÇÃO DOS CÁLCULOS DE CAPACIDADE DE CARGA .................................... 31

7 ESTIMATIVA DA CARGA ADMISSÍVEL ATRAVÉS DA "NEGA" E DO REPIQUE

ELÁSTICO ................................................................................................................ 32

7.1 CONCEITOS DE "NEGA" E REPIQUE ELÁSTICO ......................................................... 32

7.2 RESULTADOS DOS CÁLCULOS BASEADOS NA "NEGA" E NO REPIQUE ELÁSTICO .......... 35

Page 12: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

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8 ESTIMATIVAS DE CAPACIDADE DE CARGA ATRAVÉS DOS ENSAIOS DE

CARREGAMENTO DINÂMICO ................................................................................ 36

8.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ENSAIO ............................................................................. 36

8.2 SÍNTESE DOS RESULTADOS DO ENSAIO .................................................................... 38

9 ANÁLISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS .................................................. 39

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 41

11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 42

APÊNDICES ............................................................................................................. 43

ANEXOS ................................................................................................................... 51

Page 13: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

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1 INTRODUÇÃO

Mensurar as propriedades do solo de modo a aferir o seu funcionamento como

elemento estrutural é o desafio do engenheiro geotécnico. Com propriedades tão

inconstantes dada a imensa gama de variáveis envolvidas na caracterização de um

solo (estado de adensamento, colapsibilidade, composição química, granulometria,

origem, etc.), alguns métodos foram desenvolvidos na busca de uma modelagem

numérica dessas variáveis. Baseados em simplificações e extrapolações, estes

modelos são constantemente discutidos e aperfeiçoados no meio acadêmico.

O desconhecimento dos modelos e formulações envolvidas no dimensionamento

geotécnico, pode ter por consequência um sub-dimensionamento (comprometendo a

segurança da edificação/estrutura), ou um superdimensionamento, onerando a obra

e reduzindo a margem de lucro do construtor.

A implementação de uma forma ágil de se desenvolver os cálculos envolvendo

propriedades dos solos é outro desafio a ser vencido. As ferramentas

computacionais mais difundidas empregadas à geotecnia se limitam a análise de

estabilidade de taludes ou necessitam de dados obtidos por métodos pouco

difundidos no Brasil como o "CPT", não atendendo efetivamente aos projetistas de

fundações brasileiros.

Observando a demanda do meio técnico por uma ferramenta computacional

direcionada para o cálculo de fundações profundas que sintetize diferentes modelos

matemáticos, algumas soluções em sistemas foram estudadas pelo autor. Para fins

do presente trabalho, este sistema foi desenvolvido e implementado a uma situação

real, viabilizando a avaliação da capacidade de carga por uma série de métodos,

gerando como produto final uma análise comparativa dos resultados.

Page 14: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

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2 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do presente trabalho foram realizados cálculos de

capacidade de carga baseados no NSPT pelas formulações semi-empíricas

propostas por Aoki e Velloso (1975), Décourt e Quaresma (1978), Pedro Paulo

Velloso (1981) e Alberto Henriques Teixeira (1996) com o programa " P-LOAD ",

desenvolvido pelo próprio autor para fins do presente trabalho. Posteriormente,

foram realizados cálculos baseados na medida da "Nega" com as formulações de

Brix e Holandeses, e na medida do repique elástico com a formulação proposta

Velloso (1987) e Souza Filho Abreu (1990).Os valores de carga admissível foram

então comparados com as estimativas de capacidade de carga obtidas pelos

ensaios de carregamento dinâmicos pelo método simplificado "CASE" e pelo método

"CAPWAP".

3 DADOS GERAIS

As condições do entorno e a contextualização geográfica e espacial da obra, bem

como o levantamento de dados do empreendimento, são elementos que precedem

os cálculos ou dimensionamentos em quaisquer projetos geotécnicos. Nesta etapa,

ocorre a concepção geral do estudo, identificando os elementos que podem interferir

no resultado final.

3.1 Localização

O empreendimento onde foram coletados os dados para o desenvolvimento do

estudo está localizado na região leste da cidade de Belo Horizonte/MG, na Avenida

do Contorno, Bairro Santa Efigênia (FIG.1), Coordenadas UTM 19°55'14.02"S

(latitude sul) 43°55'26.54" (longitude oeste).

Page 15: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

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Figura 1 - Localização da obra em estudo

Fonte: Adaptado do Google Earth, 2012.

3.2 Elementos de Referência

Os dados usados como referência para o desenvolvimento do estudo foram:

a) Relatório de sondagem à percussão de nº T-220/2002, datado em 28/07/2002;

b) Relatório de sondagem mista de nº T-254/2010, datado em 10/10/2010;

c) Relatório de sondagem mista de nº RL.ITS.040/2012, datado em 21/08/2012;

d) Jogo de Plantas do projeto arquitetônico, fls. 01/18 a 18/18;

e) Projeto estrutural titulado por “Cargas nas fundações”, fl. 01, Rev. B, datado em

22/05/11;

f) Projeto de fundações - Planta, notas e legenda, fl.01/02 e 02/02, Rev. 01 emitido

por Sergio Velloso Projetos LTDA, datado em 23/03/2012;

g) Projeto de Terraplenagem - Planta de terraplenagem Executiva, fl.01/02Rev.00

emitido por Sergio Velloso Projetos LTDA, datado em 07/05/2012;

h) Projeto titulado "Levantamento Planialtimétrico do Lote 1 do Quarteirão 64 -

Sétima Seção Suburbana - Belo Horizonte - Minas Gerais", datado em janeiro de

2007;

i) Projeto titulado "Levantamento Planialtimétrico Cadastral", datado em maio de

2010;

j) Boletins de controle de execução de estacas;

k) Boletins parciais de ensaio de carregamento dinâmico, datados em 14/08/2012.

Page 16: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

16

3.3 Topografia, relevo e níveis de implantação

O terreno está situado na unidade de relevo "depressão de Belo Horizonte" (IBGE,

2006), com inclinação máxima de ≅15% (alinhamento da avenida do contorno,

próximo ao viaduto).

A referência de nível adotada no levantamento planialtimétrico foi 101,09 m, que

coincide com a referência de nível da sondagem RL.ITS.040/2012, e corresponde ao

nível100,34 da sondagem nº T-254/2010 e ao nível 0,00m da arquitetura. O

empreendimento terá suas implantações no nível 0,00m referente à arquitetura, que

corresponde à cota 101,09m da topografia. A implantação na cota 0,25m da

arquitetura corresponde à cota 101,34m da topografia. A cota 1,33 referente à

arquitetura corresponde a cota 99,76m da topografia (Vide ANEXOS A e B). A

Figura 2 ilustra a topografia do terreno em estudo e do seu entorno.

Figura 2 - Levantamento Planialtimétrico Cadastral

Fonte: Levantamento Planialtimétrico Cadastral - THX Engenharia – 2010.

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17

3.4 Perfil estratigráfico

3.4.1 Interpretação Geológica

No que diz respeito a formação geológica, o empreendimento esta localizado numa

região onde predominam blocos e dolomitos, compostos principalmente por

ortognaisses (Pinho; 2009) formados no período mesoarqueano, pertencente ao

complexo Belo Horizonte.

Segundo Pinho (2009), o complexo Belo Horizonte tem em sua composição

litológica: ortognaisses cinza, bandados, com bandas leucocráticas graníticas e

mesocráticas granodioríticas, migmatitos e granitoides leucocráticos; Biotita gnaisse

bandado, de composição granítica, granodiorítica e tonalítica com intercalações de

anfibolitos, granitóides e migmatitos.

Figura 3 - Carta geológica

Fonte: Adaptado CPRM - Carta Geológica - Folha SE.23-Z-C-Vl - Belo Horizonte – 2009.

