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Jorge III Rei do Reino Unido da GrãBretanha e Irlanda Rei de Hanôver e Duque de Brunsvique Retrato por Allan Ramsay, c. 1765 Rei do Reino Unido e Hanôver Reinado 25 de outubro de 1760 a 29 de janeiro de 1820 Coroação 22 de setembro de 1761 Predecessor Jorge II Sucessor Jorge IV Esposa Carlota de MecklemburgoStrelitz Descendência Jorge IV do Reino Unido Frederico, Duque de Iorque e Albany Guilherme IV do Reino Unido Carlota, Princesa Real Eduardo, Duque de Kent e Strathearn Augusta Sofia do Reino Unido Isabel do Reino Unido Ernesto Augusto I de Hanôver Augusto Frederico, Duque de Sussex Adolfo, Duque de Cambridge Maria do Reino Unido Sofia do Reino Unido Otávio da GrãBretanha Alfredo da GrãBretanha Amélia do Reino Unido Nome completo Jorge Guilherme Frederico Casa Hanôver Pai Frederico, Príncipe de Gales Mãe Augusta de SaxeGota Nascimento 4 de junho de 1738 Casa Norfolk, Londres, Jorge III do Reino Unido Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Jorge III (Londres, 4 de junho de 1738 – Windsor, 29 de janeiro de 1820) foi o Rei da GrãBretanha e Irlanda de 25 de outubro de 1760 até a união dos dois países em 1 de janeiro de 1801, tornandose Rei do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda até sua morte. Ele também foi duque e príncipeeleitor do Eleitorado de BrunsviqueLuneburgo no Sacro Império Romano Germânico até sua promoção a Rei de Hanôver em 12 de outubro de 1814. Jorge foi o terceiro monarca britânico da Casa de Hanôver. Sua vida e reinado foram marcados por disputas políticas no parlamento e uma série de conflitos militares principalmente contra a França, que a Grã Bretanha acabou derrotando na Guerra dos Sete Anos. Porém, logo muitas das suas colônias na América do Norte foram perdidas na Guerra de Independência dos Estados Unidos. Outras guerras começando em 1793 contra a França revolucionária e napoleônica concluiramse com a derrota de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo em 1815. No restante de sua vida, Jorge sofreu de um transtorno mental recorrente e enfim permanente. Os médicos ficaram perplexos com sua condição, apesar de desde então se acreditar que o rei sofria de porfiria. Depois de uma última recaída em 1810, uma regência foi estabelecida e Jorge, Príncipe de Gales, filho mais velho e herdeiro de Jorge III, reinou como príncipe regente. Quando Jorge III morreu em 1820, o príncipe regente sucedeu o pai como Jorge IV. Análises históricas da vida de Jorge III foram um "caleidoscópio da mudança de opinião" que dependiam muito dos preconceitos de seus biógrafos e das fontes disponíveis. Sua reputação nos Estados Unidos era de um tirano e no Reino Unido ele se tornou "o bode expiatório para o fracasso do imperialismo", isso até uma grande reavaliação durante a segunda metade do século XX. Índice 1 Início de vida 2 Reinado 2.1 Ascensão e casamento 2.2 Início 2.3 Independência dos Estados Unidos 2.4 Luta constitucional 2.5 Crise da regência 2.6 Guerras contra a França 2.7 Últimos anos 3 Legado 4 Títulos, estilos e brasões 4.1 Títulos e estilos 4.2 Brasões 5 Descendência 6 Ancestrais 7 Referências 8 Bibliografia 9 Ligações externas Início de vida 1 2

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15/03/2015 Jorge III do Reino Unido – Wikipédia, a enciclopédia livre

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_III_do_Reino_Unido 1/15

Jorge IIIRei do Reino Unido da Grã­Bretanha e Irlanda

Rei de Hanôver e Duque de Brunsvique

Retrato por Allan Ramsay, c. 1765

Rei do Reino Unido e HanôverReinado 25 de outubro de 1760

a 29 de janeiro de 1820Coroação 22 de setembro de 1761Predecessor Jorge IISucessor Jorge IV

Esposa Carlota de Mecklemburgo­StrelitzDescendênciaJorge IV do Reino UnidoFrederico, Duque de Iorque e AlbanyGuilherme IV do Reino UnidoCarlota, Princesa RealEduardo, Duque de Kent e StrathearnAugusta Sofia do Reino UnidoIsabel do Reino UnidoErnesto Augusto I de HanôverAugusto Frederico, Duque de SussexAdolfo, Duque de CambridgeMaria do Reino UnidoSofia do Reino UnidoOtávio da Grã­BretanhaAlfredo da Grã­BretanhaAmélia do Reino Unido

Nome completoJorge Guilherme Frederico

Casa HanôverPai Frederico, Príncipe de GalesMãe Augusta de Saxe­GotaNascimento 4 de junho de 1738

Casa Norfolk, Londres,

Jorge III do Reino UnidoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Jorge III (Londres, 4 de junho de 1738 – Windsor, 29 de janeiro de 1820)foi o Rei da Grã­Bretanha e Irlanda de 25 de outubro de 1760 até a união dosdois países em 1 de janeiro de 1801, tornando­se Rei do Reino Unido da Grã­Bretanha e Irlanda até sua morte. Ele também foi duque e príncipe­eleitor doEleitorado de Brunsvique­Luneburgo no Sacro Império Romano Germânicoaté sua promoção a Rei de Hanôver em 12 de outubro de 1814. Jorge foi oterceiro monarca britânico da Casa de Hanôver.

Sua vida e reinado foram marcados por disputas políticas no parlamento euma série de conflitos militares principalmente contra a França, que a Grã­Bretanha acabou derrotando na Guerra dos Sete Anos. Porém, logo muitasdas suas colônias na América do Norte foram perdidas na Guerra deIndependência dos Estados Unidos. Outras guerras começando em 1793contra a França revolucionária e napoleônica concluiram­se com a derrota deNapoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo em 1815.

No restante de sua vida, Jorge sofreu de um transtorno mental recorrente eenfim permanente. Os médicos ficaram perplexos com sua condição, apesarde desde então se acreditar que o rei sofria de porfiria. Depois de uma últimarecaída em 1810, uma regência foi estabelecida e Jorge, Príncipe de Gales,filho mais velho e herdeiro de Jorge III, reinou como príncipe regente.Quando Jorge III morreu em 1820, o príncipe regente sucedeu o pai comoJorge IV.

