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ChACun DE noS CliEntS méRitE unE AttEntion uniquE.

DirectorPedro António

Director de redação Frankelim AmArAl

Director cultural Adélio Amaro

Propriedade e Edição

Sede 97 avenue Emile Zola, 75015 Paris

Contactostél. Comercial : 06 63 78 17 13 tel. informação: 06 08 91 15 50

[email protected]

www.facebook.com/portugalmagazine

Journalistes accrédités auprès de l’UNESCO

ColaboradoresGuida Amaral, lucia lopes, Angélique David-Quinton,

manuel moreira, Susana Alexandre, mario Cantarinha, manuel do nascimento,

maria Fernanda Pinto, Diana Bernardo, luís Gonçalves,

José luís Peixoto, isabel Alves, isabel meyrelles, Cristina Branco,

Fabio Jesus, teresina Amaral, inês oliveira

Portugal Magazine é uma publicação mensal gratuita

Agence de Presselusa

ISSN2105-7761

INPI 16/4311957

Tiragem15.000 exemplares

todos os direitos reservados

os textos assinados são da responsabilidade dos autores e não reflectem, necessariamente,

a opinião da revista.

A revista bilingue da comunidade portuguesa em França

COlAbOrE NA POrTUgAl MAg!A Portugal magazine está aberta à colaboração.

Colabore enviando artigos, crónicas, textos associativos ou ligados às artes em geral. Para submissão de textos, deve--se enviar um e-mail para [email protected] com o nome completo do autor e uma foto. Se você é fã de algum assunto ou gosta de escrever, envie-nos seus artigos e atinja

mensalmente mais de 50 mil leitores !

Encontramo-nos no mês de novembro, na véspera das festas de fim de ano, e com esta edição, a Portugal magazine festeja os seus oito anos de existência ! oito anos duma longa caminhada ao serviço da nossa comunidade, na divulgação da nossa cultura, servindo de elo entre todos os portugueses, entre aqueles que têm algo a dizer e os que desejam saber, entre Portugal e França. Aproveitamos esta data especial para agradecer, uma vez mais, a todos os que nos acompanham, aos nossos queridos colaborado-res assim que anunciantes que nos fazem confiança.

nesta véspera das festas nata-linas, chegou a altura de começar a pensar nas prendas a oferecer ao fim do ano aos familiares, amigos e crianças, que estas guardem ain-da por muito tempo a inocência de acreditar no Pai natal. não se esqueça que o valor dum presente não se mede ao preço que custa, mas ao amor que se ressente ao oferecê-lo, por isso mesmo uma palavra ou gesto de carinho, pode ser um presente eterno!

nosso destaque este mês vai para a apresentação no Salão no-bre da Casa do Alentejo em lisboa do livro “o Dever de memória/le devoir de mémoire” de Valdemar Francisco editada pela Portugal mag Edições, na presença do Presidente da república, marcelo rebelo de Sousa, autor do prefá-cio, e que apresentou o autor e a obra, perante mais de 200 pessoas, muitas delas residentes em Fran-ça, livro que serve de homenagem à grande aventura dos emigrantes portugueses em França.

Em destaque também nesta edição o concerto de Carlos do Carmo no passado dia 4 de no-vembro no Grand rex de Paris, ar-tista que dispensa apresentações devido à sua longínqua experiên-cia em cima do palco e que nessa noite fez brilhar os olhos e inchar o coração de bem estar de todos os presentes. mais destaques e artigos a ler nesta edição.

Boa leitura e visite o nosso site em www.portugalmag.fr

Pedro Antóniodiretor

FrAnkelim AmArAldiretor de redAÇÃo

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Índice4

Preservar e divulgar a lusofonia em França

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2017, o ano em que o fogo quei-mou história, bens e vidas, ficam

as cinzas de dor e desespero

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La Banque BCP contribue au programme de reboisement du Portugal

‘Nem tudo acontece por acaso’ apresentado no Consulado Geral de Portugal

Candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultu-ra em 2027 apresentada no Carrousel do Louvre

Parlamento aprova museu nacional da emigração e nova abordagem para ensino da história da emigração

PSD recomenda criação de programa de apoio a portugueses que regressem de países em crise

Banda desenhada sobre a emigração portuguesa “Maria et Salazar” do autor francês Robin Walter

Obra de Rui Zink “A Instalação do Medo” premiada em França

WebSummit 2017 recebe cerca de 60 mil participantes

Paris recebeu prémio de cidade inovadora na Web Summit 2017

Délices d’Olympe, a resposta indicada para a sua festa

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Laureva Dragées organise pour la 5ème fois le Salon du Mariage LOVE SWEET LOVE

Lecoq, rapper português gravou videoclip em Paris

Johnny estreia video clip “Louca, louca”

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Chegou a vez dos CALEMA!

Flávia Coelho espalhou magia em Pontault-Combault

Rencontre multi thèmes à Houilles

Emigrante José Cruz Antunes um dos principais responsáveis pelo Campo de Atividades Radicais

em Guarda para 2018

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Carlos do Carmo em Paris

Presidente da República apresentou livro de Valdemar Francisco da Editora Portugal

Mag Edições

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5Novembro 2017 • www.portugalmag.fr Environnement

Preservar e divulgar a lusofonia em França

la Banque BCP accompagne l’institut Portugais de Conservation de la nature et des Forêts (iCnF) et contribue au programme de reboisement du Portugal.

la Banque BCP contribue au programme de reboisement du Portugal

Une cérémonie à Sintra en présence de luís Capoulas Santos, ministre de l’Agriculture, des Forêts et du Déve-loppement rural Portugais et Jean-Phi-lippe Diehl, Président du Directoire de la Banque BCP. la cérémonie s’est clôturée par la plantation symbolique d’un arbre dans la forêt de Sintra (Parque da Pena).

2017, une année noire pour le Portugalle Portugal a connu à la mi-juin le

feu de forêt le plus meurtrier de son his-toire. Plus de 50 000 hectares de forêts et de végétations ont été dévastés dans la région Centre du pays. le 15 octobre dernier, le Portugal est à nouveau en proie à plus de 500 incendies ou départs de feu dans les régions nord et Centre du pays. le bilan à ce jour est lourd avec une centaine de morts, de nombreux blessés et près de 420 000 hectares brulés sur tout le territoire.

des chiffres alarmantsEn 2003, les incendies avaient déjà

dévasté près de 425 000 hectares du ter-ritoire portugais.

Selon les données de l’EFFiS (the Eu-ropean Forest Fire information System), qui se base sur des relevés satellites, la surface brûlée au Portugal en 2016, re-présentait la moitié de la zone incendiée de 28 pays de l’Union Européenne.

l’institut Portugais de Conserva-tion de la nature et des Forêts (iCnF) a indiqué que 98% des incendies sont

d’origine humaine: ce sont des accidents dans 56% des cas et des feux intention-nels pour 42% d’entre eux.

l’engagement de la Banque BCPDepuis 2009 la Banque BCP accom-

pagne l’iCnF dans son action de sensi-bilisation sur la protection de l’environ-nement et la lutte contre la déforestation. A travers une campagne « Planter un arbre au Portugal avec la Banque BCP », elle s’engage à verser 1€ à l’iCnF pour chaque client, détenteur d’un livret A.

la Banque BCP souhaite rappeler l’impact néfaste que peut avoir un acte d’inattention ou mal intentionné. Les arbres représentent une ressource vitale pour notre société. Il en est de notre respon-sabilité de préserver notre environnement naturel souligne Jean-Philippe Diehl, Président du Directoire de la Banque BCP. la banque investit, entre autres, dans sa transformation digitale. En pri-vilégiant le numérique elle souhaite avoir un impact positif sur l’environ-nement en réduisant sa consommation de papier. Banque BCP-16, rue Hérold 75001 Paris - tel 01 44 20 50 50 SAS à Directoire & Conseil de Surveillance au capital de 126.955.886 euros. r.C.S Paris B 433.961.174 Agir ensemble pour l’Homme et l’environnement.

Agir ensemble pour l’Homme et l’envi-ronnement

Dans la continuité de sa politique

de sensibilisation et face au désastre des récents incendies, elle affirme son engagement auprès de l’iCnF. Jean-Phi-lippe Diehl, Président du Directoire de la Banque BCP, a rencontré le 3 novembre dernier luís Capoulas Santos, ministre de l’Agriculture, des Forêts et du Déve-loppement rural Portugais pour re-mettre un don de 63 853€. Un arbre a été planté symboliquement dans la forêt de Sintra par luís Capoulas Santos et Jean-Philippe Diehl rappelant l’importance d’agir directement pour l’environne-ment et sensibiliser le public sur l’impact que la déforestation engendre sur le cli-mat, la biodiversité, la santé et l’emploi.

A propos de l’institut de Conservation de la nature et des Forêts

l’iCnF est une organisation qui a pour vocation de protéger l’environne-ment et de lutter contre la déforestation au Portugal. Elle souhaite par ses actions avoir un impact positif sur l’environ-nement et contribuer ainsi à créer un monde plus sain et plus durable.

Parmi tous les projets en charge de l’iCnF, les projets de reboisement visent à restaurer des forêts dégradées et partici-per au développement socio-économique. Ces initiatives sont conduites localement par des partenaires privés (entreprises sociales, onG…) en lien avec des acteurs publics (mairies). les arbres plantés sur le terrain sont suivis dans la durée par des experts et techniciens forestiers.

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Literatura6

Preservar e divulgar a lusofonia em França

‘nem tudo acontece por acaso’ apresentado no Consulado

Geral de Portugal

A obra foi apresentada por luísa Semedo, Conselheira das Comunida-des Portuguesas e vencedora do Pré-mio literário e de ilustração Eça de Queirós.

António de Albuquerque moniz, Cônsul Geral de Portugal em Paris, elogiou o autor, dizendo que “é um dos escritores que mais produz na nos-sa Comunidade”.

o romance “nem tudo acontece por acaso” é o primeiro romance de manuel do nascimento, editado pelas Edições Colibri da Faculdade de letras de lisboa. numa viagem a lisboa, o narrador, através de uma conversa de um mendigo (um sábio mendigo lisbo-eta) com uma senhora loira, numa es-planada de um café lisboeta, encontra a chave de um mistério familiar “anti-quíssimo” – um século – e transporta--nos através de estórias que vão dos

tempos mais antigos - em que os ricos tinham todas as licenças e os pobres todas as multas - até aos nossos dias. As duas guerras mundiais, as guerras da África portuguesa, o Estado novo, a emigração de sonho - que muitos pen-saram ser o fim da miséria mas foram encontrá-la nos países de acolhimento -, as lendas, as tradições, os jardins, os miradouros lisboetas e o 25 de Abril de 1974, são alguns dos momentos e carac-terísticas da história de Portugal que o narrador tem a oportunidade de conhe-cer nesta viagem à capital portuguesa.

Este é um romance que recorda momentos históricos que, segundo o autor, são narrados de uma forma sim-ples, sem “estridências intelectualizan-tes”. manuel do nascimento acredita que “o conhecimento faz os homens sábios e a humildade faz os grandes homens” tentando o autor “aliar as

duas”. nesta obra, o autor deixa “co-nhecimento, sentimentos, emoções e saudade”.

manuel do nascimento refere que teve “uma boa apresentadora, e o de-bate foi construtivo, visto que o públi-co presente esteve atento”.

Salienta ainda que as vendas têm tido bom ritmo “quer em França quer em Portugal”.

Em conjunto com a Biblioteca da Faculdade de letras de lisboa, “es-tamos a preparar uma apresentação em lisboa em 2018 na dita biblioteca. tive também uma proposta para uma palestra em 2018 na Universidade de rennes com os alunos de português (a pedido de uma professora de Portu-guês), onde um capítulo do meu livro foi escolhido para debater com eles.

Por agora, são todas as novidades”, disse à Portugal magazine.

o romance «nem tudo acontece por acaso», de manuel do nascimento, foi apresentado no Consulado Geral de Portugal em Paris.

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www.portugalmag.fr • Novembro 2017Cultura8

Preservar e divulgar a lusofonia em França

Candidatura de Évora a Capital europeia da Cultura em 2027

apresentada no Carrousel do louvre

A apresentação da intenção de can-didatura da cidade foi feita naquele que é o maior salão mundial de patri-mónio, no Carrousel do louvre.

numa conferência sobre o projecto, integrada na programação do certame, foi feita a apresentação.

o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, não esteve presen-te, por motivos pessoais de força maior, tendo sido “substituído” por Eduardo luciano, Vereador com os pelouros da Cultura, Património, Centro Histórico, turismo, Gestão urbanística, ordena-mento do território e Fiscalização.

A moderar a conferência esteve

A cidade de Évora anunciou oficialmente a sua intenção de se candidatar a Capital europeia da Cultura em 2027 no Salão internacional do Património Cultural, em Paris, França.

Catarina Valença, assistente técnica da candidatura de Évora, que come-çou por salientar o que a cidade tem de bom, e divulgando as actividades agendadas para 2018.

na mesa estiveram também Antó-nio Ceia da Silva, o presidente da En-tidade regional de turismo do Alente-jo e ribatejo, e Vitor Silva, Presidente da agência de Promoção turística do Alentejo.

na plateia, várias personalidades de relevo no campo do turismo e as-sociados.

A comissão executiva integrou uma delegação municipal, a Entida-

de regional de turismo do Alentejo e ribatejo, Agência regional de Promo-ção turística do Alentejo, Comissão de Coordenação de Desenvolvimento regional do Alentejo, Comunidade intermunicipal do Alentejo Central, Direção regional de Cultura do Alen-tejo, Fundação Eugénio de Almeida e a Universidade de Évora.

o centro histórico de Évora come-mora este ano o 31.º aniversário da classificação como Património mun-dial, pela organização das nações Unidas, para a Educação, Ciência e Cultura (UnESCo).

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www.portugalmag.fr • Novembro 2017Museu10

Preservar e divulgar a lusofonia em França

A Assembleia da república e o Governo ficam assim vinculados a duas iniciativas que apresentam um grande potencial para transformar a relação entre Portugal e as suas comunidades espalhadas pelo mundo e para que se possa fazer uma pedagogia no sentido de conhecer, valorizar e dignificar todo o contexto da emigração portuguesa, ao longo dos séculos e para os quatro cantos do mundo.

As iniciativas legislativas para a criação de um museu nacional da emigração e para o reforço do ensino da história da emigração nas escolas, de que sou o primeiro subscritor, foram,

dia 27 de outubro, aprovadas no plenário da Assembleia da república.

A criação de um museu nacional da Emigração, ou da presença portuguesa no mundo, e o ensino da história da emigração nas escolas têm uma função pedagógica complementar essencial para que a sociedade e as instituições possam conhecer e compreender um fenómeno que a todos diz respeito e que a todos deve mobilizar, no país e nas comunidades.