Page 18: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

18

3.4.2 Interpretação Geotécnica

A prospecção geotécnica do terreno ocorreu através dos ensaio de simples

reconhecimento (SPT) e sondagens rotativas mistas realizadas ao longo do terreno.

Para efeito do presente trabalho, foram usados quatro furos de referência para os

cálculos de capacidade de carga, cuja escolha se justifica pela proximidade aos

pontos em estudo. Os furos utilizados foram: SRM-P.14, SRM-P.20, SRM-P.21G e

SM04 (vide ANEXO D).

O ensaio de simples reconhecimento foi realizado segundo as prerrogativas da NBR

6484/2001 da ABNT, com peso de 65 kg caindo a uma altura de 75cm, de modo a

contar os golpes necessários para penetrar os 30 cm finais de cada camada com

amostrador padrão, onde se pôde estimar o índice de resistência a penetração do

solo e o nível freático.

Nas camadas onde foram encontrados matacões ou rochas, a prospecção foi

realizada com amostrador rotativo com o coroa diamantada, onde foram calculados

o grau de recuperação dos testemunhos e o índice RQD.

Observa-se que o terreno apresenta heterogeneidade quanto a composição e ao

NSPT. A rocha de gnaisse é encontrada em profundidades que variam de 13,76m a

20,93m em relação as cotas de boca de furo (SRM-P14 e SRM-P.20

respectivamente) que foi fator decisivo na definição das cotas de paralisação da

ponta das estacas. Geotecnicamente as rochas apresentam-se extremamente

fraturadas a sãs, com índices de RQD variando de 42% a 100%. A existência de

"picos" no valor de NSPT, com camadas subjacentes menos resistentes e

alternância entre rocha e solo, são características recorrentes representadas nos

boletins de sondagem. O ANEXO D apresenta os boletins de sondagem do terreno

em epígrafe.

A interpretação da sondagem foi feita com uma série de simplificações para fins dos

cálculos de capacidade de carga pelas fórmulas semi-empíricas, conforme descrito a

seguir:

Page 19: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

19

a) Considerar o primeiro metro na parcela de atrito lateral;

b) Adotar valores de NSPT compreendidos entre 3 e 50 (ALONSO, 1991). Valores

fora deste intervalo serão adequados afim de atender as limitações impostas

pelas formulações;

c) Para os pontos de fundação em que foram utilizados mais de um furo de

sondagem para o calculo da capacidade de carga, será adotado como carga

admissível a média entre os valores encontrados na profundidade de

paralisação;

d) Cortes e aterros inferiores a 60 cm serão desprezados.

e) Será considerado para cada metro de aterro o valor de NSPT=4 e o tipo de solo

da camada subjacente;

f) Quando da existência de matacões ou rochas ao longo dos furos de sondagem,

os mesmos serão considerados como "ARP" no calculo de capacidade de carga

por apresentar maior similaridade com a situação real;

g) Para o cálculo de capacidade de carga na parcela de atrito, considerou-se como

a área lateral o perímetro de um retângulo circunscrito ao perfil vezes 1m;

h) Para o cálculo de capacidade de carga na parcela de ponta, adotar como área

de ponta àquela correspondente a seção envolvente, considerando que o solo

"adere" à alma do perfil metálico (ALONSO et. al,1998) (equivalente a um

retângulo circunscrito ao perfil);

i) Todos os efeitos de corrosão e perda de seção ao longo do tempo foram

desprezados;

j) As cotas contempladas para os cálculos foram às de execução, e não as cotas

finais de implantação observando que o propósito do trabalho é representar a

realidade no momento dos ensaios de carregamento dinâmico, e não a condição

permanente da obra.

Page 20: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

20

O Quadro 1, indica os pontos de fundação com os respectivos furos de sondagem a

serem contemplados nos cálculos de capacidade de carga e os cortes ou aterros

correspondentes.

Quadro 1 – Estudo de cortes e aterros

P16-C SRM-P.20 101,34 101,00 -0,34

P21-B SRM-P.21G 100,928 101,34 0,412

SRM-P.14 99,306 101,22 1,914

SRM-P.21G 100,928 101,22 0,292

P158-B SM04 100,65 101,09 0,44

P23-A

COTAS (m) CORTE (-)

ATERRO(+)

(m)

FURO DE

REFERÊNCIAPONTO DE FUNDAÇÃO

EXECUÇÃOSONDAGEM

Fonte: Autor do TFC 2012.

4 FILOSOFIA DE FUNDAÇÕES

4.1 Escolha da Tipologia

Para o perfil geotécnico da obra em epígrafe, foram estudadas duas tipologias de

fundações profundas: Estacas tipo perfil metálico e estacas tipo "raiz". O principal

condicionante geotécnico que conduziu a tais filosofias de fundação foi a alternância

entre camadas resistentes com a presença de matacões e camadas de solo menos

resistentes, demandando um tipo de fundação com alta capacidade de penetração

sem perda de integridade. O nível freático alto e a existência de rochas em

profundidade e grau de fraturamento variado também foram fatores relevantes à

escolha do tipo de fundação, já que a ponta das estacas teriam grande

responsabilidade e com grande possibilidade de serem embutidas em rocha. A

opção final empregada para empreendimento em epígrafe foi a estaca tipo perfil

metálico cravado por percussão por apresentar custo mais competitivo e maior

produtividade em relação a estaca tipo "Raiz". A Figura 4 ilustra o sistema de

cravação empregado na obra.

Page 21: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

21

Figura 4 - Sistema de cravação utilizado

Fonte: Mateus Matos - 2012.

4.2 Projeto de Fundações

O projeto e os estudos técnicos de fundações foram materializados empregando

perfis metálicos laminados Gerdau do tipos HP 250X62, HP 310X93, HP 310X110

e HP 310X125, com profundidade de paralisação variando de 14 a 18 metros. O

pilão foi especificado com a massa de no mínimo 4t. O projeto recomenda também

que no mínimo 1% dos elementos devem ser ensaiados estaticamente ou 5% dos

elementos ensaiados dinamicamente, com pelo menos uma prova de carga estática

conforme disposição normativa (NBR 6122/2010) para obras com número de

estacas superior a 200 unidades. Outros aspectos relevantes ao projeto de

fundações se encontram no ANEXO C.

Page 22: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

22

4.3 Características do sistema de cravação e dados de campo O sistema de cravação empregado foi um martelo tipo queda livre, cujo peso do

pilão foi de 4,5 tf, deslocável em torre, suspenso por cabo simples (sem dobra).

Sobre a cabeça da estaca, um dispositivo composto por cepo de madeira com altura

de 20 cm, capacete e coxim tem por função amortecer o golpe e fixar a estaca a

torre, conforme representado na figura 5.

Figura 5 - Croqui esquemático do sistema de cravação

Fonte: Adaptado Manual de especificações de produtos e procedimentos ABEF – 2004.

As estacas foram cravadas sem suplementos ou prolongas, pois a grande maioria

foi executada próxima à cota de implantação. Demais dados de execução foram

registrados pela equipe de campo e estão sintetizados na Tabela 1.

Page 23: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

23

Tabela 1 - Dados de execução das estacas

ESTACA P16-C P21-B P23-A P158-B

Tipo de perfil HP310X110 HP310X125 HP310X125 HP310X110

Data da Execução 13/07/2012 03/07/2012 02/07/2012 10/08/2012

Altura do Cepo (cm) 20 20 20 20

L - Comprimento Cravado (m) 19 13 13,18 11

PESO/ML (tf/m) 0,11 0,125 0,125 0,11

h - Altura de queda P/ Nega (cm) 110 150 150 130

W - PESO DO MARTELO (tf) 4,5 4,5 4,5 4,5

E-Módulo de Elasticidade (tf/cm²) 2039 2039 2039 2039

ÁREA DA SEÇÃO (m²) 0,0141 0,0159 0,0159 0,0141AP - Área da Ponta (m²)* 0,09548 0,097344 0,097344 0,09548

AL - ÁREA LATERAL/ ML (m²)* 1,236 1,248 1,248 1,236

S - NEGA (cm)** 1 1 2 1K - REPIQUE ELÁSTICO (cm) 1,8 1,65 1,35 1,6

**Nega correspondente a 10 golpes

*Foram consideradas as dimensões de um retângulo circunscrito ao perfil para o calculo das áreas

Fonte: Autor do TFC 2012.

