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 TUDO O QUE PRECISA DE SABER SOBRE DIETAS Mini Livro da autoria de: Sítio da Mulher www.sitiodamulher.com

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A sociedade actual está repleta de modelos e formatações, entre as quais

a ideia central de beleza, que varia consoante o espaço comunitário. Na

contemporaneidade, mais do que em qualquer outra época, vive-se de

aparências, e quem não possui uma que espelhe a que se considera“correcta”, e não for capaz de discernir fora do “pensamento de matilha” do

que é certo e errado, do que é feio e bonito, corre sérios riscos de que a sua

baixa auto-estima o arraste para o limiar das capacidades físicas e mentais.

Estas parecem as premissas de um qualquer moralismo, mas a verdade é

que se constitui como uma das melhores formas para iniciar o alargado

tratamento que será dado ao assunto “dietas”, o tema central deste artigo.

O QUE É UMA DIETA?A exploração do objecto em questão começa precisamente por

compreender o que é afinal uma dieta. É certo que poderá parecer algo

redundante, pois (quase) todos sabemos que esta é uma tarefa que consiste

em seguir um “procedimento metódico na alimentação”, nomeadamente

através da “abstenção de alguns ou de todos os alimentos”, seja “por opção,

crença religiosa ou doença” (Priberam). Ou seja, completando e

concretizando um pouco mais o conceito na prática, a dieta é um “regime

alimentar que satisfaz as necessidades particulares de uma pessoa” 

(Infopédia). As definições são claras, não existe nada que possa levar ao

equívoco. No entanto, estes são os meros significados mais elementares

daquele termo.

Contrariamente às razões que estão na base do conceito dieta, o assunto

que se trata neste texto não será relativo à alteração de hábitos alimentares

devido a doença ou crença religiosa, mas sim com um objectivo que vai de

encontro a outra acepção da palavra, “a privação total ou parcial de certos

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alimentos com vista à perda de peso” (Dicionário da Língua Portuguesa,

Porto Editora, 1998). É sobre esta significância do termo “dieta” que iremos

tecer as considerações ao longo de todo este artigo, dedicado a conceder

algumas “luzes” no que a este assunto diz respeito.

O PERIGO DAS DIETASMuito embora as pessoas tenham conhecimento das verdadeiras

acepções da palavra “dieta”, o que se ignora demasiadas vezes é

exactamente a abrangência do termo. Neste caso, referimo-nos à

deturpação do seu significado, no sentido de a “privação total ou parcial de

certos alimentos” ser substituída pelo (errado) entendimento de “privação

total e não parcial de todos os alimentos”. Este gracejo até poderia ser

divertido, não fosse as consequências que esta (des)interpretação causa a

quem a compreende como tal.

À semelhança de qualquer atitude humana, o alcance benéfico desta

atitude é tão maior quanto melhor for percebido o seu âmago. Assim, levar

a cabo uma dieta pode realmente ajudar as pessoas a terem uma vida mais

saudável. Contudo, isso só poderá acontecer quando não se tomam

caminhos perigosos, que acabam inevitavelmente com a obsessão de

emagrecer, que assume e extingue o lugar precedentemente ocupado pela

vontade de fazer uma dieta.

Quando alguém toma a iniciativa de seguir um regime para adelgaçar as

suas formas ou conceder maior resistência à sua própria saúde, é preciso

estar consciente de que há formas e não-formas de o fazer. Ou seja, é

possível realizar esta tarefa correctamente, mas existem também

mecanismos completamente obsoletos e prejudicais de a alcançar. Por isso,

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é crucial conhecer alguns dos perigos das dietas, que passamos

sucintamente a enunciar.

1. DIETAS MILAGROSAS Este é um conceito utópico, mas que demasiadas pessoas consideram

válido por inteiro. É verdade que existem determinadas dietas que podem

levar a pessoa a emagrecer de um momento para o outro (embora não seja

assim tão súbito), mas essas são as mais letais para o organismo e para a

saúde no geral.

No fundo, o que estas dietas milagrosas fazem é provocar uma perda

considerável de peso num curto espaço de tempo, à custa de nefastas

consequências para o corpo humano. Aparecem resultados no imediato, e

isso é o suficiente para a maioria dos indivíduos, mas o organismo não teve

oportunidade de se reajustar, pois as alterações foram demasiado

repentinas e não deram espaço de manobra para a adaptação daquele.