Um museu nacional da Emigra-ção deverá ser um lugar de cultura e de turismo, moderno e interativo, com espírito positivo, e ser um lugar de debate, reflexão e investigação. A condição de museu nacional, portanto, com o enquadramento do Estado, será fundamental para garantir a sua estabilidade e sustentabilidade, isto é, a sua capacidade financeira, recursos técnicos e equipas competentes para dar vida ao museu, que são as maiores dificuldades dos museus municipais dedicados à emigração.

Quanto ao ensino, no contexto do projeto de flexibilização curricular, há agora a oportunidade para que a his-tória da emigração passe a ser ensinada com uma nova abordagem, que per-mita conhecer como evoluiu nas suas diversas facetas, da sua repercussão cultural ao seu valor económico, da sua dimensão humana à sua importância política e diplomática, entre outros aspetos.

É da maior importância que a escola faça a pedagogia que ainda não foi feita, dando a conhecer, valorizando e dignificando aqueles que no passado foram sempre estigmatizados, parti-cularmente no século XX durante os tempos da ditadura.

A iniciativa legislativa sobre a cria-ção de um museu nacional da Emi-gração foi aprovada com a abstenção do CDS-PP, PCP e PEV e o ensino da História da Emigração nas escolas foi aprovado por unanimidade.

Parlamento aprova museu nacional da emigração e nova abordagem

para ensino da história da emigração

Paulo PiscoDePutaDo Do Ps eleito

Pelo circulo Da euroPa

11Novembro 2017 • www.portugalmag.fr Política

Preservar e divulgar a lusofonia em França

PSd recomenda criação de programa de apoio a portugueses que regressem

de países em crise

no projeto de resolução apresentado ao Governo, os deputados do PSD refe-riram que “a dimensão da diáspora por-tuguesa e a presença nos mais variados países, incluindo muitos em que vão sur-gindo graves situações humanitárias em resultado de delicadas crises económicas e políticas, justificam uma atitude dife-rente e mais estruturada de Portugal no contexto do enquadramento dos cidadãos nacionais provenientes de tais países”.

“A verdade é que estamos a ser confrontados com casos com enorme dramatismo, de que são exemplos a África do Sul, em vários momentos, e hoje, muito especialmente, a Venezuela e, embora sem a mesma dimensão, Angola, moçambique e várias ilhas das Caraíbas”, indicam no texto.

os deputados do PSD que subscreve-ram a proposta consideraram que, para estes portugueses na diáspora “falta um programa estruturado e organizado, coor-denado naturalmente pelo Governo”, mas que envolva também as autoridades regionais, os municípios e as instituições de solidariedade social.

Para tal acompanhamento, o projeto de resolução do PSD sugeriu a criação de equipas especializadas de apoio à integração social, em zonas particular-mente afetadas por regresso em massa de cidadãos nacionais residentes em países

deputados do PSd recomendaram ao Governo a criação de um programa especial de apoio a portugueses que são forçados a fixar-se em Portugal devido a graves crises políticas, económicas e humanitárias nos países de acolhimento.

especialmente afetados por graves crises.também consideraram necessário o

acesso a apoios específicos, atribuídos aos agregados familiares que se vejam obrigados a fixar-se em Portugal, tendo em consideração a sua dimensão e os níveis de carência verificados.

outra medida a ser adotada seria a criação na rede de centros de emprego de equipas especializadas para o trata-mento de casos de cidadãos deslocados do estrangeiro, que desconhecem o orde-namento jurídico nacional e por vezes a própria língua portuguesa, que possam orientá-los na procura de soluções profis-sionais adequadas.

também sugeriram o envolvimento dos organismos municipais, associações empresariais e demais entidades que possam contribuir na integração destes portugueses e suas famílias em Portu-gal, gerando inclusivamente a criação de empresas e negócios por parte desta

diáspora.“Criar mecanismos, mais céleres do

que os atuais, de reconhecimento de habilitações académicas e profissionais, articuladamente com as universidades, institutos politécnicos e ordens profis-sionais, que encurtem significativamente os habituais tempos de apreciação destes processos”, indicou-se no projeto de resolução.

os deputados consideram fundamen-tal “identificar com urgência estabeleci-mentos de apoio à terceira idade, a crian-ças e jovens com necessidades educativas especiais e à primeira infância (…)” para o acompanhamento destes cidadãos deslocados e que possam enquadrar rapidamente as situações mais delicadas.

também acreditam ser importante o acesso assistido aos estabelecimentos do Serviço nacional de Saúde, além da isenção ou redução do pagamento de emolumentos consulares na obtenção dos documentos de identificação e de via-gem indispensáveis para a saída destes cidadãos dos países onde residem, em situações de evidente urgência.

Além disso, propuseram “a identifi-cação, conjuntamente com os municípios, de um número significativo de soluções habitacionais” que possam albergar os casos que não disponham de habitação própria.

adElaidE martins

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Cultura12

Preservar e divulgar a lusofonia em França

l’association portugaise l’A.C.d.P (Association Culturelle des Portugais) et la ville de Houilles ont conjointement organisé du vendredi 6 au dimanche 8 octobre une rencontre

multi thèmes dans la salle le triplex de la ville de Houilles.

l’exposition permanente, sur trois jours, du vendredi au dimanche, multi thèmes, fut l’occasion pour le public de découvrir les nombreux stands et d’échanger avec les artistes et auteurs présents. De multiples thèmes étaient ainsi exposés tels que la peinture, la sculp-ture, la littérature, la musique, la mode, la broderie ou bien encore la gastronomie.

Au-delà de l’exposition, l’organisation affichait de nombreux évènements tous les jours. Un concert de Fado le vendredi soir, un dîner dansant le samedi soir et le dimanche un défilé de chaussures portu-gaises ainsi qu’un concert de l’Escola Pro-fessional de Celorico de Basto.

la littérature lusophone de France était bien représentée par la présence des écrivains manuel do nascimento, ma-nuel Sousa Fonseca, Antonio De Sousa, Altina ribeiro et inês oliveira.

manuel Sousa Fonseca, écrivain, poète et journaliste est aussi membre actif de l’association A.C.D.P. il a accepté de répondre à Portugal magazine.

interview de manuel Sousa Fonseca - Propos recueillis par Antonio De Sousa.

Quel est votre rôle au sein de l’asso-ciation A.C.D.P. de Houilles ?

Je dirige le magazine mensuel de l’as-sociation, qui se nomme Bilingue et qui est publié depuis 21 ans. Je fais également parti de l’organisation de la rencontre multi thèmes.

Comment est née la rencontre multi thèmes ?

En 2005, nous avons décidé de lancer cette manifestation. l’idée était d’organi-ser des journées où tous les arts et toutes les formes de spectacles pouvaient y trou-ver leur place. Comme nous ne savions pas dans quel type classer cette manifes-

tation, comme il y avait un peu de tout, nous avons ainsi eu l’idée de la nommer multi thèmes. Depuis nous organisons tous les deux ans cette rencontre.

Quel est l’objectif de cette ren-contre ?

Connaissant le milieu associatif por-tugais, nous savions que la majeure partie des associations se centraient sur le folk-lore et le sport. A l’époque j’ai échangé avec manuel do nascimento, historien, et odette Ferreira, peintre, tous deux alors membres de l’association. Etant moi-même écrivain, nous avons alors voulu faire quelque chose de différent. Au-delà, nous avons voulu, dès le départ, faire une rencontre ouverte, qui ne soit pas exclusi-

vement pour la communauté portugaise. C’est ainsi que vous avez des artistes de diverses nationalités, de diverses com-munautés. nous avons ainsi voulu que notre communauté porte l’organisation, pour toutes les autres communautés inté-ressées.

Avez-vous des soutiens pour organi-

ser la rencontre ?Au niveau de la communauté por-

tugaise, nous n’avons pas demandé de soutien particulier. le principal soutien est la ville de Houilles qui nous met à dis-position l’espace pour la rencontre et qui nous appuie dans la logistique. il y a bien sûr aussi tous les sponsors qui nous sou-tiennent et qui nous permettent de garder l’entrée gratuite.

Que représente la communauté por-tugaise à Houilles ?

Comme dans la plupart des villes de la région parisienne, la communauté portugaise est très présente. A Houille, elle doit représenter environ 10 à 15% de la population. Elle représente un poids économique important. Sur le plan cultu-rel, la communauté reste encore trop dis-crète. C’est pourquoi nous espérons aussi avec la rencontre multi thèmes contribuer au développement culturel de la commu-nauté.

Avez-vous constaté une évolution dans l’intérêt des visiteurs ?

Je pense qu’il y a effectivement une évolution. Par exemple, il y a quelques années, il n’y avait pratiquement que des portugais qui venaient au dîner dansant. Aujourd’hui, il y a beaucoup de français qui viennent. notre savoir-faire est de plus en plus connu et reconnu. notre ca-pacité à organiser cette rencontre et l’ou-verture que nous proposons ont contri-bué aussi à cette évolution des visiteurs.

rencontre multi thèmes à Houilles

manuEl sousa fonsEca antónio dE sousainês olivEira

E altina ribEiro manuEl do nascimEnto

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Banda Desenhada14

Preservar e divulgar a lusofonia em França

Banda desenhada sobre a emigração portuguesa “maria et Salazar” do autor francês robin Walter

A personagem maria é baseada na sua “segunda mamã”, uma “amiga da família”, que trabalhou como emprega-da doméstica na casa dos seus pais du-rante mais de 30 anos.

“Baseei-me no percurso de maria, que é uma amiga da família e foi du-rante 30 anos a empregada doméstica dos meus pais e que eu e os meus ir-mãos consideramos como uma segun-da mamã. Quando quis falar sobre este tema, pedi-lhe a ela e ao seu marido para me contarem as suas histórias”, disse robin Walter, de 38 anos.

Quando os seus pais decidiram ven-der a casa onde cresceu, em Champig-ny-sur-marne, nos arredores de Paris - uma cidade onde vivem muitos por-tugueses - robin Walter questionou-se sobre o que iria acontecer a maria e de-cidiu saber mais sobre o que levou esta portuguesa a ir para França, assim como tantos milhares de portugueses nos anos 1960 e 1970.

o resultado foi um romance gráfico que tem como pano de fundo “a mais longa ditadura moderna da Europa oci-dental”.

robin Walter optou por uma nar-ração biográfica e autobiográfica, reto-mando as suas conversas com maria e o seu marido, manuel, os testemunhos de amigos lusodescendentes, o visio-namento dos documentários do cine-asta da emigração José Vieira, as idas à biblioteca e ao museu da História da imigração, em Paris, tendo procurado ser fiel ao tom dos relatos que ouvia e evitando fazer “uma banda desenhada sombria”.

“nos testemunhos de maria e do seu marido, ainda que falassem das dificul-dades em Portugal, das priva-ções de liberdade durante Sala-zar, não senti grande rancor ou revolta. Havia uma suavidade no seu relato, uma nostalgia porque Portugal continuava a ser o Por-tugal da sua juventude - mesmo conscientes do que era esse Por-tugal politicamente - mas havia essa suavidade, talvez fosse a fa-mosa saudade. Ao nível do tom,

o autor francês robin Walter lançou a banda desenhada “maria et Salazar”, inspirada na vida de uma emigrante portuguesa que chegou a Paris em 1972 e que resume a história

de milhares de portugueses em França.

robin WaltEr

tentei transmitir essa ideia”, descreveu.“De forma geral, quando comecei a

trabalhar vi que a história da emigração portuguesa em França é pouco tratada em tudo o que é media popular e até no cinema. Houve o filme ‘Cage Dorée’ [?A Gaiola Dourada’], mas há pouca coisa e acho que é devido ao facto de os portu-

gueses terem uma grande vontade de se integrarem e de serem muito discretos”, continuou.

robin Walter apontou, ainda, que “os franceses não se interessaram ou in-teressaram-se pouco” pelos portugueses e pela história recente de Portugal relati-vamente a outros países.

A partir das vidas de maria e ma-nuel, o autor acabou por resumir o per-curso de tantos milhares de portugueses que foram para França: a viagem clan-destina “a salto”, a passagem da carri-nha dos bancos portugueses no bairro de lata de Champigny-sur-marne, a in-compreensão do maio de 68 para muitos portugueses, a política do Estado novo relativamente à emigração, o sonho de regressar a Portugal e “o fim da ilusão”: “Com o tempo, o país que deixámos tor-na-se no país onde não voltamos”.

“os testemunhos dos meus amigos têm vários pontos em comum. os pais ou os avós chegaram a França nos anos 1960. Sempre por razões económicas, para escapar à miséria. Para alguns de-les, o medo dos combates em Angola ou em moçambique também foi uma razão para fugir ao longo serviço militar de três anos”, lê-se no livro.

“maria et Salazar”, publicado a 11 de outubro, está a ser apresentado em vá-rias livrarias francesas, sendo hoje apre-sentado na livraria BD nEt Bastille, e vai estar presente em festivais franceses de Banda Desenhada, nomeadamente o Festival Quai des Bulles de Saint-malo, de 27 a 29 de outubro, e o Festival inter-nacional de Banda Desenhada de An-goulême, de 25 a 28 de janeiro de 2018.

o livro, publicado em França pela editora Des ronds dans l’o, deverá ser

lançado em Portugal no próximo ano.

robin Walter é o autor de “KZ DorA”(2010 e 2012), dois livros sobre a deportação de resistentes para os campos de concentração nazis, baseados na história do seu avô Pierre Walter. o desenhador também fez uma banda desenhada sobre o futebol intitulada “Prolongations”.

15Novembro 2017 • www.portugalmag.fr literatura

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obra de rui Zink “A instalação do medo” premiada em França

A obra “A instalação do medo”, de rui Zink, foi uma das obras distinguidas no les Utopiales, Festival international de Science-Fiction, em nantes, no noroeste de França.

o livro “A instalação do medo” (2012), tradu-zido para francês por maïra muchnik, «l’installation de la peur», foi editado no ano passado em França, pela editora Agullo, e recebeu o Prémio Utopiales.

“Dois homens batem à porta. ‘Bom dia, minha sen-hora, viemos para instalar o medo. E, vai ver, é uma categoria’”, assim síntetiza a editora portuguesa teodoli-to, a sinopse da obra de rui Zink, de 56 anos.

na área da literatura, o Festival distinguiu ainda o romance «le Contrat Anto-nov-201», de Feldrik rivat, a autora Becky Chambers, pela série «Voyageurs» («l’Espace d’un an» (t1) e «librations» (t2), e taï-marc le thanh, por «le Jar-din des Épitaphes».

o palmarés do festival está disponível em www.utopiales.org.

rui Zink é Professor Au-xiliar na Faculdade de Ciên-cias Sociais e Humanas da Universidade nova de lis-boa (desde 1997), licenciou-se na mesma Universidade em Estudos Portugueses (1984) e obteve os graus de mestre em Cultura e lite-ratura Popular (com tese sobre José Vilhena em 1989) e de Doutor em literatura Portuguesa (com uma tese sobre Banda Desenhada em 1997, sendo a primeira a ser apresentada em Portugal sobre o tema).