Análises históricas da vida de Jorge III foram um "caleidoscópio da mudançade opinião" que dependiam muito dos preconceitos de seus biógrafos e dasfontes disponíveis. Sua reputação nos Estados Unidos era de um tirano e noReino Unido ele se tornou "o bode expiatório para o fracasso doimperialismo", isso até uma grande reavaliação durante a segunda metadedo século XX.

Índice

1 Início de vida2 Reinado

2.1 Ascensão e casamento2.2 Início2.3 Independência dos Estados Unidos2.4 Luta constitucional2.5 Crise da regência2.6 Guerras contra a França2.7 Últimos anos

3 Legado4 Títulos, estilos e brasões

4.1 Títulos e estilos4.2 Brasões

5 Descendência6 Ancestrais7 Referências8 Bibliografia9 Ligações externas

Início de vida

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15/03/2015 Jorge III do Reino Unido – Wikipédia, a enciclopédia livre

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_III_do_Reino_Unido 2/15

Grã­BretanhaMorte 29 de janeiro de 1820 (81 anos)

Castelo de Windsor, Windsor,Berkshire, Reino Unido

Enterro 16 de fevereiro de 1820Capela de São Jorge, Windsor,Berkshire, Inglaterra

Assinatura

Jorge (direita) com seu irmãoEduardo e seu professor FrancisAyscough, c. 1749, por RichardWilson, na National Portrait Gallery.

Carlota em 1761, por AllanRamsay, na Royal Collection.

Jorge Guilherme Frederico nasceu naCasa Norfolk, Londres, em 4 de junhode 1738, filho mais velho deFrederico, Príncipe de Gales, eAugusta de Saxe­Gota e também netodo rei Jorge II da Grã­Bretanha.Como nasceu dois meses prematuro enão acreditava­se que iria sobreviver,ele foi batizado no mesmo dia porThomas Secker, o Bispo de Oxford.

Secker o batizou novamente um mêsdepois em uma cerimônia pública.Seus padrinhos foram o rei FredericoI da Suécia (representado por lorde Charles Calvert, 5.º Barão Baltimore), seu tio oduque Frederico III de Saxe­Gota­Altemburgo (representado por lorde Henry Brydges,

Marquês de Carnarvon) e sua tia­avó a rainha consorte Sofia Doroteia de Hanôver (representada por Charlotte Edwin).

Jorge cresceu como uma criança saudável, porém reservada e tímida. A família se mudou para a Praça Leicester, onde ele e oirmão Eduardo foram educados por professores particulares. Cartas mostram que ele podia ler e escrever em inglês e alemão,além de comentar eventos políticos já aos oito anos de idade. Foi o primeiro monarca inglês a estudar ciênciassistematicamente. Além de química e física, seus estudos incluiam astronomia, matemática, francês, latim, história, música,geografia, comércio, agricultura e direito constitucional, também incluindo dança, esgrima e equitação. Sua educação religiosafoi totalmente anglicana. Aos dez anos, Jorge participou de uma encenação familiar da peça Cato, de Joseph Addison, e disseno prólogo "O que, tu menino! Pode­se dizer com verdade, um menino nascido na Inglaterra, na Inglaterra criado". Ohistoriador Romney Sedgwick diz que essa fala parece "ser a fonte da única frase histórica com a qual ele está associado".

Seu avô, o rei Jorge II, não gostava do Príncipe de Gales e pouco se interessou em seus netos. Porém, Frederico morreu em1751 de um ferimento no pulmão e Jorge se tornou herdeiro aparente do trono. Ele herdou um dos títulos do pai e setransformou no Duque de Edimburgo. Agora mais interessado no neto, o rei três semanas depois o transformou no novoPríncipe de Gales.

Na primavera de 1756, Jorge II lhe ofereceu grandes aposentos no Palácio de St. James, porém ele recusou, guiado pela mãe eseu confidente, lorde John Stuart, 3.° Conde de Bute, seu futuro primeiro­ministro. Augusta, agora a Viúva Princesa de Gales,preferia mantê­lo em casa onde poderia imbuir­lo com seus firmes valores morais.

Reinado

Ascensão e casamento

Em 1759, Jorge se apaixonou por Sarah Lennox, irmã de lorde Charles Lennox, 3.º Duquede Richmond, porém lorde Bute aconselhou contra a união e Jorge acabou abandonandoseus pensamentos de casamento. "Eu nasci pela felicidade ou miséria de uma grandenação", escreveu, "e consequentemente devo frequentemente agir de encontro às minhaspaixões". Mesmo assim, existiram tentativas do rei para casá­lo com a duquesa SofiaCarolina de Brunsvique­Volfembutel, que acabaram encontrando resistência emAugusta.

Jorge II morreu em 25 de outubro de 1760 e Jorge ascendeu ao trono aos 22 anos deidade. A procura por uma esposa adequada se intensificou. O novo rei acabou se casandocom a princesa Carlota de Mecklemburgo­Strelitz em 8 de setembro de 1761 no Paláciode St. James; os dois se encontraram pela primeira vez no dia do casamento. Duassemanas depois, ambos foram coroados na Abadia de Westminster. Extraordinariamente,Jorge nunca teve uma amante (ao contrário de seu avô e seus próprios filhos), e o casalteve um casamento genuinamente feliz. Eles tiveram 15 filhos, nove meninos e seismeninas. Jorge comprou a Casa Buckingham em 1762 para ser usada como retirofamiliar. Suas outras residências eram o Palácio de Kew e o Castelo de Windsor. St.James foi mantido para uso oficial. Ele não viajou muito, passando toda sua vida no sul daInglaterra. Na década de 1790, o rei e a família real passavam férias em Weymouth,Dorset, assim popularizando uma das primeiras estâncias marítimas na Inglaterra.

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15/03/2015 Jorge III do Reino Unido – Wikipédia, a enciclopédia livre

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_III_do_Reino_Unido 3/15

Jorge em 1762, por WilliamPether, após Thomas Frye, naNational Portrait Gallery.

Jorge em 1762, por Allan Ramsey.