5 SELEÇÃO DAS AMOSTRAS

Foram realizados 11 ensaios de carregamento dinâmico em pontos selecionados

pelo consultor geotécnico. As estacas ensaiadas foram: P7-A, P7-D, P26-A, P23-

A,P21C, P21-B, P24-E, P16-C, P7-C, P126-A, P158-B. As estacas P21-C e P7-C

foram danificadas estruturalmente durante a realização do ensaio, e portanto foram

descartadas. As estacas P7-A, P7D, P24-E e P126-A tiveram valores de nega igual

a zero, inviabilizando os cálculos pelas formulações de Brix e dos Holandeses. As

estacas P16-C, P21-B, P23-A e P158-B apresentavam todos os dados necessários

para o desenvolvimento dos cálculos, e portanto foram selecionadas como amostra.

6 ESTIMATIVA CAPACIDADE DE CARGA PELAS FORMULAÇÕES SEMI-EMPÍRICAS PARA ESTACAS CRAVADAS ATRAVÉS DO "P-LOAD"

6.1 Conceitos de capacidade de carga

Segundo ALONSO (1991) a carga que gera o escoamento do elemento de fundação

ou colapso do solo que o suporta é denominada capacidade de carga contra a

ruptura. Portanto, considera-se como capacidade de carga o menor dos dois

valores: resistência estrutural do elemento de fundação ou resistência do solo que o

suporta.

Do ponto de vista geotécnico, a capacidade de carga é dividida em duas parcelas: A

capacidade de carga por resistência de ponta e a capacidade de carga por atrito

Page 24: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

24

lateral ao longo do fuste da estaca. A capacidade de carga por atrito lateral está

relacionada à adesão promovida pelo solo em que o elemento está apoiado, a área

lateral da estaca, ao tipo de carregamento a que está submetido (tração ou

compressão), ao método executivo, ao estado de adensamento do solo, dentre

outros fatores. A capacidade de carga por resistência de ponta está relacionada ao

tipo de carregamento, à área da ponta, a resistência do solo na região da ponta, ao

processo executivo da estaca, etc. A figura 6 ilustra a transferência de carga de uma

estaca metálica.

Figura 6 - Transferência de cargas ao solo

Fonte: Adaptado Manual Estacas Metálicas Gerdau - 6ª edição - 2012.

No dimensionamento de fundações profundas deve-se adotar a carga admissível

que é a carga de ruptura dividida por um fator de segurança. A NBR 6122/2010 da

ABNT recomenda que o fator de segurança seja de no mínimo dois para ponta mais

atrito lateral, porém alguns autores sugerem outros fatores de segurança que se

adéquam a situações mais específicas e serão comentados a posteriori.

Page 25: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

25

6.2 Funcionamento do software

O programa "P-LOAD" foi idealizado para o desenvolvimento de cálculos através das

formulações semi-empíricas propostas por Aoki e Velloso (1975), Décourt e

Quaresma (1978), Pedro Paulo Velloso (1981), Alberto Henriques Teixeira (1996) e

Urbano Rodrigues Alonso (1996). Com interface amigável (FIG. 7), o software foi

desenvolvido na plataforma VBA e permite a modelagem de vários parâmetros e

variáveis que influenciam na análise geotécnica. Com ele o usuário seleciona o tipo

de fundação a ser estudado, o tipo de carregamento a que está submetido o

elemento, configura coeficientes de segurança, seleciona por quais formulações

devem ser realizados os cálculos, dentre outros ajustes que o usuário pode lançar

mão para o refinamento dos seus estudos. Uma vez com os dados da sondagem

lançados na planilha, o produto final gerado pelo software é um relatório,

discriminando metro a metro a carga admissível e de ruptura (separados em ponta e

atrito lateral). O "P-LOAD" tem capacidade para calcular quantas sondagens forem

necessárias com profundidades limitadas a 40 metros, para quaisquer geometrias de

estacas. O software possui um banco de dados com os tipos de estacas mais

comumente utilizados, mas o usuário tem a possibilidade de criar novos bancos que

se adéquem às especificidades do projeto.

Figura 7 - Apresentação inicial do programa

Fonte: Autor do TFC 2012.

Page 26: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

26

É importante ressaltar que o foco do programa é o cálculo de capacidade de carga

do ponto de vista geotécnico, e portanto, não dispõe de recursos para o

dimensionamento estrutural do elemento de fundação.

6.3 Configuração adotada

A parametrização do programa varia com as especificidades da obra em estudo. A

seguir apresentam-se os parâmetros, coeficientes, fatores de correlação, fatores de

segurança, dentre outros intervenientes no resultado final, processados pelo

software.

Muito embora o programa realize os cálculos segundo a formulação proposta por

Urbano Rodrigues Alonso (1996), ela não é adequada ao estudo por ter sido

concebida para estacas escavadas tipo Hélice Contínua e com prospecções

geotécnicas com a medida de torque (SPTT).

6.3.1 Formulação de Aoki e Velloso (1975)

No trabalho "An approximate method to estimate the Bearing Capacity of Piles",

Dirceu de Alencar Velloso e Nelson Aoki apresentaram no V congresso pan-

americano de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações a uma das primeiras

formulações semi-empíricas para estimativa de capacidade de carga.

A equação (1) corresponde a carga de ruptura por atrito lateral proposta por Aoki e

Velloso.

(1)

Al - Área lateral por metro linear (m²/m);

F2 - Fator de comportamento que relaciona o tipo de estaca ao cone holandes(para

o os cálculos que se sucedem adotarse-a 3,5 - estacas pré-moldadas);

α - Coeficiente estabelecido por BEGEMANN (1965) que correlaciona o atrito local

do cone com ponteira BENGEMANN com a tensão de ponta (Décourt , 1998);

K - Coeficiente que correlaciona o CPT com SPT (vide QUADRO 2).

Page 27: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

27

A limitação deste método consiste na necessidade da perfeita caracterização do solo

pela equipe de campo que realiza a sondagem, o que é praticamente impossível

considerando que tal classificação é feita tátil-visualmente. Segundo Décourt (1998),

um solo classificado como areia (K=100) teria o dobro da capacidade do que um

solo classificado como areia argilo-siltosa (K=50). Por simplificação, serão adotados

os valores de α e K apresentados no Quadro2.

Quadro 2 – Coeficientes K e α

TIPO DO SOLO αααα (%) K (t/m2)

ARGS 4,00 22,00ARGA 2,40 35,00SAG 3,40 23,00SAR 2,20 55,00

AREA 3,00 60,00ARS 2,00 80,00ARE 1,40 100,00ARP 1,40 100,00

Fonte: SILVEIRA, José Ernani da Silva. Apostila Curso de Fundações – Volume 2

A equação (2) corresponde a carga de ruptura de ponta da estaca.

(2)

Ap - Área da ponta;

K - Coeficiente que correlaciona o CPT com SPT (vide quadro 2);

F1- Fator de comportamento que relaciona o tipo de estaca ao cone holandes. Para

os cálculos que se sucedem, adotarse-a 1,75 (valor sugerido para estacas pré-

moldadas);

NSPTponta - Valor de NSPT no ponto onde esta apoiada a ponta da estaca.

A carga admissível deve ser obtida pela soma da carga ruptura por atrito lateral (PL)

com a carga de ruptura de ponta (PP) divididos pelo fator de segurança de 2.

