les systèmes politiques africains : les nouvelles...

26

Upload: others

Post on 26-Oct-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache
Page 2: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

LES SYSTÈMES POLITIQUES AFRICAINS

Page 3: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache
Page 4: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

BIBLIOTHÈQUE AFRICAINE

ET MALGACHE TOME 55

Dirigée par Pierre-François Gonidec

Professeur émérite de l'Université de Paris / Panthéon-Sorbonne

LES SYSTÈMES

POLITIQUES AFRICAINS 3e édition

LES NOUVELLES DÉMOCRATIES

Pierre-François Gonidec Professeur émérite de l'Université de Paris 1

Panthéon-Sorbonne

L.G.D.J

Page 5: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

DANGER u

pHtmN'tum TUE LE UVRE

@ 1997, Librairie Générale de Droit et de Jurisprudence, E.J.A. 14, rue Pierre et Marie Curie, 75005 Paris

I.S.B.N. 2.275.01529.9 I.S.S.N. 0523-493X

Page 6: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

Parus dans la même collection

Tome 1 - P.-F. GONIDEC, Les droits africains (Évolution et Sources), 2e éd., 1976. Tome 2 - J. de DREUX-BREZE, Le problème du regroupement en Afrique équatoriale, 1968. Tome 3 - A. MAHIOU, L'avènement du parti unique en Afrique noire d'expression française.

Épuisé. Tome 4 - Maurice-A. GLÉLÉ, Naissance d'un État noir, (L'évolution politique et constitution-

nelle du Dahomey, de la colonisation à nos jours). Épuisé. Tome 5 - J.-M. BIPOUN-WOUM, Le droit international africain. (Problèmes généraux - Règle-

ment de conflits). Épuisé. Tome 6 - H. VIDAL, La séparation de l'Église et de l'État à Madagascar. (1861-1968).

Épuisé. Tome 7 - M. YONDO, Dimension nationale et développement économique en Afrique noire.

(Théorie-application dans l'UDEAC). 1970. Tome 8 - P.-F. GONIDEC, L'État africain, 2e éd. 1985, en coll. avec A. BOCKEL. Tome 9 - Francis WODIE, Les institutions internationales régionales en Afrique occidentale et

centrale, 1970. Épuisé. Tome 10 - Jacques VANDERLINDEN, Introduction au droit de l'Ethiopie moderne, 1971. Tome 11 - Jacques ZUCCARELLI, Un parti politique afi-icain : l'Union Progressiste Sénéga-

laise, 1971. Épuisé. Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache. Evolution depuis l'in-

dépendance. 1971. Tome 13 - Michel VILLENEUVE, La situation de l'agriculture et son avenir dans l'économie

marocaine, 1971. Épuisé. Tome 14 - P.-F. GONIDEC, Les systèmes politiques africains, tome 1, 1971. (Voir nouvelle éd.

1978, t. 27).

Tome 15 - Michel MASSIOT, L'administration publique à Madagascar, 1971. Tome 16 - Nicole DELORME, L'Association des États africains et malgache à la Communauté

économique européenne, 1972. Tome 17 - Yves PRATS, Le développement communautaire à Madagascar, 1972. Tome 18 - Albert LEY, Le régime domanial et foncier et le développement économique de la

Côte-d' Ivoire, 1972.

Tome 19 - L. BERRADI, H. BLEUCHOT, M. CAMAU, G. DUBRAY, R. DUCHAC, B. ÉTIENNE, R. LE TOURNEAU, Y. MARTIN, H. MICHEL, J.-J. RÉGNIER, J.-C. SANTUCCI, N. SRAIEB, avant-propos de C. DEBBASCH, La formation des élites politiques maghrébines, 1973. Épuisé.

Tome 20 - Madjid BENCHIKH, Les instruments juridiques de la politique algérienne des hydrocarbures, 1973. Épuisé.

Tome 21 - Robert DOUBLIER, Manuel de droit du travail du Cameroun, 1973. Épuisé. Tome 22 - Maurice BARBIER, Le comité de décolonisation des Nations Unies, 1974. Tome 23 - P.-F. GONIDEC, Les systèmes politiques africains, tome 2, 1974, nouvelle éd. 1978

(voir t. 27).

Page 7: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

T o m e 2 4 - M a r c DUMETZ, L e d r o i t d u m a r i a g e e n C ô t e - d ' I v o i r e . 1 9 7 5 . É p u i s é .

T o m e 2 5 - M a u r i c e NKOUENDJIN YOTNDA, L e C a m e r o u n à l a r e c h e r c h e d e s o n d r o i t d e l a

f a m i l l e . 1 9 7 5 . É p u i s é .

T o m e 2 6 - A d a m o u NDAM NIOYA, L e C a m e r o u n d a n s l e s r e l a t i o n s i n t e r n a t i o n a l e s . 1 9 7 6 .

T o m e 2 7 - P . -F. GONIDEC, L e s s y s t è m e s p o l i t i q u e s a f r i c a i n s , 2" é d . ( r e m p l a c e les t o m e s 14 e t

2 3 d e l a m ê m e c o l l e c t i o n ) , 1 9 7 8 , n o u v e l l e é d . 1 9 9 7 ( t o m e 5 5 ) .

T o m e 2 8 - G e o r g e s MEISSONNIER, L e d r o i t d e s s o c i é t é s e n A f r i q u e . 1 9 7 8 . É p u i s é .

T o m e 2 9 - J e a n - M a r i e BRETON, L e c o n t r ô l e d ' É t a t s u r l e c o n t i n e n t a f r i c a i n . 1 9 7 8 .

T o m e 3 0 - A l b e r t BOURGI, L a p o l i t i q u e f r a n ç a i s e d e c o o p é r a t i o n e n A f r i q u e , 1 9 7 9 .

T o m e 31 - C h r i s t i a n HARBERLI, L e s i n v e s t i s s e m e n t s é t r a n g e r s e n A f r i q u e , 1 9 7 9 .

T o m e 3 2 - S e r g e GUINCHARD, D r o i t p a t r i m o n i a l d e l a f a m i l l e a u S é n é g a l . 1 9 8 0 .

T o m e 3 3 - R o b e r t BOURGI, L e g é n é r a l d e G a u l l e e t l ' A f r i q u e n o i r e , 1 9 4 0 - 1 9 6 9 , 1 9 8 0 .

T o m e 3 4 - M . K o u M O U E - K o F F i , L a t a x e s u r l a v a l e u r a j o u t é e d a n s l e d é v e l o p p e m e n t é c o n o -

m i q u e d e l a C ô t e - d ' I v o i r e , 1 9 8 1 .

T o m e 3 5 - H e n r i MINKO, L a f i s c a l i t é g a b o n a i s e d u d é v e l o p p e m e n t , 1 9 8 1 .

T o m e 3 6 - J e a n - P i e r r e T o s i , L e d r o i t d e s o b l i g a t i o n s a u S é n é g a l , 1 9 8 2 .

T o m e 3 7 - G u i l l a u m e PAMBOU-TCHIVOUNDA, E s s a i s u r l ' É t a t a f r i c a i n p o s t - c o l o n i a l , 1 9 8 2 .

T o m e 3 8 - K e r f a l l a YANSANE, L e c o n t r ô l e d e l ' a c t i v i t é b a n c a i r e d a n s l e s p a y s a f r i c a i n s d e l a

z o n e f r a n c , 1 9 8 3 .

T o m e 3 9 - A l e x i s GABOU, L e s C o n s t i t u t i o n s c o n g o l a i s e s , 1 9 8 3 .

T o m e 4 0 - M a u r i c e GLÉLÉ-AHANHANZO, I n t r o d u c t i o n à l ' O r g a n i s a t i o n d e l ' U n i t é A f r i c a i n e e t

a u x o r g a n i s a t i o n s r é g i o n a l e s a f r i c a i n e s , 1 9 8 6 .

T o m e 41 - R o g e r G . NLEP, L ' A d m i n i s t r a t i o n p u b l i q u e c a m e r o u n a i s e , c o n t r i b u t i o n à l ' é t u d e

d e s s y s t è m e s p o l i t i q u e s a f r i c a i n s d ' a d m i n i s t r a t i o n p u b l i q u e , 1 9 8 6 .

T o m e 4 2 - J o s e p h ISSA-SAYECH, D r o i t a u t r a v a i l s é n é g a l a i s , 1 9 8 7 .

T o m e 4 3 - M a u r i c e KAMTO, P o u v o i r e t d r o i t e n A f r i q u e n o i r e , 1 9 8 7 .

