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ChACun DE noS CliEntS méRitE unE AttEntion uniquE.

DirectorPedro António

Director de redação Frankelim AmArAl

Director cultural Adélio Amaro

Propriedade e Edição

Sede 97 avenue Emile Zola, 75015 Paris

Contactostél. Comercial : 06 63 78 17 13 tel. informação: 06 08 91 15 50

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Journalistes accrédités auprès de l’UNESCO

ColaboradoresGuida Amaral, lucia lopes, Angélique David-Quinton,

manuel moreira, Susana Alexandre, mario Cantarinha, manuel do nascimento,

maria Fernanda Pinto, Diana Bernardo, Sabrina Simões, luís Gonçalves, José luís Peixoto, isabel Alves,

isabel meyrelles, Cristina Branco, Fabio Jesus, teresina Amaral, inês oliveira

Portugal Magazine é uma publicação mensal gratuita

Agence de Presselusa

ISSN2105-7761

INPI 16/4311957

Tiragem15.000 exemplares

todos os direitos reservados

os textos assinados são da responsabilidade dos autores e não reflectem, necessariamente,

a opinião da revista.

A revista bilingue da comunidade portuguesa em França

COlAbOrE NA POrTUgAl MAg!A Portugal magazine está aberta à colaboração.

Colabore enviando artigos, crónicas, textos associativos ou ligados às artes em geral. Para submissão de textos, deve--se enviar um e-mail para [email protected] com o nome completo do autor e uma foto. Se você é fã de algum assunto ou gosta de escrever, envie-nos seus artigos e atinja

mensalmente mais de 50 mil leitores !

Dias mais longos e quentes, es-planadas cheias depois dum dia de trabalho, roupas ligeiras, são estes alguns detalhes que nos fazem sentir que as tão merecidas férias de verão estão à porta ! Qual o emigrante português que não sonha voltar ao nosso querido Portugal para matar todas as saudades acumuladas ao longo do ano ?

Depois do 25 de abril, o 10 de junho representa também uma data importante no calendário da história de Portugal, nesse dia comemora-se o dia de Portugal, mas também do ilustre poeta Camões e das Comuni-dades Portuguesas, dia feriado em Portugal e conhecido no tempo da ditadura de Salazar como o “Dia de Camões, de Portugal e da raça” em que eram homenageadas as Forças Armadas.

E como todos os anos, é no mês de junho que decorre os eventos cul-turais com maior participação da co-munidade portuguesa de França, o primeiro é a festa anual de Pontault Combault organizada pela associa-ção APCS e que terá lugar nos dias 3 e 4 no “Parc de l’Hôtel de Ville”. Entrada gratuita e ao programa este ano diversos concertos com grandes artistas como lucenzo, marco Paulo, nemanus, rui Bandeira e Johnny entre outros artistas presentes.

E logo a seguir chega a festa da rádio Alfa no dia 18 na “Base de loisirs de Créteil” com a presença este ano de tony Carreira, Bonga, Katia Aveiro e não só. Aproveite estas datas para sair e levar toda a sua família divertir-se ao som de boa música, boa gastronomia e descobrir diversas actividades.

Em destaque também o 21 de junho, primeiro dia de Verão e também festa da música, vários e diversos concertos estão previstos nos principais bares e restaurantes portugueses afim de reunir a nossa comunidade. não perca a oportuni-dade de se sentir em Portugal.

nosso destaque este mês vai para a apresentação, dia 22 de junho no Consulado Geral de Portual em Pa-ris, da obra « i Colectânea de Poesia lusófona em Paris », editada pela Portugalmag Edições. Para nós é um grande orgulho porque, apesar da editora ter apenas um ano, já percorremos uma longa caminhada com a publicação todos os meses duma obra, e também nos sentimos orgulhosos pela adesão massiva nes-ta colectânea de mais de 80 autores oriundos de vários paises onde se fala a língua de Camões. Fica aqui o convite para dia 22 no Consulado de Portugal de Paris.

Boa leitura.

Pedro Antóniodiretor

FrAnkelim AmArAldiretor de redAÇÃo

www.portugalmag.fr • Junho 2017Índice4

Preservar e divulgar a lusofonia em França

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I Colectânea de Poesia Lusófona em Paris será apresentada

no Consulado de Paris

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La Banque BCP et les réseaux sociaux : proximité et réactivité

ACPV na Festa da Europa em Vincennes

Thomas Brazete luso-descendente fez parte do elenco da peça ‘Les Peintres au charbon’

PS quer criar museu nacional da emigração e a sua história ensinada na escola

A associação « Gaivota » continua a marcar lugar na cultura

Nelson Freitas em concerto no Olympia

Novo Magazine Geminações pretende formarelo de ligação entre Portugal e França

Duas Artes em viagemCristina Maria Fadista e Escultora

Feira do Livro e Festa Lusófona Laços 2017

« S » premier album solo de Sirando

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ABP realiza jantar no Salão do Turismo e Imobiliário Português

Casinha Portuguesa… um cantinho de Portugal, em Thiais

Portugal é vice-campeão do mundo de surf

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Benfica é tetracampeão

Vilar Formoso, vila fronteiriça onde muitas lágrimas aqui ficaram

6ª Edição do Salão do Imobiliário e Turismo Português, acolheu 200 expositores e recebeu 16

mil visitantes, em Paris

Mariza, a voz que se escuta com o coração, a emoção

de sentir a saudade no fado

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Alunos da Académie de Fado actuaram no Théâtre

Ménilmontant, em Paris

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Elsa Lopes a présenté à Paris sa nouvelle collection «Amour»

5Junho 2017 • www.portugalmag.fr Communiqué de presse

Preservar e divulgar a lusofonia em França

la Banque BCP et les réseaux sociaux : proximité et réactivitéla Banque BCP, entreprise du groupe BPCe, continue sa transformation digitale et renforce sa présence sur les réseaux sociaux avec trois nouveaux comptes : instagram, twitter et linkedin.

ils sont plus de 31 millions d’internautes actifs sur Facebook, 26 millions sur Youtube, 14 millions sur twitter, 12 millions sur instagram et 10 millions sur linkedin en France. les réseaux sociaux sont aujourd’hui un canal incontournable de communica-tion et un moyen efficace de répondre aux exigences de proximité des clients. Forte de ce constat, la Banque BCP mo-dernise son image de banque traditio-nnelle en investissant sur un nouveau modèle de communication : les réseaux sociaux.

D’abord présente sur Youtube (2010) et Facebook (2015), la Banque BCP a ouvert le 24 mai dernier son compte instagram. Un lancement pré-vu depuis plusieurs semaines et très attendu par les collaborateurs de la banque.

Ce réseau social permet d’éditer et de partager des photos et des vidéos depuis un Smartphone essentiellement. Cette application représente pour les entreprises, un taux d’engagement 58 fois plus élevé que sur Facebook et 120 fois plus élevé que sur twitter. « Etre présent sur instagram était une éviden-ce pour nous. l’image reste aujourd’hui l’un des meilleurs moyens de faire pas-ser un message et surtout une émotion. » exprime noémie ramos, Directrice de

la Communication de la Banque BCP.la Banque BCP a également lancé

récemment son compte twitter qui re-cense à ce jour près de 300 abonnés. « nous devions absolument être présent sur twitter ! il est l’un des réseaux fa-voris des français après Facebook. » confie Sophie Fernandes, Community manager de la Banque BCP, arrivée dé-but 2017. Elle ajoute : « En s’abonnant, les clients peuvent notamment suivre l’actualité bancaire, découvrir nos nou-velles offres, partager nos engagements et revivre nos événements comme l’inauguration de la nouvelle agence de nice ou dernièrement le concert de ma-riza que nous avons sponsorisé. »

la présence de la Banque BCP va

au-delà de Facebook, twitter et insta-gram. le mois dernier, elle a lancé sa page entreprise sur linkedin. Une page dans laquelle l’actualité des secteurs banqueassurances, immobiliers, finan-ciers et rH y est partagée. Une autre opportunité pour l’entreprise d’ouvrir le dialogue avec ses clients, ses pros-pects, ses collaborateurs ou encore ses futurs candidats.

toutefois, avec près de 5000 abon-nés, Facebook est aujourd’hui la pla-teforme de prédilection de la Banque BCP pour échanger avec ses clients. ré-pondre à n’importe quel moment de la journée, de façon personnalisée, c’est le mot d’ordre de la banque.

« nous devons nous adapter aux nouveaux usages et au rythme des in-ternautes qui sont aussi nos clients ou nos futurs clients, pour communiquer avec eux dans un esprit de proximité. » explique Jean-Philippe Diehl, Président du Directoire de la Banque BCP.

Fini les clichés austères de la banque d’autrefois ! la Banque BCP regorge de collaborateurs créatifs et de projets innovants qu’elle compte bien faire découvrir à ses abonnés. Au-delà des nombreuses actions de mécénat et par-tenariat qu’elle accompagne, la Banque BCP ouvre les coulisses d’une entrepri-se dans l’ère du temps !

Festa da Rádio Alfa 2017 – Bilhetes à venda nos balcões CGD França.

No âmbito da Parceria Oficial CGD França na Festa da Radio Alfa, que terá lugar em Créteil no domingo dia 18 de Junho, estão à venda os bilhetes nos balcões da Sucursal de França da CGD.

Preço preferencial de 15 euros até sábado, dia 17 de Junho nas agências CGD França.

Entrada gratuita para as crianças com menos de 10 anos de idade.

Lista das agências: www.cgd.fr

www.portugalmag.fr • Junho 2017Communiqué de presse6

Preservar e divulgar a lusofonia em França

Jean-PhiliPPe Diehl, Tiago MonTeiro eT Thierry alvaDo

la Banque BCP sponsorise le pilote tiago monteiro !

la Banque BCP est sponsor du pilote de course portugais tiago monteiro pour les championnats du monde de WtCC 2017.

C’est aux Salons de l’Aéro-Club de France à Paris que le pilote a officialisé ce partenariat. tiago monteiro prêtera également son image pour le lancement de la nouvelle offre en assurance auto-mobile de la Banque BCP.

le mercredi 3 mai 2017, tiago mon-teiro a signé un contrat de sponsoring avec la Banque BCP aux Salons de l’Aéro-Club de France à Paris, pour la saison 2017 des championnats du mon-de de WtCC. C’est en présence de tous les managers du pôle commercial que l’ancien pilote de F1 a annoncé être fier de compter la Banque BCP parmi ses alliés.

Plus qu’un contrat de sponsoring, cette relation de partenariat s’appuie sur des valeurs communes aux deux parties telles que la performance et l’excellence. Jean-Philippe Diehl, Président du Direc-toire explique : « Pour nous c’est un hon-neur d’être le sponsor officiel de tiago monteiro. il a un palmarès impression-nant, à ce jour il est le seul portugais à être monté sur un podium en F1 et compte à son actif 80 podiums et 28 victoires. C’est une belle référence à laquelle on aime s’identifier. »

Dans le cadre de ce partenariat, tiago monteiro associe également son image à la nouvelle offre d’assurance auto BPCE--A commercialisée par la Banque BCP à partir du mois de juin. « tout est parti d’une simple discussion entre amis. le championnat du monde de WtCC s’imbriquait parfaitement avec le lance-ment de la nouvelle campagne auto de la Banque BCP. rapidement nous avons conclu un accord et aujourd’hui je le compte parmi mes partenaires, un spon-sor lusofrançais, comme moi ! » confie le pilote de course.

A 40 ans, tiago monteiro est

aujourd’hui l’un des meilleurs pilotes au monde dans la catégorie WtCC (FiA World touring Car Championship). le pilote natif de la ville de Porto, au Por-tugal, cumule plus de 10 catégories di-fférentes à son actif dont le FiA WtCC, Porsche Cup ou encore Formule 1. il a participé aux 24h du mans, Champ Car et World Series By nissan. tiago mon-teiro

enchaîne les défis et devient un des pilotes les plus complets de sa généra-tion, remportant plusieurs prix interna-tionaux. Depuis 2002, année de son sa-crement en tant que pilote professionnel, tiago monteiro enchaîne les victoires et devient le premier et seul pilote portu-gais à gravir un podium de Formule 1. Entre 2005 et 2006, il se place 4 fois dans le top 10 et bat plusieurs records: 16 Grands Prix terminés consécutivement, battant le record de Jackie Stewart, mais également celui de michael Schumacher dans le record de nombre de tours com-plet en une année : 1125 tours plus pré-cisément.

la Banque BCP et tiago monteiro comptent bien décrocher ensemble un maximum de victoires!

gilDas leCoq

ACPV na Festa da europa em VincennesA associação “l’Amicale de la Communauté Portugaise de Vincennes” (ACPV) esteve presente na edição deste

ano da Festa da europa, que se realizou no passado dia 13 de maio, na Place de la mairie, em Vincennes.

Um evento anual, repleto de acti-vidades que recebe todos os anos um público ansioso por descobrir as dife-

le Maire à vinCennes

rentes culturas das associações locais, diferentes, todos os anos.

Vários espectáculos, exposições, ani-mações, concertos e outras actividades, preencheram o dia de festa deste ano, que centrou as atenções para a Alemanha.

no dia da festa, os membros da ACPV marcaram presença, onde con-fraternizaram com vários rostos conhe-cidos do mundo da política local, como laurent lafon, le maire de Vincennes e Gildas lecoq, o candidato para as elei-ções legislativas de Vincennes.

Um dia produtivo para a ACPV, que fortaleceu os laços com os dirigentes lo-cais, somando pontos para uma relação sustentável do meio associativo.

lembre-se que, no ano passado, a Festa da Europa em Vincennes vestiu as cores de Portugal. Um momento im-

portante para a divulgação da cultura e das tradições portuguesas, que esti-veram em destaque durante todo o dia.

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www.portugalmag.fr • Junho 2017Salão8

Preservar e divulgar a lusofonia em França

6ª edição do Salão do imobiliário e turismo Português, acolheu 200 expositores e recebeu

16 mil visitantes, em Paris

Este ano, com um recorde de exposi-tores. Duas centenas de expositores, de A a Z, no que diz respeito ao mundo do imobiliário e do turismo - imobiliários, construtores, arquitectos, designers, fi-nanciadores, saúde, consultores, agentes de turismo e outros ramos semelhantes.

De acordo com os dados da CCiFP, em comunicado à Portugal magazine, es-tima-se que o valor de investimento feito em Portugal, após esta última edição do Salão, seja de 350 milhões de euros.