Em seu discurso de ascensão ao parlamento, Jorge proclamou: "Nascido e educado neste país, glorifico­me em nome daBretanha". Ele inseriu a frase no discurso, escrito por lorde Philip Yorke, 1.º Conde de Hardwicke, para demonstrar seudesejo de distanciar­se de seus antecessores germânicos, que eram vistos como se importando mais com Hanôver do que com aGrã­Bretanha.

Apesar de sua ascensão ter sido inicialmente bem recebida por políticos de todos ospartidos, os primeiros anos de seu reinado foram marcados por instalidade política, emgrande parte gerada pelo resultado de desacordos sobre a Guerra dos Sete Anos. Jorge eravisto como favorecendo ministros tories, que o levou a ser denunciado por whigs como umautocrata. Na época de sua ascensão, as terras da coroa produziam relativamente poucasrendas; a maior parte das rendas eram geradas através de impostos e impostos especiais deconsumo. Jorge entregou o controle das propriedades da coroa ao parlamento em troca deuma lista civil de anuidade para sustentar sua criadagem e os gastos do governo civil.Afirmações que ele usou esse dinheiro para recompensar apoiadores com subornos epresentes são contestadas por historiadores que dizem que tais alegações "residem emnada além de falsidades postas para fora pela oposição descontente". Dívidas acumuladasem até três milhões de libras esterlinas durante o reinado de Jorge foram pagas peloparlamento, e a lista civil de anuidade foi sendo aumentada de tempos em tempos. Elaajudou a Academia Real Inglesa com grandes doações vindas de suas reservasparticulares, e pode ter doado mais da metade de sua renda pessoal para a caridade. Desua coleção de artes, as duas compras mais notáveis são A Aula de Música, de JohannesVermeer, e um conjunto de Canalettos, porém ele é mais lembrado como um colecionadorde livros. A Biblioteca do Rei foi aberta e disponibilizada a acadêmicos, sendo afundação de uma nova biblioteca nacional.

Em maio de 1762, o incumbente governo whig comandado por lorde Thomas Pelham­Holles, 1.º Duque de Newcastle­upon­Tyne, foi substituído por um escocês liderado pelo tory lorde Bute. Os oponentes de Buteespalharam calúnias que ele estava tendo um caso com a mãe do rei, também explorando preconceitos anti­escoceses entre osingleses. O parlamentar John Wilkes publicou The North Briton, que era tanto inflamatório quanto difamatório em suacondenação do governo de Bute. Wilkes foi eventualmente preso por difamação sediciosa, porém fugiu para a França a fim deescapar punição; ele foi expulso da Câmara dos Comuns e julgado culpado in absentia por blasfêmia e difamação. Em 1763,após concluir o Tratado de Paris que encerrou a guerra, lorde Bute renunciou, sendo sucedido pelo whig George Grenville.

Mais tarde no mesmo ano, a Proclamação Real de 1763 colocou um limite da expansãoocidental das colônias na América. A proclamação tinha a intenção de desviar aexpansão colonial para o norte e para o sul. A Linha da Proclamação não incomodou amaioria dos colonos, mas foi impopular com uma minoria vocal e acabou contribuindopara o conflito entre os colonos e o governo britânico. Com os americanos de modogeral livres do fardo dos impostos britânicos, o governo achou apropriado que elespagassem pela defesa das colônias contra levantes nativos e possíveis incursõesfrancesas. A questão principal para os colonos não era a quantidade de impostos, massim se o parlamento poderia cobrar um imposto sem a aprovação americana, já que elesnão tinham representantes parlamentares. Os americanos protestaram que como todosos ingleses, também tinham o direito de "nada de impostos sem representação". Em1765, Grenville introduziu a Lei do Selo, que colocava um imposto do selo em todos osdocumentos nas colônias britânicas da América do Norte. Já que os jornais eramimpressos em papel de selo, os mais afetados pela introdução do imposto eram os maisefetivos em produzir material contra ele. Enquanto isso, Jorge ficou irritado com astentativas de Grenville de reduzir suas prerrogativas e tentou, sem sucesso, persuadirWilliam Pitt a aceitar o cargo de primeiro­ministro. Depois de uma breve doença, quetalvez possa ter sido um presságio de seus futuros problemas mentais, o rei concordou que lorde Charles Watson­Wentworth,2.º Marquês de Rockingham, formasse um ministério, dispensando o de Grenville.

Lorde Rockingham revogou a impopular Lei do Selo com o apoio de Pitt e do rei, porém seu governo era fraco e ele foisubstiuído em 1766 por Pitt, a quem Jorge conferiu o título de Conde de Chatham. As ações de Jorge e lorde Chatham aorevogarem a Lei do Selo os deixaram tão populares na América que estátuas de ambos foram erguidas na Cidade de NovaIorque. Chatham adoeceu em 1767 e lorde Augustus FitzRoy, 3.º Duque de Grafton, assumiu o governo, apesar de não ter setornado oficialmente o primeiro­ministro até o ano seguinte. Naquele ano, John Wilkes voltou para a Inglaterra, se candidatouna eleição geral e ficou em primeiro lugar no distrito eleitoral de Middlesex. Ele foi novamente expulso do parlamento. Wilkesfoi reeleito e expulso mais duas vezes antes da Câmara dos Comuns resolver que suas candidaturas eram inválidas, declarandoo segundo colocado como o eleito. O governo de lorde Grafton se desintegrou em 1770, permitindo que os Tories lideradospor lorde Frederick North voltassem ao poder.

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Jorge em 1771, por Johann Zoffany,na Royal Collection.

Jorge era muito devoto e passava horas rezando, porém sua religiosidade não eracompartilhada pelos irmãos. Ele ficava horrorizado pela falta de moral deles. Em 1770,seu irmão príncipe Henrique, Duque de Cumberland e Strathearn, foi exposto comoadúltero, casando­se no ano seguinte com uma jovem viúva, Ana Horton. O rei aconsiderou inapropriada para uma esposa real: ela era de uma baixa classe social e a leigermânica barrava quaisquer filhos do casal na sucessão hanoveriana. Jorge insistiu emuma lei que proíbia membros da família real se casarem sem o consentimento dosoberano. O projeto de lei subsequente foi pouco popular no parlamento, incluindo entreos próprios ministros do rei, porém acabou sendo aprovado como a Lei de CasamentosReais de 1772. Pouco depois, outro irmão seu, príncipe Guilherme Henrique, Duque deGloucester e Edimburgo, revelou que havia se casado secretamente com Maria,Condessa de Waldegrave, a filha ilegítima de sir Edward Walpole. As notíciasconfirmaram a opinião de Jorge que ele tinha o direito de criar a lei: Maria erarelacionada com seus oponentes políticos. Nenhuma das duas mulheres foi recebida nacorte.