T o m e 4 4 - M a x REMONDO, L e d r o i t a d m i n i s t r a t i f g a b o n a i s , 1 9 8 7 .

T o m e 4 5 - A n d r é NEURRISSE, L e f r a n c C F A , 1 9 8 7 .

T o m e 4 6 - A l f r e d KABLAN N ' G U E S S A N , C o m m e n t a i r e d u c o d e f o r e s t i e r d e l a l é g i s l a t i o n

f o r e s t i è r e d e l a C ô t e - d ' I v o i r e , 1 9 8 9 .

T o m e 4 7 - A b d e l m o u g h i t BENMESSAOUD TREDANO, I n t a n g i b i l i t é d e s f r o n t i è r e s c o l o n i a l e s e t

e s p a c e é t a t i q u e e n A f r i q u e , 1 9 8 9 .

T o m e 4 8 - G é r a r d BRAYER, E u r o p e - T i e r s m o n d e , L o m é , u n e n o u v e l l e c o o p é r a t i o n d o u a - n i è r e ? 1 9 8 9 .

T o m e 4 9 - J e a n - P i e r r e FOGUI, L ' i n t é g r a t i o n p o l i t i q u e a u C a m e r o u n . U n e a n a l y s e c e n t r e - p é r i -

p h é r i e , 1 9 9 1 .

T o m e 5 0 - A m s a t o u SOW-SIDIBE, L e p l u r a l i s m e j u r i d i q u e e n A f r i q u e , 1 9 9 2 .

T o m e 51 - J e a n - B a p t i s t e FOTSING, L e p o u v o i r f i s c a l e n A f r i q u e , 1 9 9 5 .

T o m e 5 2 - M i c h e l - C y r DJJENA-WEMBOU, L ' O U A , à l ' a u b e d u x x f s i è c l e : b i l a n , d i a g n o s t i c e t

p e r s p e c t i v e . 1 9 9 5 .

T o m e 5 3 - P.-F. GONIDEC, R e l a t i o n s i n t e r n a t i o n a l e s a f r i c a i n e s , 1 9 9 6 .

T o m e 5 4 - C é l e s t i n M O N G A , B a n q u e s c o m m e r c i a l e s e t l ' e s p r i t d ' e n t r e p r i s e e n A f r i q u e . A

p a r a î t r e .

T o m e 5 5 - P.-F. GONIDEC, L e s s y s t è m e s p o l i t i q u e s a f r i c a i n s , 3e éd . ( r e m p l a c e le t o m e 2 7 d e l a

c o l l e c t i o n ) . 1 9 9 7 .

Page 8: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

AVANT-PROPOS

Depuis la parution de la 2e édition du présent ouvrage, l'Afrique, devenue l'épi- tomé des maux de l'humanité, s'est enfoncée, depuis les années 80, dans une crise profonde qui a suscité dans le monde et en Afrique même un nombre impressionnant d'ouvrages et d'études de tous les spécialistes des sciences sociales, à commencer par les économistes. Les politistes n'ont pas été en reste. Pour les Africains, désem- parés, le grand problème non résolu demeure : peut-on se contenter de gérer la crise ou faut-il inventer des solutions originales pour sortir de la crise et lesquelles ? L'ac- cord est loin d'être fait sur les causes et, par conséquent, sur les remèdes à la crise (1). les remèdes drastiques administrés aux grands malades par les « marabouts du développement n'ont pas toujours été appréciés ». En désespoir de cause, après un Belge, B. Lugan(2) certains Africains posent la question : faut-il recoloniser l'Afrique ?

Pour sa part, Ali Mazrui, reprenant une idée avancée dans son ouvrage « Towards a Pax Africana » paru en 1967, a proposé dans un article de l'Internatio- nal Herald Tribune du 4 août 1994, publié à Pretoria, de procéder à une recolonisa- tion bénigne (humanitaire) de l'Afrique. Cette proposition iconoclaste a déclenché la colère de ses compatriotes (3) qui ont traité le discours de cet intellectuel kényan, brillant et prolifique, de « superficiel, à caractère sensationnel et carrément malhon- nête » (4). Le ton polémique de ce débat traduit le désarroi des Africains face à une crise qui n'en finit pas.

Les divergences de vues sur le meilleur moyen de sortir de la crise viennent de ce que les observateurs n'ont pas la même approche de la situation, dont la com- plexité tient à l'entremêlement de facteurs internes et externes qui sont en relation diafectique.

Certes, il est légitime, et même indispensable, de tenir compte des facteurs externes du fait que les États africains n'évoluent pas en vase clos, mais sont reliés, de différentes façons, au monde environnant. Nous avons nous-même mis en évi-

(1) Voir par exemple S. Amin, « Aux origines de la catastrophe économique de l'Afrique », Afrique et développement, 1995, n° 3, p.5-21et A.D. 1996 nos 2 et 3.

(2) B. Lugan, Afrique, bilan de la colonisation, Perrin, Paris, 1991. p. 263 et s. (3) Voir le débat, dans le Bulletin du CODESRIA., 1995, n° 2, p.20-27, et notre article :

« Contribution au débat sur la recolonisation de l'Afrique », Afrique 2000, 1996. (4) Archive Mafeje, Bulletin précité du CODESRIA, p. 22 et n° 4, p. 16-25.

Page 9: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

dence ces facteurs externes dans un autre ouvrage (5). Mais ce serait une erreur de sous-estimer les facteurs internes, comme il serait également erroné de surestimer les facteurs externes pour expliquer la crise, et, par conséquent, pour ne rechercher les solutions qu ' au niveau international.

A juste titre, Samir Amin souligne que « l 'explication de l 'échec de l 'Afrique dans son ensemble doit mettre en œuvre toute la complexité des interactions entre les c o n d i t i o n s i n t e r n e s s p é c i f i q u e s et la l o g i q u e de l ' e x p a n s i o n c a p i t a l i s t e mondiale » (6). Il faut donc bien réintroduire les facteurs internes dans l 'analyse de la crise, c 'est-à-dire l 'État , en tant qu 'ac teur politique (7). C 'es t dire que, de nou- veau, l ' ana lyse n 'es t pas simple. L 'économis te sera naturel lement porté à mettre l 'accent sur les contradictions socio-économiques dont l 'État est le siège. Le poli- tiste, allergique à la prise en considération du système de classes, privilégiera les phénomènes politiques, ou politico-juridiques et commettra la même erreur que celui qui ne voit que l 'externe ou l ' interne, en négligeant le rapport dialectique entre ces deux aspects.

Il est donc nécessaire de s ' interroger sur les liens qui existent entre les phéno- mènes politiques et les autres phénomènes sociaux. C 'es t la méthode que nous avons exposée dans la 2e édition du présent ouvrage (p. 1-17) et que nous persistons à pen- ser juste. De même, P. Anyang Nyongo (8) a raison de souligner que « Il y a un lien direct entre le défaut de pratiques démocrat iques et la dégradation de la situation socio-économique ». « Ainsi, ajoute-t-il, développement et crise économique ne sont pas compréhensibles sans étude de la nature du pouvoir d'État, des formes de parti- cipation populaire, de l 'état de la démocratie... Il faut savoir de qui est l 'État », c 'est- à-dire savoir quel est le rapport des forces sociales, donc politiques, auxquelles est consacré le titre 1 er (p. 20-26) de la 2e édition. Nous n 'avons sur ce point rien à ajou- ter, sinon qu ' i l est plus que jamais nécessaire, comme le recommande P. Anyang Nyongo, de définir, dans chaque cas, « avec précision les rapports entre processus polit iques et processus économiques » (9).

Le retour à l 'État comme facteur explicatif de la crise justifie que nous ayons consacré, dans la 3e édition du présent ouvrage un chapitre à la crise de l 'État (cha- pitre I).

Cette crise est incontes tablement génératrice d ' u n certain nombre de maux, dont les populations africaines sont victimes et qui se manifestent sous différentes formes, y compris le recours à la violence, mais comme il arrive parfois, fort heu- reusement, du mal peut sortir le bien.

Sur le plan des idées, outre le foisonnement d 'ouvrages et d 'études consacrés à l 'Afrique, qui font honneur aux intellectuels africains, si souvent vilipendés et qui démontrent que l 'Afr ique n 'es t pas le lieu d 'un « désert de la pensée » comme le

(5) Relations internationales africaines, LGDJ, 1996. Adebayo Adedeji (Editor) Africa Within the World, Zed Books, Londres 1993.