Foi igualmente Professor do Ensino Secundário (1983-1987), leitor de língua Por-tuguesa na Universidade de michigan (1989-1990) e Pro-

rui Zink

fessor Convidado na Uni-versidade de massachusetts, Dartmouth (2009-2010).

É creditado como um dos pioneiros – ou o – dos cursos de «escrita criativa» em Portugal, no início da década de 90, primeiro na FCSH e depois na Aula do risco. Hoje dá seminários ocasionais na Escola de Verão da FCSH-Unl ou em outros países.

Enquanto escritor, foi autor de vários livros, de entre os quais, ensaios e ficção, se salientam tal-vez os romances Hotel lusitano (1987), Apoca-lipse nau (1996), o Sup-lente (1999) e os Surfis-tas (2001), e a novela o Ani-

baleitor(2006).Colaborou ainda em

jornais e revistas, entre os quais o semanário o inde-pendente (1991) e a revista K (1992). Enquanto tradu-tor, traduziu obras de matt Groening, Saul Bellow e richard Zenith.

rui Zink recebeu o Pré-mio do P.E.n. Clube Portu-guês pelo romance Dádiva Divina (2005), e representou Portugal em eventos como a Bienal de São Paulo, a Feira do livro de tóquio ou o Edimburgh Book Festival. Em 2011, foi monitor de dois seminários de escrita no Cairo e, nesse mesmo ano, a convite da organização, o escritor português presente no Parlamento Europeu de Escritores em istambul.

Com António Jorge Gon-çalves, criou as novelas grá-ficas rei e Arte Suprema.

Em 2012 publicou A ins-talação do medo (levada aos palcos em encenação de Jorge listopad), livro segundo da tetralogia sobre a crise iniciada em 2008 com o Destino turístico, continuada em 2014 com A metamorfose e outras Fer-mosas morfoses e concluída em 2015 com a novela osso.

o livro sagrado da Fac-tologia é sua mais recente obra, publicada em feverei-ro de 2017.

livros seus estão tradu-zidos em: alemão, bengali, croata, francês, hebraico, inglês, japonês, romeno e sérvio.

inseridos em antologias ou outras publicações: búl-garo, chinês, espanhol, fin-landês, húngaro, italiano, russo.

Preservar e divulgar a lusofonia em França

A taxa de desemprego continuou a cair no terceiro trimestre, atingindo 8,5% da população activa. os dados revelados a dia oito de novembro, pelo instituto nacional de estatística (ine), apontam para uma redução de 0,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (8,8%).

taxa de desemprego em Portugal baixou para 8,5%, o valor mais

baixo desde o final do ano de 2008

no final de Setembro havia 444 mil pessoas desempregadas, menos 17.400 do que no trimestre anterior, uma redução que, segundo o inE, “está em consonância com os decréscimos usualmente observados nos terceiros trimestres desde 2013”. na compa-ração com 2016, a redução foi mais acentuada, correspondendo a menos 105.500 desempregados.

o desemprego de longa duração continua a reduzir-se, assim como a proporção de desempregados que pro-curam trabalho há 12 e mais meses que ficou nos 57,3%, tendo diminuído 1,9 pontos percentuais em relação ao tri-mestre anterior e 5,8 pontos em relação ao período homólogo.

A tendência decrescente do desem-prego verifica-se desde 2013 e no se-gundo trimestre a taxa já tinha ficado abaixo dos 9% pela primeira vez em mais oito anos.

nos dados mensais do desempre-go, também publicados pelo inE, Por-tugal já tinha baixado a barreira dos 10%. mas este indicador tem por base

um universo e uma metodologia dife-rentes da taxa de desemprego trimes-tral que têm em conta a população com 15 e mais anos e não ajusta os valores aos efeitos da sazonalidade.

no Programa de Estabilidade apre-sentado em Abril, o Governo prevê uma taxa de desemprego de 9,9% para o conjunto do ano, o mesmo valor estimado pela Comissão Europeia em maio. o indicador agora publicado in-dicia que a taxa de desemprego possa ficar abaixo das expectativas do execu-tivo português.

A destoar do clima geral de mel-horia do mercado de trabalho estão os jovens. Embora a taxa de desemprego da população entre os 15 e os 25 tenha caído em relação ao ano passado, o inE dá conta de uma subida em cadeia de 22,7% para 24,2%.

os dados agora divulgados confir-mam a tendência identificada nas esta-tísticas mensais do inE, que já apon-tavam para um agravamento da taxa de desemprego jovem entre Agosto e Setembro.

também o indicador que olha para os jovens dos 15 aos 34 anos que não estavam empregados, nem em educa-ção ou formação (que usa a sigla nEEt na designação inglesa) registou um agravamento face ao trimestre ante-rior. As pessoas nesta situação repre-sentam agora 11,8% do total.

o inE dá ainda conta de uma melhoria da população empregada, mantendo a tendência observada nos últimos anos. no terceiro trimestre de 2017 havia 4 milhões e 803 mil pes-soas a trabalhar, o que representa mais 42.600 do que no trimestre anterior e um aumento homólogo de 141.500 em-pregos, “prolongando a série de varia-ções homólogas positivas observadas desde o quarto trimestre de 2013”.

o acréscimo trimestral da popula-ção empregada resulta sobretudo do desempenho do sector dos serviços (que criou mais 53.500 postos de tra-balho), com o alojamento, restauração e similares a assegurar mais de metade deste aumento (29.100 empregos).

17Setembro 2017 • www.portugalmag.fr imigração

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www.portugalmag.fr • Novembro 2017Evento18

Preservar e divulgar a lusofonia em França

WebSummit 2017 recebe cerca de 60 mil participantes

o presidente executivo do evento, Paddy Cosgrave, notou o maior aumento de sempre nos bilhetes, em 30%, porque “60 mil (participan-tes) é o número perfeito para o local”.

notando que as 53 mil pessoas da 1.ª edição da con-ferência em Portugal resul-taram num “cenário muito, muito ocupado”, o líder do evento garantiu que a “mis-são” da Web Summit não é alcançar um milhão de par-ticipantes, “mas como tornar as pessoas um milhão de ve-zes mais felizes, ao melhorar as experiências”.

“Este ano queremos pas-sar ao nível seguinte e haverá mais políticos, cientistas, aca-démicos a juntarem-se para terem discussões sérias sobre assuntos que estão a mudar o mundo e a criar muita incer-teza”, referiu o empresário, exemplificando com eleições a decorrer em vários locais.

no dia em que inaugu-

A edição deste ano da conferência internacional tecnológica WebSummit, em lisboa, conta receber cerca de 60 mil participantes, ocupando uma área de 100 mil metros quadrados

da Feira internacional de lisboa.

dadores Daire Hickey e Da-vid Kelly, a WebSummit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e em-preendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de ape-nas três pessoas para uma empresa com mais de 150 co-laboradores.

Só a sede em Dublin con-centra mais de 140 pessoas, que trabalham também na organização de outros even-tos globais como o Collision, nos Estados Unidos, o riSE, em Hong Kong (China), e moneyConf, em madrid.

na edição de 2016, a Web Summit atraiu a lisboa cerca de 53 mil participantes, de 166 países, incluindo 15 mil empresas, sete mil presiden-tes executivos e 700 investi-dores.

A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na irlan-da, vai manter-se em lisboa até 2020 e poderá ficar por mais dois anos.

rou em lisboa os primeiros escritórios da Web Summit fora de Dublin, o fundador da conferência comentou ainda o interesse que os asi-áticos têm mostrado na com-pra de bilhetes para a edição

de 2017, indicando ainda que os jovens com poucos rendi-mentos, à semelhança do ano passado, continuarão a cen-trar atenções da organização.

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave e os cofun-

19Novembro 2017 • www.portugalmag.fr recompensa

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Paris foi considerada pela Comissão europeia como a cidade mais inovadora e recebeu um prémio de um milhão de euros. A capital francesa foi distinguida por um conjunto iniciativas

que inclui o apoio a startups e a projectos dos cidadãos.

Paris recebeu prémio de cidade inovadora na Web Summit 2017

o prémio de Capital Europeia da inovação foi anunciado na Web Summit, em lisboa, pelo comissário europeu para a investigação, Ciência e inovação, Carlos moedas.

talin, a capital da Estónia, e tela-vive, cidade israelita conhecida pelo empreendedorismo tecnológico (e que não faz parte da União Europeia), ficaram em segundo lugar, numa dis-puta que moedas classificou como renhida. receberam 100 mil euros cada. Podiam participar cidades com mais de 100 mil habitantes e das cidades finalistas não constava nen-huma portuguesa.

“o que têm as cidades de tão es-pecial?”, questionou moedas antes de revelar o vencedor, no Altice Arena, onde está o palco principal da Web Summit. A reposta: a expe-riência de viver numa. Apesar de boa

parte do quotidiano ser digital, não é possível digitalizar “a vida e a dinâ-mica” de uma cidade, argumentou o comissário.

Entre as iniciativas parisienses tidas em consideração pelo júri esti-veram a construção de múltiplas incubadoras de startups (numa área total de 100 mil metros quadrados), a decisão de reservar 5% do orçamento para projectos dos cidadãos, e o pro-jecto reinventar Paris, com o qual a cidade está aberta a propostas para transformar as zonas subterrâneas.

“não é de agora, mas desde há dez anos que a câmara de Paris faz a escolha de investir em inovação”, disse a presidente da câmara pari-siense, Anne Hidalgo, numa confe-rência de imprensa após a atribuição do prémio. Hidalgo argumentou que a inovação digital é “muito impor-

tante” para construir “uma cidade in-clusiva” e também para lutar contra as alterações climáticas, um assunto que diz ter escolhido como priori-dade «clara» para o seu mandato.

o prémio será usado para criar uma escola para formar adolescentes em áreas relacionadas com a tecnologia.

talin foi premiada por estar a ex-perimentar várias tecnologias: o uso de veículos autónomos, sistemas de transportes partilhados e um esta-tuto de residência electrónica (uma iniciativa nacional), que permite aos residentes ao abrigo deste programa criarem através da internet uma em-presa com sede na Estónia.

Já telavive desenvolveu um pro-grama para associar startups a em-presas tecnológicas e promover ino-vações que procurem resolver pro-blemas urbanos.

HORAIRESLundi: 11:30-15h00

Mardi: 11h30- 15h00Mercredi / Jeudi / Vendredi / Samedi: 11h30-15h00 18h30-23h00

Dimanche: Fermé

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L’Horloge

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L’horloge est un restaurant portugais vous proposant une meilleur selection des plats traditionnels sur une touche de cuisine moderne et savoureuse. Chaque jour venez découvrir de nouvel-les saveurs et produits frais sélectionnés pour vous. Le

chef et son équipe, toujours à l’heure, revisite l’ensemble de la cuisine portugaise en

passant des entrées raffinés, par les plats délicatement

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www.portugalmag.fr • Novembro 2017Comunidade22

Preservar e divulgar a lusofonia em França

olímpia Ferreira é a responsável pela délices d’olympe, uma empresa Franco-Portuguesa especializada na organização de eventos e serviço de catering. Fundada em 2010, é com

sentimento de felicidade que a empresária se pronuncia sobre o seu negócio.

délices d’olympe, a resposta indicada para a sua festa

Com um vas-to leque de clien-tes, hoje em dia, a Délices d’olympe já perdeu a conta aos serviços reali-zados e às festas às quais deu vida.

A Portugal magazine esteve à conversa com olímpia Ferreira, que nos “abriu as portas e mos-trou os cantos da casa”.

Sempre teve o gosto em trabalhar nesta área?

Desde de jovem sempre gostei de cozinhar, um dia decidi que era o traba-lho que eu queria fazer.

Comecei por organizar pequenos eventos de familiares e amigos. traba-lhei como cozinheira num restaurante dois anos e ai resolvi sair e trabalhar por conta própria.

Como surgiu este negócio?Ajudei a organizar um casamento

e nesse dia decidi que tinha que ter a minha própria empresa.

Senti um enorme gosto quando fiz o primeiro casamento e quando a sala estava pronta e toda decorada senti--me muito feliz de ter realizado aque-le trabalho.

Que tipos de serviços fazem?Fazemos vários serviços como

chef ao domicílio, catering por casa-mentos, baptizados e todos eventos familiares e de empresas. Até 350 pes-soas. Podemo-nos ocupar do serviço completo, ou seja, da própria decora-ção do espaço, dos pratos, talheres e afins…

Qual é o balanço que fazem desde que abriram portas até agora?

Foi uma boa aposta, tenho pena não ter apostado 15 anos mais cedo. A empresa foi crescendo, fidelizamos clientes e hoje estamos satisfeitos com os resultados. Já fizemos muitos serviços e cada um é diferente. Em-penhamo-nos sempre com a mesma dedicação e adoramos o que fazemos.

O que é que lhe dá mais gosto neste trabalho?

o que me dá mais gosto neste

trabalho é quan-do fazemos as preparações (o prazer de fazer uma massa de bolos de baca-lhau, realizar um bom prato etc.) e quando termi-namos o evento e que os clientes estão satisfeitos e agradecem pelo nosso trabalho. É o que mais me dá gosto!

Quais são os objectivos para o futuro?

os objectivos para o futuro é que a empresa continue de crescer e ter o meu próprio salão para eventos. isso sim, é um sonho que tenho e quero muito dar esse passo.

Um apelo a todos os possíveis clientes…

o “ les Délice d’olympe” é uma empresa de catering que tem muito gosto em cozinhar para os clientes, mas acima de tudo tem um orgulho enorme em servir pratos com produ-tos da terra e regionais. tudo o que servirmos é fresco, preparado e cozi-nhado por nós. Venham descobrir as nossas especialidades!

Para mais informações basta con-sultar o site www.lesdelicesdolympe.fr, onde constam todos os detalhes sobre os serviços disponíveis.

23Novembro 2017 • www.portugalmag.fr Empreendedorismo

Preservar e divulgar a lusofonia em França

emigrante José Cruz Antunes um dos principais responsáveis pelo Campo de

Atividades radicais em Guarda para 2018Um dos responsáveis pela criação do “iniS-CmP” é José Cruz Antunes. natural da Guarda,

chegou a França no meio da década de 1960.

Fez o percurso escolar em França, aos 19 anos fez uma preparação militar pára--quedista a fim de integrar, dois anos mais tarde, as Forças d’Action rapide (FAr) da 11éme divisão pára-quedista France-sa. no seguido dessa meia dúzia de anos, trabalhou como instrutor na área ligada ao manuseamento de armamento. Hoje é empresário, tendo explorado já várias áreas, e trabalha numa empresa especiali-zada no recrutamento de pessoal militar, para integrar as suas empresas clientes.

E foi daí que surgiu a ideia de cons-truir um campo de treino/actividades ra-dicais, numa primeira fase, para levar os membros integrantes das empresas com as quais trabalha, a fim de estimular e de-senvolver as competências de liderança e união de equipa. E numa segunda fase, de abrir portas a todos os interessados em experimentar a sensação de adrenalina, no seu estado mais puro. não esquecen-do também que um dos objectivos pri-mários deste projecto passa pelo desen-volvimento da economia e do turismo.

