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1 bacia os valores-máximos observam-se no meses de junho e julho. Na bacia do Rio Branco, -.- - _____ __ --- _--- -_ - - - - ---- - -- - - -- __ - 535 -

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    bacia os valores-máximos observam-se no meses de junho e julho. Na bacia do Rio Branco,

    - . - - _ _ _ _ _ _ _ - - - _ - - - -_ - - - - - - - - - - - - - - - _ _

    - 535 -

  • I . , I - '

    Regimes hidrológicos

    altas de maio a agosto, com um máximo observado em todas as estações em junho-julho. Na bacia do Rio Negro em Seninha, a relaç5'o entre vazão média mensal máxima e a vazão média mínima (Rm) é sempre infenor a 5. Os 4 meses de águas mais altas representam de 40 a 55% de escoamento anual. Na bacia do Rio Branco, caracterizada por um período de estiagem bem marcado, a 60 Rm pode ultrapassar o valor de 50

    diferença de comportamento hidrológico é particularmente visível nos hidrogramas da figura 3.

    Relacso Brea de drenagem - descarta media anual

    . em alguns cursos d'água, e os 4 meses de enchente to t a l im de 50 a 80% do volum

    A partir desses resultados, p a e s e definir duas relações de tipo exponencial (figura 4) entre as descargas mtdias anuais Q (em m'k) e a irea de drenagem da bacia hidrográfïca A (em lan*), cada uma delas .

    ~ correspondendo a um dos dois grupos definidos acima :

    -~ - .

    Grupo RN1

    Grupo RB2

    . .

    - 530 -

    O +

    I

    - - a -- 60 120 ia0 240 3w 3m - _ - - - - -

    Fimra 3 : Regimes hidrológicos de algumas estações da bacia do Rio Negro

  • Afim de determinar as componentes regionais do balanço hidrico e, no caso, as vaz%s médias anuais, a bacia hidrogifica do Rio Negro (696 810 Ian2) foi,s&dividida em 6 sub-bacias (figura l), Cujas duas principais são as. do Rio Negro (386 O00 Ian2) e do Rio Branco (185 O00 km3 logo a montante de sua confluência. Em seguida, aplicou-se a relação (1) a esta sub-bacia do Rio Negro e a relação (2) à do Rio Branco e à do Jauaperi. As vazões dos rios Unini e Jaú foram calculadas extrapolando-se os resultados obtidos M estação hidromCtrica do Unini em Umanapana (24 400 )on2), da mesma forma para a parte a jusante do Rio Negro cuja bacia cobre uma superficie de 31 810 Ian2. A tabela I apresenta os resultados obtidos nessas 6 sub-bacias e M bacia total do Rio Negro em Manaus.

    Nome do Rio

    RioNegro RioBranco RioJauaperi Riounini Rio Jaú

    ~. . .

    Localização Superficie Chuva Descarga Escoamento Déficit Coef.Esc. km2 "/ano m3/s d a n o "/ano YO

    eflRBranco 366000 2980 20250 1650 1330 55 CflRNegro 185000 1830 3850 660 1170 ' 36 CflRNegro 46000 2140 1300 850 1290 40

    CllRNeero 19000 2500 720 1200 1300 48 CflRNegro 27000 2520 1050 1230 1290 49

    "Z

    I

    RioNegro (ParteJusante

    Rio Negro i- Rio Branco

    31810 2550 1230 1 1220 1330 48

    l ¡ i l I i I Z F I I I IÍ I I I I l i 1 -RioNegro I I I l I I I I y ( " I I I I I O I

    I I I I I I I I I I I I i i 1 i i i i i I I I l I l I I I I I I I I l I l I I I l I I I

    lm 9wMo 1wmo Figura 4 : &ea de drenagem em kmz x Desgargas médias anuais

    Descarga média anual do Rio Neero em Manaus /.

    As descargas do Rio Negro em Manaus, alguns quilômetros a montante de sua confluência com O rio Solimões, sempre foram mal conhecidas. Há, em Manaus, uma régua limnimétrica observada, sem interrupção, desde 1902 e cuja qualidade dos dados é excelente, no entanto, poucas medidas de vazões foram feitas nessa secçäo. Os niveis do Rio NegrÒ em Manaus ficam sob influência do Rio Solimões, no qual desemboca o Rio Negro, a alguns quilômetros a jusante de Manaus, para formar o no Amazonas Nchey, Nob& e Deser, 1989). As perturbações causadas pelo Solimões sobem aIiás bem i montante sobre o Rio Negro, razão pela qual niio h i estação hidrométrica, com medidas de descargas, na parte infenor deste no.

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    125.000Kiir. .

    do Rio Keg0 em Manaus.