Carlos Vinhas Pereira, o presidente da CCiFP, salientou em comunicado que “o momento que vivemos na relação económica, comercial e investimento, entre França e Portugal é de facto único. As grandes dúvidas dos agentes envol-vidos, empreendedores e investidores em particular, são: quais as oportuni-dades ainda existentes e quanto tempo durará a ‘moda Portugal’ em França? ninguém tem a resposta exacta a estas questões”, afirma.

refere ainda que a missão da Câmara de Comércio e indústria Franco-Portu-guesa, mais do que procurar a resposta, passa por aproveitar “ao máximo o inte-resse em Portugal, estimá-lo para que se estenda o mais tempo possível, e durante o mesmo procurar colocar em destaque a diversidade das oportunidades exis-tentes, para fazer chegar o investimento e as iniciativas empresariais a sectores de

actividade, concelhos e zonas do país me-diaticamente mais desfavorecidas”.

Um trabalho que tem sido feito ao longos dos anos, onde os resultados apontam para o sucesso desta missão. “o Salão desde 2014 que atrai cada vez mais investidores e empreendedores. Se actualmente o tivéssemos de classifi-car, diríamos que é um salão de destino e de investimento para profissionais e particulares. A presença da Comunida-de intermunicipal de Coimbra, com os

vários municípios que a compõem, mas igualmente da margem sul de lisboa, da madeira, Valpaços, idanha-a-nova, nazaré reflecte o esforço e a vontade de dar a conhecer as oportunidades que es-tes oferecem e alargar as possibilidades para o investimento vindo de França”, explica o presidente da CCiFP.

o Salão do imobiliário e turismo Português é apenas um ‘ingrediente’, no seio de uma receita vasta, para a confec-ção de um ‘produto final’ comum. “A nossa acção para a promoção do em-preendedorismo e do investimento em Portugal não se esgota num só evento. Durante todo o ano promovemos for-mações sobre como criar a sua PmE em Portugal. Em dois anos, recebemos cer-ca de 100 potenciais empreendedores que aprenderam as grandes linhas da abertura de uma empresa em Portugal, condições e obrigações sociais e fiscais, boas práticas, organismos a contactar. A formação teve um papel determinante na fase de maturação dos respectivos projectos, transmitindo as informações necessárias para a fase em que se encon-travam, mas igualmente transmitindo uma dose de confiança ao empreende-dor. o road show que organizamos em Setembro acaba por levar a outros pon-tos de França como lyon, lille, nantes, Bordéus, esta promoção e informações”, concluiu.

A Câmara do Comércio e da indústria Franco-Portuguesa (CCiFP) levou a cabo mais uma edição do Salão do imobiliário e turismo Português, até Paris.

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www.portugalmag.fr • Junho 2017Música10

Preservar e divulgar a lusofonia em França

nuno esTevens

Alunos da Académie de Fado actuaram no théâtre ménilmontant, em Paris

“Há Fado na Academia” foi o con-certo de final de ano dos alunos da

A Academia do Fado é uma escola de música dedicada à aprendizagem da guitarra portuguesa, da viola de Fado e do canto.

Abriu portas em Abril de 2014 e hoje acolhe cerca de 40 alunos.

Académie de Fado de Paris/Vincen-nes, que decorreu no passado mês de maio, no théâtre ménilmontant.

na guitarra portuguesa, os alunos mathilde Van den Broek, Frédéric Guerra, Artur matos, André Alves e Edgar Afonso.

na viola, João Filipe Vieira e lau-rent Anique. Estes acompanharam, incansavelmente, as vozes dos cole-gas de Academia, do início ao final do concerto.

As vozes que deram vida aos vá-rios temas apresentados foram, a de

thibault Deguillaume , linda mer-gulhão, Elisa Alves, martine troeira,

valérie Do CarMo

11Junho 2017 • www.portugalmag.fr Música

Preservar e divulgar a lusofonia em França

teresa rodrigues, Sophie Paula, ma-rie-thérèse Fleury, Carla Pinto, José dos Santos e Filomena lopes.

Um espectáculo da inteira respon-sabilidade dos alunos da Academia, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, onde tiveram o auxí-lio/participação dos professores.

num ambiente acolhedor, os fa-distas foram recebidos com elevado ânimo pelo público e bem aplaudi-dos após cada actuação.

Sob os olhares atentos e orgulho-sos dos professores da Academia, os alunos que fizeram parte deste con-certo tinham uma missão, a conquista do ‘à vontade’ em palco e o ‘enfrentar dos medos’ ao cantar em público. ter-minado o espectáculo, o sentimento foi de dever cumprido por ambas as partes, pelos docentes e discentes.

nuno Estevens, professor de vio-la e membro fundador da Academia, explicou à Portugal magazine a na-

tureza da Académie de Fado. “É um projecto inédito a nível mundial. mes-mo em Portugal temos poucas escolas de Fado. não há um método de apren-dizagem concreto. o Fado é aprendido na rua e nas casas de Fado. Portanto, abrir uma escola de Fado para dar apoio a quem se interessa, é complica-do. E fazê-lo em França é ainda mais complicado. temos uma grande ba-talha com a língua. Às vezes as aulas de canto transformam-se em aulas de português. E isto demonstra bem a for-ça e o carácter deste incrível produto que temos em Portugal, o Fado”.

mostrou-se ainda bastante satis-feito com a prestação dos seus alu-nos. “isto é feito a pensar nos alunos, para lhes por um desafio… um bó-nus especial, para terem a possibili-dade de aparecer e sentir a pressão do público. E estou certo que alguns vão continuar e fazer o Fado aqui em Paris, e dar continuidade ao nosso

trabalho quando formos embora”, explicou.

Valérie do Carmo, a presidente da Académie du Fado salientou que a Academia está de portas abertas para todos, independentemente da naturalidade. “A maior parte tem al-guma ligação com Portugal. ou são luso-descendentes, ou já gostavam de Fado. Depois também temos alunos franceses que gostaram do Fado por irem a lisboa, ou porque se apaixona-ram pela língua e pela cultura e vêm ter connosco para aprender também”.

A presidente da Académie do Fado partilhou o sentimento de sa-tisfação, no final do espectáculo. “os alunos estiveram em palco sozinhos, contando com aquilo que pode sair bem… e mal também. As dificulda-des fazem parte. tudo isto faz parte do Fado, este sentimento de partilha e alegria”, concluiu.

www.portugalmag.fr • Junho 2017Teatro12

Preservar e divulgar a lusofonia em França

thomas Brazete luso--descendente fez parte do elenco da peça ‘les Peintres au charbon’

A peça de teatro “les Peintres au charbon” esteve em cena no théâtre 13/Seine, em Paris.

thomas Brazete, filho de pais por-tugueses, fez parte do elenco desta encenação, que conta a história ver-dadeira do “Ashington group”.

Uma peça inglesa de lee Hall, e Billy Eliot como cenarista, que conta a história de um grupo de mineiros ingleses nos anos 30, onde todas as semanas esse mesmo grupo recebia apoio de diferentes professores (eco-nomia, biologia...) através do sindi-cato da mina.

Um dia, dada a falta do docente de economia, o único que podia vir era um professor de História da Arte, que tentou ensinar a este povo a arte de maneira clássica. Daí o nome da peça, que nasceu através da expres-são “faça-o, pinte!”, dita pelo profes-sor aos ‘alunos’.

os mineiros começam a pintar, e a peça conta a evolução deste grupo que, através da arte, cresce e se abre para o mundo.

trata-se de uma peça inteligente, cómica que levanta muitas questões sobre a arte e o lugar da classe popu-lar neste mundo.

A Portugal magazine esteve à conversa com thomas Brazete, que deu vida ao papel de Georges, o Dele-gado Sindical do grupo.

Quais são as tuas ligações com Portugal? Conta-nos um pouco o teu percurso pessoal.

tenho 25 anos, nasci em Suresnes no 92. o meu pai é de Folgosinho (Guarda) e minha mãe de Guimarães. tenho uma grande ligação com Por-tugal! os meus pais e os meus avós transmitiram-me a cultura portugue-sa, faz mesmo parte da minha iden-tidade.

Depois de sair do colégio, fiz es-tudos profissionais para tirar o meu BAC, mas desde pequeno sempre quis ser actor, por isso, depois de ter o meu diploma, entrei no Cours Flo-

rent para a escola de teatro. tudo isto sem os meus pais saberem, pois não sabia a reacção que eles iriam ter. Co-mecei a fazer trabalhos para pagar a escola e só no segundo ano é que fiz o meu coming out teatral, eles viram--me a representar e compreenderam que esse era o meu caminho.

Como entraste para o mundo do teatro?

o mundo do teatro é um mundo fechado, uma família, é difícil che-gar e ter um lugar. Ainda mais difícil quando não tens um nome conheci-do, mas a paixão deve ser mais for-te que isto tudo, e se não fazes parte dessa família, tens que criar uma com gente que gostas e foi o que eu fiz, na escola.

A escola não é só um lugar para aprender, é um lugar para criar rela-ções, o mais importante é aprender a conhecer a gente, porque é uma pro-

fissão onde as ligações humanas são muito importantes.

Por isso, no último ano criamos uma companhia teatral o “Collectif la Cantine” que juntou muitos acto-res talentosos do Cours Florent, e que nos deu a oportunidade de criar pro-jectos juntos. Foi assim que cheguei a entrar neste mundo.

Quais são os próximos projectos que tens em vista?

Primeiro, estamos a combinar da-tas de turné para a peça “les Pein-tres au Charbon”, depois vai haver a saída do filme de Cristina Pinheiro “menina” com nuno lopes e Beatriz Batarda, onde tive a sorte de encar-nar o filho deles.

Vou agora a Portugal porque tam-bém tenho projectos lá. tive a opor-tunidade de entrar na agência de ac-tores “Hit management”, em lisboa, este ano.

Uma mensagem para a comuni-dade portuguesa em França?

Penso que é primordial que a co-munidade portuguesa aqui em Fran-ça vá ao teatro. tenho uma grande afeição por esta comunidade, mas penso que há um perigo… que esta comunidade se feche sobre ela mes-ma e fique a ser demasiada ‘comuni-tária’.

Por isso é que eu penso que é importante continuar a ver o que se passa no mundo cultural francês, e sobre tudo, o nosso povo tem que fa-zer parte desta cultura.

Assim é que o mundo nos vai po-der conhecer. Somos ainda desconhe-cidos, a imagem do português ainda esta cheia de clichés em França.

temos que ir para o mundo mu-dar isto, temos grandes capacidades, não podemos ter medo porque temos grandes valores a partilhar e uma grande cultura para dar a conhecer.

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www.portugalmag.fr • Junho 2017Concerto14

Preservar e divulgar a lusofonia em França

mariza, a voz que se escuta com o coração, a emoção

de sentir a saudade no fado

o patrocinador oficial deste evento foi o Banco BCP, somando assim mais um ponto na missão de apoio e divul-gação da cultura portuguesa, na comu-nidade lusófona.

na plateia, uma moldura humana gigantesca e ansiosa por ouvir cantar o fado, pela grande voz portuguesa, que cantou e encantou.

Uma multidão composta por portu-

mais de três mil e quinhentas pessoas assistiram, no passado dia 29 de Abril, ao grande concerto da fadista mariza, no Palais des Congrès, em Paris.

gueses e franceses, transformou o am-biente da sala num misto de emoções. De um lado, um povo orgulhoso e com saudade do seu país, e de outro, a no-vidade e a expectativa de ouvir um es-tilo musical diferente, que conquistou os ouvidos de todos.

A recepção da cantora foi tão ca-lorosa quanto a emoção que carregou durante o concerto. Entre lágrimas e

sorrisos, lembranças e saudade, foram várias as vezes que a plateia se levan-tou e aplaudiu mariza, e os seus acom-panhantes.

Além da música, a cantora conquis-tou o público pelo contacto e diálogo, com portugueses, cabo-verdianos e franceses.

na recta final do concerto, a fadista e os acompanhantes cantaram sem o

15Junho 2017 • www.portugalmag.fr Concerto

Preservar e divulgar a lusofonia em França

auxílio dos aparelhos electrónicos, que amplificam o som. Sem microfone, nem colunas… e os guitarristas com um pé sobre uma cadeira, cantaram o fado, re-cordando os tempos em que começou a cantar na tasca da mouraria.

Apesar do tamanho, a voz de ma-riza, mesmo sem microfone, percorreu toda a sala, criando um momento úni-co e cheio de emoção, para ambas as partes do palco.

no final, enquanto cantava o tema “oh Gente da minha terra”, a fadis-ta percorreu a sala, proporcionando, mais uma vez, um momento mágico, para todos os que a admiram e iam cumprimentando, acenando e regis-tando o momento em fotografia.

no final, e como de costume, ma-riza convidou o público a terminar o concerto “em festa”, para “recarregar energia” dos fados carregados de emo-ção.

o fotógrafo oficial do concerto foi Philippe martins, que tem marcado presença nos grandes eventos da co-munidade portuguesa.

A Portugal magazine esteve à con-versa com José Antunes, diretor da empresa Dyam Produções, entidade responsável pela organização do es-pectáculo.

Enquanto responsável pela Dyam, qual é o balanço que faz deste espec-táculo? Qual foi a sensação de ver a casa cheia?

Este espectáculo foi uma grande responsabilidade e um grande desa-fio para nós, representou meses de trabalho para que tudo corresse pelo melhor. Felizmente o público esteve presente e deu mais uma vez a enten-der que gosta de receber espectáculos de alta qualidade na capital francesa. A sensação de ver a casa cheia é aquilo que nos motiva, aquilo que nos con-forta na ideia de que estamos a fazer um trabalho importante para a cultura Portuguesa e para o público. resumi-damente, é um orgulho poder apresen-tar espectáculos assim.

A aposta no fado, para um povo com saudade, é quase garantida. Mas para o público francês… O fado, tam-bém os conquistou?

Devido às nossas raízes, o fado faz parte de nós, e é fonte de saudade para todos os Portugueses no mundo. mas para manter a chama do Fado acesa, é necessário trazer a Paris o que de melhor se faz, esta é a chave do coração do pú-blico Português. Por outro lado, o público Francês tende cada vez mais em perceber esse nosso sentimento de “saudade” e aprecia ouvir as músicas que de facto fa-zem bater o coração dos Portugueses.

Tendo sido a Dyam fundada em Paris, organizar estes eventos em Pa-ris têm um “sabor especial”?

o objectivo inicial da DYAm foi permitir a realização de espectáculos Portugueses em França, trazendo ar-tistas de qualidade para um público

cada vez mais exigente. o bom decor-rer de todos os eventos que realizamos em Paris transmite-nos um sentimento de missão cumprida, e isso tem sem-pre um sabor muito especial.

Qual foi o espectáculo que mais o marcou pessoalmente?

Felizmente, todos os concertos que tenho organizado são grandes momen-tos, pois tenho trabalhado com artistas excepcionais, não posso dizer que um em particular me marcou mais que os outros. mesmo assim, tenho de dizer que a minha primeira realização no olympia (tony Carreira, 16 de Janeiro de 2000) foi um momento inesquecível. Para além disso, a homenagem a Amá-lia rodrigues foi para mim um mo-mento de emoção dado que não tive oportunidade de trabalhar com ela. o concerto de nelson Freitas no olympia dia 27 de maio será o meu 20º concerto nesta mítica sala e será sem dúvida um momento marcante.