(6) Aux origines de la catastrophe économique de l'Afrique, op.cit. p. 12. (7) S. Amin, « L'État et la question du "développement" ». Préface à l'ouvrage de

P. Anyang Nyongo, La longue marche vers la démocratie, Publisud, 1988. Voir aussi l'ana- lyse de A. Carter: The Nation-State and underdevelopment, The Third World Quarterly, déc. 1995, 595 et s.

(8) Op.cit. p. 16. (9) Op.cit. p. 17.

Page 10: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

soutient le Professeur Kamto (10), il faut men t ionne r que, s ' ag i s san t des phéno-

mènes de pouvoir, qui font l 'obje t du présent ouvrage, le const i tut ionnalisme, conçu comme une philosophie du pouvoir, destinée à le limiter dans l ' intérêt des ci toyens en faisant prévaloir le Droit sur la force (11), une évolution remarquable s 'es t pro- duite en Afrique. C o m m e l ' a montré le Professeur Kamto (12), le const i tut ionna- lisme n 'étai t pas inconnu dans l 'Afr ique précoloniale. Simplement , il était for tement imprégné de sacré, comme tous les aspects de la vie sociale. Pour leur part, les colo- nisateurs, malades d ' impérial isme, n 'ava ient pu s ' empêche r d ' in t roduire en Afr ique

leur propre conception du consti tutionnalisme, comme leur culture, leurs institutions et leur mode de production. Après avoir subi un déclin avec la dérive autoritaire des régimes politiques, le consti tutionnalisme connaît un renouveau. Nous lui consacre- rons un deuxième chapitre (chap. II).

Dans la logique de ce renouveau, les Africains ont repris leur « longue marche vers la liberté » (titre de l 'autobiographie de Nelson Mandela (13)) et font l ' expé- rience de « nouvelles démocrat ies ». Nous leur consacrerons un troisième chapitre (chap. III).

L 'Afr ique du Sud, après avoir souffert d ' u n régime de ségrégation raciale qui avait culminé avec l ' idéologie et la pratique de l 'apartheid, a entrepris ce que cer- tains appellent une « expérience audacieuse » de démocrat ie non-raciale (14). Elle fera l 'objet du quatrième chapitre (chap. IV).

L'expérience sud-africaine nous donnera l 'occas ion de revenir sur la quest ion nationale qui se pose avec acuité dans de nombreux États africains. Cette expér ience peut-elle servir, sinon de modèle, du moins de référence pour t rouver une solution qui permette aux populations diverses qui cohabitent tant bien que mal sur le terri- toire des États africains de vivre en paix et en harmonie ? C ' e s t ce que nous verrons dans le dernier chapitre (chap. V)

Paris, le 13 mai 1996

(10) M. Kamto, L'urgence de la pensé. Mandara. Yaoundé (s.d.) (11) B.O. Nwabueze, Constitutionalism in the Emergent States Hurst, Londres. 1973 (12) Pouvoir et Droit en Afrique noire, t. XLIII de la bibliothèque africaine, LGDJ, 1987. (13) Long Walk to Freedom, Macdonald Purnell, Randburg, South Africa, 1995. (14) H. Giliomee et autres, The Bold Experiment. South Africa's New Democracy . Sou-

thern Book, Western Cape, 1994.

Page 11: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache
Page 12: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

CHAPITRE I

LA CRISE DE L'ÉTAT (1)

L'Afrique est depuis quelques années un continent à la dérive. Sans doute, tous les États ne sont pas également touchés par cette situation, mais tous en sont affec- tés. Par suite, la tentation est grande de généraliser et de prendre comme champ d'analyse l'Afrique dans son ensemble, quitte à sacrifier à la tradition qui distingue (abusivement) l'Afrique du Nord et l'Afrique subsaharienne. Il est vrai qu'on ne saurait négliger l'aspiration des Africains à réaliser leur unité. Mais force est de constater qu'il y a un divorce profond entre la noblesse des phrases consacrées rituellement à l'idéal du panafricanisme et la roture des conduites des États. La réa- lité demeure, en dépit des expériences de coopération, voire d'intégration, la frag- mentation de l 'espace africain en plusieurs dizaines d 'États , jaloux de leur souveraineté et plus préoccupés de la défense acharnée de leurs intérêts nationaux que d'accorder le discours et la pratique (2).

Dans ces conditions, la source profonde du mal africain doit être recherchée au niveau des États tels qu'ils existent réellement, même si la dimension internationale des problèmes ne saurait être occultée.

Par État, nous n'entendons pas uniquement l'État au sens juridique du terme, tel qu'il est défini par le droit interne et international. Nous n'entendons pas non plus uniquement l'Etat au sens politique du terme, en tant que forme particulière du pouvoir. Nous envisageons ici l'État en tant que phénomène social, c'est-à-dire en tant que produit spécifique de la société parvenue à un stade déterminé de son évo- lution, ce qui implique la nécessité de tenir compte de la réalité concrète telle qu'elle évolue dans le temps, donc de l'histoire, en particulier du double passé de l'Afrique, précolonial et colonial.

Cela dit, il apparaît :

1. que les bases sociologiques de l'État africain sont la source de contradictions multiples qui le rendent fragile et compliquent la recherche des solutions propres à résoudre les problèmes auxquels les Africains sont confrontés.

2. que les différentes institutions qui constituent l'appareil d'État ne parvien- nent pas, faute d'adaptation aux spécificités des sociétés africaines à résoudre de façon satisfaisante ces problèmes.

(1) Nous reprenons ici, avec quelques modifications, un article paru dans la RADI, juin 1993.

(2) W. Jackson, La marche contrariée vers l'union économique, Le Monde diplomatique, mars 1996. p. 14 et notre ouvrage : Relations internationales africaines, LGDJ, 1996.

Page 13: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

Section I

LES BASES SOCIOLOGIQUES DE L'ÉTAT, SOURCES DE CONTRADICTIONS MULTIPLES

Les bases sociologiques de tout État sont l'existence d'un territoire dans des frontières « sûres et reconnues », une population dont les éléments composants aient atteint un degré d'intégration suffisante, un système économique de nature à assurer à cette population des conditions de vie acceptables et à préserver l'autonomie d'ac- tion de l'Etat sur le plan international.

Or, à ces trois points de vue, les contradictions sont telles qu'elles rendent l'État africain impotent, encore que certains se plaisent à parler d'État fort. R. Jack- son n'hésite pas à parler de quasi-États (3).

1) L'importance du territoire est attestée par l'acharnement des mouvements de libération nationale et des États qui en sont issus à s'assurer le contrôle d'un espace aussi étendu que possible, au point qu'on a pu parler de nationalisme territorial (4). Or, ce qui caractérise la situation en Afrique, ce sont de grandes inégalités entre les États et des incertitudes sur la délimitation précise des espaces qui leur sont propres.

Résultat du découpage de l'espace africain tel qu'il a été réalisé par les puis- sances coloniales, les inégalités concernent aussi bien l'étendue du territoire que sa position dans l'espace (États enclavés et donc sans mer territoriale ni zone écono- mique ou, éventuellement, plateau continental) et surtout l'importance des res- sources naturelles.

Ces disparités produisent des effets contradictoires. D'une part, au nom de la solidarité africaine exprimée dans l'idéologie du panafricanisme, est proclamée la nécessité de mettre fin au morcellement de l'Afrique et donc de faire disparaître les inégalités en regroupant dans de vastes ensembles les États bien dotés et les États défavorisés. Du coup, d'ailleurs, la position des États africains ainsi regroupés se trouverait renforcée vis-à-vis du monde extérieur. Mais d'autre part, au plan de la pratique, les États les mieux pourvus ne montrent guère d'empressement à céder la moindre parcelle de leur espace ou bien tentent de tirer parti de leur situation privi- légiée pour s'ériger en puissance dominante dans telle ou telle sous-région. Cette seconde tendance est à la source de tensions, voire de conflits, et contribue ainsi, non seulement à détériorer les relations interafricaines, mais aussi à affaiblir les États engagés dans des luttes d'influence (5).

De surcroît, les États africains n'ont pas tous des frontières « sûres et recon- nues ». Dans tous les cas, l'espace attribué à l'État issu des processus de décoloni-

(3) R. Jackson, Quasi-States. Sovereignty, International Relations and the Third World, Cambridge Univ. Press, 1990.

(4) Tran Van Minh, « Le nationalisme territorial » in : Actualité de la question nationale, PUF, 1980, p. 33 et s.