    1983; Izccoq 1986). Apesar de uma curva-chave não Univoca, as descargas di5ria.s são conhecidas com grande Fcxisão. Seu módulo interand6 de 103 O00 m3/s (Molier, Cud0 e G U M = , 1992). A vazão do rio a jusante de Manaus (estação de Jatuarana) 6, M realidade, calculada a partir de duas estaç5es fluvio&cas situadas de um lado e de outro da ilha do Careiro : a estação do Paraná do Careiro, no braço sul, D& passa, em média, 10% da vazão e a eslaç50 de Jatuarama, no curso principal do Amazonas. A relaçäcz atadescarga desta estaçä0 não i univoca e não foi possível, ainda, estabelecer uma curva, ou várias curvas- de corresoondência cotadescarga pelos m a o s clássicos (gradiente, desnível oonnal, etc.). No entant;. pôde-se definir uma curva-chavë média válida para as descargas ailuais que integram as diferenças entre as subidas das cheias e as recessöes. A avaliação, por este método, do módulo anual do rio Amazonas a jusante & Manaus indica 133 000 mVs. Subtraindo os 103 000 m3/s do Solimb em Manacapuru e os 400 m3/s que chegam no Solimões entre Manacapuru e a confluência com o Rio Negro, obtém-se, para o Rio Negro e a Manaus, uma vazão de 29 800 m3/s, muito próximo do valor calculado acima (GQd%). Devido a i n c e m que se tem sobre o traçado da curva-chave média do rio Amazonas em Tatuarana, guardou-s6 o valor obtido mriormente extrapolando-se as descargas calculadas nas bacias do Rio Negro e do Rio Branco, ist0 é, 28 4w "/s.

    BALANCO HÍDRICO

    Os rssultados obtidos no estudo da pluviometria e do escoamento para cada uma das seis sub-bacias p e m h n calcular um déficit hidrico, que pode ser assimilado em primeira aproximação à evapobansphção real. Os d o r e s obtidos variam de 1170 "/ano (bacia do Rio Branco) a 1330 d a n o (a montante da bacia do RiaXqro). Para a totalidade da bacia, o déficit anual médio éde 1260 d a n o no periodo 1973-1992. OS

    . coeficktes de escoamento, que variam de 40 a 56%, slo proporcionais ao total das precipita@q.

    REGIONALIZACÂO DAS DESCARGAS

    Foi a partir dos valores obtidos nas 7 bacias cujos os resultados foram apresentados anteriormente que pesqubu-se uma relação entre as vazões médias anuais (Q), a área de drenagem da bacia (A) e a p l u v i d a anual (P). Uma anilise da variância efetuada sobre a amostra de 27 descargas médias anuais das e s t a ç k fluviomitricas escolhidas M bacia do Rio Negro evidenciou o papel predominante da área de dre" da bacia. De fato, nesta regiäo onde a repartição da pluviometria C homogênea e varia pouco, tanto no c s como no tempo, parece normal que o fator principal da variabilidade da produção de á p a seja a i r e ds captaçä0 da bacia hidrogriifica. Isso possibilitou o cálculo de uma curva midia Q = f(A) para as estaç% fluviomitricas desta bacia.

    .

    - . - - 541 -

  • . .

    Jan Fev Mar Abr Mal Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    RIO BRANCO - CFL. RIO NEGRO . .

    500- H P l m a = í " n

    4w. o Fimo- 6 " m

    Jan Fev Mar Abr Mal Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    Fiwra 5 : Balanço hidrico mensal das bacias do Rio Negro e do Rio Branco.

    Porém, um estudo mais fino mostrou que a dispersão dos pontos representativos dos pares "áreas de drenageddescargas médias anuais'' em tomo da curva, 6 estreitamente correlacionada com a pluviometria. ISSO levou a estabelecer uma regressão entre os desvios à curva Q = f(A) e a pluviometna média anual de cada bacia e, ~ S ~ Ú n , definir uma relação entre Q, A e P.

    N?.aO das bacias definidas acima, uma primeira regressão entre a vazão (Q) e a área de drenagem (A) p e m t m definir a relação seguinte :

    r.

    A

    26 Q=- (3)

    A dispersso em tomo da curva média (3) dos pontos representativos das descargas medias interanuais em fUn60 da área de drenagem da bacia hidrográfica correspondente é bem explicada pela pluviometria

    ' h t ~ ~ ~ ~ a l (pl. OS pontos localizados em baixo da curva média correspondem a totais pluviomitricos

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    t

    c

    inferiores a 2 560 mm e ao contrario para os pontos acima da curva. O valor de 2.560 mm representa a pluviometria média anual da bacia do Rio Negro que foi avaliada em 2.

    Uma regressão linear entre os desvios à curva média (3 3) e a pluviom e à relação dando a descarga média interanual (Q) em m /s em fUnÇãQ kmz e da pluviometria média interanual desta bacia Op) em

    A ~/1220 . a=-e 21 o

    . Resultados semelhantes já foram apresentados por Molinier (1992) para a totalida

    --- loo0 10 O00 1w ow 100

    Figura 6 : Descargas observadas x Descargas calculadas

    CONCLUS AO

    Estes resultados são a continuação dos estudos análogos feitos nas bacias dos nos PUNS e Madeira (Molinier h al., 1991, 1993) utilizando-se a mesma metodologia : homogeneização pelo MVR, regionaliza@o das vazões {relação Q = f ( p , A ) } e cálculo dos temos do balanço'hidrico.

    A prosseguimento deste estudo em outras bacias da região amazônica (Trombetas, Tapajós, Xingu etc.) está atualmente em curso no DNAEE. Ela permitirá a avaliação dos componentes do balanço hidrico da totalidade da bacia do Rio Amazonas com uma grande precisão.

    '

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    ..

    -I

  • 1 - REFERÊNCIAS HIEí!, G. (19 . V. 14,nZ HIEZ, G., TELLES, C.

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