Estivemos à conversa com José Antu-nes, que nos explicou mais detalhes sobre este espaço.

Porque é que decidiram levar esta ideia até a guarda?

numa primeira fase, o campo de trei-no e parque de actividades radicais será dirigido ao pessoal dirigente das empre-sas com quem trabalho. São pessoas com muitas responsabilidades, e para reforçar a ideia de colocar o homem no centro da empresa, decidimos organizar estágios de três a cinco dias, para criarmos um di-namismo activo nestas pessoas.

Para colmatar uma falta de união das equipas e estimular a liderança dos diri-gentes, decidimos dedicar este espaço a este conjunto de pessoas.

o nosso objectivo é de abrir este espa-ço, com actividades radicais, para as em-presas francesas, e podermos levar essas pessoas para Portugal com o intuito de desenvolver e dar a conhecer essa região, na Guarda, que está um pouco esquecida pelo turismo.

ronda tudo à volta do mesmo foco, que é o desenvolvimento desta região da Guarda.

Quais são as actividades que pode-rão ser realizadas?

Aquilo que vamos fazer são activi-dades radicais. Baseamo-nos nas activi-dades que as Forças Armadas Francesas apresentam na época de recruta, como em Portugal, no caso dos Comandos.

Vamos fazer, por exemplo o Salto da Ponte, esta actividade vai ser realizada numa ponte, situada num caminho-de-fer-ro que está desactivado. É uma das primei-ras actividades, que vai mostrar até onde somos capazes de ir, e ver os nossos limites.

outra actividade de destaque é o Sli-de! onde os participantes poderão atra-vessar de uma lado ao outro do vale, numa distância de 350 metros, a 270 me-tros de altura ao lado de uma barragem. Um exercício repleto de adrenalina!

teremos exercícios de orientação, também para estimular a capacidade de liderança entre os grupos participantes.

Vamos organizar também uma ‘noite de sobrevivência’…

teremos também actividades aquáti-cas, baseada nas especialidades dos Co-mandos da marinha Francesa.

Dispomos ainda de várias actividades em volta da Serra, que podem ser consul-tadas no nosso site.

Que vantagens vai trazer este inves-timento para a zona onde está sediado?

Vamos estimular e contribuir para a economia local. É certo que vamos preci-sar dos serviços de hotelaria, restauração, transportes, entre outros.

A ideia é estimular também o ‘turis-mo verde’. Vamos integrar os interessa-dos em participar em actividades agríco-las como a apanha da batata, a colheita de trigo, a colheita das azeitonas, a tran-sumância do gado, etc. Uma experiência que visa a divulgação de alguns costu-mes da nossa cultura e o contacto directo com o meio ambiente.

Vamos criar alguns postos de traba-lho, cerca de 10 ou 15 no inicio do ano 2018. não é muito, mas já é um bom contributo para o desenvolvimento do emprego local.

A Câmara municipal da Guarda clas-sificou o nosso campo de treino como de ‘necessidade pública’. o que vamos fazer é abrir as portas aos portugueses. mas entes disso, temos de formar pesso-al, que venha das Forças Armadas Por-tuguesas, ou do mundo dos desportos de alto nível, para que possam acompa-nhar os participantes nas melhores con-dições de segurança nas actividades.

Além do campo de treino, construí-mos também um campo de base, onde as pessoas poderão ficar alojadas em ca-sas em cima das árvores, a oito metros de altura do solo. trata-se de um espaço aberto a toda a população, mas que ser-ve para complementar e depois instalar os participantes dos estágios no campo de treino.

A abertura deste espaço está agen-dada para quando?

o campo está a ser preparado. Ainda não temos dia certo para a inauguração, mas estou certo que no primeiro trimes-tre de 2018, já vamos poder fazer os pri-meiros estágios.

Convido todos os interessados a vir experimentar, mesmo que pensem não ter coragem para algumas actividades… é tudo uma questão de técnica e vontade!

Site: www.inis-cmp.fr

José cruZ antunEs

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Tecnologia24

Preservar e divulgar a lusofonia em FrançaPreservar e divulgar a lusofonia em França

Chama-se Flow.me e será o primeiro carro-drone português. É um projecto do centro de engenharia CeiiA que faz sonhar com um futuro bem mais perto das nuvens.

em 2022 chega o primeiro carro português que voa

o futuro parece estar quase a che-gar. E o Centro de Engenharia e Desen-volvimento de Produto (CEiiA), em matosinhos, quer levar-nos até lá com o primeiro carro-drone português, o Flow.me. Está previsto para 2022 o lançamento deste carro autónomo que também voa, a fazer-nos lembrar o Spinner do clássico de ficção científica Blade runner, em que o amanhã futu-rista chegaria em 2019. o Flow.me não estará pronto nesse ano, mas talvez não falte muito para uma revolução da mobilidade urbana e, esperemos, do sonho que é poupar umas horas no trânsito e estar mais perto das nuvens logo pela manhã.

o CEiiA criou uma unidade de ae-ronáutica há cerca de dez anos e, desde então, já participou pelo menos em dois desafios dignos de nota. Colabo-rou com a empresa leonardo (a segun-da maior construtora de helicópteros do mundo) na aeronave AW609, que combina as vantagens de um helicóp-tero e de um avião de asas fixas. E com a brasileira Embraer no KC390, o pri-meiro avião de carga militar daquela empresa, um projecto considerado um

passo importante para a engenharia aeronáutica portuguesa.

Agora, o CEiiA está a desenvolver o carro-drone, que terá um investi-mento global de 18 milhões de euros, segundo um comunicado de imprensa do centro agora divulgado. o projecto terá parcerias com outras empresas portuguesas e brasileiras do sector au-tomóvel e aeronáutico, mas por agora Helena Silva, directora executiva do CEiiA, não quer adiantar pormenores.

o futuro carro que voa chama-se Flow.me porque se pretende aumentar o fluxo (flow em inglês) do trânsito. Estamos a falar de um carro eléctrico e que anda sozinho, constituído por três módulos: um sistema terrestre, um ha-bitáculo e um sistema aéreo.

A parte que anda no chão terá auto-nomia até 200 quilómetros e funcio-nará como uma doca para acoplar o habitáculo, transportando-o por estra-da. A parte aérea será um drone, com propulsão semelhante à de um he-licóptero e uma autonomia de voo de três a seis horas. Acoplado ao drone, o habitáculo pode libertar-se do sistema terrestre num local e ir aterrar noutro

local, onde terá de estar disponível um outro sistema terrestre. resta saber se podemos largar metade do carro no trânsito – será que irá estacionar sozin-ho? – ou se temos de ir primeiro até a um parque de estacionamento.

Este carro-drone é a evolução de um veículo eléctrico autónomo que começou a ser desenvolvido há seis anos no CEiiA e cuja produção está prevista para 2020. o Flow.me, acres-centa, resulta da valorização do siste-ma terrestre autónomo desse veículo e inclui um habitáculo que pode ser aco-plado a um drone.

Por enquanto, a equipa do CEiiA está a testar um protótipo pequeno. Estes testes estão a decorrer em Portu-gal, mas o centro quer manter a locali-zação exacta em segredo.

muito antes de o Flow.me ser uma realidade a voar nas cidades, e de os carros nem sequer terem um condu-tor, Helena Silva salienta que será ne-cessário fazer legislação em Portugal para criar “zonas livres tecnológicas”, onde se possam fazer testes a estes veículos em segurança, em condições semelhantes ao dia-a-dia.

25Novembro 2017 • www.portugalmag.fr salon

Preservar e divulgar a lusofonia em França

30 commerçants/créateurs exposeront au domaine de la Gillardière les 11 et 12 novembre 2017 à l’occasion du Salon du mariage et de l’évènement. Plus d’un millier de visiteurs sont attendus pour ce grand rendez-vous annuel.

laureva dragées organise pour la 5ème fois le Salon du mariage loVe SWeet loVe

la love Sweet love est organi-sée par des professionnels du monde de l’événementiel privé, il permettra d’organiser le mariage de la meilleure façon qu’il soit ! Des prestataires ont été soigneusement sélectionnés pour leur savoir-faire, leur implication et la volonté première de faire des évè-nements un moment inoubliable... Un moment très attendu des futurs mari-és: la découverte des nouvelles collec-tions, des robes de mariées. Un défilé “éphémère” sera organisé durant les 2 jours. Vous pourrez voir et toucher les matières et succomber à la tentation de la précieuse robe tant recherchée au Domaine de la Gillardière à Brie Comte robert

Au programme, des shows profes-sionnels de grande qualité organisés par les boutiques les plus prestigieuses de Seine et marne et Paris. Une grande

marque de robes de mariées présente-ra sa nouvelle collection… Des défilés éphémères tout au long du week-end, bar à Beauté, bar à Coiffure, selfie Box, gospel, dégustations etc… et jeu con-cours.

Horaires d’ouverture :Samedi de 10h00 à 18h30 non-stop

dimanche de 10h00 à 18h30 non-stop

domaine de la Gillardièrerue Albert Camus

77170 – Brie Comte robert

l’entrée est à 5 euros (gratuit pour les enfants)

Parking gratuit.

www.salonlovesweetlove.comfacebook.com/Salonlovesweetlove

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Literatura26

Preservar e divulgar a lusofonia em França

Presidente da república apresentou livro de

Valdemar Francisco da editora Portugal mag edições

Em lisboa, no Salão nobre da Casa do Alentejo, perante mais de 200 pessoas, muitas delas residentes em França que naquele dia fizeram ques-tão de homenagear o autor e a causa do livro, estiveram presentes altas individualidades com destaque para o Presidente da república, marcelo rebelo de Sousa, autor do prefácio, que naquele dia apresentou o autor e a obra.

na apresentação, coordenada pelo locutor da televisão SiC, José Figuei-ras, foi Valdemar Francisco o primeiro a usar da palavra onde explicou, entre muitas palavras de agradecimento, o fundamento da existência deste livro, estando nitidamente comovido e sen-

A Casa do Alentejo em lisboa e a Biblioteca municipal Afonso lopes Vieira, em leiria, foram os locais que acolheram as sessões de apresentação do livro bilingue “o dever de memória” de

Valdemar Francisco, com a colaboração da editora Portugal mag edições.

sibilizado por ver uma salão tão nobre completamente cheio para aplaudir o trabalho da causa por qual luta e o le-vou a produzir o presente livro assim como o monumento em França com o mesmo nome: “o Dever de memória”.

marcelo rebelo de Sousa referiu que o livro “o Dever de memória” pode ser interpelado com duas pala-vras quando o mesmo é folheado: “a gratidão e a esperança”. o Presidente da república explicou que “ao aceitar o convite para assinar o prefácio des-te livro associo-me a uma merecida homenagem à grande aventura dos emigrantes portugueses em França e à história comum que construíram. «o Dever de memória», e as imagens que

guarda, obriga-nos a olhar para um passado recente feito de momentos difíceis. momentos vividos pelo autor, Valdemar Francisco, momentos fixa-dos pelo olhar de um extraordinário fotógrafo da diáspora portuguesa, momentos testemunhados pelo gran-de humanista louis talamoni, amigo e benfeitor da comunidade portuguesa de Champigny-sur-marne. A história que este livro documenta é uma his-tória que os une a todos, que nos une a todos e ajuda a construir futuro”.

Frankelim Amaral, um dos directo-res da editora Portugal mag Edições, também usou da palavra e salientou a importância do livro “o Dever de memória” para a comunidade por-

27Novembro 2017 • www.portugalmag.fr literatura

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tuguesa em França. mostrou a sua satisfação por a Portugal mag Edições ser parceiro na produção deste livro, visto que “é um testemunho muito importante sobre anos de grandes dificuldades para muitas famílias portuguesas que lutaram por vida melhor, procurando algo mais para dar a seus filhos. Foram mulheres e homens de grande valor que sempre lutaram e tiver a grande colaboração do humanista louis talamoni. Está, por isso e muito mais, de parabéns Valdemar Francisco por ter desen-volvido o livro e o monumento “o Dever de memória” em homenagem a muitos portugueses que merecem o reconhecimento de todos nós”, subli-nhou Frankelim Amaral.

De salientar que na sessão em lis-boa marcaram presença as professoras que deram aulas aos portugueses do bairro de lata nos anos 60, acompa-nhadas com um grupo de 24 alunos. o autor levou-os, durante 8 dias a Portu-gal, e arranjou encontros com muitos alunos já retornados ao seus país.

na apresentação em leiria, na Bi-blioteca municipal Afonso lopes Viei-ra, a obra e o autor foram apresentados pelo escritor leiriense Adélio Amaro, em representação da Portugal mag Edições. A sessão coordenada pelo ditrector da Biblioteca, Vítor Santos, contou com a presença do Presidente da Câmara municipal de leiria, raul

Castro, que deu os parabéns ao autor e reconheceu o “trabalho de mérito que Valdemar Francisco está a desen-volver”. Entre os presentes estiveram a Vereadora da Educação da Câmara municipal de leiria, Anabela Graça, e o Presidente da União das Freguesias de Colmeias e memória, Artur Santos, que afirmou não conhecer Valdemar Francisco, natural de Colmeias, conce-lho de leiria, mas que era uma honra contar com uma figura tão ilustres na freguesia que preside, dando-lhe os parabéns por todo o trabalho que tem vindo a realizar.

Adélio Amaro enalteceu o percurso de Valdemar Francisco, com todo o esforço com que alcançou o sucesso empresarial em França e destacou a nova fase da vida do autor em que vai promovendo causas sociais, visto que o total da venda dos livros em leiria reverteu para a Academia do Bacalhau com o objectivo de ajudar os mais ne-cessitados. o escritor leiriense salien-tou, também, o mérito que Valdemar Francisco tem ao não deixar esquecer “o esforço de muitos portugueses no referido bairro da lata, fazendo desta forma, Valdemar Francisco, com que a história não se apague e que muitos possam reconhecer que os benefícios que hoje usufruem que se devem a muitas mulheres e muitos homens que naquele bairro souberam sofrer com um sorriso nos lábios, lutando por melhores condições para seus filhos”.

A sessão contou ainda com algu-mas perguntas dos presentes ao autor.

Em ambas as sessões foi dado a conhecer um projecto de filmagem e documentário sobre os Portugueses dos anos 60/80. Este documentário já conta com mais de 70 horas de depoimentos resumidos em histórias de vida fantásticas. na apresentação em lisboa o projecto foi apresentado pelo realizador luso-francês e autor das filmagens, Christophe Fonseca, e em leiria foi Valdemar Francisco que salientou essa iniciativa que tem o intuito de preservar e guardar para o futuro as memórias de um passado desses portugueses.

Christophe Fonseca, em lisboa, mostrou a sua satisfação por estar a desenvolver este projecto a convite de Valdemar Francisco, a quem agrade-ceu e mostrou o seu reconhecimento, visto “ser uma recolha de depoimen-tos que vão servir de testemunho para o futuro, evitando que a história se apague”.