(5) W. Jackson, op.cit. et sa thèse soutenue à Paris VII en 1993 et consacrée au compor- tement du Cameroun au sein de l'UDEAC. Apollinaire Kyelem. Limites et perspectives des intégrations économiques en Afrique : le cas de la CEAO, Nord-Sud XXI. 1992. n° 1. PI 13 et s. S. Amin et autres, SADC. Prospects for Disengagement and Development in Southern Africa, Zed Books, Londres, 1987. Voir le traité de 1992. RADI, juin 1993.

Page 14: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

sation est celui des entités (États protégés, colonies, territoires sous mandat) admi- nistrées par les États coloniaux. Pour éviter toute contestation, la conférence de l'OUA adopta en 1964 le principe de l'intangibilité des frontières. Comme l'affir- mait avec force Modibo Keita : « L'unité africaine exige de chacun de nous le res- pect intégral de l'héritage que nous avons reçu du système colonial, c'est-à-dire le maintien des frontières actuelles de nos États respectifs ». Fort sagement, certains États ont parfois conclu un accord confirmant leur acceptation de l'héritage colonial et conférant ainsi aux frontières tracées par l'État colonial une valeur juridique cer- taine (6). En revanche, certains États, comme le Maroc par exemple, n'ont pas accepté le principe de l'intangibilité des frontières (7) et ont fait valoir des droits his- toriques sur des espaces voisins (cas du Sahara occidental) (8). D'où des conflits d'autant plus aigus que ces mêmes espaces sont également revendiqués soit par un État voisin, soit par un mouvement de libération nationale qui recherche une assise territoriale.

Même lorsque le principe de l'intangibilité des frontières n'est pas contesté, tous les problèmes ne sont pas résolus. En effet, il arrive que les États coloniaux n'ont pas toujours cru bon de délimiter, ni en droit, ni en fait, les frontières de leurs possessions. Dès lors, la voie est ouverte à des différends qui, à défaut de règlement par la voie diplomatique ou juridictionnelle, dégénèrent facilement en conflits armés, surtout lorsque les espaces convoités ont une valeur stratégique en raison de leur position ou recèlent des ressources naturelles importantes (ressources en eau, ressources minières ou halieutiques). Ces conflits peuvent encore être aggravés par l'existence de minorités situées de part et d'autre de la frontière (9).

Le problème territorial est ainsi lié au problème démographique.

Ici encore, il faut relever de grandes inégalités en ce qui concerne l'importance de la population rattachée aux différents États. Ces inégalités peuvent aussi être des facteurs d'instabilité. Dans la mesure où le grand nombre peut être un facteur de puissance, il risque de susciter des réactions de défense de la part des États peu peu- plés et nuire à la cause de l'unité africaine. Surtout, le rapport défavorable entre la population et les ressources disponibles peut être à l'origine de flux migratoires importants. Lorsque pour différentes raisons, les étrangers sont mal tolérés, le risque est grand de susciter des réactions xénophobes et de déboucher sur des expulsions massives (10).

Surtout le phénomène majeur, du point de vue démographique, est l'insuffi- sante intégration de la population rattachée aux différents États, quelle que soit la signification attribuée au terme « intégration ». La plupart des États africains sont, en fait, confrontés à la question nationale (infra chap.V). Pour des raisons histo-

(6) Voir les exemples cités dans l'Encyclopédie juridique de l'Afrique, vol. 2, p. 75 et s. (7) Voir l'ouvrage de A. Benmessaoud Tredano, Intangibilité des frontières et espace éta-

tique en Afrique, LGDJ, 1989. (8) Abd. Berramdane, Le Sahara occidental, Karthala, 1992. (9) Jeune Afrique, 13-19 oct. 1994, Afrique. Faut-il redessiner les frontières ? Sur le

conflit entre le Sénégal et la Mauritanie à propos du fleuve Sénégal, voir R. Parker, The Sene- gal-Mauritania Conflict of 1989, JMAS, 1991, n° 1 et les études parues dans Afrique contem- poraine, 2e trimestre 1990.

(10) S. Ricca, Migrations internationales en Afrique, L'Harmattan, 1990.

Page 15: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

riques, ces États possèdent une population hétérogène, composée de groupements divers qualifiés de peuples, d 'e thnies ou de minorités (11). Quelle que soit la déno- mination retenue, le problème auquel les États africains doivent faire face est de sus-

citer l ' émergence d 'une conscience nationale, susceptible d 'empor ter l 'adhésion de tous à l 'Etat de rattachement. Faute d 'avoir pu résoudre ce problème, les États se t rouven t conf ron tés à des confl i ts , parfois ex t r êmemen t violents , l ' ob jec t i f des rebelles étant dans certains cas de faire sécession. M ê m e le Sénégal dont J.R. de Benoist affirme qu ' i l « a la chance d 'être une nation » a été le théâtre de violences

générées par la volonté de certains mouvements politiques en Casamance de séparer cette région du territoire national (12). Au moins dans un cas (Erythrée), les rebelles sont parvenus à obtenir la reconnaissance d 'un État, avec la bénédiction de l 'OUA, alors que cette organisation avait dénié au Biafra le droit de faire sécession. Ironie du sort, l 'Afr ique du Sud, condamnée pour sa politique d 'apartheid a su, semble-t-il, trouver une solution à un problème compliqué par l 'existence sur un même sol, non seulement d 'ethnies, mais aussi de races différentes, dont l 'une est la race conqué- rante et dominante, (infra chap. IV et V).

Reste enfin la base économique de l 'État, constituée par l 'état des forces pro- ductives et la nature des rapports sociaux. C 'es t sans doute à ce niveau que le mal est le plus profond. Au delà des indépendances, l 'Afr ique porte le poids d 'un double passé, précolonial et colonial, qui continue de peser sur les comportements. Nulle part, il n ' y a eu de rupture véritable avec ce passé, quel qu 'a i t pu être le type de régime soc io-économique et poli t ique adopté (13). Tous attachés à leur indépen- dance, parfois conquise de haute lutte, les États africains ont été exposés pendant toute la période où les relations internationales étaient dominées par les rivalités des supe r -pu i s sances , à des in te rven t ions (14) dont le moins q u ' o n puisse dire est qu 'e l les n 'on t pas aidé les États africains à devenir des États réellement indépen- dants et à éliminer, conformément à la charte de l ' O U A (art.2) « sous toutes ses

formes le colonial isme en Afr ique » (15). Sans doute, au niveau du discours, les États africains ont parfai tement saisi l 'enjeu défini par A. Benachenou (16) à propos du plan d 'act ion de Lagos. « Le choix est entre une Afrique souveraine, contrôlant ses ressources naturelles, organisant son développement de manière indépendante, s 'ouvrant à la coopérat ion lorsque celle-ci se révèle fructueuse pour les partenaires, ou une Afrique ouverte aux intérêts étrangers, pillée de ses ressources naturelles, où on continuera à compter dans l 'avenir les pays les moins avancés du monde et la pauvreté la plus scandaleuse ». Dix ans après, l 'histoire a tranché. Dans un monde devenu unipolaire, après l 'effondrement des régimes qui s 'intitulaient socialistes, les États africains, soumis aux pressions des institutions financières internationales et des bailleurs de fonds, ont dû se soumettre et mettre en œuvre des politiques écono-

miques dictées de l 'extérieur. A propos des fameux programmes d 'a justement struc-

(11) Cf. Jeune Afrique, 13-19 oct 1994, L'incontournable tribalisme. (12) Cf. Afrique contemporaine, 4e trim. 1991. (13) Voir la 2e édition du présent ouvrage, LGDJ, 1978. (14) P.F. Gonidec, L'OUA, Karthala, 1993. (15) Voir P.C.W. Gutkind et I. Wallerstein (Eds) Political Economy of Contemporary

Africa, Beverley Hills, Sage, 1976 et M.Shaw et Olajide Aluko, The Political Economy of African Foreign Policy, Gower, 1984.

(16) Afrique et développement, 1982, nos 1-2. et notre ouvrage : Relations internationales africaines, LGDJ, 1996, p. 105 et s.