O governo de lorde North estava muito preocupado com o descontentamento naAmérica. Para amenizar a opinião americana, a maioria dos direitos aduaneiros foramretirados, exceto o imposto do chá, que nas palavras de Jorge era "um imposto para

manter o direito [de cobrar impostos]". Em 1773, os navios de chá ancorados no Porto de Boston foram invadidos porcolonos e o chá jogado no mar, um evento que ficou conhecido como a Festa do Chá de Boston. Na Grã­Bretanha, a opiniãocontra os colonos endureceu, com Chatham passando a concordar com North que a destruição do chá foi "certamentecriminosa". Com o apoio do parlamento, lorde North apresentou medidas, que foram chamadas pelos colonos de AtosIntoleráveis: o Porto de Boston foi fechado e a escritura de Massachusetts alterada para que a câmara superior da legislaturapassasse a ser nomeada pela coroa em vez de eleita pela câmara inferior. Nesse momento, de acordo com Peter Thomas, as"esperanças [de Jorge] estavam centradas em uma solução política, e ele sempre se curvou às opiniões de seu gabinete, mesmoquando cético de seu sucesso. As evidências dos anos de 1763 a 1775 tendem a exonerar Jorge III de qualquer responsabilidadereal na Revolução Americana". Apesar dos americanos caracterizarem Jorge como um tirano, nesses anos ele agiu comomonarca constitucional apoiando as iniciativas dos seus ministros.

Independência dos Estados Unidos

A Guerra da Independência dos Estados Unidos foi a culminação da Revolução Americana civil e política, resultado doiluminismo americano. Foi causada pela falta de representação americana no parlamento, que era vista como uma negação deseus direitos como ingleses e frequentemente focadas nos impostos diretos cobrados pelo parlamento nas colônias sem suaaprovação, com os colonos passando a resistir ao governo direto após a Festa do Chá de Boston. Criando províncias autônomas,eles contornaram o aparelho de governo britânico em cada colônia por volta de 1774. Conflitos armados entre soldadosbritânicos e a milícia colonial estouraram em abril de 1775 nas Batalhas de Lexington e Concord. Depois de petições para que acoroa interviesse no parlamento terem sido ignoradas, os líderes rebeldes foram declarados traidores e iniciou­se um ano delutas. As colônias declararam sua independência em 4 de julho de 1776, listando queixas contra o rei e parlamento ao mesmotempo que pediam o apoio da população. Entre as queixas a Jorge, a declaração dizia, "Ele abdicou o governo aqui ... saqueounossos mares, devastou as nossas costas, queimou nossas cidades e destruiu a vida de nosso povo". A estátua equestre de Jorgeem Nova Iorque foi derrubada. Os britânicos capturaram a cidade ainda em 1776, porém perderam Boston e o grande planoestratégico de invadir do Canadá e tomar a Nova Inglaterra falhou com a rendição do tenente­general britânico John Burgoynena Batalha de Saratoga.

Jorge é frequentemente acusado de obstinadamente tentar manter a Grã­Bretanha em guerra com os revolucionáriosamericanos, apesar das opiniões de seus ministros. Nas palavras do historiador vitoriano sir George Trevelyan, o rei estavadeterminado a "nunca reconhecer a independência dos americanos e queria punir sua transgressão pela indefinda prolongaçãode uma guerra que prometia ser eterna". Jorge queria "manter os rebeldes perseguidos, ansiosos e pobres, até o dia que, por umprocesso natural e inevitável, o descontento e desapontamento fossem convertidos para penitência e remorso". Entretanto,historiadores mais recentes defenderam o rei ao afirmarem que no contexto da época, nenhum monarca estaria disposto aentregar um território tão grande, e que sua conduta era muito menos cruel do que reis contemporâneos na Europa. Depoisde Saratoga, tanto o parlamento quanto o povo britânico estavam a favor da guerra; o recrutamento operou em altos níveis eapesar dos oponentes serem bem vocais, eles permaneceram uma minoria. Com os revéses na América, lorde North pediupara transferir o poder a lorde Chatham, quem ele via como mais capaz, porém Jorge recusou; ele acabou sugerindo queChatham servisse como ministro subordinado na administração de North, porém Chatham recusou­se a cooperar. Ele morreu nomesmo ano. No começo de 1778, a França, principal inimiga da Grã­Bretanha, assinou um tratado de aliança com os colonose o conflito escalonou. Eles logo também receberam a ajuda da Espanha e da República dos Países Baixos, enquanto os inglesesnão tinham nenhum grande aliado. Lorde Gower e lorde Weymouth renunciaram ao governo. Lorde North pediu novamentepermissão para renunciar, porém permaneceu por insistência de Jorge. Crescia a oposição contra o custoso conflito e issocontribuiu para distúrbios em Londres conhecidos como Tumultos de Gordon em junho de 1780.

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Jorge em 1779, por Benjamin West, naRoyal Collection.

Jorge em 1781, por ThomasGainsborough, na RoyalCollection.

Até o Cerco de Charleston em 1780, os lealistas ainda podiam acreditar em sua eventual vitória, já que as tropas britânicastinham causado grandes perdas às forças continentais na Batalha de Camden e na Batalha de Guilford Court House. No finalde 1781, chagaram em Londres as notícias da rendição de Charles Cornwallis na Batalha de Yorktown; o apoio parlamentar delorde North esvaiu e ele renunciou no ano seguinte. Jorge rascunhou uma nota de abdicação, que nunca foi entregue,finalmente aceitando a derrota na América e autorizando negociações de paz. Os Tratados de Paris, em que a Grã­Bretanhareconheceu a independência dos Estados Unidos e o retorno da Flórida para a Espanha, foram assinados em 1782 e 1783.Quando John Adams foi nomeado embaixador em Londres em 1785, Jorge já estava conformado com a nova relação entre seupaís e as antigas colônias. Ele disse a Adams: "Fui o último a consentir com a separação; mas com a separação tendo sido feitae tendo se tornado inevitável, eu sempre disse, como digo agora, que eu seria o primeiro a receber a amizade dos EstadosUnidos como uma potência independente".