“o Dever de memória” ilustra a construção de um monumento em homenagem e agradecimento ao Pre-sidente de Champigny-Sur-marne – louis talamoni (de 1950 a 1975) que acabou com o maior bairro de lata em França habitado por portugueses.

Este livro, além do prefácio do Presidente da república, marcelo

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Literatura28

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rebelo de Sousa, atrás referido, conta com declarações de José Filipe moraes Cabral (Embaixador de Portugal em França), de Dominique Adenot (actual Presidente da Câmara de Champigny--sur-marne), de Valdemar Francisco e de louis molinari, escultor convidado para fazer o monumento.

o livro está produzido como álbum fotográfico onde descreve a história de milhares de portugueses que emi-graram para França e viveram em condições desumanas.

Começa com a apresentação de Champigny-sur-marne nos anos 60, passando pelas condições miseráveis do Bidonville com que os portugue-ses passaram. Uma colecção de 140 fotografias do fotógrafo Jean-Claude Broustail que as cedeu para este livro.

“o Dever de memória” demonstra, ainda, toda a actividade feita desde

a apresentação da ideia à construção do monumento no local onde era o Bidonville, assim como imagens dos encontros com as individualidades locais, aos estudos de maquetas do monumento, festas e galas para anga-riação de fundos, assinatura de tijolos com os nomes das pessoas que quise-ram perpetuar a sua passagem pelo Bi-donville ou de pessoas e empresas que se quiseram associar à homenagem ficando estes mesmos parte integrante na construção do monumento.

Em resumo, o livro é a história ilustrada das grandes dificuldades passadas pelos portugueses em França e de um grande homem que contra tudo e contra todos conseguiu dar condições de vida a muitos milhares de portugueses.

Valdemar Francisco salienta isso mesmo no preâmbulo do livro: “...

este livro não é um livro de história. É, simplesmente, um resumo sucinto para que se possa compreender esta grande aventura que foi a realização deste monumento que está implan-tado em Champigny-sur-marne (94) no “Parc Départemental” do Planalto. Até hoje é o único monumento erigi-do por emigrantes portugueses em homenagem ao país que os acolheu: a França”.

relembramos que a inauguração do referido monumento, a 11 de Junho de 2016, contou com a presença do Presidente da república Portuguesa e do Primeiro ministro de Portugal, as-sim como milhares de pessoas, sendo de salientar que Valdemar Francisco é o fundador da Associação “les Amis du Plateau de Champigny” que conta já com cerca de 200 aderentes.

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Carlos do Carmo em Pariso artista dispensa apresentações…

tendo em conta a sua longínqua experiência em cima do palco.

31Novembro 2017 • www.portugalmag.fr concerto

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A voz do fadista Carlos do Carmo en-toou na esplêndida sala do Grandrex em Paris. Uma voz única, de um cantor que soma já mais de meio século de carreira, numa sala prestigiada da capital francesa.

o Fado veio assim até Paris, muito bem representado e cantado, por aquele que é um dos ícones deste estilo musi-cal, tão próprio de Portugal.

E de portugalidade esteve revestida a sala, sem menos prezar o público fran-cês, que assistiu e apreciou em grande escala este espectáculo.

mas uma coisa é certa, a carga emocional na mensagem transmitida em cada verso das canções, essa sim… apenas foi recebida de braços e corações abertos pelos portugueses. Porque só esse povo sabe o significado da palavra

‘Saudade’, intraduzível noutras línguas, e que tanto diz sobre a nossa nação, o nosso povo. Presente, acima de tudo, num povo além fronteiras de Portugal.

Carlos do Carmo, dirigiu-se ao pú-blico português, deixando-lhes palavras de conforto e mostrando-se orgulhoso por ver os compatriotas, a largos milha-res de quilómetros de casa.

E ao público francês, mostrando a sua grande estima por França e pelo seu povo, dizendo que esta é uma terra pela qual tem um grande carinho.

numa sintonia espontânea, foram várias as canções cantadas em dueto entre o fadista e o público.

Paris viveu assim, mais um grande episódio, mostrando aos conterrâneos o que de bom há em Portugal. Fazendo

também com que mais um passo fosse dado na divulgação da nossa cultura além fronteiras. Um trabalho árduo e continuado, que tem vindo a dar resultados.

não é à toa que Portugal tem sido, cada vez mais, apontado como um destino de eleição, seja para desfrutar de bons momentos em tempo de férias, ou mesmo para viver…

os organizadores, Dyam e Portugal magazine, estão de parabéns por esta iniciativa que fez brilhar os olhos e inchar o coração de bem estar de todos os presentes.

Dyam e Portugal magazine agrade-cem a todos os que de alguma forma participaram para o sucesso deste espectáculo.

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Concerto32

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A porta-voz da proteção civil des-creveu este dia como “o pior dia do ano em matéria de incêndios flores-tais”.

o fogo propagou-se rapidamente devido aos ventos fortes causados pelo furacão ophelia que assolaram o litoral da península ibérica, às temperaturas invulgares acima dos 30º e à situação de seca. o mês de setembro de 2017 foi o mais seco em 87 anos. 81% do terri-tório encontrava-se em seca severa e 7,4% em seca extrema. no mesmo ano, o número de incêndios na Europa du-plicou, fenómeno que os especialistas atribuem ao aquecimento global.

os incêndios florestais em Portugal de outubro deflagraram no dia 15 de outubro de 2017 no centro e norte do país, bem como na região da Galiza em espanha. 440 incêndios estavam ativos

em Portugal , dos quais 33 de tamanho importante.

2017, o ano em que o fogo queimou história, bens e vidas, ficam as cinzas

de dor e desespero

os incêndios destruíram várias ca-sas e edifícios industriais, e chegaram a cortar múltiplas estradas, incluindo autoestradas. os incêndios resultaram em 45 vítimas mortais. Foi decretado um luto nacional de três dias. Houve mais de 70 feridos, ligeiros e graves, um pouco em todo o lado. o distrito onde mais vitimas houve foi o Distrito de Viseu, com pelo menos 15 vitimas mortais, por causa dos díficeis acessos para os bombeiros.

no concelho de oliveira do Hospi-tal, pelo menos 8 pessoas morreram, e mais de uma centena de famílias fo-ram desalojadas.

mais de 50 000 hectares terão sido consumidos pelas chamas, incluindo perto de 80% da superfície do Pinhal de El-rei, no distrito de leiria, planta-do no século Xiii. Por causa do mesmo incêndio, um parque de campismo foi atingido na Praia da Vieira.

no mesmo distrito, vários estable-cimentos foram fechados devido às dificuldades de respiração causadas pelas nuvens de fumo nas cidades de leiria, marinha Grande, Vieira de lei-ria, entre outras localidades.

outro incêndio ocorrido no mes-mo dia, iniciado em Quiaios destruiu a mata nacional da região, e progre-

33Novembro 2017 • www.portugalmag.fr drama

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diu para norte, destruindo quase por completo as zonas florestais da tocha e de mira. A Zona industrial de mira foi afectada por este incêndio, tal como a Zona industrial da tocha, onde ardeu a fábrica da Sanindusa, provocando um prejuízo de mais de 25 milhões de euros. Esta área florestal já tinha ardi-do em Julho de 1993, com a diferença de que esse incêndio tinha começado a norte, perto de mira, evoluindo para o sul.

o incêndio florestal de Pedrógão Grande deflagrou a 17 de junho de 2017 no concelho de Pedrógão Grande, no distrito de leiria, em Portugal, ten-do alastrado aos concelhos vizinhos de Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Ansião e Alvaiázere (também distrito de leiria); ao concelho da Sertã (distrito de Castelo Branco); ao conce-lho de Pampilhosa da Serra (distrito de Coimbra). no mesmo dia deflagrou outro incêndio de grandes proporções no concelho de Góis, distrito de Coim-bra, que acabou posteriormente por alastrar aos concelhos de Pampilhosa da Serra e de Arganil. no dia 20 de Ju-nho de 2017 uma das frentes de fogo do incêndio de Pedrógão Grande jun-tou-se ao incêndio de Góis, formando uma área ardida contígua. o desastre

é o maior incêndio florestal de sempre em Portugal, o mais mortífero da his-tória do paíse o 11.º mais mortífero a nível mundial desde 1900.

o balanço oficial contabilizou 65 mortos (64 civis e 1 bombeiro volun-tário de Castanheira de Pera) e 254 feridos (241 civis, 12 bombeiros e 1 militar da Guarda nacional republi-cana), dos quais 7 em estado grave (4 bombeiros, 2 civis e 1 criança). Entre as vítimas mortais, 47 foram en-contradas nas estradas do concelho de Pedrógão Grande, tendo 30 morrido nos automóveis e 17 nas suas imedia-ções durante a fuga ao incêndio. Uma outra vítima, morreu na sequência de um atropelamento ao fugir. Em termos de prejuízos materiais, foram contabi-lizadas mais de 500 casas de habitação parcial ou totalmente destruídas pelo fogo. Foram também afectadas 48 em-presas com 372 postos de trabalho. A estimativa provisória do montante to-tal de prejuízos ascende a 500 milhões de euros.

no rescaldo do incêndio, a causa apontada pelas autoridades foi trovo-ada seca que, conjugada com tempera-turas muito elevadas (superiores a 40 graus Celsius) e vento muito intenso e variável, fez deflagrar e propagar

rapidamente o fogo.no entanto, o pre-sidente da liga dos Bombeiros, Jaime marta Soares, acredita que este incên-dio não teve origem em causas natu-rais já que, segundo a perceção de al-guns habitantes de Pedrógão Grande, o fogo já estaria ativo duas horas antes da altura em que ocorreu a trovoada seca nesta zona. A Procuradoria-Geral da república confirmou que o minis-tério Público estava a investigar as causas do incêndio. Um relatório téc-nico independente publicado em ou-tubro aponta como causa da ignição o contacto entre a vegetação e uma linha elétrica de média tensão da empresa Energias de Portugal, resultado da fal-ta de limpeza da zona de proteção.

Como resposta à catástrofe, o go-verno de Portugal decretou três dias de luto nacional, de 18 a 20 de junho de 2017, enquanto várias autoridades internacionais enviaram mensagens de solidariedade.

A Comissão Europeia acionou o mecanismo de Proteção Civil para prestar auxílio a Portugal, enquan-to França, itália e Espanha enviaram meios aéreos de bombardeio de água ao país. o vice-presidente da Comis-são Europeia, Jyrki Katainen, afirmou que a comissão poderia comparticipar

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Drama34

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até 95% das despesas de recobro e re-construção necessárias, na sequência do acontecimento. o reino de marro-cos também enviou um meio aéreo de combate a incêndios. Além de aviões de combate a incêndios, a Espanha en-viou também meios terrestres e cerca de 200 bombeiros.

Em roma, o Papa Francisco orou e pediu que se rezasse pelas vítimas e pelo povo português durante a oração do Angelus. Diversos outros líderes internacionais enviaram as suas con-dolências a Portugal, incluindo: Em-manuel macron, presidente da França; mariano rajoy, primeiro-ministro de

Espanha e os reis de Espanha, Filipe Vi e letícia; a primeira-ministra da Ale-manha, Angela merkel e o presidente da Alemanha, Frank-Walter Stein-meier; Xi Jinping, presidente da China; Justin trudeau, primeiro-ministro do Canadá; narendra modi, primeiro-mi-nistro da Índia; Prokópis Pavlopoulos, presidente da Grécia e Aléxis tsípras, primeiro-ministro da Grécia; Paolo Gentiloni, primeiro-ministro de itália; Stefan lofven, primeiro-ministro da Suécia; michel temer, presidente do Brasil; Francisco Guterres, presiden-te de timor-leste; Evaristo Carvalho, presidente de São tomé e Príncipe; Jor-

ge Carlos Fonseca, presidente de Cabo Verde; José mário Vaz, presidente da Guiné-Bissau; José Eduardo dos San-tos, presidente de Angola; Fernando Chui Sai-on, Chefe do Executivo de macau; entre outros.

também diversos líderes de insti-tuições europeias e mundiais envia-ram os seus pesares e palavras de co-ragem a Portugal e ofereceram ajuda no que lhes fosse possível, incluindo: António Guterres, secretário-geral das nações Unidas; Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia; Gianni infantino, presidente da Fede-ração internacional de Futebol (FiFA).

35Novembro 2017 • www.portugalmag.fr música

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Francisco rosete, ou lecoq, como se autoproclama, é um jovem cantor com duas grandes paixões, a família e a música. Unindo as duas, numa sintonia única, que resultam nas letras que dão vida a algumas das suas composições.

lecoq, rapper português gravou videoclip em Paris

recentemente, gravou um video-clip em Paris (livre e leve Ft Jay), ca-pital do país de origem dos bisavós, que fugiram para Portugal, na altura da Segunda Guerra mundial. E daí veio também o nome ‘lecoq’.

Estivemos à conversa com Francis-co rosete, que nos falou sobre si e as suas paixões…

Quem é o Francisco rosete?Sou um rapper e resido no Corticeiro

de Cima, distrito de Coimbra. Sempre tive gosto por poesia, a vida também me ensinou a fazê-la devido às fases menos boas e claro também dos bons momentos que fui passando desde que me lembro de saber escrever. Quando era miúdo também passava tardes com o meu avô materno, que para mim era o meu poeta preferido, recitava poe-mas dele, do povo, trocadilhos e ladai-nhas. Sempre foi uma inspiração para mim! Desde que aprendi a rimar que nunca mais esqueci e o facto das coisas fazerem sentido quando as escrevo, dá-me vontade de escrever ainda mais e tem sido um ciclo vicioso.

Quando é que aparece este gosto pela música na tua vida?

Este gosto pela música aparece des-de cedo mas começar mesmo a rimar e a passar do papel para um registo digital foi por volta dos 16, 17 anos... não me recordo bem mas ainda tenho alguns sons mal gravados em casa da forma mais caseira possível, na altura para ter o gosto de ouvir aquilo que andava a escrever cheguei a usar um leitor mp3 como gravador e colocar os instrumentais no dvd a tocar! na verda-de, eu ficava com uma noção daquilo que tinha em mente mas era tudo mui-to amador, até que comprei material indicado e comecei a gravar no quar-to dentro de um armário vazio. isolei tudo com material e sai do armário... (risos). o que mais me fez entregar à música foram os problemas de saúde cardíacos que me tiraram o tempo para andar de skate e jogar futebol, mas

mais por ter deixado de andar de skate que era o meu desporto favorito. Dois dos meus projectos até tiveram nomes ligados a esses problemas, uma mixta-pe teve o nome ‘Arritmia’, a segunda teve o nome de ‘Firme&Heart’. no fundo foi aqui que tudo começou até me inserir num grupo de Rap (nAn-XUl) e começar a levar ainda as coisas mais a sério.

temos vários vídeos no youtube, com bastante adesão!