Page 16: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

turel, imposés aux États africains, un professeur du Massachusset ts Institute o f Tech- nology a pu écrire « M ê m e en réalisant de gros efforts d ' a jus tement , les pays ne

retombent p a s sur leurs pieds en courant ; ils tombent dans un trou » (17). Désor- mais, les Etats africains n ' o n t plus le choix. Bon gré, mal gré, ils sont contraints d 'adhérer au système de l ' économie libérale, donc de s ' in tégrer de plus en plus au système économique dominant et de subir la loi du marché libre qui est l ' un des piliers de l ' a j u s t emen t structurel . Pou r autant , les nouve l les or ien ta t ions écono- miques n ' on t pas réussi à arrêter la dérive du continent africain. M ê m e si la Banque mondiale délivre ici et là des satisfecit, félicitant les bons élèves c o m m e le Ghana ,

force est de constater que l ' a jus tement structurel a des coûts sociaux élevés, le résul- tat étant que les riches sont plus riches et les pauvres plus pauvres (18). Le principal r e sponsab l e é c o n o m i q u e p o u r l ' A f r i q u e à la B a n q u e m o n d i a l e a dû l u i - m ê m e avouer : « Nous ne pensions pas que les coûts humains de ces p rog rammes (d 'a jus- t emen t s t ructure l ) se ra ien t auss i é l evés et les ga ins é c o n o m i q u e s auss i len ts à venir ». Dans le même temps, la conférence sur la populat ion et le développement , réunie au Caire du 5 au 13 sep tembre 1994, incr iminai t la c ro i s sance démogra - phique, rendue responsable de tous les maux de la planète. Après l ' a jus tement struc- turel, l ' a jus tement de la fécondi té ! (19) En at tendant , les inst i tut ions f inancières internationales favorisent le développement des cultures d 'expor ta t ion, génératrices de recettes, nécessaires au pa i emen t de la det te et des impor ta t ions de p rodui t s manufacturés tandis que l 'agriculture vivrière est négligée. Le résultat est que des pays naguère auto-suffisants du point de vue alimentaire sont devenus des importa- teurs de vivres. Ainsi R. Hirsch nous dit que le Sénégal importe les 4/5 du riz qu ' i l consomme (20). Au Nigeria, le coût des importat ions en vivres était passé de 0,4 bn. de naïras en 1976 à 2,3 bn. en 1987, dont 2,0 bn. pour le riz seul.

Incapables de résoudre par eux-mêmes les problèmes économiques auxquels ils sont confrontés, les États africains tentent une nouvel le fois de s 'un i r en créant en

1991 une c o m m u n a u t é é c o n o m i q u e af r ica ine qui devra i t vo i r le j o u r après une période de transition de 34 ans. Reste que si le traité créant la communau té marque un progrès sur le plan jur idique et que si les divergences idéologiques tendent à dis- paraître avec avec le retour des brebis égarées au bercail capitaliste, les situations économiques et par suite les intérêts varient d ' u n État à l 'autre (21). Les nouvel les structures parviendront-elles à vaincre les réticences, voire les résistances de certains

États à mettre en œuvre une politique économique fondée sur l 'object i f d 'autosuff i - sance et l ' idée de développement endogène et auto-entretenu ?

Les auteurs du traité de 1991 ont été parfai tement conscients q u ' u n e solution satisfaisante des problèmes économiques requiert une « part icipation populaire au développement », ce qui soulève la question de l ' ensemble des institutions compo- sant l 'appareil d 'É ta t et dont il est reconnu qu 'e l les sont en crise.

(17) Cité par Walden Bello et Shea Cunningham, « Comment soumettre les peuples du Sud aux lois du marché », Le Monde diplomatique, sept. 1994.

(18) Aderanti Adepoju (Ed.), The Impact of Structural Adjustment on the Population of Africa. The Implications for Education, Health and Employment, Heinemann, Londres 1993.

(19) et . J.M. Ela, « Développement et "diversion" démographique », Le Monde diplo- matique, sept. 1994.

(20) Politique africaine, mars 1990, p. 25. (21) Cf. Ph. Hugon, « Quels avenirs économiques pour l'Afrique ? », Afrique contempo-

raine, 2e trim. 1988, et l'Economie de l'Afrique, La Découverte, 1993.

Page 17: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

Section II LA CRISE DES INSTITUTIONS

La crise des institutions affecte d'abord les formes d'État.

Elle concerne ensuite l'ensemble des structures qui devraient, d'un point de vue idéal, permettre aux citoyens soit d'exercer directement le pouvoir, soit d'en contrô- ler l'exercice pour sauvegarder leurs droits légitimes.

1. Les formes d ' É t a t

Depuis les indépendances - et même avant, les Africains sont à la recherche d'une forme d'État adaptée aux réalités des sociétés africaines, marquées par leur double passé, précolonial et colonial, et influencés par ce qu'il est convenu d'appe- ler la modernité des sociétés contemporaines. A l'évidence, l'échec des tentatives faites pour trouver, sinon une forme idéale d'État, du moins une forme aussi adaptée que possible aux réalités sociologiques est un des facteurs essentiels de la crise de l'État et, par suite, du pouvoir, (infra chap. V)

Le fait incontournable est l'extrême diversité - non seulement de l'Afrique considérée dans son ensemble - mais aussi des États eux-mêmes. Cette diversité ne

résulte pas uniquement de la présence sur un même territoire d'ethnies - voir de races - différentes que l'histoire a sans doute parfois contribué à rapprocher grâce aux métissages, physiques et culturels, mais qui conservent malgré tout leur identité propre. Parfois aussi l'histoire a contribué à renforcer les différences et à créer des oppositions d'autant plus fortes qu'elles s'alimentent à des phénomènes d'hégémo- nie.

Cet aspect du problème, abordé sous l'angle du tribalisme, n'est pas le seul à prendre en considération. La diversité résulte aussi d'un certain nombre d'inégalités régionales (22) qui contribuent d'ailleurs à exacerber les oppositions ethniques. Ces inégalités (économiques, sociales, culturelles) sont en partie imputables à la façon dont l'aménagement de l'espace a été conçu et largement perpétué après les indé- pendances. A la limite, lorsque les populations prennent conscience du fait que la perpétuation des disparités régionales est tolérée par les gouvernants, la tentation est grande, pour les régions défavorisées, de lever l'étendard de la révolte, (voir la Casa- mance, par exemple).

Quelle que soit l'importance de la diversité existant dans les États africains, il n'en reste pas moins que l'unité doit être sauvegardée sous peine de voir l'Etat, tel qu'il est né de la décolonisation, disparaître. Autrement dit, la forme d'Etat doit avoir pour finalité de concilier diversité et unité. Pour ce faire, deux formules sont possibles : le fédéralisme ou la décentralisation administrative.

De façon générale, le fédéralisme, sous la fonne d'un État fédéral, a été un échec (23). Soit l'État fédéral (Mali par exemple) a cessé d'exister, chaque État

(22) Voir P.F. Gonidec, L'État africain, 2e éd., p. 111-113. (23) Ibid. p. 147 et s. et infra chap. V.

Page 18: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

fédéré devenant un État souverain. Soit l 'État fédéral a évolué vers l 'Éta t unitaire

(Congo-Léopoldvil le, actuel Zaïre, ou Cameroun, par exemple). Soit encore (cas du Nigéria), l 'Etat fédéral comporte une forte dose d 'uni tar isme et survit à grand peine en raison de l ' intrusion des militaires sur la scène politique (24).

De même la confédération d 'Éta ts qui préserve la souveraineté des États confé- dérés a été un échec. La Sénégambie, regroupant le Sénégal et la Gambie , n ' a vécu

que dix ans, de 1981 à 1991 (25).

Les causes de l 'échec du fédéralisme sont multiples. Sans exclure l ' in tervent ion de facteurs extérieurs, ces causes doivent être recherchées au niveau des relations

complexes tissées au cours de l 'histoire entre l 'Éta t (en tant que structure), les socié- tés qui en constituent le substrat sociologique et le pouvoir politique. En bref, ce qui est en cause, ce sont les caractéristiques fondamentales des formations sociales afri- caines. Un État fédéral peut dif f ic i lement survivre lorsque, au n iveau des unités fédérées, se manifestent des tensions, voire des conflits, entre les tenants de l 'o rdre

établi et ceux qui entendent le remettre en cause. Ainsi, l ' éc la tement de la Fédéra- tion du Mali, favorisé par la France, fut provoqué par l 'opposi t ion des Sénégalais (Senghor et Gueye) au « progressisme » de Modibo Keita, Président de l 'Éta t fédé- ral et à sa volonté de prendre ses distances par rapport à la France. De même, les dif- ficultés du Nigéria sont largement imputables à l 'opposi t ion des États du Nord, très conservateurs, et ceux du Sud, largement intégrés au sys tème capitaliste, dont ils entendent bien tirer les bénéfices.

