hydraenidae et elmidae du portugal (coleoptera) · seaux et des petites rivières coulant sur du...

Annls Limnol. 13 (1) 1977 : 2945.

KYDRAENIDAE ET ELMIDAE DU PORTUGAL (COLEOPTERA)

par C. BERTHELEMY 1 et L. S. WHYTTON DA TERRA 2.

Environ 1 200 exemplaires d'Hydraenidae et d'Elmidae, appartenant à 30 espè­ces, ont été récoltés dans le Nord du Portugal, principalement dans des ruis­seaux et des petites rivières coulant sur du granité, entre 30 et 935 m d'altitude. Presque tous les Hydraenidae sont des endémiques ibériques, y compris une nouvelle espèce d'Haenydra, H. lusitana nov. sp. Quelques Elmidae intéressants, tels que Limnius perrisi mediocarinatus, Oulimnins bertrandi et O. major ont également été capturés.

Hydraenidae and Elmidae f rom Portugal (Coleoptera) .

About 1 200 spécimens of Hydraenidae and Elmidae, belonging to 30 species, were collected in Northern Portugal, mainly in streams and small rivers flowing on granité, between 30 and 935 m a.s.I. Almost ail Hydraenidae are Iberian endé­mies, including a new species of Haenydra, H. lusitana nov. sp. Some interes-ting Elmidae, such as Limnius perrisi mediocarinatus, Oulimnius bertrandi and O. major were also found.

L ' u n d e n o u s ( W . d. T.) a r é c o l t é p l u s d e 1 200 H y d r a e n i d a e e t

E l m i d a e a u c o u r s d e s e s r e c h e r c h e s s u r l e s E p h é m é r o p t è r e s , P l é c o p -

t è r e s e t T r i c h o p t è r e s d u P o r t u g a l . P r e s q u e t o u t e s l e s s t a t i o n s s o n t

s i t u é e s d a n s le N o r d d u p a y s , e n t r e les r i v i è r e s D o u r o e t M i n h o . L e s

r é c o l t e s e f f e c t u é e s a u s u d d u D o u r o o n t é t é t o u t à fa i t s p o r a d i q u e s

(fig- D-B i e n q u e les p r é l è v e m e n t s n ' a i e n t p a s é t é p l an i f i é s d a n s le t e m p s

e t l ' e s p a c e , l ' é t u d e d e c e m a t é r i e l a r é v é l é d e s f a i t s n o u v e a u x . E n

effet, la r é p a r t i t i o n d e s C o l é o p t è r e s d a n s l e s c o u r s d ' e a u d e la

P é n i n s u l e I b é r i q u e n ' e s t e n c o r e c o n n u e q u e d e f a ç o n f r a g m e n t a i r e

( d ' O r c h y m o n t 1936 a, b ; B e r t h é l e m y 1962, 1964 a, b , 1965 ; B e r t r a n d

1965 ; O l m i 1970).

1. Laboratoire d'Hydrobiologie, Université Toulouse III, 118, route de Nar-bonne, 31077 Toulouse Cedex, France.

2. Estaçâo Aquicola, Vila do Conde, Portugal.

Article available at http://www.limnology-journal.org or http://dx.doi.org/10.1051/limn/1977010

3 0 C. B E R T H É L E M Y ET L. S. W . D. T E R R A ( 2 :

g * a* r

O 10 tO J» 44 50

FIG. 1. — Répartition des stations prospectées

(3) HYDRAENIDAE ET ELMIDAE DU PORTUGAL 31

1 — LES STATIONS ET LEUR FAUNE

N o u s i n d i q u o n s p o u r c h a q u e s t a t i o n la l a t i t u d e , l a l o n g i t u d e , l ' a l t i ­

t u d e (A) , la p e n t e ( P ) , la l a r g e u r (1), la p r o f o n d e u r ( p r ) , la n a t u r e d u

f o n d , les t e r r a i n s t r a v e r s é s , l ' a s p e c t d e s r i v e s e t la t e m p é r a t u r e d e

l ' e a u a u m o m e n t d e s p r é l è v e m e n t s .