Luta constitucional

Com o colapso do ministério de lorde North em 1782, o whig lorde Rockingham se tornou primeiro­ministro pela segunda vez,porém morreu poucos meses depois. O rei então nomeou lorde William Petty, 2.º Conde de Shelburne para substituí­lo.Entretanto, Charles James Fox se recusou a servir sob Shelburne, exigindo a nomeação de William Cavendish­Bentinck, 3.°

Duque de Portland. Em 1783, a Câmara dos Comunsforçou a saída de lorde Shelburne e seu governo foisubstituído pela Coligação Fox–North. LordePortland se tornou primeiro­ministro, com Fox elorde North assumindo os cargos de secretárioestrangeiro e secretário interno, respectivamente.

Jorge odiava Fox, tanto por seus alinhamentospolíticos quanto por sua personalidade; ele oconsiderava inescrupuloso e uma má influência parao Príncipe de Gales. Jorge estava angustiado porter de nomear ministros que não gostava, porém oministério de Portland rapidamente construiu umamaioria na Câmara dos Comuns e não poderia serdispensado com facilidade. O rei ficou ainda maisconsternado quando o governo apresentou umprojeto de lei da Índia, que propunha uma reformano governo indiano ao transferir o poder daCompanhia Britânica das Índias Orientais paracomissários parlamentares. Apesar de Jorge ser afavor de um maior controle da companhia, os

comissários propostos eram todos aliados de Fox. Imediatamente depois deaprovado pelos comuns, o rei autorizou lorde George Nugent­Temple­Grenville, 1.º Conde Temple, a informar a Câmara dosLordes que consideraria inimigo qualquer um que votasse a favor do projeto. Foi rejeitado pelos lordes e o ministério dePortland foi dispensado três dias depois, com William Pitt, o Novo, sendo nomeado primeiro­ministro e Temple secretário deestado. Em 17 de dezembro de 1783, o parlamento votou a favor de uma moção condenando a influência do monarca nasvotações, com lorde Temple sendo forçado a renunciar. A saída de Temple desestablizou o governo e três meses depois ogoverno perdeu sua maioria no parlamento, que acabou sendo dissolvido por Jorge. Na eleição subsequente, Pitt conseguiu ummandato firme.

Crise da regência

Para Jorge, a nomeação de Pitt foi uma grande vitória. Mostrou que ele podia nomear primeiros­ministros baseando­se em suaprópria interpretação do humor do povo sem precisar seguir as escolhas a maioria na Câmara dos Comuns. Através doministério de Pitt, o rei apoiou muitos dos objetivos políticos do primeiro­ministro e criou novos pariatos em uma velocidadesem precedentes para aumentar seu número de apoiadores na Câmara dos Lordes. Durante e após o ministério de Pitt, Jorgefoi extremamente popular na Grã­Bretanha. O povo britânico o admirava por sua religiosidade e por ser fiel à esposa. Elegostava de seus filhos e ficou devastado pela morte de dois deles ainda na infância em 1782 e 1783. Mesmo assim, elecolocava os filhos em um rígido regime. Esperava­se que comparecessem nas aulas às sete da manhã, vivendo vidas deobservação religiosa e virtuosidade. Quando não cumpriam seus príncipios de justiça, como seus filhos fizeram como jovensadultos, Jorge ficava consternado e desapontado.

Nesse momento, a saúde de Jorge estava se deteriorando. Ele sofria de um transtorno mental, que possivelmente era umsintoma de porfiria, uma doença genética, apesar disso ser questionado. Estudos publicados em 2005 de amostras do cabelodo rei revelam altos níveis de arsênio, possível causador da doença. A fonte do arsênio é desconhecida, porém pode ter sido umcomponente dos remédios ou cosméticos. Jorge pode ter sofrido de um breve episódio do transtorno em 1765, porém um

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15/03/2015 Jorge III do Reino Unido – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Jorge em 1783, por Benjamin West,no Museu de Arte de Cleveland.

Jorge c. 1799–1800, por WilliamBeechey, na National PortraitGallery.

episódio maior começou no verão de 1788. Ao final de uma sessão parlamentar, ele foi àestância termal de Cheltenham para se recuperar. Foi o mais longe que ele jamais estevede Londres – por volta de 150 km –, porém seu estado piorou. Em novembro, ficouseriamente demente, às vezes falando por horas sem parar, o que o fazia espumar pelaboca e ficar rouco. Como seus médicos eram incapazes de explicar sua doença,histórias falsas sobre sua condição se propagaram. Uma dessas histórias dizia que Jorgecumprimentara uma árvore, que acreditou ser o rei da Prússia. O tratamento detranstornos mentais era primitivo e os médicos do rei, que incluiam Francis Willis, otratavam amarrando­o até ele estar calmo ou aplicando cataplasmas cáusticas para extrair"maus humores".

Quando o parlamento voltou a se reunir, Pitt e Fox lutaram sobre os termos da regênciadurante a invalidez do rei. Apesar de ambos concordarem que o mais razoável seria que ofilho mais velho e herdeiro aparente de Jorge, o Príncipe de Gales, agisse como regente,para o desespero de Pitt, Fox sugeria que era o absoluto direito do Príncipe de Gales agirem nome de seu pai com poderes totais. Pitt, temendo que fosse retirado do cargo caso opríncipe recebesse tais poderes, argumentou que era o parlamento quem deveria nomear oregente e restringir sua autoridade. Em fevereiro de 1789, o Projeto de Lei da Regência,autorizando o Príncipe de Gales a agir como regente, foi apresentado e aprovado na Câmara dos Comuns, porém Jorge serecuperou antes que pudesse ser aprovado pela Câmara dos Lordes.