Ao seguir com planos de uma dieta incluída naquelas que se possam

incluir na categoria de milagrosas – o que é extremamente desaconselhável

– é necessário que se mantenha o regime tomado por algum tempo, a fim de

causar a habituação do corpo, mas gradualmente ir reduzindo a rigidez do

programa. A maioria das pessoas desconhecem por completo o quão

fundamental isso é, não ajudando igualmente o facto de as pessoas que

“ensinam” estes métodos “fast -food” de emagrecer também raramente se

darem ao trabalho de explicar o pós-regime. Porém, é crucial fazer

progressivamente uma suavização para seu bem e do seu corpo, caso

contrário, é bem provável que ocorra um colapso, a situação mais comum

após estas dietas milagrosas. A pessoa deixa de estar sob vigilância de quem

lhe impôs regras anteriormente, o que leva a um menor controlo e, logo,

mais perigo. A “recaída” acaba por ser inevitável. 

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2. DIETAS SEM ACOMPANHAMENTO

PROFISSIONALEm qualquer ramo de actividade, ser guiado por uma pessoa que está

devidamente formada e creditada é sempre uma enorme mais-valia, o que

assume contornos de importância ainda maiores quando se trata da saúde.

Por isso, elaborar um plano de emagrecimento com o recurso aos serviços

de um nutricionista, é crucial para acautelar eventuais problemas numa

fase posterior.

Ao ser acompanhado por um profissional, este poderá orientá-lo da

melhor forma para um regime não prejudicial e personalizado, indicado

para cada pessoa, o que é crucial, pois cada organismo é único e constituído

pelas suas particularidades, que devem ser tidas em conta.

Embora fique mais dispendioso e leve mais tempo a ver os resultados de

uma dieta profissional, chamemos-lhe assim, esta é a única

verdadeiramente segura. Os conhecimentos que o nutricionista detém

permitem-lhe elaborar um regime à sua medida, com todos os cuidados

devidos, mas acima de tudo equilibrando os três factores desta junção:

tempo, alimentação e pessoa.

3. DOENÇAS CRÓNICAS: ANOREXIA E

BULIMIANeste ponto não há muito a debater, está quase tudo dito. Estes são os

estados mais críticos e derradeiros de uma má dieta, pois representam o

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limiar entre um regime saudável e uma doença crónica, que acaba por

deixar de ser barreira, tornando-se na única realidade.

Apesar de não se poder explicar paulatinamente as razões que levam

uma ou outra pessoa a chegar a este ponto, porque, mais uma vez, cada umé diferente dos demais, o comum é ver a comida como uma forma de

ultrapassar os problemas. Ambas as enfermidades acabam por preencher

um certo vazio que os indivíduos têm na sua vida, servindo de fuga à

realidade, repressão de sentimentos ou como forma de demonstrar aos

outros que se possui controlo sobre nós próprios, o nosso corpo, a nossa

mente e a nossa vida. Contudo, na maioria dos casos é um grito de ajudadesesperado, um pedido de atenção derradeiro para chamar até si as

preocupações dos outros, em especial dos seus entes queridos, seja por

egoísmo ou porque são mesmo ignorados por aqueles.

Em traços muitos gerais, poder-se-á encarar a anorexia como algo que é

visto pelas vítimas como solução para os seus problemas, funcionando aqui

a privação dos alimentos como prova de força interior, de supremacia damente sobre o corpo. Um outro lado é o da pressão social e dos cânones

estéticos e de beleza por ela veiculados, que “obrigam” as pessoas a

empenhar esforços sofríveis para corresponder a esses padrões, na

convicção de que, respeitando esses modelos, serão aceites pelos demais.

Na base da bulimia – âmbito mais comum – estão razões de ordem mais

sentimental, ao contrário da anorexia, de contacto maior com fins mentais.Os fundamentos latos dos bulímicos passam muitas vezes pela incapacidade

de resistir à pressão, ansiedade e tensão, actuando aqui a comida como uma

espécie de remédio que alivia estes problemas. Assim, a vítima de bulimia

acaba por ser mais uma pessoa que não procura um auto-controlo da

mesma forma que um anoréxico (que busca a vitória da mente sobre os

desejos e o corpo), mas sim controlar tudo aquilo que nos afecta,

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recorrendo a uma medicina que se baseia na ingestão de comida para

exercer esse controlo sobre o que nos rodeia e afecta mais profundamente.

Em qualquer das situações, seja de anorexia ou bulimia, as famílias têm

obrigação de prestar atenção e detectar quaisquer sinais de um possíveldesenvolvimento em direcção a um destes abismos, dos quais não será fácil

recuperar a cem por cento.