Como defines o teu estilo musical?o meu estilo musical é Rap, quando

rimo a solo. Um rap mais calmo mas pessoal e familiar, há mais sentimen-tos, as palavras são escolhidas de outra forma e acabo por fazer sempre algo entre rap/r&b/soul. Um estilo pró-prio porque eu acho que cada pessoa faz a música á sua maneira.

Qual é a mensagem que queres passar nas tuas letras?

A mensagem que tento sempre pas-sar é a sobre aquilo que vivo, aquilo que vejo, aquilo que acho que os ou-tros também possam sentir, porque no fundo vem do meu redor, das pessoas com que lido com que cruzo , então se for um tema de família ou amigos quase sempre falo e tento transparecer que devemos agradecer por tudo es-tar bem, e por termos connosco quem nos valoriza e nos da realmente aquela atenção que nos faz sentir vivos!

Quais são os teus temas preferi-dos?

A solo são o “Quero Voar” e o “li-vre e leve feat Jay “.

Com o meu grupo nanxul, são “Entre nós “ e o “ Voltar ao inicio feat Unma Flow”.

Já gravaste um videoclip em Pa-ris… Porquê Paris?

Já tinha ido um ano antes de gravar este videoclip e adorei. Então, a pessoa que convidei para o tema Livre e Leve tinha tudo para ser em Paris. nasci-do e criado até aos catorze anos nessa cidade, o Jay, um dos meus melhores amigos e que me acompanhou desde o início, entrou neste tema e eu dei a ideia de irmos gravar o videoclip do som a Paris! E fomos completamente entusiasmados, falei com a minha pri-ma residente em omersson-Sur-marne e ele disponibilizou logo a boa vontade de nos ter por perto e assim fomos…

lecoq vem dos meus bisavós que eram Franceses de gema mas na se-gunda guerra mundial refugiaram-se em Portugal… e o nome ficou regista-do cá.

Um dos irmãos da minha avó mor-reu mais tarde na guerra do ultra-mar e fui a lisboa de visita e mostraram--me o nome dele no muro dos solda-dos mortos na guerra do ultra-mar… e passei de Mcisco a Lecoq, e é para ficar!

Como te imaginas daqui a dez anos? Qual é o teu objectivo no cam-po musical?

Daqui a 10 anos tudo depende da projecção que vou ter a nível musical, caso não consiga reconhecimento pelo que faço, vou continuar a cortar cabelo pois são as duas coisas que de momen-to me dão mais prazer e uma delas pa-rece estável, enquanto a música é um amor de criança, ando a namorá-la por enquanto...

Quais são os próximos passos a dar?

ir gravando mais músicas, mais projectos mais videoclips e tentar che-gar ao máximo de pessoas possível!

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Música36

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“louca, louca” é o single de apresentação do mais recente álbum de Johnny.

Johnny estreia video clip “louca, louca”

Com edição agendada para muito breve, este será o 3º álbum de originais deste autor, compositor e intérprete que tendo começado a sua carreira como autodidata, é hoje um nome de créditos firmados na composição e participação musical com inúmeros artistas.

Este vídeo clip vem mais uma vez firmar a qualidade e rigor de trabalho que o Johnny tem desde o principio da sua carreira

Com a inspiração e equilíbrio obti-dos entre Paris e lisboa, Johnny após o sucesso alcançado com o tema de es-treia “o teu fado”, canção que estará também incluída neste cd, revela ago-ra “louca, louca” em que os apelativos ritmos pop-rock latinos estão presen-tes, sem perder a sua essência român-tica, numa canção que vai com certeza adorar.

Portugal magazine esteve em con-versa com o Johnny sobre a sua atua-lidade.

Johnny conta-nos um pouco do que tens feito e teus projetos?

Bem, neste momento estou a prepa-rar o meu novo álbum que irá sair com certeza principio do ano, no entanto um terceiro single deste mesmo álbum de-verá sair corrente do mês de dezembro.

E a nível de espetáculos, conta-nos tudo?

olha desde já podem seguir a minha

atualidade, espetáculos e tudo mais na minha página Facebook - www.face-book.com/johnny.paginaoficial, no en-tanto quero dizer que estou muito feliz, pois estes meus últimos espetáculos têm sido cada vez melhores, cada vez mais público me acompanha, cantam as minhas musicas, e tenho conhecido pessoas fantásticas em cada um dos meus espetáculos.

Qual será o teu próximo espetáculo?Aqui em França, o próximo será dia

10 de março em roubaix, no entanto outras datas estão a ser agendadas e se-rão reveladas estas próximas semanas.

Espetáculos com banda?Sim, pois faço unicamente espetácu-

los com banda, foi uma das regras que eu e a minha equipe sempre nos impu-semos , e hoje creio que tem sido uma

grande aposta, aproveito também para agradecer os músicos que me acompa-nham desde o inicio e aos que têm in-tegrado a equipe musical, por acredita-rem no meu projeto.

Em off, falamos deste deu último espetáculo no qual dizias ter ficado muito feliz com a aderência do teu pú-blico….

Sim é verdade, foi um espetáculo que me marcou muito, mais que nunca senti que as pessoas que acompanham a minha carreira, que ouvem as minhas musicas também estão presentes nos meus concertos e cantam as minhas canções, e no fim do meu espetáculo sentir o carinho de todos ao tirar fotos, autógrafos, ou um simples cumprimen-to é uma gratificação enorme, que eu tento retribuir em estar perto de todos eles.

Johnny, queres deixar alguma pala-vra para os leitores do Portugal Mag?

Claro que sim, mas quero começar por agradecer ao Portugal mag, pela disponibilidade e estarem sempre ao meu lado, obrigado a vocês Frankelim e Pedro pelas pessoas que são…

Já sabem o que penso de vocês .Aos leitores, que já me conhecem,

um bem haja a todos, e aos que não me conhecem porque não descobrirem o meu trabalho através desta “louca louca” ou de “o teu fado” a canção que fiz para o meu avô. Sejam felizes.

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A dupla Calema, composta pelos irmãos António e Fradi-que que conta com mais de 100 milhões de visualizações no youtube e mais de 100 concertos realizados no último ano em 12 países europeus e africanos, editaram o seu segundo disco AnV no passado dia 20 de outubro, sob a chancela da Sony music.

o lançamento do single “Vai”, foi a grande afirmação dos Calema em Portugal, que marcou a estreia em airplay nas rá-dios nacionais.

Depois deste sucesso, seguiu-se a “A nossa Vez”, tema que dá nome ao segundo álbum de originais e que uma vez mais consolida o talento e amor pela música dos dois irmãos. AnV, é um álbum que exprime as características da dupla e que espelha a sua dedicação à música. Composto por 11 temas to-talmente originais, e de sua autoria, o novo disco fala acima de tudo das relações que se estabelecem e o caminho entre o amor, o ciúme, a família, as origens, a resiliência, e até as sau-dades…

“tudo o que nos move e alimenta a alma está neste disco” A 13 de Abril estreiam-se no Coliseu de lisboa, onde será apresentado pela primeira vez ao vivo o álbum AnV.

AnV, é considerado um álbum totalmente PoP, é tam-bém para os dois irmãos mais um exemplo de resiliência e de amor pela música, ambos venceram barreiras e obstáculos e afirmaram-se na música em Portugal. Da roça para o sucesso, neste momento, o total de views no youtube atinge mais de 100.000.000.

Sempre atentos e dedicados a todos os que seguem, os Calema presenteiam-nos com produtos de excelência, levar a qualidade das suas obras ao nível internacional, sempre com cenários de excepção.

As questões sociais são uma preocupação constante, neste momento os Calema têm um chocolate, cujo cacau provém de São tomé e Principe e as vendas revertem a favor de uma instituição local apoiada pela Unicef. o chocolate Calema estará à venda brevemente em Portugal. Com este projeto de responsabilidade social, a dupla ajuda localmente, ao gerar empregos, pois todo o processo é feito em São tomé, desde a matéria -prima até à produção do chocolate. Apenas os pontos de vendas serão em Portugal. Calema, a onda que veio para ficar…

Biografia Fradique e António mendes Ferreira, nasceram em São

tomé e Príncipe. Com a mesma mestiçagem que carateriza o povo Santomense, descendem de Cabo-verdianos, portugue-ses e angolanos transportando em si uma rica e diversa heran-ça cultural que os conduziu à paixão pela música.

Frequentam a instrução primária em São João dos Angola-res, onde fizeram parte do grupo coral da igreja de Santa Cruz dos Angolares, e foi aí que tudo começou…que sentiram que era este o caminho.

Calema surge em 2006 e significa uma especial ondulação na costa africana, como as ondas ao chegar à praia trazem consigo sempre alguma coisa, os Calema querem sempre tra-zer alguma coisa a todos os que o ouvem. Participaram em vários concursos internacionais, com desta-que para o “the Voice France”, do qual foram um dos 20 fina-listas e foram ainda vencedores do concurso de música reali-zado em França, denominado “lusartist” e onde começaram a trabalhar o disco de estreia “Bomu Kêlê” (Vamos acreditar em crioulo), o disco de originais em crioulo e em português.

Chegou a vez dos CAlemA!A dupla Calema, composta pelos irmãos António e Fradi-

que que conta com mais de 100 milhões de visualizações no youtube e mais de 100 concertos realizados no último ano em 12 países europeus e africanos, editaram o seu segundo disco AnV no passado dia 20 de outubro, sob a chancela da Sony music.

o lançamento do single “Vai”, foi a grande afirmação dos Calema em Portugal, que marcou a estreia em airplay nas rá-dios nacionais.

Depois deste sucesso, seguiu-se a “A nossa Vez”, tema que dá nome ao segundo álbum de originais e que uma vez mais consolida o talento e amor pela música dos dois irmãos. AnV, é um álbum que exprime as características da dupla e que espelha a sua dedicação à música. Composto por 11 temas to-talmente originais, e de sua autoria, o novo disco fala acima de tudo das relações que se estabelecem e o caminho entre o amor, o ciúme, a família, as origens, a resiliência, e até as sau-dades…

“tudo o que nos move e alimenta a alma está neste disco” A 13 de Abril estreiam-se no Coliseu de lisboa, onde será apresentado pela primeira vez ao vivo o álbum AnV.

AnV, é considerado um álbum totalmente PoP, é tam-bém para os dois irmãos mais um exemplo de resiliência e de amor pela música, ambos venceram barreiras e obstáculos e afirmaram-se na música em Portugal. Da roça para o sucesso, neste momento, o total de views no youtube atinge mais de 100.000.000.

Sempre atentos e dedicados a todos os que seguem, os Calema presenteiam-nos com produtos de excelência, levar a qualidade das suas obras ao nível internacional, sempre com cenários de excepção.

As questões sociais são uma preocupação constante, neste momento os Calema têm um chocolate, cujo cacau provém de São tomé e Principe e as vendas revertem a favor de uma instituição local apoiada pela Unicef. o chocolate Calema estará à venda brevemente em Portugal. Com este projeto de responsabilidade social, a dupla ajuda localmente, ao gerar empregos, pois todo o processo é feito em São tomé, desde a matéria -prima até à produção do chocolate. Apenas os pontos de vendas serão em Portugal. Calema, a onda que veio para ficar…

Biografia Fradique e António mendes Ferreira, nasceram em São

tomé e Príncipe. Com a mesma mestiçagem que carateriza o povo Santomense, descendem de Cabo-verdianos, portugue-ses e angolanos transportando em si uma rica e diversa heran-ça cultural que os conduziu à paixão pela música.

Frequentam a instrução primária em São João dos Angola-res, onde fizeram parte do grupo coral da igreja de Santa Cruz dos Angolares, e foi aí que tudo começou…que sentiram que era este o caminho.

Calema surge em 2006 e significa uma especial ondulação na costa africana, como as ondas ao chegar à praia trazem consigo sempre alguma coisa, os Calema querem sempre tra-zer alguma coisa a todos os que o ouvem. Participaram em vários concursos internacionais, com desta-que para o “the Voice France”, do qual foram um dos 20 fina-listas e foram ainda vencedores do concurso de música reali-zado em França, denominado “lusartist” e onde começaram a trabalhar o disco de estreia “Bomu Kêlê” (Vamos acreditar em crioulo), o disco de originais em crioulo e em português.

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Música38

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A cantora brasileira, actualmente a viver em Paris, subiu ao palco da ‘les Passerelles’ em Pontault-Combault.

Flávia Coelho espalhou magia em Pontault-Combault

Com uma energia contagiante, Flá-via Coelho dirigiu-se ao público atento que entrou no ritmo e sintonizou-se na onda da cantora. Franceses, portugueses, africanos, cabo-verdianos… um misto de culturas preencheu a sala do espectáculo.

num concerto, organizado em parce-ria com a APCS (Association Portugaise Culturelle et Sociale de Pontault-Com-bault), a cantora espalho a magia ao cantar as músicas do seu último trabalho – Sonho real.

Com ritmos de samba, reggae, ska e forro, a “boa vibe” fez-se sentir no ar, por todos os presentes.

Flávia viajou por muitas estradas do mundo. Da Favela ‘morros do rio de Janeiro’ às ruas de Paris…

o álbum ‘Sonho real’ brilha com as cores da borboleta. As 14 faixas no álbum estão sozinhas como declarações individuais, mas funcionam em sequên-cia e fluem como uma. As guitarras, os teclados, a percussão, a bateria, o baixo e o acordeão misturam-se em um con-junto consistente realçado pelas subtis habilidades de mistura de Victor-Attila, que oferece um brilho moderno com uma sensação vintage, mostrando a voz e harmonias de Flávia: sensual e feliz, com a inocência da infância.

As letras contêm também a tristeza complexa da ‘saudade’ - intraduzível.

« il n’y aurait donc, désespoir plus terrible que l’absence de nos chers disparus de la géographie de ce monde et notre impuis-sance face aux miroirs qui nous séparent de l’au-delà. Face aux miroirs qui ne font que rendre perpétuellement le reflet de nos désespoirs et l’écho de nos pleurs sans apporter aucune réponse, aucune consola-tion possible. nous marchons seuls dans ce monde, seuls dans nos douleurs que personne ne peut imaginer, personne ne peut combler...Cette absence faite d’une présence presque tangible, voilà l’absurde ! Et on tend les doigts et rien... que des filets de soleil où dansent quelques grains de poussière dispersés par le geste vain des mains dans le vide ou très rarement par un souffle mystérieux qui traverse une pièce fermée »

cristina branco

Em seu sonho vivo (Sonho real), o Paraíso (Paraisio) é um lugar cheio de vozes, onde mulher (mulher) é eterna, intemporal, como uma grande irmã (leidi). Em seu sonho real (Sonho real), a Favela (na Favela) é um lugar de pra-zeres simples onde as histórias nascem nos becos traseiros e depois contadas em torno de um churrasco, e onde os adivi-nhos prometem uma vida pura (Pura Vida), longe da rotina diária.