Guerras contra a França

Depois da recuperação de Jorge, sua popularidade e a de Pitt continuaram a crescer àscustas da do Príncipe de Gales e Fox. Seu tratamento digno e compreensivo para doisagressores insanos, Margaret Nicholson em 1786 e John Frith em 1790, contribuírampara sua popularidade. A tentativa mal sucedida de James Hadfield de matar o rei noTeatro Drury Lane em 15 de maio de 1800 não foi motivada por política, mas sim poralucinações apocalípticas de Hadfield e Bannister Truelock. Aparentemente Jorge nãoficou abalado pelo incidente, tanto que adormeceu durante o intervalo.

A Revolução Francesa de 1789, que havia derrubado a monarquia francesa, preocupavamuitos donos de terras britânicos. A França declarou guerra contra a Grã­Bretanha em1793. No esforço de guerra, Jorge permitiu que Pitt aumentasse os impostos, convocasseexércitos e suspendesse o direito a habeas corpus. A Primeira Coligação contra a Françarevolucionária, que incluía a Áustria, Prússia e Espanha, se rompeu em 1795 quando aPrússia e a Espanha fizeram tratados de paz individuais com a França. A SegundaColigação, que incluía a Áustria, Rússia e o Império Otomano, foi derrotada em 1800.Apenas a Grã­Bretanha continuou a lutar contra Napoleão Bonaparte, o Primeiro Cônsulda Primeira República Francesa.

Uma breve calmaria nas hostilidades permitiu que Pitt concentrasse seus esforços naIrlanda, onde um levante já tinha ocorrido além de uma tentativa de desembarquefrancês em 1798. Em 1800, os parlamentos britânico e irlandês aprovaram o Ato deUnião, que entrou em efeito em 1 de janeiro de 1801, que unia a Grã­Bretanha e aIrlanda em um único estado soberano, o Reino Unido da Grã­Bretanha e Irlanda. Jorgeaproveitou a oportunidade para retirar o título de "Rei da França" mantido por todos osseus predecessores desde o reinado de Eduardo III no século XIV. Foi sugerido que

ele adotasse o título de Imperador das Ilhas Britânicas, porém recusou. Como parte de sua política irlandesa, Pitt planejouremover certas deficiências legais que se aplicavam aos católicos. Jorge afirmou que amancipá­los seria uma violação de seujuramento de coroação, em que os soberanos prometiam manter o protestantismo. Pitt ameaçou renunciar por causa daoposição tanto do rei quanto do povo britânico contra suas políticas religiosas. Ao mesmo tempo, Jorge sofreu uma recaída desua doença, que ele culpou na preocupação da questão católica. Em 14 de março de 1801, Pitt foi formalmente substituídopor Henry Addington, Presidente da Câmara dos Comuns. Addington era contra a emancipação, instituiu contas anuais, aboliuo imposto de renda, começou a programar um desarmamento e fez a paz com a França em outubro de 1801, assinando oTratado de Amiens no ano seguinte.

Jorge não considerava real a paz com a França; na sua opinião era um "experimento". O conflito recomeçou em 1803, porémo povo não confiava em Addington para liderar a nação na guerra, favorecendo Pitt. Uma invasão de Napoleão a Inglaterraparecia iminente e um enorme movimento voluntário para defesa cresceu. Jorge inspecionou 27 mil voluntários no Hyde Park,Londres, nos dias 26 e 28 de outubro no auge do medo da invasão, atraindo por volta de quinhentos mil espectadores por dia.O The Times afirmou, "O entusiasmo da multidão estava além das palavras". Um cortesão escreveu em 13 de novembro que"O Rei está realmente preparado para ir ao campo em caso de ataque, suas camas estão prontas e ele pode partir em meia hora

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Moeda de cinco shillings de Jorge,cunhada em 1804.

Jorge em 1820, por CharlesTurner, na National PortraitGallery.

depois do aviso". Jorge escreveu ao seu amigo Richard Hurd, Bispo de Worcester, que "Estamos em expectativa diária queBonaparte tentará sua ameaça de invasão ... Caso suas tropas realmente desembarque, vou certamente colocar­me à frente demeus súditos armados para repeli­los". A possível ameaça de invasão acabou depois da famosa vitória do lorde almiranteHoratio Nelson na Batalha de Trafalgar em 1805.

Jorge voltou a sofrer de sua doença recorrente em 1804; após se recuperar, Addingtonrenunciou e Pitt voltou ao poder. Ele tentou nomear Fox para o ministério, porém o reifoi contra. Lorde William Grenville, 1.º Barão Grenville, achou que era uma injustiçacom Fox e se recusou a fazer parte do novo governo. Pitt concentrou­se na formação deuma coligação com a Áustria, Rússia e Suécia. Entretanto, esta Terceira Coligação teveo mesmo fim que a primeira e a segunda, ruindo em 1805. Os revéses na Europaafetaram a saúde de Pitt e ele morreu no ano seguinte, reabrindo a questão sobre quemdeveria servir no ministério. Lorde Grenville se tornou primeiro­ministro, com seu"Ministério de Todos os Talentos" incluindo Fox. Jorge foi conciliatório com Foxdepois de ser forçado a capitular com sua nomeação. Após a morte dele em setembro de1806, o rei e seu ministério entraram em conflito. Para aumentar os recrutamentos, o governo propôs em fevereiro de 1807 umamedida onde os católicos receberiam permissão para servirem em todas as patentes das forças armadas. Jorge os instruiu paraabandonar a medida e também concordarem em nunca mais criarem algo semelhante. Os ministros concordaram em abandonara medida ainda pendente, mas se recusaram a prometerem algo para o futuro. Eles foram dispensados e substituídos por lordePortland como o primeiro­ministro nominal, com o verdadeiro poder sendo exercido por Spencer Perceval, chanceler dotesouro. O parlamento foi dissolvido e a eleição deu ao ministério uma grande maioria na Câmara dos Comuns. Jorge não fezmais nenhuma grande decisão política em seu reinado; a substituição de Portland por Perceval em 1809 foi de poucasignificância.

Últimos anos

No final de 1810, no auge de sua popularidade, porém sofrendo de dores de reumatismo epraticamente cego com catarata, Jorge adoeceu seriamente novamente. Na sua opinião, arecaída foi causada pelo estresse sofrido na morte de sua filha mais nova e favorita, a princesaAmélia. A enfermeira da princesa relatou que "as cenas de desespero e de choro todos osdias ... eram melancólicas além de qualquer descrição". Ele aceitou a necessidade para oAto de Regência de 1811, com o Príncipe de Gales atuando como regente pelo restante davida de Jorge. Apesar de sinais de uma recuperação em maio de 1811, ao final do ano o reificou permanentemente insano e viveu em seclusão no Castelo de Windsor até sua morte.