COMO PERDER PESO DE FORMA

CORRECTA?Uma das melhores acções para “perder a barriga” é manter uma

alimentação saudável e realizar exercício físico regular e continuadamente.

Não basta correr hoje e voltar a fazê-lo daqui a quinze dias, é necessário

manter esse ritmo quotidianamente, ao longo do ano inteiro. Só assim

conseguirá obter os resultados que realmente se pretendem, pois há que

dar sequência a uma tarefa habitual para que esta se torne

verdadeiramente eficaz. No entanto, só o exercício não chega para

conseguir perder peso de forma saudável, é necessário manter uma

alimentação correcta. Mas para uma melhor compreensão, ficam algumas

dicas nesse sentido.

1. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVELNo que toca à comida, é importante saber aquilo que se pode comer e o

que se deve evitar, relembrando que é permitido ingerir de tudo, desde que

nas quantidades certas, sem exagerar em nada. Contudo, é aconselhável

“fugir” sempre que possível a refrigerantes, fritos, alimentos ricos em sal,

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gorduras, enlatados e tudo aquilo que esteja repleto de corantes e

conservantes.

A carne de porco deve substituir-se o máximo possível por carne branca,

sendo proibitivo recorrer demasiadas vezes ao presunto, salsichas e toda agama dos enchidos. Em compensação, os vegetais devem ser presença

assídua no seu prato, à semelhança de produtos diuréticos naturais como o

tomate, pepino, cenoura, limão, chá, melancia, agrião, repolho, beterraba ou

abóbora.

Se é daquelas pessoas que consome muitas sandes, então vá alternando

entre o pão normal e o de trigo, adicionando alface, tomate e outroscondimentos de salada, suavizando assim a sobrecarga de energia e calorias

que conduto das sandes possui, sobretudo quando este é um alimento de

origem suína ou um produto lácteo.

O inchaço da barriga também pode ser combatido de forma natural, com

a simples inclusão de alimentos constituídos por fibras, nomeadamente os

farelos de trigo não processados, cereais, verduras, legumes e arroz. Destaforma, a digestão será efectuada mais correctamente, pois o organismo

funcionará melhor, especialmente quando a beringela, cenoura, batata e

fruta são alimentos consumidos frequentemente, uma vez que estes ajudam

à regularização intestinal. No entanto, há que ter moderação na ingestão

destes alimentos, já que sendo fibras não decompostas, irão demorar mais

tempo a serem devidamente processadas pelo organismo.

2. VÁRIAS E LEVES REFEIÇÕESUma das chaves de ouro para uma boa alimentação é fazer refeições

correctamente, de preferência três vezes por dia, com outros três intervalos

para petiscar peças de fruta e produtos integrais, nada de chocolates ou

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doces. É de evitar tudo o que tenha açúcar, pois quando consumido em

excesso provoca o entupimento das artérias, afectando gravemente a

circulação sanguínea.

Ao comer, seja nas três grandes refeições ou nos momentos de snack , éimportante que os alimentos sejam mastigados correctamente, sem pressas,

porque a boa digestão está dependente de um bom trabalho de mastigação.

Se este for incorrecto, acabará por comer mais, pois terá uma sensação

ilusória de fome, uma vez que os alimentos ainda não se encontram

devidamente processados para serem digeridos, além de atrasar os tempos

de digestão, prolongando-os consideravelmente.Outro conselho peremptório a reter passa por não se deitar

imediatamente após as refeições, já que isso irá comprometer as horas de

descanso, uma vez que o organismo continuará a processar alimentos ainda

não digeridos, mantendo o estômago em actividade, o que é uma séria

ameaça ao relaxamento e, consequentemente, ao descanso.

3. EXERCÍCIO FÍSICOEsta é uma parte importantíssima para se manter em forma, pelo que

não deve ser descurada. Por isso, e para que não exista desculpas, uns

quilómetros todos os dias não custam muito e não lhe roubam assim tanto

tempo. Convide a família e torne os passeios ao final da tarde num hábito

diário. Ande de bicicleta e aproveite para conversar com os amigos ou

conhecidos, fazendo bem pela sua saúde, enquanto aproveita para “pôr a

conversa em dia”. 

Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário dar corridas

“desaforadas” todos os dias para ter uma boa forma física e a saúde de ferro

que daí advém. Uma boa caminhada, com o tempo devido, é melhor do que

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qualquer maratona com dezenas de quilómetros. Portanto, não se faça

rogado e “meta pés à obra”.