A ces raisons d 'o rd re socio-économique et les renforçant s ' a joute le fait que l 'autorité fédérale, le plus souvent symbolisée par un seul personnage, civil ou mili- taire, développe généra lement une idéologie favorable à l ' ex is tence d ' u n pouvoi r fort et centralisateur, ou invoque les nécessités de la construction nationale au sens large de l 'expression, ce qui vise à la fois les tâches du déve loppement et la forma- tion d 'une conscience nationale.

Le fédéra l i sme écarté, la fo rme de l 'É t a t uni ta i re dev ien t p r é d o m i n a n t e en Afrique. Reste que l 'État unitaire peut s ' a ccommoder d ' une décentralisation plus ou moins large. Or, pour différentes raisons (26), la mise en œuvre d ' une polit ique de décentralisation se heurte à un certain nombre de difficultés. En outre, les dirigeants africains, sous le prétexte de promouvoir l 'uni té nationale en construisant un État fort, ont préféré opter pour la centralisation. Il y a aussi une concordance entre la nature des rég imes pol i t iques autori ta ires , voire d ic ta tor iaux et la fo rme d 'É ta t .

Comme le remarquait Alexis de Tocqueville « la centralisation administrative.. . peut donc concourir admirablement à la grandeur passagère d ' un homme, non point à la prospérité d ' un peuple ». En effet, qui dit centralisation dit absence de part icipation populaire à la prise des décisions et à leur applicat ion au niveau local. Par suite,

(24) Nwabueze, Federalism in Nigeria, Londres 1993, et Kaniye S.A. Ebuku, « Nigeria's New Constitution for the Third Republic », RADI, oct. 1993, p.581-608.

(25) Cf. B. Omole, « L'éclatement de la Sénégambie », Année africaine. 1989, p.277 et s. et la thèse d'Armand-Prévost, Bordeaux, 1970 (sur la Gambie).

(26) Cf. P.F. Gonidec, L'État africain, 2e éd. p. 286 et s. et l'Annuaire du Tiers Monde, vol. VIII. Série d'études sur la démocratie locale. Voir pour le Maroc l'étude de D. Basri, L administration territoriale : l'expérience marocaine, Dunod. 1988 et l'article de Abd Raou- nak dans la Revue juridique et politique. mai-sept. 1994.

Page 19: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

l 'Etat unitaire centralisé, en dépit de sa prétention à tout régenter, favorise la ten- dance d ' une large partie de la population, située loin des villes, à se détourner de lui

et à se replier sur les formes de vie traditionnelles. D ' o ù l 'apparition d 'une écono- mie dite informelle qui échappe aux statistiques. D 'où une crise de la légitimité de l 'État. La question posée par Th. Michalon : Quel État pour l 'Afrique ? (27) reste d ' a c t u a l i t é . N o u s r e v i e n d r o n s sur ce po in t à p r o p o s de la ques t i on na t iona le (chap. V).

2. L e s s t r u c t u r e s p o l i t i q u e s

Du point de vue idéologique, les gouvernants africains, y compris les militaires, ont constamment tenu un langage de type populiste (28). Ceci veut dire que, selon le discours officiel, le peuple dans son ensemble devrait être au centre des phénomènes de pouvoir, être l ' inspirateur suprême et le bénéficiaire de l 'action politique.

Ce type de d iscours apparaî t dans toutes les const i tut ions c o m m e dans les déclarations ou les écrits des gouvernements africains. De là découlent sur le plan juridique les principes de la souveraineté populaire ou de la souveraineté nationale ou une combinaison des deux ainsi que leurs corollaires : suffrage universel, institu- tions représentatives et parfois referendum.

La pratique a révélé que le peuple qui avait effectivement joué un rôle décisif pendant les luttes de libération nationale a été assez rapidement marginalisé ou pure- ment et s implement éliminé de la scène politique. Dès la première édition du présent ouvrage paru en 1974, nous avions qualifié ces systèmes de dictatures bourgeoises néocoloniales pour les États ralliés au capitalisme et de dictatures nationalistes bour- geoises pour les États àorientation socialiste. Dans le premier cas, les gouvernants, issus de la bourgeoisie locale (économique et/ou administrative), éventuel lement alliée à l 'ancienne classe dominante (aristocratie) se contentaient de tenter d 'arbitrer entre des intérêts qui étaient loin d 'ê t re identiques, mais qui convergeaient sur un poin t : l ' u t i l i sa t ion du sys tème au prof i t des classes dominan tes (é t rangères et locales) et au détr iment du peuple. Dans le second cas, les gouvernants affichaient la volonté d 'assurer l ' indépendance de l 'État (d 'où le qualificatif de nationaliste), mais la bourgeoisie et particulièrement la petite bourgeoisie bureaucratique dont l ' impor- tance augmentai t avec le développement du secteur public, conservait une position dominante, le peuple étant tenu en marge du système. Quatre ans plus tard, dans la 2ème édition de cet ouvrage, nous avions de nouveau relevé le divorce profond entre la noblesse des phrases et la roture des conduites en relevant les différents symp- tômes de la dérive autoritaire des régimes politiques africains. En 1986, dans un col- loque que nous avions organisé à Dakar, les problèmes de la démocratie dans les États du Tiers Monde et particulièrement en Afrique avaient fait l 'objet de commu- nications et de débats qui allaient dans le même sens (29).

(27) Titre de son ouvrage paru aux éditions de l'Harmattan en 1984. Voir aussi son article dans le Monde diplomatique de nov. 1993.

(28) Voir la 2e éd. du présent ouvrage, p. 155 et s. (29) Cf. Annuaire du Tiers Monde vol.IX.

Page 20: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

Au delà du constat, dont les éléments ont maintes fois été mis en lumière, se

pose le problème des causes de cette évolution des régimes polit iques qui avaient commencé à s ' accoutumer à la conception européenne de la démocrat ie sous la pres- sion des mouvements de libération nationale et qui, par la suite, s 'é ta ient affranchis

des principes pour lesquels ils avaient cependant combattu.

On a souvent incriminé le mimét isme constitutionnel, c 'es t-à-dire la tendance

des Africains à t ransposer sur leur propre sol des modèles empruntés à des États (coloniaux notamment) dont les structures socio-économiques et les traditions sont

complètement différentes. Ainsi, dans une étude récente (30), A. de Raulin, après avoir mis en év idence le « m i m é t i s m e cons t i tu t ionnel » (à r approche r du « féti- chisme consti tut ionnel » dénoncé par M. Glélé) à propos de la Guinée , invite les Africains à « inventer leurs propres insti tutions et sortir du "mimé t i sme consti tu- tionnel" occidental ». Ce type d 'expl icat ion demeure quelque peu artificiel car il ne prend en considération que l 'aspect formel du problème. Or, en bonne méthode, on ne peut isoler les p h é n o m è n e s ju r id ico-po l i t iques des p h é n o m è n e s soc io-écono- miques et culturels. Les uns et les autres consti tuent une unité indissociable. Ceci veut dire qu 'on ne peut se contenter de mettre en évidence les caractérist iques des fondements juridico-polit iques de l 'État sur lesquels on peut légi t imement s ' interro- ger. Il faut s ' interroger aussi sur la nature sociale de l 'État. Plus précisément , quelles sont les forces sociales (et politiques) qui occupent dans l 'Éta t la posit ion dominante et sont donc capables d ' inf luencer de façon décisive l 'act ion polit ique ? Finalement, de qui (ou à qui) est l 'État issu des luttes pour l ' indépendance ?

Pour répondre à cette question fondamentale, il est nécessaire de faire appel à l 'histoire. Elle seule permet de comprendre la complexi té des sociétés africaines et les contradictions multiples qui les habitent.

Contrairement à une opinion très répandue, le phénomène étatique n 'é ta i t pas inconnu en Afr ique avant la péné t ra t ion européenne . Il t raduisa i t l ' ex i s t ence de classes sociales fondées sur l 'appari t ion d ' u n mode de product ion particulier, quali- fié d 'asiat ique ou de tributaire (31). Selon la définition donnée par M. Godel ier (32), l 'essence de ce mode de production était « l ' exis tence combinée de communautés pr imi t ives où règne la possess ion c o m m u n e du sol et organisées , pa r t i e l l emen t encore, sur la base de rapports de parenté et d ' un pouvoi r d ' É t a t qui expr ime 1' unité réelle ou imaginaire de ces communautés , contrôle l ' u sage des ressources écono- miques essentielles et s ' app ropr i e directement une partie du travail et de la produc- t ion des c o m m u n a u t é s q u ' i l d o m i n e » ( sou l igné par l ' au t eu r ) . Cet te dé f in i t i on montre qu ' i l y avait une coïncidence entre la classe dominante , symbolisée par trois personnes : le noble, le guerrier et le saint, et la classe dirigeante (appareil d 'État) .