Spencer Percival foi assassinado em 1812 (o único primeiro­ministro britânico a morrer destamaneira), e foi substituído por lorde Robert Jenkinson, 2.º Conde de Liverpool. Elesupervisionou a vitória britânica nas Guerras Napoleônicas. O subsequente Congresso deViena levou a significantes ganhos territoriais a Hanôver, que foi elevada de eleitorado parareino.

Enquanto isso, a saúde de Jorge deteriorava­se. Ele sofria de demência e ficou completamentecego e cada vez mais surdo. Foi incapaz de reconhecer ou compreender que havia sidodeclarado Rei de Hanôver em 1814 e que sua esposa havia morrido em 1818. No natal de1819, ele falou absurdos durante 58 horas, e em suas últimas semanas não conseguia mais

andar. Ele morreu em Windsor às 20h38min do dia 29 de janeiro de 1820, seis dias após a morte de seu quarto filho, opríncipe Eduardo, Duque de Kent e Strathearn. Seu filho favorito, príncipe Frederico, Duque de Iorque e Albany, estava ao seulado. Jorge foi enterrado em 16 de fevereiro na Capela de São Jorge.

Legado

Jorge viveu por 81 anos e 239 dias, reinando por 59 anos e 96 dias; tanto sua vida quanto seu reinado foram mais longosque qualquer um de seus predecessores. Desde então, apenas as rainhas Vitória e Isabel II viveram e reinaram por maistempo.

Jorge recebeu a alcunha de "Jorge Fazendeiro" por humoristas, primeiramente para zombar de seu interesse em questõesmundanas ao invés de políticas, mas depois para contrastar sua frugalidade caseira com a grandiosidade de seu filho e sucessorJorge IV, além representá­lo como um homem do povo. Sob Jorge III, que era muito interessado e adorava agricultura, aRevolução Agrária Britânica alcançou seu pico e foram feitos grandes avanços em campos como ciência e indústria. Suacoleção de instrumentos matemáticos e científicos agora está guardada no Museu da Ciência, em Londres; ele financiou aconstrução e manutenção do enorme telescópio de William Herschel, o maior já construído até então. Quando Herscheldescobriu o planeta Urano em 1781, ele primeiro o chamou de Georgium Sidus (Estrela de Jorge) em homenagem ao rei.

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Estátua equestre de Jorge no GrandeParque de Windsor.

Estilo real de tratamento deJorge III do Reino Unido

Monograma real de Jorge

Estilo real Sua Majestade

Estilo alternativo Sua Majestade Britânica

Jorge esperava que "a língua da malícia nunca pinte minhas intenções nas cores que ela admira, nem que o bajulador me exaltealém do que mereço", porém na mente popular ele foi tanto demonizado quanto elogiado. Apesar de muito popular entre oscolonos americanos no início de seu reinado, por volta da década de 1770 Jorge havia perdido a lealdade dos americanosrevolucionários, apesar de se estimar que pelo menos metade dos colonos terem permanecido leais. As queixas daDeclaração de Independência dos Estados Unidos foram apresentadas como "repetidos danos e usurpações" que ele cometeupara estabelecer uma "tirania absoluta" sobre as colônias. As palavras da declaração contribuíram para a percepção públicaamericana de Jorge como tirano. Relatos contemporâneos da vida de Jorge ficam divididos em dois lados: um demonstrando"atitudes dominantes na parte posterior de seu reinado, quando o rei se tornou umreverenciado símbolo da resistência nacional contras as ideias francesas e o poderfrancês", enquanto o outro "deriva suas visões do rei da amarga contenda partidária dasduas primeiras décadas de seu reinado, e eles expressam em seus trabalhos as visões deoposição". Com base na última destas duas avaliações, os historiadores britânicos doséculo XIX e início do XX, como sir George Trevelyan e Erskine May, promoveraminterpretações hostis da vida de Jorge. Entretanto, o trabalho de Lewis BernsteinNamier, que via Jorge como "muito difamado", iniciou uma reavaliação do homem eseu reinado na metade do século XX. Acadêmicos da segunda metade do século XX,como Herbert Butterfield e Richard Pares, são inclinados a tratar o rei de formasimpática, vendo­o como uma vítima das circunstâncias e de sua doença. Butterfieldrejeita os argumentos de seus predecessores vitorianos com um fulminante desdém:"Erskine May deve ser um bom exemplo do modo como um historiador pode cair noerro através de um excesso de brilhantismo. Sua capacidade para síntese e a suahabilidade de interligar as várias partes da evidência ... levaram­no a uma elaboraçãomais profunda e complicada do erro que alguns de seus predecessores pedonais ... eleinseriu um elemento doutrinal em sua história que, junto a suas aberrações originais, foicalculada para projetar as linhas de seu erro, carregando seu trabalho ainda mais longeda centralidade ou verdade". Ao perseguir a guerra contra os colonos americanos,Jorge acreditava que estava defendendo o direito de um parlamento eleito cobrarimpostos, ao invés de querendo expandir seus próprios poderes e prerrogativas. Naopinião da maioria dos acadêmicos modernos, durante o reinado de Jorge, a monarquiacontinuou a perder poder político e cresceu como a encarnação da moralidade nacional.

Títulos, estilos e brasões

Títulos e estilos

4 de junho de 1738 – 31 de março de 1751: "Sua Alteza Real, oPríncipe Jorge"31 de março de 1751 – 20 de abril de 1751: "Sua Alteza Real, o Duquede Edimbugo"20 de abril de 1751 – 25 de outubro de 1760: "Sua Alteza Real, oPríncipe de Gales"25 de outubro de 1760 – 29 de janeiro de 1820: "Sua Majestade, oRei"

Na Grã­Bretanha, seu estilo oficial era "Jorge Terceiro, pela Graça de Deus,Rei da Grã­Bretanha, França e Irlanda, Defensor da Fé, e assim por diante".Em 1801, quando a Grã­Bretanha se uniu a Irlanda, ele abandonou o título de"Rei da França" que havia sido usado por todos os monarcas britânicos desdea reivindicação ao trono francês de Eduardo III na Idade Média. Seu estilopassou a ser "Jorge Terceiro, pela Graça de Deus, do Reino Unido da Grã­Bretanha e Irlanda, Rei, Defensor da Fé".