Quais são os próximos espectácu-los que têm na agenda, em território francês?

A agenda de espectáculos está em constante actualização, o que é bom si-nal, mas podemos já afirmar que Paris será o palco de actuação de grandes no-mes da música Portuguesa como Carlos Do Carmo, Pedro Abrunhosa, Ana mou-ra, tony Carreira e outros mais que vão ser anunciados nas próximas semanas.

Fotos: Philippe martins

www.portugalmag.fr • Junho 2017Emigração16

Preservar e divulgar a lusofonia em França

PS quer criar museu nacional da emigração

e a sua história ensinada na escola

Fazer pedagogia junto da socieda-de portuguesa sobre a importância da emigração para o nosso país e para os países de acolhimento; conhecer a emigração para melhor compreender as dinâmicas económicas, sociais e políticas que em diferentes épocas geraram migrações tão expressivas – são dois dos fundamentos do de-putado socialista Paulo Pisco para apresentar dois projectos em que recomenda ao Governo a criação de um museu nacional da Emigração e o ensino da história da emigração portuguesa no secundário.

“Sendo um país de emigrantes é paradoxal que haja dificuldade em lidar com isso, e se mantenha um preconceito em relação aos emigran-tes. Sentem-se estrangeiros nos países onde estão e no seu próprio país”, lamenta o deputado do PS eleito pelo círculo eleitoral da Europa, Paulo Pisco. “Vivemos apenas de ideias em função do volume das remessas e de dados estatísticos – quantos, quando e de onde partiram.”

“É preciso uma pedagogia sobre a forma como os emigrantes muda-ram as sociedades de acolhimento, como ultrapassaram as condições económicas e sociais adversas e ad-quiriram estatuto, o que sofreram com as dificuldades de integração, sem conhecimento da língua nem grandes trunfos escolares, como criaram uma imagem positiva deles e do país”, acrescenta. Apesar de a re-alidade dos emigrantes portugueses ser hoje muito diferente, Paulo Pisco afirma que a comunidade em França ainda está marcada pelo estigma dos anos 60 e 70 - das passagens a salto

Seria uma forma de combater o estigma que ainda paira sobre os emigrantes portugueses e de reparar “injustiças históricas”, argumenta o deputado Paulo Pisco.

na fronteira quando três quartos da emigração eram clandestinos e alvo de repressão pelo regime -, pela vida difícil nos bidonvilles na periferia de Paris como Champigny, nanterre ou la Courneuve.

Apesar de retratada hoje em gran-des museus em França, Alemanha ou Suíça, em Portugal a temática é abordada apenas a nível municipal. Paulo Pisco afirma que a decisão do Presidente da república e do primeiro-ministro de comemorarem

em Paris, em 2016, efectivamente, a terceira faceta do 10 de Junho – as co-munidades portuguesa - “constituiu um ponto de viragem na forma como o país olha para elas”.

As referências à emigração nos programas de história, geografia e economia do ensino secundário que o deputado analisou resumem-se às “considerações estatísticas”. Para aju-dar a reduzir o preconceito, propõe o reforço da história da emigração portuguesa nos currículos escolares e o apoio estatal a uma linha de in-vestigação sobre o tema em univer-sidades nacionais e estrangeiras, em especial em países com comunidades portuguesas.

o deputado do PSD José Cesário eleito também pelo círculo da emigra-ção disse que a sua bancada concorda na generalidade com os projectos e está a considerar avançar com ini-ciativas que já tem alinhavadas na área. Cesário conta que “a questão do museu gerou polémica noutros tempos”, sobretudo devido à localiza-ção – hoje há um municipal em Fafe. Quando foi secretário de Estado das Comunidades Portuguesa encomen-dou um estudo e a Direcção-Geral dos Assuntos Consulares concluiu que “em vez do museu faria muito mais sentido um centro de documentação para reunir matéria documental que existe nos municípios, no ministério, nos consulados.

José Cesário, que foi professor do ensino básico, recorda que a emigra-ção é abordada na disciplina de Es-tudo do meio, mas admite que “seria bom algum aprofundamento”.

Paulo PisCo

José Cesário

www.portugalmag.fr • Junho 2017Cultura18

Preservar e divulgar a lusofonia em França

A associação « Gaivota » continua com as suas actividades culturais no seio da nossa comunidade, defendendo em cada encontro mensal que organiza, a imagem

e a cultura de Portugal em terras de França.

A associação « Gaivota » continua

a marcar lugar na cultura

A associação GAiVotA tem como actividade principal a divulgação e a promoção do fado e da poesia, assim como da cultura lusófona em geral. Estes encontros são abertos a todos, onde a cultura lusófona tem o lugar de destaque.

nestes encontros vamos à desco-berta dum programa sempre bastante rico e variado, rico em participantes e púbico onde todos podem participar e interagir com os outros, cada um dando do seu melhor, falar da sua paixão, seja pelo falo, pelas artes ou poesia... a paixão por aquilo que gostam e que fazem enriquecer os dias, num tempo em que a maldade e tristezas, assim que a política de consumo e propagandas envadem os cérebros humanos. A Gaivota é um

encontro, um local onde reinam paz e serenidade, onde nos sentimos bem e em família.

Esta última sessão contou com várias personalidades, fadistas, escri-tores, músicos, poetas e gente como

todos nós, gentes com gosto pela vida e por Portugal.

Durante estas tardes, estão sempre presentes as iguarias portuguesas como pastéis de nata, rissóis, bolos de bacalhau, etc...

Portugal magazine deixa aqui o convite para assistirem a estes even-tos, que são realmente uma riqueza cultural.

maria José aproveita para agra-decer a todos os que se entregam de alma e coração para que cada sessão seja um sucesso, agradecendo a todos os que a têm ajudado e acompanhado. Um grande obrigado.

www.gaivota-fado.com

www.portugalmag.fr • Junho 2017Entrevista20

Preservar e divulgar a lusofonia em França

nelson Freitas em concerto no

olympia

nelson Freitas é um dos artistas mais influentes da actualidade, pelas suas sonoridades únicas represen-tadas por géneros como o zouk, r&b, kizomba, hip hop e soul.

Este concerto teve como mote o encerramento da sua tour intitulada de “ride or Die”. o artista tem vindo a apresentar temas do seu novo álbum “Four”, que conta com êxitos como “miúda lin-da” e “Break of Dawn”, e outros.

“Four” chegou às lojas no dia 1 de Abril, en-trando diretamente para o topo das tabelas de vendas nacionais e atingindo o primeiro lugar no itunes. o êxito em torno das músicas de nelson Freitas atingiu milhões de visualiza-ções no youtube e não mostra provas de que-rer abrandar.

nelson Freitas nasceu na Holanda, fi-lho de pais Cabo-Verdianos. Fala Holandês, Crioulo e Português. Entrou para o mundo do espectáculo através da dança e mais tar-de começou a dar cartas como cantor. Hoje, arrasta multidões de fãs e já percorreu gran-des palcos de renome, quer a nível nacional, como internacional. A Portugal magazine esteve à conversa com o artista, dias antes do grande concerto na sala olympia. Um momento importante para o cantor, dado o prestígio que a sala acarreta. mais uma con-quista, num caminho que tem sido risinho para o cantor.

numa conversa descontraída, nelson Freitas falou-nos um pouco do caminho percorrido até chegar onde está hoje, um pouco da vida pessoal e das ambições que o acompanham.

nelson Freitas na olympia, uma produção da Dyam e nF Produções.

As tuas inspirações para as músicas têm um pouco de tudo, certo? Varias línguas e culturas.

Sim, têm um pouco de tudo. África, Europa, Estados Unidos… Por exemplo, na minha música ‘Bô tem mel’,

o artista nelson Freitas veio a Paris, para um grande concerto na mítica sala l’olympia. Um espectáculo com a participação dos artistas convidados, djodje, Stony, Atim e laise Sanches.

21Junho 2017 • www.portugalmag.fr entrevista

Preservar e divulgar a lusofonia em França

há uma mistura de vários idiomas, Por-tuguês, inglês e Crioulo.

Eu gosto de fazer o que sinto e ten-tar fazer coisas que ainda ninguém fez na música. E se tiver de misturar vários idiomas, que seja. Gosto de inovar.

Começaste como dançarino e hoje és um cantor bem conhecido. Como é que tudo aconteceu?

no início era um sonho ser cantor. lembro-me que gostava muito do mi-chael Jackson. mas sei também que nun-ca serei como ele. Comecei por dançar, a música começou a fluir… fiz rap, break

dance, fiz parte de alguns grupos... E de repente o público começou a

pedir um CD. As coisas fluíram naturalmente e depois decidi fazer carreira a solo.

Há dias bons e maus, mas as coisas têm corrido bem e sei o que estou a fazer. A mi-nha equipa hoje é enorme, já tem pessoas a trabalhar em várias áreas.

Como surgiu a decisão de fazer carreira a solo?

É diferente fazer parte de um grupo e trabalhar sozinho. obviamente que tudo o que faço passa pela minha equipa também, mas a decisão final é mi-nha. Se é bom, é bom… Se é mau, é mau. E a culpa é sempre minha.

Sobre o teu trabalho em Portugal, como é que tudo começou?

Comecei pelas discote-cas africanas. na altura ia como DJ, e actuava em dis-cotecas e festivais. Fui apre-sentando o meu trabalho e as pessoas gostaram. É por isso que quando as pesso-as dizem: “Ah, esse boom de kizomba veio de repente”, eu contradigo. Porque tudo isto tem um trabalho enorme por trás. Através dos festivais ali, das discotecas aqui, entrevistas

ali… Por isso, as coisas hoje es-tão assim, fruto do trabalho dos

artistas.

Como defines o teu trabalho?Eu costumo dizer sempre que é boa

música. Porque tento sempre fugir do óbvio. Fiz, por exemplo, um trabalho

com o richie Campbell, que faz reggae. E isso é o quê? Kizomba? reggae? não, é uma fusão. E como este, há vários ou-tros com quem tenho trabalhado neste sentido.

Quais são as músicas que mais são associadas à tua imagem?

tenho várias. Por exemplo, a música ‘rebound chick’ é um tema que tenho de cantar sempre nos concertos. Como essa, o tema ‘Bô tem mel’, ‘miúda lin-da’… é o que o público quer. todas es-sas músicas são importantes e mostram um pouco da imagem do artista nelson Freitas.

Já estiveste no Coliseu dos re-creios onde a tua filha cantou também. Foi um momento importante?

Sim, claro. É uma música muito im-portante. Comecei a escrevê-la no dia em que ela nasceu. Senti aquela emoção e as palavras a passar pela minha cabe-ça. E nesse mesmo dia comecei a gravar a música. E isso ficou na gaveta. Quan-do ela tinha seis meses, já dizia palavras nessa música. Passado algum tempo, fiz o vídeo, onde é ela quem canta mes-mo. Com cinco anos, cantou comigo no Coliseu, para fechar o ciclo. Foi um mo-mento super importante! Para mim, foi o momento alto do concerto, ter a minha filha a cantar para cinco mil pessoas. Ela não estava nervosa, nem nada. Chegou lá, cantou e pronto.

Quem é o Nelson Freitas fora do palco?

A base da minha vida é o trabalho. no trabalho sou bastante rigoroso. mas na vida familiar sou mais calmo. E cla-ro, está acima do trabalho. A família é a base de tudo. Por isso é que tenho o estú-dio em casa. E a minha família trabalha comigo e são muito importantes para a minha carreira. Dão opiniões e dicas, e

muito apoio.Por exemplo, a minha filha, cada mú-

sica que lhe mostro, se ela não gostar, é certo que essa música não vai “bater”.

Qual é a sensação de saber que vais actuar na Olympia? Uma sala com tan-to prestígio artístico.

Para mim e a para a minha carreira é next step. Porque é uma sala mítica, com muito valor para os artistas. Cantar nes-sa sala é uma grande responsabilidade para mim e para a nossa cultura. A ideia é dar um grande show! tenho fãs dos 3 aos 80 anos de idade. E parte do público não vai para discotecas nem festivais. E essas pessoas vão adorar ver um espec-táculo numa sala como esta. A ideia é encher a sala com varias pessoas, de di-ferentes origens e culturas.

De todas as viagens que fizeste e momentos que passaste, o que mais te marcou na tua carreira?

Eu tenho dois momentos que sei que foram marcantes para a minha carreira. Quando lancei o meu disco a solo, convi-daram-me para ir para Angola. Estavam cerca de 12 ou 13 mil pessoas e o concer-to foi tão bem aceite, que quando subi no palco fiquei mesmo emocionado com os gritos e aplausos dos fãs. Foi ai que pen-sei… ok, eu posso fazer isto sozinho.

Depois, o show no Coliseu dos re-creios que também foi incrível. Um es-pectáculo de duas horas e meia, com varias participações, que a minha equi-pa produziu de inicio ao fim. E eu fiquei super orgulhoso, onde pensei… ok, já temos capacidade de fazer isto também, next step.

Uma mensagem para os portugue-ses?

Para todos os portugueses, quero dar um obrigado, pois foi por vossa causa que aprendi a falar português. Ao rece-ber tanto carinho da vossa parte, o me-lhor foi aprender a língua para poder estar mais próximo, quer em entrevistas, quer nos espectáculos. tenho recebido mesmo muito amor e carinho quer de Portugal, Angola, moçambique… Por isso, muito obrigado!

Para os jovens em particular, um aviso, atenção, vocês estão a passar por uma vida de ilusões, graças às novas tec-nologias. Vocês passam a vida ‘dentro dos telemóveis’, e perdem a vida real. Acordem para a realidade e façam pela vida. É importante trazer algo de novo para o mundo e não seguir aquilo que os outros já fizeram…. Sejam activos!

www.portugalmag.fr • Junho 2017Cultura22

Preservar e divulgar a lusofonia em França

novo magazine Geminações pretende formar elo de ligação entre Portugal e França

Este projecto nasceu de um desafio entre dois amigos, ricardo José (Diretor) e José Gomes de Sá (Diretor Comer-cial). Ao projecto veio a juntar--se miguel Ângelo rodrigues (Sub-Chefe de redação), que é o responsável pelo trabalho em Portugal.

neste primeiro número da revista foram abordadas as geminações de Chaves com Angoulême, de Boticas com Gond-Pontouvre e de Cami-nha com Pontault-Combault.

ricardo José, diretor da revista e jornalista da rá-dio Alfa, explicou à Portugal magazine que este projecto nasceu depois de ter anali-sado o mercado e constatado “que havia falta de tudo o que girasse à volta de uma geminação, nomeadamente em termos de informação para

Já está disponível o número zero do magazine Geminações. Uma revista dedicada à abordagem das geminações entre localidades portuguesas e francesas.

o cidadão comum. Era só entre as Câmaras que a informação passava. E decidimos então lançar esta revista, para dar voz à cidadania… que cada vez é mais importante neste mundo de hoje”.