La pénétration européenne en Afrique a eu pour résultat d ' y introduire le mode de production capitaliste sans que, pour autant, ce nouveau mode de production ait fait disparaître l 'ancien mode de production. Mais, devenu dominant , il a eu pour conséquence, non pas de faire disparaître, mais de désagréger les rapports sociaux de

(30) A. de Raulin, « Réflexion sur les institutions futures de l'Afrique », Revue juridique et politique, mai-sept. 1994, p. 126 et s.

(31) Cf. P.F. Gonidec, / État africain, LGDJ. lre éd. et E. Terray, L'État contemporain en Afrique, L'Harmattan, 1987.

(32) Sur le mode de production asiatique, Ed. Sociales, 1969, p. 49-50.

Page 21: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

type précapitaliste et de faire apparaître le type de classes sociales propre au système capitaliste et qui amorce un processus de t ransformation des sociétés africaines.

A côté des bourgeoisies étrangères dominantes, on voit apparaître une bourgeoisie (au sens économique du terme) africaine. On voit aussi apparaître un salariat, la classe ouvrière étant peu nombreuse en raison de la faiblesse de l ' industrialisation et

la major i té des t ravai l leurs appar tenant au secteur tertiaire (commerce , banque, transports, administration). C 'es t précisément dans ces classes et couches sociales

nouvelles que se recruteront les contestataires du système colonial, puis les artisans de sa destruction.

Ainsi, l 'État colonial a légué à l 'Afr ique - une Afrique qui a conservé jusqu 'à nos jours certaines caractéristiques de l 'époque précoloniale (ethnies, religions, cul- tures) - non seulement le mode de production capitaliste et avec lui un embryon, plus ou moins développé selon les États, d ' un système nouveau de classes sociales, mais aussi à travers les systèmes d 'éducat ion et d ' information, un certain type de culture et, sur le plan juridique, un certain type de système juridique et d 'appareil d 'Éta t en particulier, qui sont ceux des États européens. C 'es t l ' image imparfaite de

l 'É ta t colonial , une image qui n ' a pas été construi te par une bourgeois ie locale ascendante, mais par une bourgeoisie étrangère qui l ' a transmise aux Etats nouveaux avec l 'assent iment des nouveaux gouvernants.

Après les indépendances, en dépit des tentatives faites ici ou là de rompre avec le système hérité du passé, la configuration des forces sociales, et donc politiques, n ' a pas connu de modif icat ion substantielle. Comme le constate Ph. Hugon (33), après avoir souligné que « le poids de l 'histoire est essentiel pour comprendre les spécificités actuelles des économies africaines », « malgré leurs profondes transfor- mations, les économies africaines sont restées, sauf rares exceptions, dominées par l ' économie de plantation ou l 'économie minière ». Si la bourgeoisie métropolitaine a perdu la maîtrise juridique de l 'appareil d 'État , elle n ' a pas pour autant perdu sa capacité d ' inf luence, en raison de sa position dominante dans l 'économie. Surtout, la conquê te de l ' appa re i l d ' É t a t par les nat ional is tes a placé la petite bourgeois ie bureaucratique civile ou (et) militaire, dans une position stratégique. La multiplicité des tâches incombant à l 'État nouveau explique que le contrôle de l 'appareil d 'État confère au polit ique une autonomie relative. Celle-ci permet aux gouvernants de j o u e r un rôle de média t ion entre les bourgeois ies é t rangères et les bourgeois ies locales, dont les intérêts pour être convergents n ' en sont pas moins distincts. Grâce à eux, les bourgeoisies étrangères peuvent continuer à consolider leurs positions car elles sont pourvoyeuses de capitaux et de techniques, même si celles-ci ne sont pas toujours adaptées aux besoins des sociétés africaines. Dans le même temps, une cer- taine place peut être faite à la bourgeoisie locale, notamment au niveau des petites et moyennes entreprises, tandis que la petite bourgeoisie au pouvoir peut tranquille- ment se procurer les moyens de se donner une base économique grâce au capitalisme d 'État .

Cette configuration des forces sociales, et donc politiques, explique la dérive des régimes poli t iques africains dans les années suivant les indépendances et les réactions qui ont suivi lorsque les exclus du système ont tenté de s 'y faire une place.

(33) L'économie de l'Afrique, La Découverte, 1993, p. 21.

Page 22: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

La doub le fai l l i te , s o c i o - é c o n o m i q u e et po l i t ique , de l ' A f r i q u e a d é c l e n c h é un double mouvement qui a fait surgir un retour à la démocrat ie et une ex igence de déve loppement , les deux é tant liés dans l ' i d é o l o g i e d o m i n a n t e (34). C o m m e le remarque le Professeur S.C. Nana -S inkam « la prévalence de la démocra t ie n ' e s t rien d 'autre q u ' u n e réponse à la crise de l 'Éta t et à la crise du déve loppement éco- nomique » (35).

Pour l ' instant, quel que soit le résultat des changements intervenus au cours des dernières années, sous la double pression des institutions f inancières internationales et des bailleurs de fonds et comme conséquence des luttes internes pour le pouvoir , parfois contrôlées, ou du moins étroi tement surveillées (36) de l 'extérieur, le pro- blème reste posé : quelle démocrat ie pour quel déve loppement ? A u c u n e réponse claire n ' a été jusqu ' ic i apportée à cette question. Sans aller j u s q u ' à affirmer, c o m m e le fait M. Tshiyembe (37) que « dans sa forme actuelle, la démocrat isa t ion est un processus belligène destiné à priver de la victoire finale peuples, cultures et civilisa- tions », force est de reconnaître que l ' i ssue de la lutte entre les forces de changement et les forces de conservation demeure incertaine. Force est aussi de constater que le monde paysan, pourtant majoritaire, demeure peu ou pas impliqué dans les proces- sus de démocratisat ion en cours.

Il n ' en reste pas moins que, sur le plan des idées, on a pu assister en Afr ique à un retour en force du consti tutionnalisme, ce qui, d ' une certaine façon, amène les Etats a f r ica ins à r e n o u e r avec une t r ad i t ion p r é c o l o n i a l e , e n c o r e que , dans ce domaine comme dans d 'autres , les influences internationales ont for tement marqué les Africains.

(34) P.F. Gonidec, « Démocratie et développement en Afrique », Afrique 2000, juillet- août-sept., 1993, p. 49-59.

(35) Afrique 2000, juill.-août-sept. 1993, p.73. (36) Voir pour le Gabon l'article de G. Fitouri : Paix des braves à Paris, J A 6-12

oct. 1994.

(37) « Résistances actuelles à la démocratisation en Afrique : mystification et réalités » Afrique 2000., n° 14.

Page 23: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache
Page 24: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

CHAPITRE II

L'ÉVOLUTION DU CONSTITUTIONNALISME (1)

Dans la conception classique, telle qu'elle est exposée dans les manuels de droit constitutionnel, le constitutionnalisme est considéré comme un moyen de limiter le pouvoir des gouvernants. Par suite, il est associé à l'apparition de mouvements constitutionnels (ou constitutionnalistes) (2) qui ont débouché sur la formation d'un droit constitutionnel dont André Hauriou (3) dit que sa naissance et son développe- ment « se localisent de façon très précise dans le temps et aussi dans l'espace ». Il parle à ce sujet d'« invention occidentale ». La section II du Chapitre II de l'intro- duction est intitulée « Les liens entre les thèmes fondamentaux de la civilisation occidentale et les caractéristiques majeures du droit constitutionnel ».

Une telle conception implique que le constitutionnalisme n'aurait pu exister en Afrique avant la pénétration européenne et, plus précisément, avant la colonisation. En fait, le constitutionnalisme y est un phénomène ancien qui a, naturellement, varié selon le temps et l'espace, deux dimensions qu'il est toujours nécessaire de prendre en compte pour étudier les problèmes africains, quels qu'ils soient. Il va de soi que la colonisation avait modifié les données du problème et que l'influence persistante du monde extérieur sur les États issus des processus de libération perdure (4). Il convient donc pour avoir une vue générale des constitutionnalismes africains, de dis- tinguer trois grandes périodes : précoloniale, coloniale et postcoloniale.