Na Germânia, era o "Duque de Brunsvique­Luneburgo, Arquitesoureiro e Príncipe­Eleitor do Sacro Império Romano­Germânico" até o fim do império em 1806. Ele continuou como duque até o Congresso de Viena o declarar em 1814 como "Reide Hanôver".

Brasões

Antes de chegar ao trono, Jorge recebeu o brasão real em 27 de julho de 1749, diferenciado por um lambel azure de cinco pés,com o pé central tendo uma flor­de­lis or. Após a morte de seu pai e junto com o ducado de Edimburgo e a posição de herdeiroaparente, ele herdou o brasão real diferenciado por um lambel argente de três pés. Em uma diferença adicional, a coroa deCharlemagne não era representada no brasão do herdeiro, apenas no do soberano.

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De sua ascensão ao trono até 1800, Jorge usou o real brasão de armas sem diferenciamento: esquatrelado, I goles, três leõespassant guardant or em pala (pela Inglaterra) empalando or, um leão rampant dentro de um treassure goles (pela Escócia); IIazure, três flores­de­lis or (pela França); III azure, uma harpa or com cordas argente (pela Irlanda); IV, terciado em pala e emasna (por Hanôver), I goles, dois leões passant guardant or (por Brunsvique), II or, uma semé de corações goles, um leãorampant azure (por Luneburgo), III goles, um cavalo courant argente (por Vestfália); em cima um escudo interior goles com acoroa de Charlemagne em or (pela dignidade do Arquitesoureiro do Sacro Império Romano­Germânico).

Depois do Ato de União de 1800, o brasão real foi alterado retirando o quartel francês. Eles se tornaram: esquatrelado, I e IVInglaterra; II Escócia; III Irlanda; em cima um escudo interior de Hanôver encimado por um gorro eleitoral. QuandoHanôver se transformou em reino, o gorro foi trocado por uma coroa, porém apenas em 1816.

Brasão de armas de Jorgecomo Duque de Edimburgo

(1749–1751)

Brasão de armas de Jorgecomo Príncipe de Gales

(1751–1760)

Brasão de Jorge III como Reida Grã­Bretanha e Irlanda

(1760–1800)

Brasão de Jorge III como Reido Reino Unido (1801–1816)

Brasão de Jorge III como Reido Reino Unido e Hanôver

(1816–1820)

Brasão de Jorge III na Escócia(1760–1800)

Brasão de Jorge III na Escócia(1801–1816)

Brasão de Jorge III na Escócia(1816–1820)

Descendência

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Jorge III, Rainha Carlota e seus Seis Filhos Mais Velhos, por Johann Zoffany em 1770 na Royal Collection. Esquerda paradireita: Guilherme, Jorge, Frederico, Eduardo, Jorge III, Carlota e Augusta Sofia com a rainha Carlota.

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Nome Nascimento Morte Notas

Jorge IV do Reino Unido 12 de agosto de1762

26 de junho de1830 Casou­se com Carolina de Brunsvique, com descendência.

Frederico, Duque deIorque e Albany

16 de agosto de1763

5 de janeiro de1827

Casou­se com Frederica Carlota da Prússia, semdescendência.

Guilherme IV do ReinoUnido

21 de agosto de1765

20 de junho de1837

Casou­se com Adelaide de Saxe­Meiningen, semdescendência.

Carlota, Princesa Real 29 de setembrode 1766

6 de outubro de1828

Casou­se com Frederico I de Württemberg, semdescendência.

Eduardo, Duque de Kent eStrathearn

2 de novembrode 1767

23 de janeiro de1820

Casou­se com Vitória de Saxe­Coburgo­Saalfeld, comdescendência.

Augusta Sofia do ReinoUnido

8 de novembrode 1768

22 de setembro de1840 Não se casou.

Isabel do Reino Unido 22 de maio de1770

10 de janeiro de1840

Casou­se com Frederico VI de Hesse­Homburgo, semdescendência.

Ernesto Augusto I deHanôver

5 de junho de1771

18 de novembrode 1851

Casou­se com Frederica de Mecklemburgo­Strelitz, comdescendência.

Augusto Frederico, Duquede Sussex

27 de janeiro de1773

22 de abril de1843 Casou­se com Cecília Underwood, sem descendência.

Adolfo, Duque deCambridge

24 de fevereirode 1774

8 de junho de1850 Casou­se com Augusta de Hesse­Cassel, com descendência.

Maria do Reino Unido 25 de abril de1776

30 de abril de1857

Casou­se com Guilherme, Duque de Gloucester eEdimburgo, sem descendência.

Sofia do Reino Unido 3 de novembrode 1777

27 de maio de1848 Não se casou.

Otávio da Grã­Bretanha 23 de fevereirode 1779

3 de maio de1783 Morreu aos 4 anos.

Alfredo da Grã­Bretanha 22 de setembrode 1780

20 de agosto de1782 Morreu aos 23 meses.

Amélia do Reino Unido 7 de agosto de1783

2 de novembro de1810 Não se casou, morreu aos 27 anos.

Ancestrais

Referências

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15/03/2015 Jorge III do Reino Unido – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Bibliografia

Ligações externas

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Jorge III do Reino UnidoCasa de Hanôver

Ramo da Casa de Welf4 de junho de 1738 – 29 de janeiro de 1820

Precedido porJorge II

Rei da Grã­Bretanha e Irlanda25 de outubro de 1760 – 31 de dezembro de 1800

Ato de União de 1800

Eleitor de Hanôver25 de outubro de 1760 – 6 de agosto de 1806

Fim do Sacro ImpérioRomano­Germânico

Título abandonado em 12 de outubro de 1814

Ato de União de 1800

Rei do Reino Unido1 de janeiro de 1801 – 29 de janeiro de 1820

Sucedido porJorge IV

Congresso de Viena

Rei de Hanôver12 de outubro de 1814 – 29 de janeiro de 1820

Precedido porFrederico

Príncipe de Gales20 de abril de 1751 – 25 de outubro de 1760

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