Page 28: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

28

6.3.2 Formulação de Décourt e Quaresma (1978)

Luciano Décourt e Quaresma Filho (1978) desenvolveram um processo de avaliação

baseados no NSPT. Ao longo dos anos, várias trabalhos buscando adequar os

coeficientes da formulação em epígrafe foram publicados. As fórmulas (3) e (4)

correspondem respectivamente às cargas de ruptura por atrito lateral (PL) e ruptura

por ponta (PP).

(3)

(4)

Al - Área lateral por metro linear (m²/m);

Ap - Área da ponta;

α e ββββ - São coeficientes de majoração ou minoração respectivamente para reação

de ponta e atrito lateral (Décourt, 1998). Para a situação caracterizada no presente

trabalho, admitir para α e ββββ o valor de 1 (valor sugerido para estacas pré-moldadas)

NSPT' e NSPT" - São respectivamente os valores de NSPT no primeiro metro acima

e no primeiro metro abaixo da estaca.

A carga admissível deve ser obtida pela carga de ruptura por atrito lateral (PL)

dividida por 1,3, somada à carga de ruptura de ponta (PP) dividida por 4.

6.3.3 Formulação de Pedro Paulo Costa Velloso (1981)

Pedro Paulo Costa Velloso em 1981, publicou através PUC - RJ o trabalho titulado

"O problema da estimativa do comprimento de fundações profundas com base em

sondagens de reconhecimento a percussão". As fórmulas (5) e (6) correspondem

respectivamente às cargas de ruptura por atrito lateral (PL) e ruptura por ponta (PP)

propostas por Pedro Paulo Costa Velloso.

(5)

Page 29: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

29

(6)

(7)

Al - Área lateral por metro linear (m²/m);

Ap - Área da ponta;

αl e αp - São respectivamente os fatores de confinamento para atrito lateral e ponta.

Os valores de αl e αp adotados para estacas pré-moldadas foram 1;

λλλλl e λλλλp - São respectivamente os fatores relacionados ao tipo de carregamento para

atrito lateral e para ponta. Para os esforços de compressão foram adotados λλλλl e λλλλp

iguais a 1;

Cs - Fator de correlação do atrito do solo (vide QUADRO 3) (VELLOSOFILHO,

2010);

ββββ - Fator de escala que correlaciona o comportamento da estaca com o cone

holandês, e deve ser calculado conforme fórmula (7);

Dp - Diâmetro da ponta da estaca em cm. Para os perfís metálicos HP310X125 e

HP310X110, foram adotados os diâmetros equivalentes da ponta com os

respectivos valores de 35,21cm e 34,87cm, já que a geometria da estaca não é

circular.

Dc - Diametro da ponta do cone holandês (3,6 cm);

(Cp×NSPT)méd.abaixo - Média dos NSPT's multiplicados pelos fatores de

correlação de ponta correspondentes, ao longo de um comprimento de 3,5 vezes o

diâmetro equivalente da ponta, abaixo da cota de paralização da estaca (vide

QUADRO 3);

(Cp×NSPT)méd.acima - Média dos NSPT's multiplicados pelos fatores de

correlação de ponta correspondentes, ao longo de um comprimento de 8 vezes o

diâmetro equivalente da ponta, acima da cota de paralização da estaca (vide

QUADRO 3) .

Page 30: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

30

Quadro 3 – Valores de Cs e Cp

TIPO DO SOLO Cs(t/m2) C p (t/m2)

ARGS 0,63 25,00ARGA 0,63 25,00SAG 0,70 30,00SAR 0,80 40,00

AREA 0,85 45,00ARS 0,85 50,00ARE 0,50 60,00ARP 0,50 60,00

Fonte: SILVEIRA, José Ernani da Silva. Apostila Curso de Fundações – Volume 2.

A carga admissível deve ser obtida pela soma da carga ruptura por atrito lateral (PL)

à carga de ruptura de ponta (PP) divididos pelo fator de segurança de 2,5.

O programa "P-LOAD" permite a configuração dos fatores de correlação de ponta e

de atrito lateral de acordo com a região das pesquisas realizadas por Pedro Paulo

da Costa Velloso, porém foi adotada a configuração "default" do programa, com

dados coletados na refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

6.3.4 Formulação de Alberto Henriques Teixeira (1996)

Alberto Henriques Teixeira publicou no 3º Seminário de Engenharia de Fundações

Especiais e Geotecnia a formulação semi-empírica para estimativa de capacidade

de carga discriminada a seguir:

(8)

(9)

Al - Área lateral por metro linear (m²/m);

Ap - Área da ponta;

ββββ - Fator de correlação de atrito lateral, de acordo com o tipo de estaca. Para

estacas pré-moldadas, adota-se 0,4 tf/m²;

Page 31: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

31

(α×NSPT)méd.abaixo - Média dos NSPT's multiplicados pelos fatores de correlação

de ponta correspondentes, ao longo de um comprimento de 1 vez o diametro

equivalente da ponta, abaixo da cota de paralização da estaca (vide QUADRO 4);

(α×NSPT)méd.acima - Média dos NSPT's multiplicados pelos fatores de correlação

de ponta correspondentes, ao longo de um comprimento de 4 vezes o diametro

equivalente da ponta, acima da cota de paralização da estaca (vide QUADRO 4) .

Quadro 4 - Fatores de correlação de resisência propostos por Teixeira (1996)

Fonte: Adaptado de SILVEIRA, José Ernani da Silva. Apostila Curso de Fundações – Volume 2.

A carga admissível deve ser obtida pela carga de ruptura por atrito lateral (PL)

dividida por 1,5 somada a carga de ruptura de ponta (PP) dividida por 4.

6.4 Interpretação dos cálculos de capacidade de carga

A partir dos cálculos realizados dentro dos critérios estabelecidos no item 6.3, foram

obtidos os resultados conforme indicado na Figura 8. O APÊNDICE A apresenta os

boletins detalhados dos cálculos de capacidade de carga.

Figura 8 - Gráfico de cargas admissíveis obtidas pelas formulações semi-empíricas

Fonte: Autor do TFC 2012.

TIPO DE ESTACA

SOLO ARGS ARGA SAG SAR AREA ARS ARE ARP

α(tf/m²) 11 21 16 26 30 36 40 44

Pré Moldadas ( Concreto ou Aço)

Page 32: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

32

7 ESTIMATIVA DA CARGA ADMISSÍVEL ATRAVÉS DA "NEGA" E DO REPIQUE ELÁSTICO

7.1 Conceitos de "Nega" e Repique Elástico

A "nega" e o repique elástico são medidas de campo aplicadas à estacas cravadas

por percussão que permitem o controle da capacidade de carga das mesmas. A

Figura 9 ilustra a forma com que são realizados os registros de nega e repique em

campo.

Figura 9 - Croqui esquemático do registro de nega e repique em campo

Fonte: Manual de especificações de produtos e procedimentos ABEF -2004.

O lápis apoiado sobre régua de madeira se desloca a cada golpe do pilão e registra

as deformações permanentes (nega) e elásticas (repique) do sistema. Este registro

pode ser realizado também por meio de aparelhos eletrônicos.

A medida da "nega" corresponde a penetração permanente da estaca após a

aplicação de golpes sucessivos a uma energia conhecida (em geral, aplicam-se 10

golpes). A Figura 10 demonstra um boletim de campo contendo as medidas de nega

e de repique elástico. O ANEXO E apresenta todos os boletins de campo utilizados

no presente estudo.

Page 33: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

33

Figura 10 - Boletim de campo com medidas de nega e de repique

Fonte: Autor do TFC - 2012.