Section I LA PÉRIODE PRÉCOLONIALE

Les constitutionnalismes précoloniaux ont eu des caractéristiques différentes selon la nature des sociétés africaines.

A juste titre, lorsqu'il parle du mouvement constitutionnel classique, A. Hau- riou (5) a soin d'analyser à la fois les données sociologiques et les données juri-

(1) Ce chapitre est repris, avec quelques modifications, d'un article paru dans la Revue juridique et politique, janv.-avril 1996.

(2) Voir par exemple M. Prélot, Précis Dalloz, 2e éd. p. 282 et s. (3) Manuel de droit constitutionnel, Ed. Montchrestien, 1975. (4) Voir notre ouvrage : Relations internationales africaines, LGDJ, 1996, 2e partie (5) Op.cit. p. 167.

Page 25: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

C'es t donc à une œuvre de reconstruction nationale que les Libériens, enfin réconciliés, devront se livrer avec l 'aide, qu 'on espère désintéressée, des États fortu- nés.

Les effets pervers de l ' intervention de l ' E C O M O G au Liberia, comme l'inter- vention malheureuse des N U en Somalie sous l ' impulsion des EUA et l 'échec des tentatives de règlement des conflits Burundais et Rwandais invitent à réfléchir sur les moyens de régler les conflits internes (114).

L 'échec de l 'opérat ion somalienne et le désengagement des EUA qui l ' a suivi a ramené l ' a t tent ion vers le règlement des conflits africains par les Africains eux- mêmes.

De Mitterand à Chirac, en passant par Balladur, la France a apporté son soutien à la création d ' une force africaine capable d ' intervenir rapidement en Afrique pour mener des opérations de maintien de la paix.

De même, la Grande-Bre tagne , par la voix de John Major, s ' adressant aux députés d 'Afr ique du Sud le 20 septembre 1994, a eu l 'occasion de montrer son inté- rêt pour la création « de cellules régionales de maintien de la paix ».

Les E U A ont aussi montré leur soutien à de telles initiatives en soutenant l 'ac-

tion de certaines O N G dont l 'activité concerne la paix et en votant le 19 septembre 1994 l 'Afr ican Conflict Act qui accorde à l ' O U A une aide de 25 millions de dollars destinés aux organisations sous-régionales impliquées dans des opérations de main- tien de la paix (115). En décembre 1994, les EUA ont offert 1,5 millions de dollars pour le Fonds pour la paix de l 'OUA. Ces engagements cadrent bien avec la poli- tique américaine de désengagement des conflits africains qui ne mettent pas en cause ses intérêts nationaux (économiques ou stratégiques).

En Afrique même, les États membres de l ' O U A n 'on t pas cessé depuis la fon- dation de l 'Organisat ion de parler de la mise en place d'institutions de maintien de la paix, pour arriver à la conclusion, lors de la conférence d 'Harare, en janvier 1995, que la c réa t ion d ' u n e force pe rmanen te de l ' O U A est irréalisable. Sans doute, l 'Afr ique dans son ensemble a un potentiel militaire important, encore que toutes les forces existantes ne soient pas disponibles pour des opérations de maintien de la paix (116). Les militaires africains ont aussi une certaine expérience des opérations de maintien de la paix en Afrique et hors d 'Afr ique (117) et d ' interventions mili- taires destinées à soutenir ou à déstabiliser tel ou tel régime ou tel ou tel État (118).

Mais surtout, le problème est celui de la capacité de « placer la force de main- tien de la paix au bon endroit et au moment voulu, comme de la soutenir quand elle a été déployée » (119). Autrement dit, il faut résoudre les problèmes de logistique et

(114) Cf. G. Cleaver et R. May, Peacekeeping : the African Dimension, RAPE, dec. 1995, p. 485-497 et T. Woodhouse, Prospects of African Conflict Resolution, Ibid, juin 1996, p. 129-137.

(115) Africa Research Bulletin, oct. 1994. (116) Voir pour le Tchad l'étude de F. Henry-Labordere dans RIS, automne 1996, p. 121

et s. (117) W.A. déc. 1994. (118) Cf. May et Hughes, Military Armies on Loan. S. Baynham (Ed.), Military Forces

and Politics in Black Africa, Croom Helm, Londres 1986. (119) G. Cleaver et R. May, op.cit. p. 488.

Page 26: Les systèmes politiques africains : les nouvelles démocratiesexcerpts.numilog.com/books/9782275015293.pdf · Tome 12 - Victor GASSE, Les régimes fonciers africains et malgache

de transport. De ce point de vue, les États africains sont dans la dépendance des puissances extérieures, ce qui réduit considérablement leur autonomie d 'action.

Restent aussi les problèmes politiques qui ne sont pas les moindres : décision d'intervenir, détermination du type d ' intervention, définition du manda t de la force

d' intervention, composi t ion de la force, commandement , f inancement , etc.

La prat ique pol i t ique montre qu ' i l y a une évolut ion dans la percep t ion des conflits africains. En dépit des principes de souveraineté et de non intervention, une certaine doctrine se dégage en faveur de la légalité d ' in te rven t ions humani ta i r e s

(120). Cependant, l ' accord est loin d 'ê t re fait. Des voix se sont élevées contre l 'ut i - lisation du concept d ' in tervent ion humanitaire dans des buts polit iques (121).

En réalité, l ' intervention humanitaire soulève deux problèmes distincts, parfois

confondus. L 'un est purement jur idique : ce type d ' in tervent ion a-t-il un fondement dans le droit in ternat ional posi t i f , généra l ou/e t af r icain , que l l e s que so ien t ses sources : traités, coutume, etc. L 'autre est politique : l ' in tervent ion est-elle légit ime

et sur quoi la légitimité peut-elle être fondée ? Ce qui est légit ime peut-il just if ier des entorses à la légalité ? D ' u n point de vue juridique, l ' in tervent ion humani ta i re ne trouve aucun fondement jur idique certain dans le droit positif, c o m m e l 'on t démon- tré de façon surabondante certains internationalistes africains entre autres (supra) .

Pou r reprendre le cas de l ' i n t e rven t ion de l ' E C O M O G au Liber ia , qui est devenu un cas d 'école (122), A.D. Mindaoudou a fort bien montré que cette inter- vention ne trouvait aucun fondement dans le protocole de 1981. D ' u n e part, ni les textes relatifs à la charte de l ' O U A ni ceux qui concernent la C E D E A O n 'autor isent expressément la création de forces d ' interposi t ion en cas de conflit interne. D ' au t r e part, les procédures prévues par ces textes n ' ava ien t pas été respectées. En outre, l ' examen des résolutions adoptées par le conseil de sécurité montre que si ce dernier a soutenu le règlement pacifique du conflit, « à aucun moment , le conseil de sécurité n ' a autorisé l ' emploi de la force au Liberia » (123). Enfin, l ' E C O M O G est assez rapidement devenue, non plus une simple force de maint ien de la paix, mais une force combattante au service d ' une des parties en conflit.

Faute de base légale, l ' intervention ne peut alors être justifiée que par des rai- sons extra-légales, politiques plus que juridiques, qui mettent au premier plan la pro- t e c t i o n des p o p u l a t i o n s v i c t i m e s d ' u n c o n f l i t i n t e r n e et , d ' u n p o i n t de v u e stratégique, la sécurité des États voisins. Les pratiques polit iques seraient le signe d 'un droit en train de se faire qui vient apporter une limitation à la souveraineté de l 'État. Pour l 'heure, le droit d ' ingérence humanitaire est un droit « aux fondements incertains, au contenu imprécis et à géométrie variable » (124).

(120) Cf. O. Rambotham et T. Woodhouse, Humanitarian Intervention in Contemporary Conflict, Cambridge Polity Press, 1996. Bill Bowring, The « droit et devoir d' ingerence », a Timely New Remedy for Aft-ica ? RADI, oct. 1993, p. 493-510,

(121) V. l'article de M. Chemillier-Gendreau dans le M.D. janvier 1994 et ceux de Wem- bou dans la RADI, 1992, vol. 5, p. 570-592, de Sayeman Bula-Bula, Ibid. 1994, vol.6. p. 14- 44 et de Essombe, Ibid. 1993.

(122) RADI. juin 1995. p. 257 et s. (123) Mindaoudou, op.cit. p. 276. (124) Wembou, Afrique 2000, oct.-nov.-déc. 1992.