A JG Geminações é men-sal, e tal como o próprio logó-tipo da revista (Jumelages/ Geminações), o conteúdo da revista é apresentado em duas línguas, português e francês.

nas páginas da magazine Geminações vão ser aborda-das “o máximo de gemina-ções, nomeadamente, entre as portuguesas e francesas. mas queremos ir mais longe. Queremos fazer também na Europa. Sei que há algumas na Bélgica, nos Estados Unidos e no Canada. Para já começa-mos por ter bons alicerces e que não desapareça de repen-

te, como muitas publicações desapareceram, aqui em Fran-ça”, refere o diretor da revista.

o objetivo passa por “mos-trar as cidades, não só a nível municipal, mas também tu-rístico e gastronómico… Para que cada vez mais os franceses tenham vontade de ir visitar as cidades portuguesas”, sa-lienta ricardo José.

Alguns números da JG Geminações foram distribu-ídos pela zona parisiense. A revista pode ser lida, em formato digital, através da ligação presente na página do facebook ‘JG magazine’.

ricardo José adiantou à Portugal magazine que estão previstos, num futuro pró-ximo, alguns avanços neste projecto, como a criação de um site e um blog, para dar suporte à JG Geminações.

23Maio 2017 • www.portugalmag.fr literatura

Preservar e divulgar a lusofonia em França

Preservar e divulgar a lusofonia em França

www.portugalmag.fr • Junho 2017Mode24

elsa lopes a présenté à Paris sa nouvelle collection «Amour»

les bijoux représentant le célèbre coeur de Viana, artisanat et articles de décoration ont ainsi fait le bonheur des invités.

la soirée présentée avec beaucoup d’aisance par odete Fernandes et ani-mée par la chanteuse de fado tereza Carvalho, qui a également présenté en fin de soirée son nouveau vidéo-clip, a réuni 80 personnes, dont plusieurs personnalités. Une dizaine de jolies filles ont ainsi défilé sur le tapis rou-ge pour exhiber les nouveaux bijoux en filigrane, bracelets, colliers, bagues, boucles d’oreilles, sans oublier les es-carpins de la marque Egídio Alves. le tout s’est transformé en un agréa-ble voyage au coeur des traditions et du bel art de Viana do Castelo. Après le défilé, un buffet a été proposé par «Comptoirs de lisbonne».

Un peu stressée, Elsa lopes a réussi à souffler en fin de soirée. «Je remercie mes amis, mes clients, ma famille, les sponsors et les medias, d’avoir été là depuis le début et d’être présents ici ce soir. Cette belle aventure commence depuis plus d’un an et je suis ravie de

C’est au kiosque Flottant, tout près de Bercy, dans une jolie péniche parisienne, que la designer portugaise, elsa lopes, maîtresse de la soirée, a présenté sa nouvelle collection «Amour».

vous revoir ici avec moi et de plus en plus nombreux».

la jeune femme a avoué que son coeur avait débordé d’émotion en voyant le résultat avec succès après de nombreux mois de travail. Désormais elle représente la marque «Amália Jóias» en France, avec les répliques des superbes bijoux d’Amália rodrigues, ainsi que les beaux escarpins de Egídio Alves qui ont séduit aussitôt les dames

présentes. magie, élégance et bonheur ce sont les mots de la soirée, joliment orchestrée par Elsa lopes.

Pour ceux qui n’ont pas pu être pré-sents ou qui souhaitent s’approprier d’un joli bijou de la collection «Amour» et d’autres surprises encore, peuvent se rendre à la boutique Ephémère, au 92 bis avenue du Bac à St maur-des-Fossés (94), du 30 mai au 11 juin prochain, où Elsa sera ravie de vous accueillir.

25Junho 2017 • www.portugalmag.fr arte

Preservar e divulgar a lusofonia em França

duas Artes em viagemCristina maria Fadista e escultora

A Arte é vivida duplamente: a escultura e o Fado. É nesta comunicação e expressão de ambas que a alma de Cristina maria se realiza. nos palcos a voz emerge sempre na companhia da sua escultura,

numa comunhão partilhada de emoções, saberes e desejos.

Cristina maria, natural de leiria, fre-guesia da Bajouca, e residente em Alco-baça, é formada na Escola de Artes e ofícios da Batalha e formadora na área da pedra por Portugal, outros países da Europa e Brasil. Foi júri de concursos na área da Cantaria Artística e tem feito imensas exposição de escultura, coleti-vas e individuais, desde 1998.

Além da escultura, Cristina maria tem a paixão do Fado. muitos têm sido os pal-cos por onde Cristina maria, desde cedo, com seu canto e a sua voz, tem conquis-tado a atenção e a emoção do público.

Desde o concerto de apresentação do seu primeiro disco “o outro lado”, 2008, que Cristina maria não mais parou de se apresentar nos palcos nacionais e inter-nacionais.

Uma nova voz do fado, quente e po-derosa, num percurso musical tradicio-nal, clássico e contemporâneo.

Depois da apresentação do seu se-gundo trabalho discográfico, “Percur-sus”, que Cristina maria tem vindo a promover as duas artes que representa – a escultura e o fado, que têm merecido o seu reconhecimento um pouco por todo o mundo.

“A voz das mãos” é o seu terceiro trabalho discográfico apresentado em Junho de 2014 no Panteão nacional em lisboa em conjunto com a exposição de escultura de sua autoria “Esculturas do

meu fado», tributo ao fado e em espe-cial a Amália rodrigues, numa entrega e misto de sentimentos transportados para os palcos onde se respira e trans-mite duplamente Arte através da música e da obra de Cristina maria.

Dos imensos concertos que tem dado durante a sua carreira artística, Cristina maria ambiciona continuar a apresentar-se em França, quer a nível dos concer-tos de Fado em teatros assim como no circuito das noites de Fado já conhecido das comunidades Portuguesas. Depois de já ter actuado nas ilhas dos Açores, itália, Espanha, Grécia, França, Suíça, Alemanha, Holanda, montenegro, Bra-

sil, israel, cabo Verde, marrocos, Suécia, Canadá e inglaterra.

Em Portugal participou nos concer-tos do pianista italiano Arrigo Capelleti e no concerto da lusitânia no Palácio de Queluz e apresentou-se em diversos concertos individuais, alguns acompan-hados da sua exposição de escultura, em locais como o Casino Estoril, ilha do Pico (Açores), Palácio da Foz lisboa, Casino da Figueira da Foz, Convento de S. Francisco Santarém, Castelo de leiria, museu do Fado, Convento de Cristo em tomar, Casa museu Guerra Junqueiro no Porto, Panteão nacional em lisboa, mosteiro da Batalha e muitos outros com destaque para as igrejas e monu-mentos Históricos de Portugal.

na área da escultura, tem obras suas em diversas coleções e obras públicas, sendo de destacar a digressão que fez pelos monumentos nacionais onde apre-sentou o seu trabalho.

Cristina maria, depois de actuar em tantos países, não nega o desejo de alargar cada vez mais a sua apresenta-ção através do Fado em diversificados espetáculos, sem nunca esquecer as Comunidades Portuguesas onde afirma ser sempre muito bem recebida e acarin-hada. E é nesta diversidade cultural que a artista ambiciona conseguir continuar apresentar o seu duplo projecto: fado e escultura.

www.portugalmag.fr • Junho 2017Literatura26

Preservar e divulgar a lusofonia em FrançaPreservar e divulgar a lusofonia em França

o Consulado Geral de Portugal em Paris será o palco da lusofonia no próximo dia 22 de Junho, pelas 18 horas, com a apresentação da “i Colectânea de Poesia lusófona em

Paris”, pela chancela da Portugal mag edições, editora sedeada na região de Paris.

i Colectânea de Poesia lusófona em Paris será apresentada

no Consulado de Paris

aDélio aMaro frankeliM aMaral PeDro anTónio irene goMes

nesta Colectânea participam mais de 80 poetas oriundos de vários países, sendo a coordenação da responsabilida-de do escritor Adélio Amaro, que vive em Portugal, e dos directores da Por-tugal mag Edições: Frankelim Amaral e Pedro Antonio.

na sessão de apresentação serão di-versos os convidados, alguns oriundos dos países participantes, com destaque para Portugal e Brasil, entre as várias entidades.

Este projecto que a Portugal mag Edições irá apresentar surgiu da ideia de Adélio Amaro, coordenador de sete antologias lusófonas, onde editou mais de 300 poetas de 24 países. Por isso, a Portugal mag Edições desafiou este escritor português para elaborar um projecto idêntico para Paris. E, a sur-presa aconteceu. Em colaboração com Frankelim Amaral e Pedro Antonio, a "i Colectânea de Poesia lusófona em Paris" acabou por ser um sucesso de participações, com imensos poetas li-gados a diversas academias em vários países.

o local escolhido para a sessão de apresentação desta edição lusófona foi o Consulado Geral de Portugal em

Paris, tendo o Cônsul-Geral, António Albuquerque moniz, achado a ideia muito interessante e mostrado dispo-nibilidade imediata para colaborar ins-titucional para a realização da referida apresentação.

Além do lançamento em Paris, estão previstas mais apresentações, com destaque para a que se realizará

em leiria, Portugal, com a colaboração institucional da Câmara municipal daquela cidade.

Esta Antologia conta com o Prefácio de Adélio Amaro e textos de introdução de Frankelim Amaral, Pedro António e ainda da escritora Alice machado, sendo a capa da responsabilidade da reconhecida artista plástica irene Go-mes, que prontamente se disponibilizou para a concepção da mesma com um dos seus trabalhos.

Irene gomesirene Gomes é natural da Batalha,

em 1960. no ano de 1987 foi Bolseira no Centro de restauro EnAiP-CEP (Centro Estero Piemonte) – monastero da trinitá, Brescia, itália. Foi docente no mosteiro da Batalha iPPAr/iGESPAr e já venceu dezenas de prémios.

A autora da capa da "i Colectânea de Poesia lusófona em Paris" já efectuou mais de cem exposições individuais e participou em mais de três centenas de exposições colectivas, nacionais e internacionais. Está representada em colecções particulares e museus. tem oito livros editados é autora de imensas ilustrações, assim como capas de livros.

também no dia 22 de Junho, na mesma sessão de apresentação da "i Colectâ-nea de Poesia lusófona em Paris", no Consulado Geral de Portugal em Paris, será apre-sentado o livro "Espalhando palavras no caminho da lu-sofonia", editado pela Portu-gal mag Edições, que conta com textos de seis escritores de Portugal, França, luxem-burgo e Brasil: Adélio Amaro (Portugal); Alice machado e Frankelim Amaral (França); Eloah naschenweng e Elzio luz leal (Brasil) e rui Daniel da Silva (luxemburgo).

Adélio Amaronatural de leiria, escritor

e autor de 32 livros. recebeu imensas honrarias em diver-sos países. mais de quatro mil artigos publicados em jornais de vários países. tem desen-volvido imensas iniciativas culturais na promoção da língua Portuguesa, um pouco por todo o mundo.

Alice MachadoAlice machado formou-se

em literatura moderna e Filo-sofia na Universidade de Paris.

27Junho 2017 • www.portugalmag.fr literatura

Preservar e divulgar a lusofonia em França

espalhando palavras no caminho da lusofoniaPublicou, entre outros, qua-

tro romances, quatro obras poéticas, e três ensaios lite-rários, traduzidos em várias línguas. Foi a primeira mulher a receber a medalha de honra do Parlamento Português em reconhecimento da sua obra li-terária e obteve vários prémios em França e no estrangeiro. Vive entre o Porto e Paris, onde continua a escrever e a participar em eventos culturais em vários países.

E l o a h We s t p h a l e n Naschenweng

Eloah naschenweng é natural de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, Brasil. Pro-fessora graduada em tec-nologia em Automação de Serviços Executivos. resi-de em Florianópolis desde 1970. Funcionária Pública Estadual, aposentada. Eloah é também Artista Plástica, Escritora e Presidente do Grupo de Poetas livres. tem várias obras publicadas e já recebeu imensos honrarias, em especial no Brasil, Por-tugal e França.

Elzio luz lealBrasileiro, natural de

minas Gerais e mora no rio de Janeiro. Autor de vários livros e participou em diversas antologias com poesias e contos, tendo recebido do Centro de li-

teratura do Forte de Copa-cabana o título honorífico de Artilheiro da Cultura. É Presidente da Academia Pan Americana de letras e Artes e já recebeu imensas honrarias.

Frankelim AmaralFrankelim Amaral é na-

tural de Covão do lobo, Vagos, é director da revista Portugal mag e da editora Portugal mag Edições, ao lado de Pedro Antonio. tem vários livros edita-dos e tem sido um grande promotor da cultura portu-guesa e lusófona, tanto em França como em Portugal.

rui Daniel da Silvarui Daniel da Silva nas-

ceu em 1977, no luxem-burgo. Actualmente é pro-fessor de piano no orfeão de leiria e colaborador regular de várias revistas de viagens, entre as quais a "Zenenrgy" e "Diariesof". Com fascínio enorme por descobrir o mundo, em

particular destinos pouco turísticos e algumas viagens de bicicleta em África. Vi-sitou até ao momento 108 países.

Promoção de leiriaCom o objectivo de pro-

mover a língua Portu-guesa, a lusofonia e em destaque a comunidade portuguesa em França, a Portugal mag Edições pretende promover, nas suas iniciativas, as regiões de Portugal. Para a sessão do dia 22 de Junho a ci-dade escolhida foi leiria, tendo em conta o número de emigrantes leirienses residente em França. na sessão a realizar no Consu-lado Geral de Portugal em Paris, estará presente um representante do executivo da Câmara municipal de leiria (Presidente ou Vice--presidente).

leiria é um concelho com 565,09 km² de área e 126 897 habitantes (2011) sub-dividido em 18 freguesias, o que faz dele o segundo conce-lho mais populoso das Beiras, só superado por Coimbra. É limitado a norte/nordeste pelo concelho de Pombal, a leste pelo de ourém, a sul pelos municípios de Bata-lha e Porto de mós, a sudoeste pelo de Alcobaça, a oeste pelo concelho da marinha Gran-de e a noroeste pelo oceano Atlântico.

leiria é o principal cen-tro urbano da unidade estatística Pinhal litoral e da comunidade urbana de leiria, assim como um im-portante centro de comér-cio, serviços e indústria.

www.portugalmag.fr • Junho 2017Associativismo28

Preservar e divulgar a lusofonia em França

Dimanche18 JUIN

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2017

30 ANS

Feira do livro e Festa lusófona laços 2017

Este ano, a Feira do livro lu-sófono terá como tema : Camões - “nossa língua, nossa Pátria”. Para a mesma, foram convidados vários escritores, artistas plásticos e mú-sicos, havendo lugar também para uma Exposição Fotográfica sobre a mulher e uma Passagem de modelos

A “Association Culturelle luso-Suisse laços”, encontra-se a organizar pela terceira vez, a “Feira do livro e Festa lusófona laços 2017” que irá decorrer nos dias 17 e 18 em Genebra.

