mÍldio da videira (plasmopara viticola) gabrielli f. dedordi marina scarsi micheli pegoraro
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MÍLDIO da VIDEIRA(Plasmopara viticola)
Gabrielli F. DedordiMarina Scarsi
Micheli Pegoraro
Importância da doença
Uma das doenças mais importantes em países produtores de uva, onde o verão é úmido
Doença mais destrutiva da videira na Europa
Perdas de 50 a 75%
Importância histórica: responsável pela descoberta da calda bordalesa por Millardet em 1882
Etiologia Classe: Oomycetes Família: Peronosporaceae Parasita obrigatório
Cresce intercelularmente através de hifas, emitindo haustórios no interior das células parasitadas
Reprodução assexual: ocorre nos estômatos Emissão dos esporangióforos ramificados
Esporângios
Cada esporângio contém de 1 a 10 zoósporos Fase sexual: ocorre no interior dos tecidos do hospedeiro, principalmente nas folhas
Oósporos Estruturas de sobrevivência do fungo no inverno
Esporângio e esporangióforo de Plasmopara viticola
Sintomas A doença pode atacar todas as fases de desenvolvimento da planta desde a floração até o início da maturação
FOLHAS
"mancha de óleo"
Iniciam-se por um encharcamento
Pequenas manchas na face superior
Coloração pálida
Bordos indefinidos
Translúcidas contra o sol
Sintomas
"mancha branca"
Sob condições de alta umidade e calor aparece na face inferior da folha correspondente a mancha:
Eflorescência branca, densa, aspecto cotonoso
Órgãos de frutificação do fungo - esporangióforos com esporângios
Sinais do patógeno na superfície da folha da videira
Sintomas
"mancha necrótica"
Com a evolução da doença, as áreas infectadas necrosam
Adquirem uma coloração avermelhada
Podem coalescer formando grandes áreas de tecido crestado
Em ataque severo ocorre a desfolha precoce da planta
Reduz o acúmulo de açúcar nos frutos
Enfraquece a planta, comprometendo a produção do ano seguinte
Sintomas
CACHOS São atacados em todos os estágios de
desenvolvimento
Infecção das flores ou frutos até o estádio de chumbinho: Recobertos por uma massa branca
característica Escurecimento do ráquis Secam e caem
Cacho destruído - encurvamento característico em forma de báculo.
Sintomas
CACHOS
Após o pegamento:
Bagas pequenas paralisam o crescimento
Mumificam
Coloração verde-azulada
Sintomas CACHOS
"míldio larvado"
Em bagas mais desenvolvidas o fungo penetra pelos pedicelos e se desenvolve no seu interio
Escuras
Uva fica manchada
Deprimidas
Sem esporulação
Facilmente destacadas do cacho
Comum quando a produção coincide com o período de chuvas
Bagas escuras, duras com depressões Sintomas de míldio no cacho - 'míldio larvado'
Sintomas Ramos
Os brotos são infectados nos estádios iniciais de crescimento, ou em suas extremidades, antes da lignificação
Coloração marrom-escura, com aspecto de “escaldado”
Infecções em ramos novos causam o secamento dos mesmos
Comprometendo o crescimento vegetativo das plantas infectadas
Ciclo das relaçõesPatógeno-Hospedeiro
Sobrevivência Micélio presente no interior de tecidos vivos Durante o inverno, os oósporos persistem no solo e no interior de folhas
mortas
Disseminação Vento
Zoósporos e esporângios
Germinação Oósporo germina na primavera em condições de alta umidade e calor
Germina na superfície do solo formando um macroesporângio São produzidos os zoósporos
Infecção Infecção primária: inicia-se pelos zoósporos Penetra através dos estômatos
Colonização Produz um micélio cenocítico intercelular
Haustórios
Reprodução Fungo frutifica nas lesões - Fase assexual
Esporangiósporos e esporângios Vários ciclos secundários do fungo durante o desenvolvimento
vegetativo da planta Uma nova “safra” de esporângios pode ser produzida a cada 5 a 18
dias - temperatura, umidade e suscetibilidade do hospedeiro
Ciclo das relaçõesPatógeno-Hospedeiro
Epidemiologia
Temperatura ideal para o desenvolvimento do míldio:
18°C a 25°C
Necessita de água livre nos tecidos por um período mínimo de 2 horas para infectar
Para haver a esporulação do fungo a umidade relativa do ar deve estar acima de 95%
O desenvolvimento da doença é favorecido pelas chuvas na primavera e pela formação de um micro-clima úmido junto à videira
Controle
Medidas Preventivas Escolha do local adequado para instalação do parreiral
Áreas não sujeitas ao encharcamento e com boa drenagem do solo
Reduzir as fontes de inóculo Podar as pontas das brotações contaminadas
Evitar o plantio de cultivares mais suscetíveis Adubar equilibradamente, evitando o excesso de nitrogênio Plantio espaçado e podas para favorecer o arejamento do interior da
cultura Visando diminuir o período de água livre sobre a planta
Controle Químico
Em condições climáticas favoráveis, o controle por meio do uso de fungicidas deve ser realizado desde o início da brotação até a compactação dos cachos
Controle preventivo deve começar no início da brotação com o uso de fungicida sistêmicos intercalado com produtos de contato à base de cobre
Fungicidas a base de cobre não devem ser usados durante o florescimento e pegamento dos frutos
Fitotoxicidade
Utilização é recomendada entre os estádios de 'chumbinho' até o amolecimento das bagas, e logo após a colheita
Entre os produtos registrados, após o estádio de 'ervilha' dar preferência para aqueles que não mancham a uva
Segundo o modo de ação, os fungicidas registrados para o controle do míldio da videira são classificados em três categorias:
Contato
Efeito preventivo
Duração da eficácia: 7 a 10 dias
Caso ocorra chuva após a aplicação, é necessário repetir o tratamento
Princípios ativos:
Cúpricos - oxicloreto de cobre, hidróxido de cobre, sulfato de cobre e óxido cuproso
Captan, mancozeb, clorotalonil
Calda bordalesa (pode causar fitoxidez em plantas jovens; mantém as folhas verdes por mais tempo)
Penetrante
Produtos curativos
Duração da proteção: até 10 dias
Produtos com ação de profundidade podem atuar matando o fungo no interior das folhas até 2 dias após a infecção
Não oferece proteção aos tecidos que crescem após a aplicação
São facilmente destruídos por altas temperaturas, radiação solar e chuvas, condição presente em regiões de clima tropical úmido
Produtos:
Cymoxanil, ditiocarbamatos (ziram, zineb e mancozeb), cymoxanil + mancozeb
Podem ser misturados aos cúpricos
Requerem aplicações a cada 3 a 4 dias no período chuvoso
Sistêmico
Age sobre o patógeno até 3 a 4 dias após a infecção
Duração do efeito protetor: 10 a 12 dias
Aplicar nos estádios de maior sensibilidade da videira - períodos de pré-floração e frutificação
Uso deve ser restringido a duas aplicações no ciclo de produção
Por serem mais específicos, não devem ser utilizados em mais de 2 ou 3 aplicações por ciclo vegetativo, diminuindo os riscos do aparecimento de raças resistentes do fungo
Produtos:
Tiofanato metílico, metalaxil, metalaxil + mancozeb
Obrigada pela atenção !
agronomiautfpr2008@yahoogrupos.com.br
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