As formulações aplicadas a estimativa da capacidade de carga através da "nega"

são baseadas na teoria de choque de corpos rígidos pressupondo-se que a estaca

obedece à lei de Hooke, o que foge a realidade de campo onde se desconhece a

energia real aplicada à estaca, a influência do cepo e do coxim instalados no

capacete (Alonso, 1995), dentre outros fatores geotécnicos como por exemplo a

cicatrização ou a relaxação da estaca que podem influenciar de forma significativa

na capacidade de suporte da estaca ao longo do tempo, e portanto, estas

formulações são aplicadas com algumas limitações. A seguir estão representadas a

duas formulações utilizadas no estudo: As fórmulas de Brix (12) e Holandeses (13).

(12)

(13)

Padm. - Carga Admissível da estaca (Alonso, 1995);

P - Peso próprio da estaca (Alonso, 1995);

Page 34: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

34

W - Peso do pilão (Alonso, 1995);

S - Nega correspondente ao valor h (Alonso, 1995);

h - Altura de queda do pilão (Alonso, 1995).

O repique representa a parcela elástica do deslocamento de uma estaca no instante

da cravação, ou seja, trata-se do deslocamento medido no momento da percussão e

se desfaz quando o sistema entra em repouso.

Figura 11 - Modelo de estacas para fórmulas dinâmicas

Fonte: Livro Fundações: teoria e prática. 2ª Edição, p.745 - 1998.

O repique é dividido em duas parcelas, conforme demonstrado na Figura 11. A

parcela C2 corresponde à deformação elástica do fuste da estaca e a parcela C3

corresponde ao deslocamento elástico do solo sobre a ponta da estaca (ALONSO,

1995). A fórmula (14) representa o repique elástico (K). Deve-se observar que a

fórmula (14) é aproximada, visto que os deslocamentos máximos no topo e no pé do

fuste da estaca não ocorrem instantaneamente.

(14)

A estimativa da parcela C3 foi desenvolvida por Souza Filho e Abreu (1990) de

acordo com o tipo de solo. Para o caso do em estudo, foi adotado o valor de C3 =

Page 35: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

35

2,5 mm, muito embora este seja o valor recomendado para areias e não para

rochas, porém é o valor que mais se adéqua a realidade da obra. O cálculo da

parcela C2 foi simplificado por Velloso (1987), adotando-se a fórmula (15).

(15)

PR - Carga de ruptura da estaca;

l - Comprimento da estaca;

A - Área da seção da estaca;

E - Módulo de elasticidade.

Para a estimativa de capacidade de carga no presente estudo, foram realizados

cálculos a partir da expressão (16), que sintetiza as fórmulas (14) e (15) divididas

por um fator de segurança de 2 , obtendo-se assim a carga admissível.

(16)

7.2 Resultados dos cálculos baseados na "Nega" e no Repique elástico

O Quadro 5 e a figura 12 apresentam a síntese dos resultados obtidos a partir dos

cálculos detalhados no item 7.1.

Quadro 5 - Cargas Admissíveis obtidas através da "Nega" e do Repique elástico

Holandeses Brix Repique Elástico

(tf) (tf) (tf)

P16-C HP310X110 156,0 115,4 167,5

P21-B HP310X125 414,7 319,9 249,4

P23-A HP310X125 221,3 152,4 193,3

P158-B HP310X110 452,3 205,2 252,0

CARGA ADMISSÍVEL

ESTACA PERFIL

Fonte: Autor do TFC 2012.

Page 36: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

36

Figura 12 - Gráfico de cargas admissíveis obtidas através da "Nega" e do Repique

Fonte: Autor do TFC 2012.

8 ESTIMATIVAS DE CAPACIDADE DE CARGA ATRAVÉS DOS ENSAIOS DE CARREGAMENTO DINÂMICO

8.1 Princípios básicos do ensaio

O ensaio de carregamento dinâmico é um procedimento em que se aplica uma

carga dinâmica axial com um martelo a energias crescentes, medindo-se a

capacidade de carga através de correlações baseadas na teoria da equação da

onda. Este ensaio foi concebido para estacas cravadas, entretanto é aplicado

também a estacas escavadas. Segundo Niyama et. al (1998) este método, embora

respaldado pela NBR 6122/2010 da ABNT não deve ser utilizado isoladamente, não

se dispensando os cálculos estáticos ou mesmo provas de carga estáticas.

Para a realização do ensaio são acoplados à estaca um par de transdutores (ou

extensômetros) e um par de acelerômetros opostos ortogonalmente que são ligados

a um analisador PDA (vide FIG.13), que a cada impacto do pilão realiza uma série

de cálculos com as informações de deformação específica e aceleração das

partículas do material da estaca.

Além da capacidade de carga os sistemas PDA permitem obter informações como

energia máxima por golpe, eficiência do sistema de cravação, força máxima do

Page 37: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

37

impacto, localização de danos estruturais (caso existam), avaliação da distribuição

da resistência à penetração (NIYAMA et. al, 1998). A figura 14 representa o visor de

um PDA com algumas das informações processadas pelo aparelho em tempo real.

Figura 13 -Sensores acoplados ao perfil e PDA

Fonte: Autor do TFC 2011

Figura 14 - Display do PDA

Fonte: PDI engenharia - 2005.

Page 38: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

38

A análise da carga mobilizada pela estaca durante o ensaio de carregamento

dinâmico pode ser feito por dois métodos. O primeiro simplificado, desenvolvido pela

Case Reserve University, conhecido como método "CASE" e o segundo, mais

elaborado, conhecido como método "CAPWAP" (Case Pile Wave analysis Program)

onde a estaca é discretizada em um modelo de massas e molas conforme proposto

por Smith (1960) (NIYAMA et. al, 1998). No presente trabalho, somente será feita a

interpretação dos boletins de campo, onde constam os valores de RMX (capacidade

de carga estática obtida pelo método "CASE") e RU (carga última obtida pela análise

"CAPWAP").

8.2 Síntese dos resultados do ensaio

Abaixo estão representados os boletins parciais dos ensaios de carregamento

dinâmico realizados no empreendimento. Informações mais detalhadas sobre o

ensaio podem ser encontradas no ANEXO F. É importante salientar que as cargas

RMX e RU são as estimadas para ruptura do elemento, e para a comparação com

demais métodos de cálculo, serão divididos pelo fator de segurança 2 para obtenção

da carga admissível conforme sugerido pela NBR 6122/2010.

Quadro 6 - Análise "CASE"

Fonte: Geomec Engenheiros Consultores - 2012.

Page 39: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

39

Quadro 7 - Análise "CAPWAP"

Fonte: Geomec Engenheiros Consultores - 2012.

9 ANÁLISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS

O Figura 15 resume graficamente todos os valores de carga admissível obtidos no

estudo. No eixo das abscissas estão indicados os métodos de cálculo e no eixo das

ordenadas as cargas admissíveis correspondentes.

Figura 15 - Gráfico-resumo de cargas admissíveis

Fonte: Autor do TFC 2012

Page 40: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

40

Observa-se que a maior dispersão encontrada foi no P23-A, com uma discrepância

de aproximadamente 817% entre o método proposto por Alberto Henriques Teixeira

e os valores encontrados na prova de carga dinâmica. Nos cálculos onde se observa

a menor dispersão são os relativos ao P16-C, onde a formulação proposta por Pedro

Paulo da Costa Velloso divergiu em menos de 2% dos valores de RMX e RU. O

APÊNDICE B apresenta o resumo geral dos resultados obtidos.