Africanos, com a Estilista Santomen-se, Goretti Pina.

Haverá também um concurso de poesia sobre o tema da Festa, em es-tilo livre, dirigido aos alunos das es-colas portuguesas.

Segundo Ana Casanova, coorde-nadora cultural da Associação, esta Feira tem lugar, de dois em dois anos mas todos os anos a associação or-ganiza e participa em vários eventos culturais. Este ano participará ainda na Festa da música de Genebra e no Festival dos 6 Continentes.

no ano 2016, foi realizado um evento pela associação, em homena-gem ao Consul Aristides de Sousa mendes, tendo sido dado o seu nome a uma árvore em Carouge - Genebra.

Diz a mesma ter a laços como

propósito, a divulgação e promoção da Cultura lusófona num panorama cultural e festivo que aproxime as di-versas comunidades também ao país de acolhimento, o que tem sido ple-namente conseguido.

ana Casanova

Inês OlIveIra

www.portugalmag.fr • Junho 2017Interview30

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« S » premier album solo de Sirando

Pendant 15 ans, ils ont re-présenté la communauté Por-tugaise en France et balancé leur rap furieux et rythmé sur toutes les scènes de Fran-ce et du Portugal, avec des titres devenus cultes comme « Sexy reggaeton », « Quero ver », « Baiser Salé »…

Avec 6 albums mythiques, lA HAriSSA a marqué 2 gé-nérations de fils d’immigrés.

Début 2014, SirAnDo, co-fondateur, rappeur et co--compositeur du groupe, dé-cide qu’il a fait le tour de ce qu’il pouvait apporter avec la Harissa et quitte le groupe pour se lancer dans une car-rière solo. Fini lA HAriSSA.

Deux ans plus tard, il re-vient avec son univers musi-cal bien à lui et son premier album solo « S » (comme Si-rando) !

Un retour aux origines de sa musique, celle qui lui res-semble : plus rap, plus brut, plus cash...

Un retour aux sources su-blimé par les sons et les pro-ds d’aujourd’hui, fusionnant le rap et les rythmes latinos, teintés des influences du pays et saupoudrés de quel-ques sons électro habilement distillés.

Un mélange délicieuse-ment explosif !

Sirando, pourquoi cet al-bum solo ?

Après 15 ans au sein de la Harissa, j’avais besoin de voler de mes propres ailes et d’exprimer des choses plus personnelles.

le groupe « la Harissa » a été important dans ta car-

Quel Franco-Portugais ne connaît pas lA HAriSSA, le duo de Cergy composé de deux frères d’origine portugaise ? Aucun !

rière ?la Harissa a été pendant

des années le groupe phare de la communauté portugai-se en France. Avec 6 albu-ms mythiques, nous avons marqué 2 générations de fils d’immigrés avec des titres devenus cultes comme « Sexy reggaeton », « Quero ver », « Baiser Salé », « daca daca ». nous avons été les premiers à imposer le reggaeton et le Kuduro en radio.

Sirando, que doivent at-tendre tes fans de cet album solo ?

mon premier album solo est vraiment représentatif de ce que j’aime. le rap énergi-que à message d’un côté avec des titres comme « Portugal », « Karaïchnikov »… ou les chansons plus dansantes à consonances latines de l’autre comme : « Sexy lady » ou « raggatuga » par exemple, avec une dose d’électro pour vivre avec son temps comme dans « Welcome to Paris » ou « So sex ».

Cet album « S » est dirigé pour un publique spécifi-que ?

Je considère que quand tu es musicien, auteur et Por-tugais en France, tu as une sorte de devoir de t’adresser à ta communauté d’abord. la communauté Portugaise n’a pas réellement de leader mu-sical comme peuvent avoir d’autres communautés. Je se-rais réellement très heureux si je pouvais prendre ce rôle parce que j’existe par et pour elle d’abord et j’ai envie de lui rendre tout ce qu’elle m’a donné.

31Junho 2017 • www.portugalmag.fr associativismo

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ABP realiza jantar no Salão do turismo e imobiliário Português

marcaram presença 110 compadres e comadres que, num fim-de-semana preenchido com diversos eventos de destaque em Portugal, nomeadamente o centenário das aparições de Fátima, mostraram uma forte adesão, ultra-passando mesmo o número de pessoas previstas.

luís rocha, compadre assíduo das tertúlias da ABP e que integrou o Conselho Fiscal da associação nos últimos anos, anunciou o seu regresso a Portugal por motivos profissionais, o que terá como consequência um afastamento da ABP. o presidente Fernando lopes fez questão que luís rocha partilhasse consigo a responsa-bilidade da animação da noite. Como prenda de despedida, foi oferecido a luís rocha uma moldura com uma

A Academia do Bacalhau de Paris (ABP) enquadrou o seu jantar de 12 de junho no Salão do imobiliário e do turismo Português em Paris, evento organizado pela Câmara do Comércio e da indústria Franco-Portuguesa

no parque de exposições da Porta de Versalhes, em Paris.

capa ficcional da revista Closet onde se pode ver a notícia da partida do compadre, e ainda uma carteira onde luís rocha poderá guardar bem à vista o seu cartão de membro da ABP.

A solidariedade, um dos pilares das Academias, também esteve pre-sente no evento. o compadre José Ven-tura fez um apelo para que se ajudasse a sua sobrinha de dezoito anos que, por sofrer de um grau de deficiência de 90%, precisa de um carro adaptado para que os pais se possam deslocar com ela. na sequência do apelo, cada compadre e cada comadre pôs-se de pé, mostrando assim que estava de acordo com o apoio a esta causa, para a qual a ABP destinou 5.000 euros. o

compadre José Ventura, emocionado, soltou algumas lágrimas, perante a atitude da plateia.

oS fundos angariados para soli-dariedade cresceram também com as multas aplicadas pelo carrasco ma-nuel moreira. A pedido do presidente Fernando lopes, todos os presentes tiveram que ser multados com, pelo me-nos, 1euro. A soma final angariada foi um bom contributo para os fundos da ABP. A isso somou-se também o valor angariado pela ABP Júnior, que ven-deu doces e velas feitas pelos jovens.

no evento, houve ainda um mo-mento para homenagear o recém--falecido compadre João Vieira. luís malta, antigo presidente da ABP, lembrou ainda o falecimento recente de um outro compadre, da Academia do Bacalhau de lisboa.

Apesar de a refeição ter ficado aquém do desejado, o jantar foi um momento de agradável convívio para os presentes, numa noite em que a ABP contou também com alguns com-padres reformados que já não estavam presentes há algum tempo.

A próxima tertúlia da ABP decor-rerá no dia 11 de junho, domingo, ao meio-dia, e não ao jantar como é habitual.

DIana BernarDO

De segunda a sexta-feira já pode dirigir-se à agência da Eurelec Distribuition em Noisy-le-grand.Sediada no 3 rue Sancho Panca (93160), a nova agência abriu portas,

com o mesmo serviço de qualidade de sempre!também em Carrières-sur-Seine, no 44 rue Charles François Daubigny (78420).

Abertas das 7h00 às 12h00 e das 13h30 às 18h00, as equipas de profissionais estão prontas para o receber, com as melhores soluções do mercado. Venha visitar as novas instalações!

Estamos também em Saint-Maur-des-Fossés, 58 Boulevard de la marne - 94210 e bondy, 203 Avenue Gallieni – 93140.

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93140 Bondytél : 01 82 38 00 93Fax : 01 48 49 52 24

Sediada em thiais (94), a Casinha Portuguesa abriu portas em França há 10 anos, e desde então, tem colmatado parte das saudades do povo português, com a variedade

de produtos típicos que dispõe nas prateleiras.

Casinha Portuguesa… um cantinho de Portugal, em thiais

Desde o vinho e aos produtos ali-mentares, aos objectos de artesanato português, a Casinha Portuguesa tem o stock repleto de um vasto leque de ofertas, aos melhores preços.

tony Gomes e miguel da Costa são os responsáveis por este negócio, que tem conquistado a comunidade portu-guesa e francesa também.

Filhos de pais portugueses, os dois luso-descendentes embarcaram nesta aventura, que tem vindo a prosperar, há uma década.

o negócio está em constante cresci-mento, revela o sócio-gerente miguel da Costa. “Acabamos de dar mais um

passo no negócio. Abrimos um dêpot, para fazer um armazém semi-grossis-ta, em Athis-mons”.

miguel refere que mais detalhes se-rão dados em breve, e que este passo vem no seguimento da missão prin-cipal do negócio geral… servir bem o cliente!

o tony e o miguel convidam toda a comunidade a visitar este estabele-cimento, e sobretudo, a experimentar a especialidade da casa… o delicioso frango grelhado na brasa!

A churrasqueira da Casinha Portu-guesa é onde são preparados os grelha-dos que tanto gostam os seus clientes.

mas as atenções centram-se no frango de churrasco, “que é um espectáculo”.

A Casinha Portuguesa abre de terça-feira a domingo, no 124 Avenue du maréchal de lattre de tassigny, em thiais.

Por isso já sabe, se quiser encontrar qualidade, ao melhor preço, visite a Casinha Portuguesa… onde você pou-pa, poupa, poupa!

Casinha Portuguesa124 Av. du maréchal de lattre de tassigny

94320 thiaistél : 01 48 92 03 55

www.casinhaportuguesa.fr

www.portugalmag.fr • Junho 2017Comércio32

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www.portugalmag.fr • Junho 2017Desporto34

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Portugal é vice-campeão do mundo de surf

Pedro Henrique alcançou o tercei-ro lugar na final e ajudou a somar os 2850 pontos que garantiram aos portu-gueses, pelo terceiro ano consecutivo, o segundo lugar no pódio. A equipa disputou ainda a Aloha Cup, o troféu de equipas, e leva também para casa a medalha de prata.

“Foi um campeonato muito renhi-do e competitivo. Este mundial regis-tou a maior participação de sempre de seleções nacionais. o Surf esteve ao mais alto nível mas Portugal, com uma estratégia bem definida e focada, atin-giu mais uma vez, a medalha de prata. Provamos que o surf nacional está em franca ascensão, é o terceiro ano conse-cutivo em que conquistamos o segun-do lugar e só nos resta almejar o ouro. toda a equipa está de parabéns! Agora só esperamos que todos estes resulta-dos extraordinários se revejam numa política de financiamento mais coeren-te e recompensadora do nosso esforço e resultados por parte do Estado”, co-menta João Aranha, presidente da Fe-deração Portuguesa de Surf (FPS).

Portugal ultrapassa, assim, a Espa-nha (3.º), Estados Unidos (7.º), Brasil (8.º), Costa rica (9.º) e também o Peru (6.º) anterior campeão mundial.

Pedro Henrique foi o único surfis-ta luso em prova nestes últimos dois dias. o atleta de 35 anos mostrou garra e terminou a bateria das meias-finais com 12.1 pts, perdendo o primeiro lu-gar para o mexicano Jhony Corzo. no último teste do campeonato a concen-tração estava ao máximo, com o cam-peão nacional a dar tudo por Portugal frente a Corzo, a Jonathan Gonzàlez, de Espanha, e a Joan Duru, da equi-pa da casa. Uma prova com alto nível de dificuldade que levou o surfista a consolidar o terceiro lugar graças a um score de 12.47, acabando a vitória por pertencer ao mexicano Corzo e o se-gundo lugar a Duru.

“Comecei a prova bem, mas depois

Portugal acaba de conquistar o título de vice-campeão mundial de surf nos iSA World Surfing Games 2017. A equipa lusa partiu confiante para Biarritz e lutou pelas melhores ondas

com 47 seleções durante nove dias.

caí numa manobra que era muito im-portante e não consegui pegar uma outra onda com a mesma qualidade”, explica Pedro Henrique. “o surf é as-sim. não podemos errar nem perder oportunidades. mas foi um grande campeonato com um segundo lugar para Portugal e é isso que importa”, acrescenta.

Disputa também renhida na Aloha Cup com a armada lusa na frente da batalha até aos últimos minutos, altura em que caiu para segundo plano e com a França a erguer mais um troféu. Por-tugal terminou com 47.53 pts, uma dife-rença mínima de 7,43 para os franceses.

Durante estes nove dias, a Grande Plage, em Biarritz, recebeu 47 seleções em busca dos títulos mundiais, indi-viduais e por equipas, onde Portugal se estreou com bons resultados. teresa Bonvalot chegou às meias-finais mas acabou por perder para leilani mcGo-nagle, da Costa rica, e para a sul-afri-cana Bianca Buitendag. A atleta arre-cadou, no entanto, o 5.º lugar mundial e Carol Henrique encontra-se na 13.ª classificação. nas provas masculinas,

José Ferreira foi o primeiro a deixar a competição, seguindo-se Guilherme Fonseca, que, apesar da sua qualida-de de surf, acabou por cair já na ronda quatro. o atleta miguel Blanco foi rele-gado para terceiro lugar na bateria dos quartos-de-final, com 12.9 pontos, que não foram suficientes para garantir a passagem para a fase final do mundial.

David raimundo, selecionador na-cional, não esconde o orgulho na pres-tação dos atletas. “Hoje foi um mais um dia histórico para Portugal. De-pois de dois títulos de vice-campeões do mundo, as expetativas de um bom resultado para Portugal eram mui-to grandes. mais uma vez, Portugal afirmou-se como uma das grandes po-tências do surf mundial. Este ano, para além de termos sido vice-campeões do mundo, conseguimos trazer para casa o vice-título da Aloha Cup. não podia estar mais orgulhoso de toda a equi-pa! Fomos enormes ao longo de toda a semana. o próximo objetivo é sermos campeões do mundo!”.

Filipa Barbosa

35Junho 2017 • www.portugalmag.fr Desporto

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Benfica é tetracampeãoo Benfica sagrou-se tetracampeão

pela primeira vez na sua história, depois de golear o V. Guimarães na luz, por 5-0, na penúltima jornada do campeonato.

Foi o 36.º campeonato nacional ga-nho pelos encarnados, que, assim, igua-lam um feito já alcançado por Sporting e FC Porto.