Em seu sonho real, Sonho real, Flávia transforma a perda, sofrimento

e falha em força, reciclando-os (nada Perdi) numa energia para impulsionar o futuro. Ela convida-nos a acordar (Se ligue), para ver além de nossos privilé-gios, nossos confortos e nossas certezas. Flávia Coelho canta na última música (temontou / You Are my Everything): “o ar que eu respiro é mais doce quando você está nele”. o ar que respiramos é mais doce para as transformações.

os sonhos de Flávia trazem ao nosso mundo mais cor e alegria, com a sua música.

39Novembro 2017 • www.portugalmag.fr cultura

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Sugestões culturaisPor Fabio Jesus

o filme é um relato impressionante da vida de Eusébio da Silva Fer-reira visto pelo seu lado mais íntimo e humano. Desde os tempos de me-nino, que sonhava ser jogador da bola, até ser consagrado como o me-lhor jogador do mundo, o “Pantera negra” revela-nos, na primeira pessoa, os momentos gloriosos da sua carreira ao serviço da selecção e do seu clube do coração, o Sport lisboa e Benfica. o amor e a paixão à camisola fizeram de Eu-sébio um nome que entrou para sempre na história de Portugal e do desporto rei.

Ele é um exemplo para todas as gerações e perma-nece na imaginação de todos como um herói, simples e humilde.

Filmeeusébio - História de uma lenda Depois de 10 anos a

dar voz às canções da De-olinda, Ana Bacalhau es-treia-se a solo com “nome Próprio”. o single de apresentação é “Ciúme”, um tema pop, composto por miguel Araújo. “nome Próprio” teve produção de Ana Bacalhau e João Bessa. neste álbum Ana Bacalhau também arrisca a compor e a escrever letras “Só Eu” e “menina rabina” (ambas com música de Henrique Ja-neiro) e “Deixo-me ir”, esta com letra e música de Ana Bacalhau. Produzido por João Bessa e Ana Bacalhau, o disco integra canções de vários artistas nacionais como Samuel Úria, Jorge Cruz, nuno Prata, Afonso Cruz, nuno Figueiredo, Capicua, miguel Araújo, márcia, nuno Figueiredo, Carlos Guerreiro e Francisca Corte-são.

mÚSiCAnome Próprio

(à Fondation Ca-louste Gulbenkian) les rêves de Gabriel Abran-tes, Genesis Breyer P--orridge, Fm Einheit, tim Etchells, Alexandre Estrela, Susie Green, David link, Pierre Paulin, Emilie Pitoiset, lee ranaldo, Susan Stenger et Apichatpong Weerase-thakul. interprétés par Fm Einheit avec Volker Kamp, robert Poss, Susan Stenger, Saskia von Klitzing et les chanteurs du Choeur Gulbenkian Joués à travers les mandalas de José de Almada negreiros, Philippe De-crauzat, myriam Gourfink, olivier mosset et Eduardo terrazas Une exposition de mathieu Copeland Expo-sition ouverte lundi, mercredi, jeudi et vendredi de 9h à 18h. Samedi et dimanche de 11h à 18h. Entrée libre. Jusqu’à 19 Décembre.

eXPoSiÇÃol’exposition d’un rêve

Um manual prático de língua portuguesa que esclarece dúvidas e erros frequentes no uso de determinadas pala-vras - para todo o tipo de público, jovem e adul-to. Palavras que soam da mesma maneira ou que se escrevem de forma muito parecida, mas que signi-ficam coisas muito diferentes? não se atrapalhe: este livro esclarecê-lo-á de forma simples e definitiva. Após o sucesso do 1.º volume de “Pares Difíceis da língua Portuguesa”, eis mais 270 pares «traiçoeiros».

Uma maneira divertida de aprender a evitar erros frequentes na língua portuguesa.

liVromais Pares difíceis da língua Portuguesa

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Redescobrir Portugal40

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Manuel Do nasciMento

Barcos, aldeia vinhateira do douro

o topónimo de Barcos, segundo Almeida Fernandes, remete-nos para o termo germânico Barc, no seu plu-ral, alusivo a marcos de delimitação territorial. Para outros autores, como o padre António Carvalho da Costa, refere que D. Afonso iii lhe deu foral em 1263, enquanto, que outros dizem ter sido em 1255. também, em 1708, o padre António Carvalho da Costa, descreve Barcos como sendo vila da Coroa com 160 fogos e uma igreja pa-roquial dedicada a nossa Senhora da Assunção. Conta-se que perto da po-voação de Barcos existiu, nos primór-dios da nacionalidade, um castelo me-dieval que terá sido construído pelo donatário da terra para a defesa das investidas mouriscas. Ainda, outros autores referem que a antiquíssima paróquia de Santa maria do Sabroso, anterior à fundação da nacionalidade portuguesa, terá dado lugar, nos sé-culos XiV ou XV, à paróquia de nossa Senhora da Assunção de Barcos, para a qual se terá mudado a sede abacial que também era colegiada. Segundo as memórias paroquiais de 1758 do padre José rodrigues Pereira, reitor da colegiada de Barcos, o concelho era, por essa época, abundante em vinho, pão, castanha, linho, algum azeite e possuía muitos pomares de fruta. Em 1835, aquando da criação do distrito de lamego, Barcos foi elevada a cabeça de julgado, compreendendo uma extensa área que abrangia os con-selhos de de Barcos, Chavães, Arcos, Sendim, longa, Paradela, Granja do tedo, Pinheiros, távora, tabuaço, Va-lença do Douro, Armamar, Goujoim, lumiares, São Cosmado, Santa Cruz, Vila Seca, Castelo e nagosa. o conce-lho de Barcos foi extinto por Decreto de 24 de outubro de 1855, a favor de tabuaço. Desde os finais do século

Barcos foi sede de concelho entre 1263 e 1855. em 2013, no âmbito da reforma administrativa foi anexada à freguesia de Santa leocádia, criando-se a União de Freguesia de Barcos e Santa leocádia.

XVii a até à primeira metade do sécu-lo XiX, tabuaço vinha conquistando uma certa hegemonia na região, desde a criação do cargo de Capitão-mor até à criação do julgado de tabuaço, cerca de 1769, como respetivo Juiz de Fora, competindo desse modo, e principalmente com Barcos e Sendim, e depois sobrepondo-se a estas duas vilas. Em Barcos, importa ainda referir a igreja matriz de Barcos, que teria sido edificada nos séculos Xii ou XiV, em estilo românico. Conserva ainda elementos arquitetónicos e decorati-vos dos estilos românicos e góticos. A igreja matriz de Barcos, foi classificada como monumento nacional em 1922. A igreja de Santa maria do Sabroso, antiga sede paroquial, a capela de Santa Bárbara, a capela de São Pedro, no interior do Castro do Sabroso, o ni-cho do Senhor da Boa Viagem. outros edifícios ligados à história de Barcos; o Passal de Barcos, os vestígios da Capelinha de nossa Senhora da Pie-dade, o fontanário do largo de Adro, a Fonte Velha, o antigo Forno do Povo, o Cruzeiro dos Centenários de Barcos. Existem também o Solar dos Cunhas, a Casa magalhães Coutinho e a Casa dos Aguiar. Existem inúmeras quintas agrícolas e de produção vitivinícola; Padrela, Pereira ramiro, raposeira e a do monte travesso. Umas das festividades em Barcos, é a festa das vindimas em outubro. também o car-naval, em barcos consegue-se manter a tradição de origem celta, o casamento das solteiras da aldeia. Ainda no En-trudo com o enterro do Santo Entrudo e a Queima do Judas. o culto pré--cristão da população de Barcos, deu origem a uma aprofundação devoção a Santa maria do Sabroso que todos os anos se festeja no dia 15 de agosto. A capela de Santa maria do Sabroso desempenhou o papel de igreja ma-triz até à data da construção da igreja matriz de Barcos. A 3 km da aldeia de Barcos, encontra-se o Santuário de nossa Senhora do Sabroso, onde pode merendar no parque reservado para esse efeito, um parque de árvores, mesas e bancos em madeira. É possível observar vestígios de civilizações que habitaram o Castro.

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Eurelec Distribution um dos maiores atores no mercado do material eléctrico abre uma nova loja em Carrieres sur Seine em Janeiro 2017.

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www.portugalmag.fr • Novembro 2017Cultura42

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Adélio AmaroVice-presidente

do Centro do Patrimónioda Estremadura

Conheça o significadodo Brasão da sua freguesia

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MONTENEgrOConcelho: FaroDistrito: Faro

Escudo de ouro, uma árvore de verde, arrancada do mes-mo, entre duas cegonhas de vermelho, sancadas de negro, a da dextra volvida; pé onda-do de verde e prata. Coroa mural de prata de três torres. listel branco, com a legenda a negro em maiúsculas: «mon-tEnEGro – FAro».

bAlEIzãOConcelho: BejaDistrito: Beja

Escudo de vermelho, um cha-péu de ouro, de copa redonda e desabado, em abismo, acom-panhado por duas cabeças de touro de prata, realçadas de negro, em chefe, e uma foice do mesmo, em ponta. Coroa mural de prata de três torres. listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: «BA-lEiZÃo».

SãO SATUrNINOConcelho: FronteiraDistrito: Portalegre

Escudo de negro, encontro de touro de prata, realçado de vermelho e encimado por uma cruz latina de ouro, entre três antas arqueológicas do mesmo. Coroa mural de prata de três torres. listel branco, com a legenda a negro: «S. SA-tUrnino – FrontEirA».

CAbEÇUDOConcelho: SertãDistrito: Castelo Branco

dem de malta e, em campa-nha, alçado de chafariz com tanque, de prata, lavrado de negro. Coroa mural de prata de três torres. listel branco, com a legenda a negro: «CA-BEÇUDo».

CAlDEConcelho: ViseuDistrito: Viseu

Escudo de ouro, monte de verde nascente de um ondado de prata e azul de três tiras e encimado por gavela de trigo de verde, atada de púrpura; em chefe, duas abelhas de negro, realçadas de prata. Coroa mural de prata de qua-tro torres. listel branco com a legenda a negro: «CAlDE».

FrEIxIElConcelho: Vila FlorDistrito: Bragança

ÂNCOrAConcelho: CaminhaDistrito: Viana do Castelo

Escudo de prata, semeado de árvores de verde, ten-do brocante um pelourinho de negro, realçado de prata; campanha diminuta ondada se azul, prata e verde de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. listel branco, com a legenda a negro: «Ân-CorA».

ArADASConcelho: AveiroDistrito: Aveiro

Escudo de verde, uma albar-rada de ouro; em chefe, duas chaves, uma de ouro e outra de prata, passadas em aspa, com os palhetões para cima; em campanha, um feixe de três espigas de milho de ouro, atadas de prata. Coroa mural de prata de três torres. listel branco, com a legenda a ne-gro: «ArADAS – AVEiro».Escudo de vermelho, com

dois ramos de pinheiro de ouro, frutados de prata, pos-tos em pala e alinhados em faixa; em chefe, cruz da or-

Escudo de negro, sobreiro de ouro frutado e descorticado de prata, rematando um monte de um só cômoro do mesmo e encimado por uma coroa de espinhos de ouro. Coroa mural de prata de quatro torres. listel branco, com a legenda a negro: «FrEiXiEl – VilA Flor».

43Novembro 2017 • www.portugalmag.fr Poesia

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o grupo de poetas que escreveram de um modo geral entre 1970 e 2000, assumem a Cultura e o Passado do ocidente, subrevoando e assimilando a poesia anterior, mas conservando a sua maneira de se exprimir, com a liberdade de recorrer às antigas escolas poéticas, quando isso lhes convém.Vou citar alguns nomes: Ana luiza Amaral, José Agostinho Baptista, manuel Gusmão, luis Filipe Castro mendes, José tolentino mendonça, luis Quintais.

Luis Quintais

Nada o distrairia nessa procura, disse. Este o recado da contingência: era verão e fazia muito calor. Saía cedo, cortando a passos lentos a sombra das 9:30.

Caminhar até à vertiginosa queda dos poentes. Assinalar uma cinza, a imprecisa melancolia

Luís Quintais, in ‘A Imprecisa

Melancolia’

Paulo teixeira, Pedro mexia, Vasco Graça moura, Al Berto, luis miguel nava, n.S. lorenço, nuno Júdice, Gil de Carvalho, rosa Alice Branco, António osório, Y.K. Centeno, José Carlos Ary dos Santos, Gonçalo m. tavares e os «portuenses» manuel António Pina.

Nuno Júdice

A poesia vai acabar, os poetas vão ser colocados em lugares mais úteis. Por exemplo, observadores de pássaros (enquanto os pássaros não acabarem). Esta certeza tive-a hoje ao entrar numa repartição pública. Um senhor míope atendia devagar ao balcão; eu perguntei: «Que fez algum poeta por este senhor?» E a pergunta

afligiu-me tanto por dentro e por fora da cabeça que tive que voltar a ler toda a poesia desde o princípio do mundo. Uma pergunta numa cabeça. — Como uma coroa de espinhos: estão todos a ver onde o autor quer chegar? —

Manuel António Pina, in “Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo

Manuel António Pina

Adília lopes, Daniel Faria, Valter Hugo mãe e tantos outros poetas que me é impossivel citar todos.Quero acrescentar o nome de Frederico lourenço, que não sendo poeta (que eu saiba), fez duas fabulosas traduções em verso da Odisseia e da Ilíada de Homero.Aqui se termina esta «saga» que narrou a traços largos uma breve história da poesia portuguesa. Espero que os meus leitores tenham tirado dela algum proveito. Foi um trabalho que me deu muito prazer (e algumas preocupações), na sua elaboração bem como à indispensável amiga maria Fernanda Pinto.

temPoS de PoeSiA – lXescolha de isabel meyrelles

tradução e colaboração de maria Fernanda Pinto isabel Meyrelles

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10 conselhos médicos para controlar o stress de vez

tempo ou exigência), recuse--se a cumpri-lo. lembre-se que ninguém o respeitará, se não souber respeitar-se.

4. Cuide de si: alimente--se de forma saudável e pratique exercício

Uma dieta equilibrada, rica em fruta, verduras, fibra e vitaminas ajuda o corpo a proteger-se. Evite excesso de gorduras, açúcar e tam-bém café, álcool e tabaco. A atividade física, quando praticada com regularidade, aumenta a sensação de bem--estar (devido à produção de endorfinas). Consulte o seu médico, para averiguar qual a atividade mais apro-priada para si: ioga, jogging, marcha, natação ou outra qualquer.

5. Opte por uma postura otimista

nem sempre é fácil, mas procure contrariar as tendên-cias negativas: tenha pensa-mento positivo perante as situações, seja mais confiante e flexível. tudo isto contribui para aumentar a sua resis-tência ao stress.

6. Aprenda a gerir o tempoProcure intercalar traba-

lho, família, lazer e descanso.

1. Identifique a origem do stress

o primeiro passo para controlar o stress é identificar as situações ou pessoas que o desencadeiam. Basta estar atento aos sinais exteriores e relacioná-los com o que está a acontecer.