Page 41: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

41

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desempenho previsto para as estacas através das formulações semi-empíricas se

mostrou distante da realidade medida através das provas de carga dinâmicas e das

estimativas feitas pela "nega" e pelo repique elástico. Algumas observações podem

ser pontuadas como possíveis causas dessa dispersão:

a) A limitação das formulações semi-empíricas em relação ao NSPT máximo de 50,

que muitas vezes é inferior ao encontrado em campo.

b) Os furos de sondagem não representaram de forma efetiva o perfil geotécnico

onde as estacas estão localizadas.

c) As formulações semi-empíricas não dispõe de recursos para modelar o apoio em

rocha.

d) As fórmulas semi-empíricas não contemplam efeitos da cicatrização ou relaxação

do solo.

e) A pressão neutra pode interferir nas leituras de capacidade de carga no momento

da realização do ensaio dinâmico.

f) As cargas dinâmicas são instantâneas, e não modelam o comportamento e

mobilização de tensões da estaca ao longo do tempo. Segundo ALONSO (1991)

os efeitos decorrentes do amolgamento, compactação e quebra da estrutura do

solo dependem do tempo e não podem ser avaliados com um só teste.

g) As fórmulas baseadas na teoria do choque de corpos rígidos pressupõe que o

corpo obedece à lei de Hooke e que a resistência ao longo da estaca é

mobilizada instantaneamente, o que não ocorre na realidade (ALONSO, 1991).

Em relação ao software implementado "P-LOAD", observa-se que o propósito do

mesmo foi alcançado, e o protótipo se mostrou efetivo na realização dos cálculos.

Nenhum erro ou "bug" foi encontrado durante a sua implementação. Cálculos

auxiliares feitos a mão pelo autor foram desenvolvidos ao longo do trabalho e

corroboraram com os obtidos pelo programa.

Page 42: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

42

11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NIYAMA, Sussumu; AOKI, Nelson; CHAMECKI, Paulo Roberto. Fundações: teoria e prática. 2. ed. (6. tir.rev.aum.). São Paulo: Editora Pini, ABMS/ABEF, 1998. (Reimp. 2003). cap.20, p.723 - 749. ALONSO, Urbano Rodrigues. Controle "in situ" da capacidade de Carga. In: _______.Previsão e Controle das Fundações. São Paulo: Edgard Blucher Ltda, 1991. cap.6 p. 109 – 129. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6122: Projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro, OUT. 2010b.392 p. ______ ABNT NBR 13208: Estacas - Ensaio de carregamento dinâmico - método de ensaio. Rio de Janeiro, OUT. 1994a.4 p. ______ ABNT NBR 12131: Estacas - Prova de carga estática - método de ensaio. Rio de Janeiro, ABR. 1992a.4 p. ABEF. Manual de especificações de produtos e procedimentos: ABEF – Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e Geotecnia. 3.ed. (1. tir. rev.aum.). São Paulo: Pini, 2004. 410 p. SILVEIRA, José Ernani da Silva. Apostila Curso de Fundações – Volume 2 – Fundações em Estacas – Aspectos Executivos (Equipamentos e Processos). Belo Horizonte, FEA-FUMEC, 2002. Cap. VI, p. 5-41 SILVEIRA, José Ernani da Silva. Apostila Curso de Fundações– Volume 2 – Fundações em Estacas – Dimensionamento Geotécnico: Capacidade de Carga e Carga Admissível. Belo Horizonte, FEA-FUMEC, 2002. Cap. VIl, p. 42-54 SOARES, José Mário Doleys. Apostila Fundações Profundas- Carga Admissível. Santa Maria - RS, UFSM, 2009. Cap. VIl, p. 1-63 VELLOSO FILHO, Sergio Maurício Pimenta. Notas de Aula – Paper N.°11 –Capacidade de Carga - Interação Solo-Estaca - Dimensionamento Geotécnico. 2010.Belo Horizonte, Universidade FUMEC,2011.p.1-14.

CARTA GEOLÓGICA- FOLHA SE.23-Z-C-VL. Belo Horizonte: CPRM; 2009

NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS. FEA/ FUMEC. (2012) Disponível em: https://ww2.fumec.br/sinef/aluno/crud/Materialdidaticoaluno.

Page 43: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

43

INIC

IO:

FIM

:

1

14

ARG

A0,

04,

21,

70,

01,

90,

00,

02,

51,

30,

02,

00,

50,

07,

83,

9

24

ARG

A6,

35,

94,

94,

42,

73,

54,

04,

34,

25,

24,

05,

02,

47,

85,

1

35

ARG

A9,

48,

07,

06,

63,

85,

26,

05,

75,

87,

94,

57,

23,

69,

76,

7

44

ARG

A13

,68,

78,

99,

64,

16,

88,

75,

57,

111

,04,

59,

65,

27,

86,

5

54

ARG

A16

,710

,110

,711

,84,

38,

010

,65,

27,

913

,64,

011

,46,

47,

87,

1

66

AREA

19,8

15,5

14,1

13,9

7,9

10,9

12,6

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SAR

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12,6

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SAR

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SAR

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SAR

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SAR

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A

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PLPP

PAD

PLPP

PAD

PLPP

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DPA

DPL

PPPA

DPL

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ITO

NEGA

TIVO

CA

LCU

LAR

APÊNDICES

APÊNDICE A - Boletins de cálculo de capacidade de carga

Page 44: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

44

INIC

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:

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16

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98,

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3

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,518

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DPA

DPL

PPPA

DPL

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ITO

NEGA

TIVO

CA

LCUL

AR

Page 45: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

45

INIC

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FIM

:

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46

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240,

6

22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

SRM

-P21

.G

DÉC

OU

RT

E Q

UAR

ESM

A

HP31

0X12

5CO

MER

CIAL

AN

DRA

DAS

AOK

I VEL

LOSO

PLPP

PAD

PLPP

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DPA

D

SRM

-P21

.GPE

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ÇÃO

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BRA:

TRAB

ALH

O:

DATA

:

REVI

SÃO

:

PLPP

PAD

PLPR

OF

SPT

SOLO

ATR

ITO

NEGA

TIVO

CA

LCU

LAR

Page 46: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

46

INIC

IO:

FIM

:

1

124

ARG

A0,

021

,98,

80,

011

,10,

00,

014

,97,

40,

011

,72,

90,

045

,822

,9

29

ARG

A37

,418

,322

,326

,38,

417

,423

,716

,320

,020

,016

,119

,414

,217

,215

,7

310

ARG

A38

,521

,924

,227

,110

,418

,724

,514

,419

,421

,79,

319

,014

,719

,116

,9

47

ARG

A44

,621

,926

,631

,49,

920

,728

,310

,419

,425

,78,

321

,817

,013

,415

,2

511

ARG

A48

,719

,427

,234

,39,

321

,830

,911

,721

,328

,78,

824

,318

,521

,019

,8

67

ARG

A57

,016

,929

,640

,17,

824

,036

,210

,523

,333

,88,

828

,221

,713

,417

,5

78

ARG

A61

,824

,734

,643

,58,

726

,139

,210

,024

,637

,27,

330

,423

,515

,319

,4

850

ARG

A67

,660

,151

,147

,627

,937

,842

,935

,839

,441

,128

,238

,725

,895

,560

,6

950

ARG

A11

0,4

70,6

72,4

77,7

34,2

56,0

70,1

54,7

62,4

62,6

48,7

60,3

42,0

95,5

68,8

1017

SAR

152,

367

,788

,010

7,2

30,4

68,8

96,7

44,0

70,3

83,6

36,5

73,5

58,0

51,0

54,5

1119

SAR

169,

274

,597

,511

6,4

33,3

74,9

105,

032

,668

,889

,625

,875

,465

,457

,061

,2

1220

SAR

188,

373

,410

4,7

126,

830

,878

,811

4,3

29,4

71,8

96,3

27,9

81,0

73,7

60,0

66,9

1336

SAR

208,

590

,411

9,5

137,

839

,388

,512

4,3

42,6

83,4

103,

340

,189

,582

,510

8,0

95,3

1437

SAR

245,

610

6,5

140,

815

8,2

45,1

101,

714

2,7

52,3

97,5

115,

752

,310

2,0

98,6

111,

010

4,8

1550

SAR

283,

513

4,5

167,

217

9,1

58,6

118,

916

1,6

66,2

113,

912

8,3

62,3

114,

311

5,0

150,

013

2,5

1650

SAR

335,

015

0,2

194,

120

7,6

65,4

136,

518

7,2

73,6

130,

414

5,2

71,6

129,

613

7,3

150,

014

3,7

1750

SAR

386,

215

8,4

217,

823

5,9

69,0

152,

421

2,7

76,4

144,

616

2,1

71,6

142,

615

9,4

150,

015

4,7

1850

SAR

437,

216

4,4

240,

726

4,1

71,6

167,

923

8,2

76,4

157,

317

8,8

71,6

155,

518

1,5

150,

016

5,8

1950

SAR

488,

016

4,4

261,

029

2,2

71,6

181,

926

3,5

76,4

170,

019

5,6

71,6

168,

320

3,5

150,

017

6,8

2050

SAR

538,

716

4,4

281,

332

0,3

71,6

195,

928

8,8

76,4

182,

621

2,3

71,6

181,

222

5,4

150,

018

7,7

2150

SAR

589,

316

4,4

301,

534

8,3

71,6

209,

931

4,1

76,4

195,

222

8,9

71,6

194,

024

7,3

150,

019

8,7

2250

SAR

639,

816

4,4

321,

737

6,2

71,6

223,

933

9,3

76,4

207,

824

5,6

71,6

206,

826

9,1

150,

020

9,6

2350

SAR

690,

116

4,4

341,

840

4,1

71,6

237,

836

4,4

76,4

220,

426

2,2

71,6

219,

629

0,9

150,

022

0,5

2450

SAR

740,

416

4,4

361,

943

1,9

71,6

251,

838

9,5

76,4

232,

927

8,8

71,6

232,

331

2,6

150,

023

1,3

25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

SM-0

4

DÉC

OU

RT

E Q

UA

RE

SMA

HP3

10X1

10CO

MER

CIAL

AN

DRA

DAS

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PL

PP

PAD

PLP

PP

PP

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PAD

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-04

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DA

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REVI

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PL

PPP

AD

PL

PR

OF

SPT

SOLO

ATR

ITO

NEGA

TIVO

C

ALC

ULA

R

Page 47: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

47

APÊNDICE B - Resumo geral de cargas admissíveis

.

Page 48: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

48

APÊNDICE C – Algoritmo para a formulação de Pedro Paulo Costa Velloso

SUB PEDROPAULOVELLOSO() DIM LINHASPT AS INTEGER DIM FCORRELACAOAL AS SINGLE, FCORRELACAOPT AS SINGLE DIM PPVALFAAL AS SINGLE, PPVALFAPT AS SINGLE DIM ALPARCIAL AS SINGLE, ALTOTAL AS SINGLE DIM LEST AS INTEGER, CEST AS INTEGER DIM PPVBETA AS SINGLE DIM LLAMBIDA AS INTEGER, CLAMBIDA AS INTEGER DIM COLUNASOLO AS INTEGER DIM COLUNASPT AS INTEGER ALTOTAL = 0 ALPARCIAL = 0 FCORRELACAOPT1 = 0 FCORRELACAOPT2 = 0 LINHASPT = 11 LINHASPTINICIAL = 11 COLUNASPT = 2 LEST = 17 CEST = 10 PPVBETA = WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(LEST, 10).VALUE CONTADOR = 0 LLAMBIDA = 2 CLAMBIDA = 8 COLUNASOLO = 3 AREALATERAL = WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(LEST, 6).VALUE PPVALFAAL = WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(30, 5) PPVALFAPT = WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(31, 5) IF WORKSHEETS("USERFORM").CELLS(LLAMBIDA, CLAMBIDA) = 1 THEN PPVLAMBIDAAL = 1 PPVLAMBIDAPT = 1 ELSE IF WORKSHEETS("USERFORM").CELLS(LLAMBIDA, CLAMBIDA) = 2 THEN PPVLAMBIDAAL = 0.75 PPVLAMBIDAPT = 0 ELSE MSGBOX "VOÇÊ ALTEROU CONFIGURAÇÕES SEM PERMISSÃO!!!", VBCRITICAL, "ERRO FATAL " END IF END IF DO UNTIL WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, COLUNASPT) = 0 SELECT CASE WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, COLUNASOLO) CASE "ARG", "ARGS", "ARGA" ADESAO = 0.63 * WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, COLUNASPT) CASE "SAG" ADESAO = 0.7 * WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, COLUNASPT) CASE "SAR" IF WORKSHEETS("USERFORM").CELLS(9, 2).VALUE = TRUE THEN ADESAO = 1.21 * (WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, COLUNASPT)) ^ 0.74 ELSE ADESAO = 0.8 * WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, COLUNASPT) END IF CASE "AREA", "ARS" ADESAO = 0.85 * WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, COLUNASPT) CASE "ARE", "ARP" ADESAO = 0.5 * WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, COLUNASPT) CASE IS <> "ARG", "ARGS", "ARGA", "SAG", "SAR", "AREA", "ARS", "ARE", "ARP" MSGBOX "ATENÇÃO AO TIPO DE SOLO DECLARADO NA LINHA "& LINHASPT & ", COLUNA " & COLUNASOLO & ".", VBCRITICAL, "ERRO FATAL " ADESAO = 0 END SELECT ALPARCIAL = ADESAO * PPVALFAAL * PPVLAMBIDAAL * AREALATERAL IF ALTOTAL > 0 THEN SELECT CASE WORKSHEETS("USERFORM").CELLS(3, 2) CASE FALSE ATRITOLATERALPPV = ALTOTAL WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, 4) = ATRITOLATERALPPV CASE TRUE

Page 49: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

49

ATRITOLATERALPPV = (ALTOTAL * (CONTADOR + 1)) / CONTADOR WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, 4) = ATRITOLATERALPPV END SELECT ELSE WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, 4) = "0" END IF ALTOTAL = ALTOTAL + ALPARCIAL CONTADOR = CONTADOR + 1 QP1TOTAL = 0 INTEIROABAIXO = FIX((3.5 * WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(LEST, 9).VALUE) / 100) FRACIONADOABAIXO = ((3.5 * WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(LEST, 9).VALUE) / 100) - INTEIROABAIXO IF FRACIONADOABAIXO <> 0 THEN CONT1 = INTEIROABAIXO + 1 ELSE CONT1 = INTEIROABAIXO END IF FOR Y = 1 TO CONT1 SELECT CASE WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT + Y - 1, COLUNASOLO) CASE "ARG", "ARGS", "ARGA" FCORRELACAOPT1 = 25 CASE "SAG" FCORRELACAOPT1 = 30 CASE "SAR" FCORRELACAOPT1 = 40 CASE "AREA" FCORRELACAOPT1 = 45 CASE "ARS" FCORRELACAOPT1 = 50 CASE "ARE", "ARP" FCORRELACAOPT1 = 60 CASE 0 FCORRELACAOPT1 = FCORRELACAOPT1 CASE IS <> "ARG", "ARGS", "ARGA", "SAG", "SAR", "AREA", "ARS", "ARE", "ARP", 0 MSGBOX "ATENÇÃO AO TIPO DE SOLO DECLARADO NA LINHA "& LINHASPT & ", COLUNA " & COLUNASOLO & ".", VBCRITICAL, "ERRO FATAL " FCORRELACAOPT1 = 0 END SELECT IF WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT + Y - 1, COLUNASPT) <> 0 THEN SPTPONTA = WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT + Y - 1, COLUNASPT) END IF IF Y = CONT1 AND FRACIONADOABAIXO <> 0 THEN QP1PARCIAL = SPTPONTA * FRACIONADOABAIXO * FCORRELACAOPT1 ELSE QP1PARCIAL = SPTPONTA * FCORRELACAOPT1 END IF QP1TOTAL = QP1TOTAL + QP1PARCIAL NEXT Y QP1TOTAL = QP1TOTAL / (((3.5 * WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(LEST, 9).VALUE)) / 100) QP2TOTAL = 0 INTEIROACIMA = FIX((8 * WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(LEST, 9).VALUE) / 100) FRACIONADOACIMA = ((8 * WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(LEST, 9).VALUE) / 100) - INTEIROACIMA IF FRACIONADOACIMA <> 0 THEN CONT2 = INTEIROACIMA + 1 ELSE CONT2 = INTEIROACIMA END IF IF CONT2 > LINHASPT - LINHASPTINICIAL THEN CONT2 = LINHASPT - LINHASPTINICIAL FRACIONADOACIMA = 1 END IF FOR X = 1 TO CONT2 SELECT CASE WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT - X, COLUNASOLO) CASE "ARG", "ARGS", "ARGA" FCORRELACAOPT2 = 25 CASE "SAG" FCORRELACAOPT2 = 30 CASE "SAR" FCORRELACAOPT2 = 40 CASE "AREA" FCORRELACAOPT2 = 45 CASE "ARS" FCORRELACAOPT2 = 50