Durante o Benfica - V. Guimarães na luz , Franco Cervi fez o 1-0 aos 11 minu-tos, Jiménez aumentou aos 16 e Pizzi e Jonas fecharam o 4-0 da primeira parte, com golos aos 37 e 44 minutos. o brasi-leiro marcou de penálti aos 67 e fixou o resultado, que é o maior das águias no campeonato 2016/17.

o Benfica chegou ao primeiro tetra numa época em que cedo agarrou a lide-rança e, quando a teve em risco, contou com o desaproveitamento do rival FC Porto.

Com três crónicos candidatos ao títu-lo, Benfica, FC Porto e Sporting, a liga 2016/17 embalou com triunfos do trio: as águias em tondela (2-0), os dragões em Vila do Conde (3-1) e os leões em casa com o marítimo (2-0).

Com um clássico entre Sporting e FC Porto marcado para a terceira jornada (vitória dos leões, por 2-1), foi o Benfica o primeiro a tropeçar, ainda à segunda ronda, quando a equipa de rui Vitória acabou travada na luz pelo Vitória de Setúbal (1-1).

os primeiros jogos do campeonato lançaram o Sporting para uma liderança

encarnados conquistaram o 36.º campeonato nacional pela primeira vez na sua história, depois de golearem o V. Guimarães na luz.

breve, mas uma derrota em casa do rio Ave (3-1), ao quinto jogo, abriu caminho ao Benfica, que não mais largou a lide-rança.

Da quinta à 33.ª jornada o Benfica olhou sempre para baixo com maior (chegou a ter seis pontos) ou menor fol-ga (de um ponto), mantendo Sporting e FC Porto à distância, mas com os leões durante menos tempo.

o empate com os sadinos não impe-diu que o Benfica embalasse para a sua melhor série de triunfos consecutivos, sete, de final de agosto a final de outu-bro (com nacional, Arouca, Sp. Braga, Desp. Chaves, Feirense, Belenenses e P. Ferreira).

Uma fase que permitiu ao clube da luz chegar a ter cinco pontos de vanta-gem para o FC Porto, precisamente an-tes de visita ao Dragão, onde, à 10.ª jor-nada, deixou tudo na mesma - face a um empate a 1-1, com um golo de lisandro lópez já nos descontos.

As muitas ausências no primeiro terço de campeonato de jogadores in-fluentes (Ederson, Grimaldo, Fejsa, Jo-nas, rafa, entre outros) não foi obstáculo a um percurso mais ou menos seguro, embora a transição do ano tenha sido a fase mais penosa.

Foi aí, primeiro com a derrota com o marítimo (2-1), no início de dezembro e, depois, com a derrota em Setúbal (1-0) e o empate na luz com o Boavista (3-3), em janeiro, que o Benfica permitiu uma

perigosa proximidade do FC Porto, a um ponto, à 19.ª jornada.

Uma diferença que se manteve até à 28.ª jornada, nos meses de fevereiro, março e parte de abril, mas, quando as águias fraquejaram, os dragões não fo-ram capazes de fazer melhor, muito pelo contrário.

Um momento crucial ocorreu à 26.ª jornada, com a grande oportunidade de os portistas passarem para a frente, face a um empate do Benfica em Paços de Ferreira (0-0), mas, no dia seguinte, em casa, o rival foi travado pelo Vitória de Setúbal (1-1).

o Benfica não só manteve essa dis-tância mínima até à 28.ª ronda, como a conseguiu dilatar nas jornadas seguin-tes, primeiro com o empate portista em Braga (1-1) e depois na receção ao Fei-rense (0-0), também um dia depois de os encarnados empatarem em Alvalade (1-1).

na fase final do campeonato, ainda taco-a-taco, teve o golpe quase fatal para o Dragão na antepenúltima ronda, com a perda de pontos na visita ao marítimo (1-1) e, uma vez mais, em contraste com a vitória pela margem mínima do Benfi-ca no terreno do rio Ave (1-0).

Foi o balão de oxigénio que a equipa de rui Vitória precisava a duas jornadas do final, em que passou a ter margem para errar e ainda assim conquistar o primeiro tetra da sua história, hoje em casa com o Vitória de Guimarães.

www.portugalmag.fr • Junho 2017Crónica36

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Preconceitos à PortuguesaSeGUndo dAdoS dA onU reUnidoS no relAtório

do oBSerVAtório dA emiGrAÇÃo, PortUGAl É o SeGUndo PAíS dA UniÃo eUroPeiA Com mAior tAxA de PoPUlAÇÃo emiGrAdA. imPerAtiVoS de ordem eConómiCA têm determinAdo GrAnde

FUxo emiGrAtório PortUGUêS, UmA ConStAnte eStrUtUrAl dA demoGrAFiA PortUGUeSA.

Em busca de uma vida melhor e de um trabalho cujo salário lhes per-mita realizar os seus sonhos, muitos, com níveis superiores de formação e altamente qualificados, decidiram emigrar.

França tem estado no topo dos destinos de quem tenta a sorte fora do seu país, porque os «tugas» que emigram não têm condições para a satisfação das suas ambições. Fala--se de um milhão de portugueses em França.

São portugueses em terras gau-lesas mas acabam por ser estrangei-ros no país que os viu nascer e só lembrados pelas suas remessas em divisas ou quando vão de férias a Portugal.

Vivem e trabalham arduamen-te durante todo o ano, votados a uma espécie de ostracismo, tendo diáriamente que lutar para terem uma melhor qualidade de vida e conseguirem superar os problemas economicos deixados em Portugal.

maiori tar iamente associados à imagem da porteira, mulher de limpeza, pedreiro e de trabalhador agricola, pouco qualificados mas com um nível superior daquele que tinham em Portugal, são tão por-tugueses fora do nosso país como aqueles que vivem em Portugal.

« França tem uma grande comu-nidade portuguesa. Portugal conta

JOsé Manuel santOs JOrnalIsta / eMIgrante eM França

com o apoio da França para ajudar Portugal nas questões económicas », afirmou marcelo rebelo de Sousa, numa declaração proferida no Palá-cio do Eliseu, após um encontro com o seu homólogo, François Hollande, durante as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comuni-dades Portuguesas que decorreram o ano passado em Paris.

Pelo amor pela pátria que se deixou para trás, depois de serem expulsos por quem não lhes deu oportunidades nem os tratou bem, continuam a ter Portugal no coração e depois de um árduo ano de traba-lho, muitos, tradicionalmente, pas-sam as férias de verão no seu país, principalmente no mês de Agosto.

no entanto, são confrangedoras as boas vindas, como são tratados, e o « humor » com os estereótipos da emigração lusa, numa espécie de gozo à portuguesa, só porque se pensa que um fato e uma gravata são sinónimos de sapiência.

obviamente que não se pode medir todos pela mesma bitola e a maioria não é ideal embaixador de Portugal além fronteiras, nem dignifica o país com os seu compor-tamento e «cultura». todavia, somos todos emigrantes e merecemos res-peito, consideração e estima como qualquer outro cidadão.

Basta de intolerância, precon-ceitos, deselegâncias, e reservas mentais.

37Junho 2017 • www.portugalmag.fr Crónica

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ZélemBro-me de APrender A letrA JotA. AS PeSSoAS A eStenderem-me UmA FolHA de

PAPel e A Pedirem-me: eSCreVe lá o teU nome. dUrAnte AlGUnS meSeS, eSSA Foi A minHA

GrAnde HABilidAde. Já SABe eSCreVer o nome, diZiA A minHA mÃe.

Só quando tive de explicar a estran-geiros, é que me apercebi verdadeira-mente que toda a gente me chamava Zé, apesar de se escrever José. o diminutivo era tão comum, que não me tinha aper-cebido sequer da possibilidade do meu nome ser dito de outra forma. Além dis-so, em todas as turmas por onde passei, havia sempre seis ou sete Josés, a quem toda a gente chamava Zé.

Creio que faço parte da última ge-ração em que José/Zé era uma espécie de nome neutro, que só tinha existên-cia própria quando conjugado com o nome que lhe sucedia: José manuel, José Pedro, José Qualquer Coisa, José luís, como eu. Durante bastante tem-po, a única pessoa que eu sabia que se chamava apenas José era um carpinteiro e vivia muito longe, nas páginas da Bíblia, era o pai de Jesus.

As listas de nomes: as notas dos exames nacionais ou a chamada para a inspecção militar, por exemplo, tinham toda a espécie de possibilidades vulga-res e invulgares mas, quando chegava a José, havia páginas e páginas apenas com esse nome repetido. o mesmo acontecia com João. no caso dos nomes femininos, acontecia o mesmo com Ana e maria.

JOsé luIs PeIxOtO

crIstIna BrancO

“Sous ce ciel bleu, un regard vide. on regarde vite. on regarde, on évite. on vit trop vite. “

nome foi-se tornando cada vez mais polida. Ao ponto de eu próprio me inibir de pronunciar o meu nome da maneira que sempre o tinha ouvido na minha infância, na minha adolescência, na voz do meu pai ou da minha mãe. Ainda assim, continuava a ser Zé.

não foi logo após o primeiro livro publicado, nem sequer após o segundo ou o terceiro, foi apenas recentemen-te que várias pessoas começaram a chamar-me José: duas sílabas. não me incomodou nada, mas estranhei quan-do começou a acontecer. Acredito que possa ser um sinal da solenidade que se guarda para com os escritores.

o meu filho mais velho chama-se José João.

muitas vezes, gostava que voltasse a haver mais crianças chamadas José/Zé. não porque ser o meu nome, não por ser um nome dos meus, mas por ser um nome dos nossos, porque me parece que Zé é um dos muitos sinónimos de Portugal.

o meu pai chamava-se José. o meu avô, pai do meu pai, também se chama-va José. o pai da minha mãe chamava--se luís. tenho o nome dos meus dois avós. levo comigo essa síntese de simplicidade que em muitos aspectos define a matéria onde as minhas raízes estão cravadas.

nunca conheci o pai do meu pai, morreu pouco antes de eu nascer, como se me desse a sua vez. mas suponho que toda a gente lhe chamasse Zé, como chamavam ao meu pai ou a mim.

Somos do Alentejo. Por isso, as pessoas nomeavam sempre o meu pai com pronúncia alentejana: mestre Zé. A mim, também me chamavam sempre com essa pronúncia. Foi assim até aos meus dezoito anos, a idade com que saí para estudar na universidade em lisboa.

Sou capaz de ouvir com muita clare-za, a voz e a maneira arrastada das viú-vas de cabelo branco que me chamavam para lhes fazer algum mandado: ah, zé.

Depois, em lisboa, a vogal do meu

www.portugalmag.fr • Junho 2017Cultura38

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Adélio AmaroVice-presidente

do Centro do Patrimónioda Estremadura

Conheça o significadodo Brasão da sua freguesia

5 Envie um e-mail com o nome

da sua freguesia...

COlMEIASConcelho: leiriaDistrito: leiria

Escudo de verde, círculo de prata carregado de uma cruz da ordem dos templários, de vermelho e dois cortiços de ouro, realçados de negro, tudo alinhado em roquete; em campanha, ponte de sete arcos de prata, lavrada de negro, movente dos flancos e de um pé ondado de prata e azul de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. listel branco, com a legenda a negro: «ColmEiAS – lEi-riA».

SÃO JOÃO DE lOUrOSAConcelho: ViseuDistrito: Viseuprata e azul. Coroa de muEs-cudo de verde, Agnus Dei de prata, com lábaro de prata com cruz firmada de verme-lho; em chefe, à dextra, cacho de uvas de ouro, folhado de

prata e, à sinistra, ramo de oliveira de ouro, frutado de prata; em campanha, faixa ondada de três burelas de prata e azul. Coroa mural de prata de três torres. lis-tel branco, com a legenda a negro: «S. JoÃo de loU-roSA».

MUrÇAConcelho: murçaDistrito: Vila real

Escudo de prata com uma oliveira de verde, frutada, troncada e arrancada de negro acompanhada por dois cachos de uvas de ouro, folhados e sustidos de verde. Em chefe de negro, o vulto do monumento denominado por “porca de murça”, de prata. Coroa mural de quatro torres de prata. listel branco com a legenda de negro: «VilA DE mUrÇA».

MArIAlVAConcelho: mêdaDistrito: GuardaEscudo de prata, pano de muralha torreado de duas torres, de negro, lavrado, aberto e iluminado de ouro;

em chefe, escudete de azul carregado de onze besantes de prata e cruz da ordem de Cristo; em campanha, monte de verde, movente da ponta. Coroa mural de prata de quatro torres. listel branco, com a legenda a negro: «mA-riAlVA».

AlPIArÇAConcelho: AlpiarçaDistrito: Santarém

Escudo de prata, três cachos de uvas de púrpura, folhados de verde, alinhados em faixa, entre um arado de vermelho, realçado de negro, em chefe e um barco de negro, realça-do de prata, vogando numa campanha diminuta de azul e prata de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. listel branco, com a legenda a negro: «FrEGUESiA DE AlPiArÇA».

EVOrAMONTEConcelho: EstremozDistrito: ÉvoraEscudo de vermelho, um castelo de ouro, lavrado, aberto e frestado de negro, carregado na torre central

de uma aspa de vermelho, sobre um monte de prata, realçado de verde e movente da ponta; em chefe, um cres-cente voltado de prata e um sino do mesmo, badalado de ouro. Coroa mural de prata de quatro torres. listel bran-co com a legenda a negro, em maiúsculas: «EVorAmon-tE – SAntA mAriA».

FArOConcelho: FaroDistrito: Faro

Escudo de azul, pano de muralha rematado por duas guarnições nos flancos, com duas torres, tudo de prata, lavrado de negro, cada torre carregada de um escudete com as quinas; entre as duas torres a imagem de nossa Senhora da Conceição, toda a figura nimbada de ouro; no cantão dextro do chefe, uma estrela de oito pontas de ouro; a muralha assenta num pé ondado de verde e prata. Coroa mural de cinco torres de prata. listel branco, com legenda de negro: «CiDADE DE FAro».

39Junho 2017 • www.portugalmag.fr Cultura

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Sugestões culturaisPor Fabio Jesus

Amélia está a viver um momento particularmen-te difícil da sua vida. no próprio dia do seu aniver-sário não só perde o empre-go como é abandonada por mauro, o namorado. A mãe, Gigi, ganha dinheiro como vidente e Cátia, a irmã, é uma actriz desempregada que luta por mostrar o seu valor. mas quando Amélia arranja um novo empre-go numa tasca lisboeta e a sua voz é descoberta pela dona do estabelecimento tudo se altera…

Depois da curta-metragem “Entre o Desejo e o Des-tino” (2005) e das longas “Quinze Pontos na Alma” (2011) e “Florbela” (2012), o argumentista Vicente Al-ves do ó regressa à realização com uma comédia por-tuguesa. os actores inês Patrício, maria rueff, João maria, Carolina Serrão, Ana Brito e Cunha e Sílvia rizzo dão vida às personagens.