2. Partilhe com as pesso-as próximas o que sente

Aprenda a não guardar tudo para si. As tensões e emoções demasiado contro-ladas provocam danos físicos e mal-estar psicológico. Está provado que desabafar e ex-teriorizar o que se sente con-tribui para uma melhor saúde.

3. Aprenda a dizer nãoSempre que possível não

vá contra a sua natureza. não se sobrecarregue com obrigações ou responsa-bilidades excessivas: se o confrontam com um pedido exagerado (em termos de

Procure ser o condutor do seu tempo e não o contrário. Estabeleça prioridades e objetivos.

7. Aprenda a relaxar to-dos os dias

Uma vez que é impossí-vel prever ou evitar algumas das situações que nos cau-sam ansiedade, o melhor é escolher uma boa estratégia para as enfrentar. Aprenda a relaxar progressivamente os músculos e a mente: ao fazê--lo, a frequência cardíaca e a pressão arterial diminuem imediatamente.

8. Não ignore o stress, porque ele pode não o ig-norar a si

Ao contrário da diabetes, da tensão arterial ou do co-lesterol, o stress é difícil de medir e avaliar e, como tal, é mais complicado estabelecer relações entre o seu grau de existência e o aparecimento de doenças cardiovasculares.

9. lembre-se que a sua saúde pode estar em risco

Apesar de o stress não ser a causa principal de pro-blemas cardíacos, pode con-tribuir para o despoletar ou agravar dessas patologias, uma vez que, entre outras

consequências, faz subir a pressão arterial, dificulta a cicatrização e torna-nos mais vulneráveis a ataques patogénicos exteriores assim como a adições.

10. Esteja atento às fases de alarme

Primeira Fase — o cére-bro dá o alarme: As regiões situadas na parte inferior do cérebro enviam os primeiros sinais de alarme para todo o corpo. o hipotálamo e a hipófise libertam uma série de substâncias químicas (como adrenalina, cortisol ou aldosterona) que fazem reagir o nosso organismo ao “perigo” que se aproxima.

Segunda Fase — o corpo resiste: Após a fase de alar-me, o corpo adaptou-se às circunstâncias e recuperou o seu estado normal. De-pendendo da resistência de cada pessoa, esta fase pode ter uma duração mais ou menos longa, até que o corpo alcance a fase seguinte.

Terceira Fase — Fase extenuante: Quando o stress atinge este patamar, é sinal de que o seu grau é bastante severo. o risco de adoecer-mos, aumenta, assim como a propensão para acidentes cardiovasculares.

lucia loPes

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AGendAA nÃo Perder

du 19/10 au 17/11Portugal, un voyage dans le tempsExposition photographique de Ber-nard Cornu. Ces images ont fait l’objet de la publication d’un livre avec des textes de nuno Júdice. Ver-nissage de l’exposition le 19 octobre à 19h.Avec le soutien de l’Ambassade du Portugal en France et le Centre cul-turel Camões à Paris. Maison du Portugal André de gouveia7 P, bd Jourdan - 75014 Paris

le 09/11 à 18hHúmus de raúl BrandãoConférence de maria João reynaud (Université de Porto), dans le cadre du centenaire de la publication du chef-d’œuvre de raúl Brandão, Hú-mus, le premier roman existentialiste portugais. Ecrit durant la Première Guerre mondiale, il a été publié pour la première fois en 1917.Fondation Calouste gulbenkian39, bd de la Tour Maubourg 75007 Paris

le 12/11 à 15ho Cinema, manoel de oliveira e euFilm portugais de João Botelho. Une vieille photographie prise il y a trente-six ans. Ses mains posées sur mes épaules. Une bénédiction et un don. Puis l’histoire de plus de quarante ans d’amitié, d’admiration et d’apprentissage. Un voyage dans le cinéma de manoel de oliveira, sa méthode, sa façon de filmer et ses inventions cinématographiques ex-traordinaires. il vécut pour plus d’un siècle, plus d’un siècle de cinéma, le cinéma dans son intégralité.Projection dans le cadre du festival les Ecrans Documentaires.Espace Municipal Jean Vilar1, rue Paul Signac - 94110 Arcueil

le 12/11 à 16hViagens na minha terraConcert de piano de Joana Gama, Viagens na minha terra. oeuvres des compositeurs lopes-Graça et Amíl-car Vasques-Dias, qui dressent ici un véritable portrait des différentes régions du Portugal.

En partenariat avec la Chaire lindley Cintra de l’Université Paris nanter-re, le lectorat de langue et culture portugaise de l’Université Paris 8 de Camões et la maison du Portugal - André de Gouveia.Maison du Portugal André de gouveia7 P, bd Jourdan - 75014 Paris

le 12/11 : 16:30la Fabrique de rienFilm portugais de Pedro Pinho avec Carla Galvão, Dinis Gomes, Américo Silva.trois heures durant, la Fabrique de rien, interprétée par des acteurs professionnels et non professionnels, suit un groupe d’ouvriers qui tentent de sauver leurs postes de travail, à travers une solution d’autogestion collective, et éviter ainsi la fermeture de leur usine.Espace Municipal Jean Vilar1, rue Paul Signac - 94110 Arcueil

le 15/11 à 20hCarminho Canta JobimÀ l’occasion de la sortie de son album Carminho Canta Jobim, la fadiste portugaise se produira sur la scène de la Cigale accompagnée par le groupe historique de tom Jobim Ban-da nova, composé de Paulo & Daniel Jobim (fils et petit fils de tom Jobim) ainsi que de Jacques morelenbaum et de Paulo Braga.Une voix incomparable, un dosage de passé et de présent qui laisse entrevoir le futur du fado. la Cigale120, bd de rochechouart 75018 Paris

le 18/11 à 20h45katia Guerreiro en concertKatia Guerreiro est aujourd’hui une interprète mondialement reconnue, aussi bien qu’une remarquable am-bassadrice de la musique portugaise. Bien que faisant partie de la nouvelle vague du fado, son style est proche de celui d’Amália, dont elle a repris plusieurs de ses chansons.Théâtre du Vésinet59, boulevard Carnot 78110 le Vésinet

47Novembro 2017 • www.portugalmag.fr Publicidade

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www.portugalmag.fr • Novembro 2017Lazer48

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Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de ser bas-tante simples, é divertido e viciante. Basta completar cada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a 9. não há nenhum tipo de matemática envolvida.

Sudoku

Solução Edição 88

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Um homem apresenta-se com um lenço atado, dando a volta por cima da cabeça e por baixo do queixo. Pergunta um amigo:- o que é isso pá? Dói-te a cabeça? os dentes? ou foi algum desastre?- nada disso. morreu a minha sogra!- Então... morreu-te a sogra... E porque é que

trazes o queixo amarrado?- É para não me rir!!!

tendo visto um anúncio de um berbequim sem fio, um homem entrou numa loja de bricolage e perguntou se tinham algum em stock. A mulher atrás do balcão respondeu, irritada:- Você é a nona pessoa a quem tenho de dizer que nÃo HÁ ProCUrA DESSE ArtiGo!

Um Urso, um leão e uma Galinha encontram-se. Diz o Urso:- Se eu lançar um dos meus rugidos na floresta, todos os animaistremem de medo.o leão não se intimida e diz:- Se eu rugir no deserto, todos os bichos me temem.A galinha sorri e diz:- Grande coisa! A mim basta-me dar uma tossidela e o planeta inteiro borra-se de medo.

P: Sabem como se sabe que a actriz de filmes pornográficos esteve na bomba de gasolina?r: Antes de encher o depósito do automóvel espalha parte da gasolina pelo capot do carro, pelo peito e pelo chão!

15 CUrioSidAdeS FormidÁVeiS SoBre o CÉreBro HUmAno• Ao bater o dedinho do pé na cômoda, a consequência imediata é a dor. Ela resulta dos sinais que ossos, músculos e pele enviam em conjunto para o cérebro a uma velocidade de nada menos que 385 quilômetros por hora.• O cérebro não sente dor. É isso mesmo: por não possuir receptores para isso, ele é incapaz de sentir a dor. tanto que é possível fazer uma cirurgia cerebral com a pessoa consciente.

AdiVinHAtodas as damas me querem, à cabeça me dão valor,

eu mordo e não tenho dentes,ferro sem pescador.

o AlFinEtE.

ProVÉrBioSno dia de S. martinho (11/11) vai à adega e prova o vinho.

no dia de S. martinho (11/11): lume, castanhas e vinho.no meio está a virtude.

no melhor pano cai a nódoa.no minguante de Janeiro, corta o madeiro.

no outono o Sol tem sono.

49Novembro 2017 • www.portugalmag.fr culinária

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Quer dar a conhecer as suas receitas aos leitores da Portugal mag? mande-as para [email protected] juntamente com a sua foto e serão publicadas neste espaço.

ArroZ de tAmBoril

AS reCeitAS dA PortUGAl mAG

SUGESTÃO: Recorte as receitas e arquive

tArte de AmÊndoA

O Oceano

Bar-RestaurantSpécialités Portugaises

73 bld Gabriel Péri94500 Champigny

sur Marne

Tél.: 01 48 80 87 60

La Grillade

Bar-RestaurantSpécialités Portugaises

92 avenue Louis Blanc94210 Saint Maur

des Fossés

Tél.: 01 48 83 11 76

Les Oiseaux

Bar-RestaurantSpécialités Portugaises

12 place d’Anvers75009 Paris

Tél.: 01 48 78 23 64

recomenda

Le LongchampRestaurant-Bar

Spécialités Portugaises

40 Rue de Longchamp75016 Paris

Tél.: 01 47 27 53 50

Ingredientes: - 1 base de massa folhada para tarte- 310g de açúcar- 150g de amêndoa moída- 200 ml de água- 30g de manteiga- 7 gemas- 2 ovos- Açúcar em pó para polvilhar

Preparação:num tacho, leve ao lume a água e o açúcar.mexa e deixe ferver durante 3 minutos.Passado os 3 minutos, apague o lume.numa tigela, coloque a amêndoa, junte a calda do açúcar e a manteiga.mexa até que tudo fique bem misturado e a

Ingredientes:- 800g de lombo de tamboril cortado em postas- 1 cebola média picada- 4 tomates maduros sem pele cortado em pedaços- meio pimento verde picadinho- meio pimento vermelho picadinho- 2 dentes de alho picados- 2 folhas de louro- 1 cubo de caldo de peixe- 2dl de azeite- meio copo de vinho branco- 400g de amêijoa- 12 camarões- 380g de arroz- 1l de água- 1 molhinho de coentros picados- Sal a gosto.- Pimenta a gosto

Preparação:num tacho largo, leve ao lume o azeite, a cebola picada, os alhos picados, o pimento vermelho picado, o pimento verde picado e as folhas de louro. mexa e deixe refogar durante 5 minutos.Junte o tomate e deixe refogar mais 5 minutos.Depois de tudo refogado, junte o tamboril, tempere com sal e pimenta.Junte o cubo de caldo de peixe e regue com o vinho branco, deixe ferver.Quando começar a ferver, vire o tamboril e deixe cozinhar mais 5 minutos.Junte o litro de água e deixe ferver.Depois de ferver, junte o arroz, deixe cozer durante 10 minutos.Junte os camarões e as amêijoas, deixe cozinhar mais 7 minutos.Depois de tudo cozido, apague o lume e junte os coentros picados, mexa tudo e sirva.

manteiga derretida.Deixe arrefecer.Depois de frio, junte as gemas e misture.Por fim, junte os ovos e mexa até que tudo fique bem misturado.Estenda a massa numa tarteira de fundo amovível e acalque bem.Por cima da massa coloque o recheio.leve ao forno pré-aquecido nos 170º e deixe cozer entre 20 a 25 minutos.logo que esteja cozida, retire-a do forno para não secar muito.Depois da tarte desenformada, polvilhe com açúcar em pó com a ajuda de um passador de rede.Depois de fria está pronta a servir.

tempo de preparação: 90 minutos ingredientes: 6 pessoas

tempo de preparação: 50 minutos ingredientes: 12 fatias

rer constructif pour tout le monde ! À vous d’en tirer le meilleur et d’en canaliser les possibles excès !

balanceUn mois où les propositions pour-raient affluer et

où la communication sera essentielle pour tenter d’em-porter la mise et d’atteindre vos objectifs.

ScorpionUn mois riche en opportunité d’ex-celler, de faire la différence, de bril-

ler sur le devant de la scène ou de vous libérer pour autre chose.

SagittaireUn mois où vous aurez intérêt à bien préparer vos pro-jets et à peaufiner

abuser de vos pouvoirs et de miser sur votre bonne volonté de servir la cause pour rallier tout le monde, mine de rien…

CancerUn mois où votre c h a r m e , v o t r e obstination et vos

talents pourraient bien vous permettre d’obtenir ce que vous convoitiez depuis long-temps !

lionC ’ e s t u n m o i s favorable à votre évolution en géné-ral. Vous êtes en

mesure de franchir un cap et en dépit de quelques retards à prévoir (en décembre ?), vous devriez finir par at-teindre vos objectifs!

ViergeCe mois pourrait compter et s’avé-

www.portugalmag.fr • Novembro 2017Horóscopo50

Preservar e divulgar a lusofonia em França

vos stratégies pour faire le buzz plutôt qu’un flop !

CapricorneUn mois tourné vers l’avenir où vous aurez envie

de vous ouvrir de nouvelles perspectives et en aurez la possibilité !

VerseauUn mois qui vous mobilise prioritai-rement sur le front

professionnel et vous don-nera effectivement l’opportu-nité de franchir un cap si vous évitez de dépasser les bornes !

PoissonUn mois favorable à vos entreprises en tout genre. Profitez

d’un ciel plutôt complice de vos ambitions pour aller de l’avant et poser les jalons de vos entre-prises et succès futurs !

bélierUn mois qui de-vrait relancer l’éco-nomie, favoriser vos ambitions fi-

nancières et combler votre goût du pouvoir. il y aura des pièges à éviter et des précautions à prendre. Alors, à vous de jouer !

TaureauUn mois qui vous permet d’accélé-rer le mouvement

sans trop redouter qu’on vous mette des bâtons dans les roues. Sauf peut-être le second décan qui devra (aux alentours du 19) éviter soi-gneusement de partir en vrille.

gémeauxUn mois où vous serez attendu sur le terrain. À vous de l’occuper sans

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Apéritif au choix (Avec Beignets Mixtes et Petits Fours)

Entrée au choix

Salade de Gésiers au Foie Gras Melon au Jambon Gambas du Chef

Plat de Poisson au choix

Saumon Poêlé (Tagliatelles) Morue au Four

Plat de Viande au choix

Escalope de Veau aux Champignons (Pommes sautées) Chevreau au Four (Petits Légumes et Pommes sautées)

Farandole de Fromage Bûche Glacée

Café et Digestif

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Champagne Soupe aux Choux à 3h du Matin

Petit Déjeuner à l’Aube…

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les enfants de – de 10 ans)

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