Page 50: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

50

CASE "ARE", "ARP" FCORRELACAOPT2 = 60 CASE IS <> "ARG", "ARGS", "ARGA", "SAG", "SAR", "AREA", "ARS", "ARE", "ARP" MSGBOX "ATENÇÃO AO TIPO DE SOLO DECLARADO NA LINHA "& LINHASPT & ", COLUNA " & COLUNASOLO & ".", VBCRITICAL, "ERRO FATAL " FCORRELACAOPT2 = 0 END SELECT IF X = CONT2 AND FRACIONADOACIMA <> 0 THEN QP2PARCIAL = WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT - X, 2) * FRACIONADOACIMA * FCORRELACAOPT2 ELSE QP2PARCIAL = WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT - X, 2) * FCORRELACAOPT2 END IF QP2TOTAL = QP2TOTAL + QP2PARCIAL NEXT X QP2TOTAL = QP2TOTAL / ((8 * WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(LEST, 9).VALUE) / 100) QP = (QP2TOTAL + QP1TOTAL) * 0.5 CARGADEPONTA = QP * PPVBETA * PPVALFAPT * PPVLAMBIDAPT * WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(LEST, 7) ' AQUI QUE ENTRA AS FORMULAS E FATORES DE SEGURANÇA WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, 5) = CARGADEPONTA WORKSHEETS("SONDAGEM").CELLS(LINHASPT, 6) = (CARGADEPONTA + ATRITOLATERALPPV) / WORKSHEETS("DADOS ESTACAS").CELLS(8, 3).VALUE LINHASPT = LINHASPT + 1 LOOP END SUB

Page 51: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

51

ANEXOS

ANEXO A - Levantamento planialtimétrico

Page 52: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

52

ANEXO B - Projeto de terraplenagem

Page 53: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

53

ANEXO C - Projeto de fundações

Page 54: TFC - Marco Paulo de Paoli Morato - 2012

54

ANEXO D - Boletins de sondagem

Norte:Leste:

29/10/2010

De AtéG

rau

de

Alt

era

ção

Re

sis

tên

cia

/Co

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nc

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RQD (%) T

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Fo

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β (β (β (β (º))))

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0,00 1,00 W4 R2

1,00 1,45

1,45 2,00 W4 R2

2,00 2,45

2,45 3,00 W4 R2

3,00 3,45

3,45 4,00 W4 R2

4,00 4,45

4,45 5,00 W4 R2

5,00 5,45

5,45 6,00 W4 R2

6,00 6,45

6,45 7,00 W4 R2

7,00 7,45

7,45 9,10 W1 R4 46,7 Fr P L Ox 35° 2,0 3,0

9,10 10,00

10,00 10,45 W6 R0

10,45 11,00

11,00 11,45 W6 R0

11,45 12,00

12,00 12,45 W6 R0

12,45 13,00

13,00 13,45 W6 R0

13,45 14,00

14,00 14,45 W6 R0

14,45 15,00

15,00 15,45 W6 R0

15,45 15,81

15,81 17,00 W1 R4 39,5 Fr P R 45° 2,0 3,0

17,00 18,40 W1 R4 42,1 Fr P R M 30° 3,0 3,0

18,40 19,40 W1 R3

Classes

I - Muito Bom

II - Bom

III - Regular

IV - Pobre

V -Muito Pobre

VI - Solo Estruturado

Planilha de DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO GEOTÉCNICA Sistema RMR (Bieniawski, 1976)

NW - W

NW - W

NW - W

Data de Execução:

LOCAL: AV. DOS ANDRADAS, 2525 - SANTA EFIGÊNCIA - BELO HORIZONTE

Tipo de Sondagem:

NW - W

Fraturamento

ObservaçõesDescrição Litológica e

Unidade Litoestratigráfica

NW / BW

Recuperação: 4,16m (19,40%) - NIVEL D'ÁGUA - 6,40 mDescrito por:Data de Descrição:

Muito friável, armazenado em sacos

7

11

19,40

NW - W

Intervalo (m)

SM-04

Azimute: Profundidade Final (m):

Furo Nº:Coordenadas

Diâmetro do Testemunho:

Observação:Daniel Chaves

90º

CIS - Cisalhamento

Forma

P - Planar

Muito friável, armazenado em sacos

Muito friável, armazenado em sacos

L - Lisa

Rugosidade

J - Junta

Muito friável, armazenado em sacos

Muito friável, armazenado em sacos

24

9

10

NW - W

NA = 6,40m (16/08/2010)

19

Muito friável, armazenado em sacos

NW - W

NW - D

BW - D

7

BW - W

BW - D - Fratura preenchida por mica branca

BW - W

P - Polida

RMR e Classes de MaciçoGrau de Alteração

RMR

PreenchimentoResistência / Coerência

-

40 - 20

I - irregular

< 20

E - Estriada

Arg - Argila

R - Rugosa 80 - 60

100 - 80

1 - Compacto - >300 cm

Ca - Carbonato 60 - 40

5 - Fragmentada - < 5 cmTa - Talco

Ox - Oxidação

4 - Fraturado - 30-5 cm

W6 - Solo Residual

R3 - Medianamente Resistente

R4 - ResistenteW5 - Rocha Completamente Alterada

R5 - Muito Resistente

R6 - Extremamente Resistente

B - Bandamento Composicional ββββ - Ângulo em relação ao eixo do furo

FO - Foliação

Cliente: 09/08 a 15/08/2010

Mista (SR / SP)

V - Veio

F - Falha

A - Acamamento

17

BW - W

Muito friável, armazenado em sacos

I - Irregular

D - DentadaW4 - Rocha Muito Alterada

BW - D

Fr - Fratura C - Curva

O - Ondulada

G - Gouge

M - Mica

BW - D - Intervalo muito fragmentado

Grau de Fraturamento

BW - W

EGF ENGENHARIA GEOTECNIA E FUNDAÇÕES LTDA

R2 - Rocha Branda

Gnaisse cinza claro, com muito quartzo

Silte arenoso (areia fina e média), medianamente compacto a muito

compacto, cor amarela. (9,10 a 15,81m)

2 - Maciço - 300-100 cm

W1 - Rocha Sã

3 - Moderadamente Frat. 100-30 cm

Tipo Descontinuidade

W3 - Rocha Moderadamente Alterada

Inclinação: Elevação (m):

Gnaisse cinza

Gnaisse cinza

Gnaisse cinza

R0 - Extremamente Branda e Solo Estruturado Rijo a Duro

W2 - Rocha Pouco Alterada R1 - Muito Branda

8

Argila com pedregulhos grossos e fragmentos de itabirito, média a rija,

cor marrom, amarela e cinza. (0,00 a 7,45m)

Seção:

37

20/10

BW - W

Muito friável, armazenado em sacos

BW - W

Muito friável, armazenado em sacos

20

36

BW - W

Muito friável, armazenado em sacos

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ANEXO E - Boletins de acompanhamento de campo

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ANEXO F - Relatório parcial de ensaio de carregamento dinâmico