Filmeo Amor é lindo… Porque sim!Género: Comédia Sillonner les rues de lis-

bonne signifie effectuer un voyage fascinant à travers une histoire d’une densité excep-tionnelle. mais les rues de la capitale recèlent aussi tous les attributs d’une métropole mo-derne solidement arrimée au vaisseau européen. A l’image de la capitale, le Portugal con-tinental a cessé d’hésiter entre passé et futur. le pays tout en-tier mise à la fois sur ses tré-sors architecturaux et ses tra-ditions, tout en accélérant son développement. Principales séquences : lisboa - Porto - Serra de Sintra - Cabo da roca - Arraiolos – Guimarães - Viana do Castelo – Parque nacional de Peneda-Gerês - Bragança – Vale do Douro – Serra da Estrela - Alcobaça - Batalha - tomar – nazaré - óbidos – Évora - Serra de monchique - Sagres - Algarve - Aveiro - Coimbra - Sil-ves - Guimarães - Braga – Albufeira - lindoso - Azulejo - tourada - Carnaval – Fado...

doCUmentárioPortugal : le coeur et le fadorealizador : Pierre Brouwers

Hommage à Cesária Évora avec teófilo Chantre (Cap Vert), Flavia Coelho (Brésil), lura (Cap Vert), Bonga (An-gola) et Cesária Évora orchestra. Des bars de mindelo (la capitale culturelle du Cap-Vert) aux scènes internatio-nales, Cesária Évora a révélé au monde la richesse de la morna, ce genre musical qui chante volontiers les exils et la nostalgie. Autour de l’orchestre désormais légendaire réunissant les musiciens qui l’ont suivie toute sa vie, un hommage par de grands artistes capverdiens, brésiliens ou angolais.

eVentoHomenagem a Cesária Évoralocal: Philharmonie de Paris - 221 av. Jean Jaurès - 75019 Paris (19h00)

Estreou-se a solo em 2012 com o aclamado “Cin-co Dias e meio”. Dois anos mais tarde regressa com “Crónicas da Cidade Gran-de” e afirma-se com um dos nomes maiores da mú-sica portuguesa e um dos seus compositores mais respeitados; além dos temas escritos para os seus discos e para os discos d’ os Azeitonas, compôs ain-da para Ana moura, António Zambujo e Carminho. o ano passado, em conjunto com António Zambujo, miguel Araújo concretizou a inédita façanha de rea-lizar 28 datas nos Coliseus de lisboa e Porto. Será a estas mesmas salas que regressa em novembro deste ano para apresentar o seu novo álbum. “Giesta”, o terceiro álbum de originais de miguel Araújo. Doze temas compõem este disco em que miguel Araújo nos conduz numa viagem pelas suas “lembranças de pe-queno”. Seguramente um dos álbuns mais aguarda-dos do ano.

mÚSiCAGiestaCantor: miguel Araújo

www.portugalmag.fr • Junho 2017Redescobrir Portugal40

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Manuel DO nascIMentO

Vilar Formoso, vila fronteiriça onde muitas lágrimas aqui ficaram

Através da fronteira Vilar Formoso passam a maior parte das importações/exportações realizadas via terrestre de e para o território português. Em 1859 foi inaugurada a fronteira para a passa-gem de automóveis em Vilar Formoso. A estação férrea de Vilar Formoso terá recebido em 3 de agosto de 1882 a visita do rei D. luís, da rainha D. maria Pia e do príncipe D. Carlos na inauguração da linha de ferro da Beira Alta. A linha férrea da Beira Alta abriu à circulação em 23 de maio de 1886, com a continua-ção da mencionada linha até Salamanca, encontrando nas linhas férreas de Sala-manca a madrid e Paris. o povoamento no território desta freguesia deve ser anterior ao século Xii, embora isso não possa afirmar-se positivamente da povoação sede da freguesia, e, claro está, da Estação, que é, da atualidade. É provável que a primitiva localização da atual povoação de Vilar Formoso tivesse sido nas imediações da vetusta Capela da Senhora da Paz, visto que na primeira metade deste século foram aí encontrados vestígios de construções antigas: alicerces de casas, soleiras de portas, alicerces de azulejos, tijolos de pavimentos, sinal de um povoamento local antiquíssimo. o entorno paisagís-tico de Vilar Formoso é marcado pela típica paisagem da meseta Central (é a unidade de relevo mais antiga da Península ibérica), esta é marcada pelo

Vilar Formoso é uma vila raiana e fronteiriça, e, é o principal ponto de entrada por via terrestre em Portugal.

granito. Contudo, é também uma zona de mineração que testemunhada pela presença das minas de S. João, de onde se procedia à extração de volfrâmio e estanho, que foram intensamente explorados durante a Segunda Guerra mundial, para a extração e exportação do minério de volfrâmio para as po-tências beligerantes, Alemanha nazi e reino Unido. Dada a sua neutralidade, Portugal teve, durante o conflito mun-dial um papel crucial, tendo-se tornado lisboa, entre a queda de Paris e o fim da Guerra, o centro da Europa. nesta fronteira de Vilar Formoso passaram milhares de pessoas na sua rota de fuga do nazi alemão. Se Vilar Formoso foi a principal porta de entrada para quem, vindo da Europa, queria entrar em Portugal, lisboa era o grande objetivo a alcançar. Chegados à fronteira portu-guesa de Vilar Formoso, os refugiados eram questionados pela PVDE ex-PiDE e recebiam instruções relativamente ao seu destino final. A maioria das pessoas eram encaminhadas para residências fixas em zonas balneares, estando no entanto impedidos de trabalhar e sem permissão para sair do perímetro da vila. E assim se passavam os dias num país neutro em tempo de Guerra, um país pouco habituado a receber estran-geiros. Um período único na história re-cente de Portugal que contactou nesses meses de 1940 com o cosmopolitismo europeu. Hoje, passados 77 anos do gesto do Cônsul Geral de Portugal em Bordéus, Aristide de Sousa mendes, os ecos da sua ação continuam a fazer-se ouvir (talvez ainda pouco em Portugal), mas em montreal e Quebeque, onde se encontra a terceira comunidade mais importante de sobreviventes do Holocausto. Vilar Formoso guarda em si um dos exemplares das locomotivas que transportaram esses fugidos mas também emigrantes e gente anónima:

a BA 101, melhor, Beira Alta 101, atual-mente resguardada num “palco” junto à fronteira terrestre e ferroviária.

Pequena cronologia da estação de vilar Formoso: Em 3 de Agosto de 1873, foi assinado um contrato, para a exploração de uma ligação ferroviária entre Estação de Pampilhosa e Vilar Formoso, tendo o contrato definitivo para a construção sido assinado em 31 de março de 1880. tendo este troço entrado ao serviço, de forma provisória, em 1 de julho de 1882; a linha da Beira Alta foi inaugurada, na sua totalidade, entre Vilar Formoso e a Figueira da Foz, no dia 3 de agosto do mesmo ano, pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta. no entanto, só em 24 de maio de 1886 é que foi inaugurada a linha de Vilar Formoso a medina del Campo, estabelecendo a ligação internacional. Em 1932, a Com-panhia da Beira Alta fez grandes obras de reparação no edifício desta estação, e, no ano seguinte, realizou várias obras no cais coberto, tendo a estrutura de madeira sido substituída por uma alve-naria, e sido instaladas portas de correr e um escritório envidraçado no interior. Em 1987, teve lugar a inauguração do espaço dedicado à locomotiva BA - 101, pela ocasião do centenário das ligações ferroviárias do Sud-Express. Em 2004 foi inaugurado o monumento ao Emigrante e à família, da autoria do artista escul-tórico Fernando Pedro. Pela ocasião da Guerra Peninsular, na povoação ou sítio Chão dos mortos, desenrolou-se em 1811 a batalha conhecia por Fuentes de oñoro entre massena e o exército anglo-luso. Esta batalha que devia antes chamar-se de Vilar Formoso (sic) apesar de ganha pelos defensores da independência nacional, valeu muitos prejuízos à freguesia, como já tinha acontecido com a devastação dos desastres das forças napoleónicas de Ju-not e de Soult antes de massena.

41Junho 2017 • www.portugalmag.fr Musique

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www.portugalmag.fr • Junho 2017Direitos do Leitor42

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os netos de portugueses podem ter a nacionalidade originalmente

A lei agora permite ago-ra aos descendentes em 2.º grau a obtenção originária da nacionalidade portugue-sa. Embora essas alterações tivessem sido aprovadas pelo Parlamento ainda em maio de 2017, ainda dependiam da regulamentação para que tivessem validade em novos pedidos.

A aquisição originária e a atribuição por naturalização são as duas formas de se aceder à nacionalidade por-tuguesa, implicando regimes diferentes quanto à comuni-cação aos descendentes.

Enquanto nos casos de nacionalidade originária (os portugueses natos, ou filhos de portugueses nascidos no estrangeiro, por exemplo) essa comunicação acontece ao longo de todos os perío-dos da vida sem restrições, nas naturalizações há efeitos condicionadores, sendo que os portugueses naturaliza-dos só podem transmitir a sua nacionalidade aos filhos menores de idade. Essa é

no último dia 20 de Abril, o Conselho de ministros aprovou modificações introduzidas na lei de nacionalidade que beneficiam os netos de portugueses.

a limitação que a partir de agora já não alcança os netos de portugueses, que podem adquirir a nacionalidade ori-ginalmente.

Para efeitos da lei, os ne-tos de portugueses são os que possuam ao menos um ascendente em 2.º grau de nacionalidade portuguesa, e que não tenha renunciado à nacionalidade. Além disso, o requerente deve demonstrar que possui laços efectivos de ligação à comunidade nacional.

Este critério é o mais sen-sível, pois depende de apre-ciação subjetiva, ou seja, deve ser analisado caso a caso.

A ligação à comunidade nacional pressupõe que o requerente tenha residência legal no território português ou desloque-se regularmen-te para o país, ainda sendo admitidas a sua ligação a uma “comunidade histórica portuguesa no estrangeiro”, ou ainda a sua “participação regular ao longo dos últimos cinco anos à data do pedido

na vida cultural da comu-nidade portuguesa do país onde resida, nomeadamente nas atividades das associa-ções culturais e recreativas dessas comunidades”.

Para além de cumprir com as exigências quanto à ligação à comunidade nacional, é fundamental que o requeren-te manifeste expressamente a sua vontade em querer ser português.

mais ainda, deve ser com-provado que o requerente não tenha sido condenado com trânsito em julgado da sentença, pela prática de crime punível com pena de prisão de máximo igual ou superior a três anos (segundo a lei portuguesa)”. Por fim, deverá inscrever o seu nascimento no registo civil português.

os pedido de naciona-lidade deve ser acompa-nhado de impresso próprio que é obtido no website da Conservatória dos registos Centrais. o requerente deve ainda juntar a sua certidão de nascimento legalizada,

assim como as certidões de nascimento e de casamento dos pais e dos avós da linha portuguesa, além do registo criminal do país de origem, todos legalizados. Por fim, ainda deve apresentar a cópia certificada do seu passaporte estrangeiro e o registo crimi-nal português.

É recomendável que os interessados procurem acon-selhamento jurídico espe-cializado para a reunião dos documentos e apresentação e acompanhamento do pedido.

43Junho 2017 • www.portugalmag.fr Poesia

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Poesia Contemporânea VI «Poesia 61» - (II)

gastão Cruz é um excelente conhece-dor da poesia contemporânea. Um dos seus livros de ensaios e de crítica, «A Poesia Portuguesas hoje», cuja primei-ra edição data de 1973, é uma chave importante para compreender entre outros mais antigos, os poetas contem-porâneos tais como Carlos de oliveira, rui Belo, luisa neto Jorge ou Fiama Hasse Pais Brandão. os temas da sua poesia, quase sempre sobre a guerra, o desespero e a morte, encontram-se presentes em quase todas essas nume-rosas colectas. Primeiro livro publica-do: «A morte Percutiva» (1961).

Gastão Cruz

Ofício Os poemas que não fiz não os fiz porque estava dando ao meu corpo aquela espécie de alma que não pôde a poesia nunca dar-lheOs poemas que fiz só os fiz porque estava pedindo ao corpo aquela espécie de alma que somente a poesia pode dar-lheAssim devolve o corpo a poesia que se confunde com o duro sopro de quem está vivo e às vezes não respira.

Gastão Cruz, em “Escarpas”. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.

Fiama Hasse Pais Brandão Fiama Hasse Pais brandão, é uma das principais figuras da poesia 61. Ela soube repor de uma maneira feliz, as palavras na composição poética, dan-do-lhe ao mesmo tempo uma liber-dade sensível e comtemplativa, bem feminina que se enconta ao longo de toda a sua obra. terçeira compilação publicada: «morfismos» (1961)....Quando Março me dá a nova flor que abre sem palavras a corola, eu comparo-a com o amor que eclode na pupila do olhar em luz e sombra. Todo o ventre é bendito, tanto mais o da primavera do cio de aves e flores. Também o desejo imaginou a língua sem palavras, e que é a do som do Canto e dos poemas. Este diurno Amor está em corpo, e num e noutro, como o pão partido no banquete dos convivas silenciosos que é o de cada um consigo e os outros. Nenhuma coisa ausente o partilha, quando as estações do tempo passam por nós depois da Primavera e param na longa mesa posta para o Verão. Tudo é presença aqui, e o tempo é dia.

Cantos do Canto, 1995

luisa Neto Jorge, falecida prematura-mente em 1989, deixa uma obra extre-mamente sintomática desses anos de renovamento poético. Aquando uma entrevista publicada num suplemento literário, ela referiu-se a «uma revolta das palavras apelando um discurso novo».Esta revolta é uma bandeira que ela agita com audácia em cada um dos seus poemas. Segunda colectânea pu-blicada: «4.a Dimensão» (1961).

Luisa Neto Jorge

O Poema Ensina a CairO poema ensina a cair sobre os vários solos desde perder o chão repentino sob os pés como se perde os sentidos numa queda de amor, ao encontro do cabo onde a terra abate e a fecunda ausência excede até à queda vinda da lenta volúpia de cair, quando a face atinge o solo numa curva delgada subtil uma vénia a ninguém de especial ou especialmente a nós uma homenagem póstuma.

in ‘O Seu a Seu Tempo’

temPoS de PoeSiA – lVi

escolha de isabel meyrellestradução e colaboração de maria Fernanda Pinto IsaBel Meyrelles

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Estabeleça metas - Pre-tende emagrecer? Correr uma prova de 5km, 10km, 21km? melhorar a saúde? Seja qual for sua meta, esta-beleça-a (escreva num bloco de notas), mantenha-se fiel e comemore o progresso. Quanto mais focado estiver, mais difícil será de desistir.

Pense na logística - Pla-neie a sua logística com de-dicação. independentemente de correr no parque ou no ginásio, é importante que este local seja parte do seu caminho diário, estando o mais perto possível ou de casa, ou do trabalho. Desta forma não tem desculpa para faltar aos treinos.

Estabeleça uma rotina - os seus treinos são às se-gundas, quartas e sextas du-rante a manhã? Então deixe a mochila e os acessórios preparados e deite-se mais

É incrível como algumas pessoas após um extenuante dia de trabalho ainda conse-guem ter forças para calçar uns ténis, uns calções e sair para uma corrida. ou mes-mo aquelas madrugadoras que controlam o sono e se exercitam às 6 ou 7 horas da manhã.

Pretende deixar o seden-tarismo e a preguiça mas não sabe como? reunimos várias dicas para o ajudar a começar a correr.

cedo nos dias anteriores. Encare a corrida como um compromisso e vá habitu-ando o seu organismo a esta nova rotina.

Encare o exercício como um presente, não uma obrigação - “Eu não tenho tempo”, é a desculpa mais frequente de quem não con-segue deixar o sedentarismo. É um erro encarar o exercício físico como uma perda de tempo ou como a última das prioridades, quando na verdade é um investimento na sua saúde. Entenda os benefícios que a corrida traz para o corpo, para a mente, e coloque-o no mesmo pata-mar de importância que as horas de descanso e lazer.

Procure acompanhamen-to profissional - A melhor forma de se manter fiel a uma atividade física é tendo acompanhamento profis-

sional. Existem aconselha-mentos desportivos online, personal trainers e ginásios especializados que dão uma ajuda preciosa a emagrecer, a melhorar a saúde e a manter--se motivada.

Inspire-se! - Aproveite as redes sociais para encontrar pessoas que a influenciem a seguir um estilo de vida mais saudável, equilibrado e que compartilhem novas experiências.

Caminhar faz parte do processo - temos a certeza que não consegue aprender a falar uma nova língua em apenas um mês, certo? Com a corrida é a mesma coisa. Para conseguir correr 40, 50 minutos sem parar, é neces-sário treino. Pode parecer frustrante mas faz parte do processo. Seja persistente e acredite na sua capacidade.

lucIa lOPes

Adeus sedentarismo. Vença a preguiça e corra mais.Conheça algumas dicas para vencer a preguiça e tornar-se numa pessoa ativa.

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AGendAA nÃo Perder

le 3/06 À 19HVoir, reVoir / Ver, reVerPerformances chantées, jouées et dansées en extérieur- Cante AlentejanoChant polyphonique traditionnel issu de la région de l’Alentejo, au Portugal. Par les Cantadores de Paris et la Compagnie des rêves lucides.- Vous ne l’emporterez pas au paradisFantaisies autour de l’œuvre de mário de Carvalho. Performances jouées par les acteurs de la Cie Cá e lá. mise en scène : Graça Dos Santos / Costumes : isabel Vieira.Quartier de l’horloge9 rue brantôme 75003 Paris

le 10/06 À 11HCinemA : montAnHAFilm franco-portugais de João Sala-viza avec David mourato e rodrigo Perdigão.Un été brûlant à lisbonne. David, 14 ans, sait que son grand-père va mourir mais refuse de lui rendre visite de peur de le perdre. Sa mère, elle, passe des nuits entières à son chevet. le vide que laisse déjà son grand-père oblige David à devenir l’homme de la maison. MK2 beaubourg50 rue rambuteau - 75003 Paris

le 11/06 À 19HHommAGe À CeSáriA ÉVorAHommage à Cesária Évora avec teófilo Chantre (Cap Vert), Flavia Coelho (Brésil), lura (Cap Vert), Bonga (Angola) et Cesária Évora orchestra.Des bars de mindelo (la capitale culturelle du Cap-Vert) aux scènes internationales, Cesária Évora a révélé au monde la richesse de la morna, ce genre musical qui chante volontiers les exils et la nostalgie. Autour de l’orchestre désormais légendaire réunissant les musiciens qui l’ont suivie toute sa vie, un hommage par de grands artistes capverdiens, brésiliens ou angolais.Philharmonie de Paris221 av. Jean Jaurès - 75019 Paris

le 17/06 À 11HCinemA : VoltA À terrAFilm documentaire de João Pedro Plácido avec Daniel Xavier Perei-ra, António Guimarães, Daniela

Barroso et toute la population du village d’Uz.À Uz, hameau montagnard du nord du Portugal déserté par l’émigration, il ne reste que quel-ques dizaines de paysans. Alors que la communauté se rassemble autour des traditionnelles fêtes d’août, un jeune berger rêve d’amour. mais l’immuable cycle des quatre saisons et les travaux des champs repren-nent vite le dessus...regards sur le cinéma lusophone dans le cadre de Parfums de lisbon-ne. Séance suivie d’une conférence débat avec Jacques lemière.MK2 beaubourg50 rue rambuteau - 75003 Paris

le 18/06 À 17HtereSA PAlmA PereirAConcert par la pianiste teresa Palma Pereira pour son nouvel album En-contro avec des œuvres de mozart et SchumannMaison du Portugal – André de gouveia7 P boulevard Jourdan - 75014 Paris

le 01/07 À 15HPortUGUeSe From SoHoProjection du documentaire « Portu-guese from Soho » de Ana Ventura miranda. Dans le cadre de la clôture des cours de portugais du Centre culturel Camões. En partenariat avec le Arte institute nYC : www.arteinstitute.orgMaison du Portugal André de gouveia7 P boulevard Jourdan - 75014 Paris

le 01/07 À 19H5 P.m. Hotel dA GloriAExposition de photos : Un samedi sur terre de Eduardo Brito. Dans le cadre de Encontros da imagem 2016.Maison du Portugal André de gouveia7 P boulevard Jourdan - 75014 Paris le 02/07 À 15Hmoi + l’AUtre = noUS / eU + o oUtro = nóSVoir et revoir les Variations autour de textes de mário de Sá-Carneiro et de mário de Carvalho. Performances à la criée, par les acteurs de la Cie Cá e lá.Comme à lisbonne,37 rue du roi de Sicile, 75004 Paris

47Junho 2017 • www.portugalmag.fr Publicidade

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www.portugalmag.fr • Junho 2017Lazer48

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Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de ser bas-tante simples, é divertido e viciante. Basta completar cada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a 9. não há nenhum tipo de matemática envolvida.

Sudoku

Solução Edição 84

Pub.

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Diz o filho para a mãe :- mamã, mamã!! na escola chamaram-me mentiroso. - Cala-te que ainda não andas na escola!!

Um dia de manhã, o homem vai à cozinha, encontra a mulher e belisca-lhe o rabo:

- Se fosse mais firme não precisavas de cuecas.no outro dia belisca-lhe as mamas:- Se fossem mais firmes não precisavas de soutien.A mulher farta, no outro dia de manhã belisca-lhe o pénis:- Se fosse mais firme não precisava do teu irmão!!!

P: o que é que o tubarão diz à tubarona?r: -tubaralhas-me!!

Um peixe vai contra outro:- olha por onde andas!!!- Desculpa, tinha água nos olhos.

- o mamã, é o Jesus que nos dá o pão de cada dia?- É, meu filho !- E é a cegonha que nos traz os brinquedos?- É, meu filho !- Então para que serve o papá?!...

P: Sabem porque é que o computador é do sexo feminino?r: mesmo os pequenos erros que a gente comete são guardados na memória para futura referência.

50 PeQUenAS CUrioSidAdeS SoBre o UniVerSo• As nuvens de gás que envolvem os cometas podem ter 15 vezes o diâmetro da Terra. As caudas, por sua vez, podem chegar a 100 milhões de quilômetros de extensão.• Assim como os cometas, as estrelas também podem ter caudas.• Cerca de 150 toneladas de fragmentos de meteoritos caem na Terra todos os anos.• O bairro de Vargem Grande, em São Paulo, nasceu na cratera de um meteorito que se chocou com a terra há 20 milhões de anos.

AdiVinHAEstando a Senhora Dona Branca,

muito rempimpada, veio o Senhor Barbaças,deu-lhe uma bofetada.

A PArEDE E o PinCEl.

ProVÉrBioSJunho calmoso, ano formoso.

Junho floreiro, paraíso verdadeiro.Junho, dorme-se sobre o punho.

Junho, foice em punho.Junta-te aos bons e serás como eles; junta-te

aos maus e serás pior do que eles.

49Junho 2017 • www.portugalmag.fr Culinária

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Quer dar a conhecer as suas receitas aos leitores da Portugal mag? mande-as para [email protected] juntamente com a sua foto e serão publicadas neste espaço.

Salada de Polvo com Batata

AS reCeitAS dA PortUGAl mAG

SUGESTÃO: Recorte as receitas e arquive

torta de Coco com Creme de limão

O Oceano

Bar-RestaurantSpécialités Portugaises

73 bld Gabriel Péri94500 Champigny

sur Marne

Tél.: 01 48 80 87 60

La Grillade

Bar-RestaurantSpécialités Portugaises

92 avenue Louis Blanc94210 Saint Maur

des Fossés

Tél.: 01 48 83 11 76

Les Oiseaux

Bar-RestaurantSpécialités Portugaises

12 place d’Anvers75009 Paris

Tél.: 01 48 78 23 64

recomenda

Le LongchampRestaurant-Bar

Spécialités Portugaises

40 Rue de Longchamp75016 Paris

Tél.: 01 47 27 53 50

Ingredientes: - 4 ovos; - 140g de açúcar; - 100g de coco ralado; - raspa de 1 limão; - 25g de farinha de trigo sem fermento; - 50g de manteiga derretida- Um tabuleiro com 35x23 cm untado com manteiga, forrado com papel vegetal e novamente untado com manteiga

Para o creme :- 3 colheres de sopa de açúcar; - 1 colher de sopa bem cheia de farinha maizena; - 2 gemas de ovo; - 250 ml de leite; - Sumo de 1 limão; - Açúcar para polvilhar

Preparação: Parta os ovos para uma tigela.Junte o açúcar e bata até que fique um

Ingredientes:- 1 polvo com aproximadamente 1.3 Kg- 900g de batata cortada em cubos- 4 ovos cozidos- 1 cebola grande picada- 2 dentes de alho picados- Azeitonas pretas - 80g de pickles cortados em pedacinhos- 1 molho de coentros picados- Azeite - Vinagre - Sal.- Pimenta

Preparação: Coloque o polvo num tacho, leve ao lume baixo e deixe o cozer o polvo na própria água, durante 1 hora. numa panela com água, temperada com sal, coloque as batatas a cozer durante 10 minutos.

Coloque as batatas escorridas numa tigela e deixe arrefecer. Passado 1 hora, retire o polvo do tacho e corte-o em pedacinhos, coloque numa travessa e junte a cebola picada, os alhos picados, os coentros picados, tempere com bastante azeite e com vinagre. mexa bem tudo e junte as batatas e algu-mas azeitonas, 2 ovos cozidos cortados em pedacinhos e junte metade dos pickles. tempere tudo com pimenta e envolva tudo com cuidado para não partir a batata. Depois de tudo bem misturado, rectifi-que os temperos, de azeite e vinagre. Decore com os restantes pickles, azeito-nas e com gomos de ovo cozido. Por fim, polvilhe com coentros picados. leve ao frigorifico entre 2 a 3 horas.

Bom apetite! lembre-se que em dias de muito calor, deve comer refeições ligeiras.

creme fofo.Adicione o coco ralado, a raspa de limão, a manteiga e a farinha. Bata até que tudo fique bem misturado. Espalhe a massa no tabuleiro. leve ao forno pré-aquecido nos 190º e deixe cozer entre 10 a 13 minutos.Entretanto, faça o creme.num tachinho, misture o açúcar, a farinha maizena, as gemas, o sumo de limão e o leite. leve ao lume e sem parar de me-xer, deixe engrossar. Quando começar a borbulhar, retire e deixe arrefecer. Depois da torta cozida, retire-a. Desenforme sobre um pano polvilhado com açúcar. Com cuidado, enrole a torta. Coloque a torta num prato e deixe arrefecer. Sirva a torta cortada às fatias e com o molho por cima.

tempo de preparação: 80 minutos ingredientes: 6 pessoas

tempo de preparação: 30 minutos

ingredientes: 6 pessoas

balanceVous aurez envie de vous poser et de vous reposer, mais des impératifs

domestiques et familiaux ne vous en laisseront peut-être pas le loisir! Vos proches n’iront pas toujours dans votre sens -et vos collègues non plus.

Scorpionil se passera des choses sérieuses dans votre vie, ce mois-ci. D’un point de vue affectif,

vous pourriez vous stabili-ser, trouver votre moitié, celle qui saura transpercer vos défenses... et aussi vous don-ner énormément de plaisir.

SagittaireUn mois de juin ca lme, tout du moins au niveau de l’action pure. Après le coup de

collier de mai, vous prenez le temps de savourer la vie et ses bonnes choses.

CancerJuin sera actif, dy-namique, offensif presque. Au niveau familial, il y aura

sans doute pas mal d’action et de remue-ménage: votre «tribu» vous occupera beau-coup; vous la guiderez de main de maître.

lionAprès un mois de mai très riche, vous aurez envie de baisser la garde

et de profiter pleinement des plaisirs de la vie... quitte à en abuser un peu. A partir du 7, vous devenez un tantinet nonchalant.

ViergeJuin sera beaucoup plus carré, posé et rassérénant que mai, notamment

au niveau sentimental. Dès le 7, Vénus et mars vous parlent une langue que vous aimez, vous apportant sur un plateau des histoires de coeur char-nelles, solides et apaisantes.

www.portugalmag.fr • Junho 2017Horóscopo50

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CapricorneUn mois positif et constructif, même si vous serez aux prises avec pas mal

d’oppositions. Au boulot, vous devrez batailler ferme pour faire valoir votre point de vue et votre bon droit.

VerseauJuin vous semblera sans doute un peu trop tranquille, voire laborieux.

Au travail, les discussions et réflexions menées seront intéressantes, mais non sui-vies d’effets immédiats: un peu frustrant!

PoissonVos amours sont à l’honneur dès la deuxième se-maine du mois.

les démonstrations d’af-fection et de tendresse seront abondantes. les couples seront dans une logique de construction; les solos rechercheront la fiabilité.

bélierAu travail, votre activité devrait se ralentir une fois passé le coup de feu de la première

semaine: vous devrez alors prendre le temps de matu-rer vos projets.

Taureaumagnifique mois pour vous! Dès le 7, Vénus entre dans votre signe:

en harmonie avec mars, il décuple votre joie de vivre et favorise vos amours, qui deviennent extrêmement sensuelles.

gémeauxla première se-maine de juin est sur la lancée de mai: vibrante, ac-

tive, éclectique, passion-née. le rythme de vos activités se ralentit ensuite, la ronde de vos sentiments aussi.

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