Station 1. — Rio Manco, à Gondomil. 42°.1'16" N — 8°33'6" W. A : 55 m ; P : 10 %o ; 1: 1,5 à 2 m ; pr : 30 à 40 cm.

Ruisseau lent ; fond de pierres et de sable, avec quelques mousses ; granité ; terres de culture avec murets de support sur les deux rives ; 16 °C le 1.10.1968. Station 2. — Rio Castro-Laboreiro, à Castro-Laboreiro.

42°1'54" N — 8°9'20" W. A : 935 m ; P : 9,5 %„ ; 1 : 2 à 4 m ; pr : 50 à 120 cm (petit barrage en aval). Rivière de montagne à courant rapide ; petits blocs, graviers et sable, mousses abondantes ; granité ; prairie bordée d'arbres sur une rive, brousse sur l'autre ; 7 °C le 13.10.1972. Station 3. — Rio Vez, à Sistelo.

41°58'23" N — 8°22'14" W. A : 230 m ; P. 27,5 %„ ; 1 : 3 à 4 m ; pr. : 50 à 70 cm. Rivière de montagne à courant rapide ; fond rocheux avec blocs et gros galets ; granité ; vallée profonde : 9,5 °C le 23.10.1972. Station 4. — Ribeira de Nogueira, à Nogueria.

41°44'25" N — 8°43'55" W. A : 30 m ; P : 27,5 %„ ; 1: 80 à 100 cm; pr : 20 à 30 cm. Ruisseau à courant modéré ; graviers, vase ; schistes et granité ; prélè­vement le 15.10.1968. Station 5. — Rio Neiva, à Pedregais.

41°41'48" N — 8°28'21" W. A : 240 m ; P : 14,5 %„ ; 1: 2 à 3 m ; pr : 30 à 40 cm. Partie amont d'une petite rivière à courant modéré ; graviers, sable, végétation aquatique avec surtout des Oenanthe crocata L. et des mousses ; granité ; terres de culture avec murets de support sur les deux rives; 17° C le 1.7.1968. Station 6. — Ribeira de Casaldelo, à Oriz.

41°42'0" N — 8°21'55" W. A : 105 m ; P : 44,5 %„ ; 1: 1 à 1,5 m ; pr. : 20 à 40 cm. Ruisseau assez rapide ; sable, vase ; granité ; cultures, avec arbres sur les deux rives ; 15,5 °C le 4.10.1972. Station 7. — Affluent de la Ribeira de Setores, à Areias de Vilar.

41°32'18" N — 8°33'10" W. A: 35 m ; P : 20 %0 ; 1: 0,5 m ; pr : 50 à 70 cm. Rigole en terre, courant modéré ; sable avec végétation sur les bords ; schistes et granité; cultures d'un côté, haut mur de l'autre; 12 °iC le H .12.1968. Station 8. — Rio Ave, à Serra da Cabreira.

41°36'28" N — 8o02'17" W. A : 770 m ; P : 50 % ; 1: 1 à 1,5 m ; pr : 20 à 40 cm. Ruisseau de montagne, dans la région des sources de la rivière Ave, courant assez rapide ; graviers, sable et vase, avec quelques Renonculacées ; granité ; brousse sur les deux rives ; 18,5 °C le 4.7.1968. Station 9. — Ribeira de Pereiros, à Pôvoa de Lanhoso.

41°34'16" N — 8°15'40" W. A: 170 m ; P : 11,5 %0 ; 1: 0,8 à 1,5 m ; pr : 20 à 40 cm. Ruisseau lent ; sable, vase ; granité ; cultures sur les deux rives ; prélè­vement le 23̂ 10.1968. Station 10. — Ribeira de Costas-Antas, à Gontim.

41°31'26" N — 8°5'59" W. A : 650 m ; P : 32 %,, ; 1: 1 à 1,5 m ; pr : 20 à 40 cm. Ruisseau à vitesse modérée ; fond rocheux avec du sable, végétation aquatique avec des mousses et Oenanthe crocata L. ; granité ; prairie sur une rive, bois de pins sur l'autre ; 12,5 "C le 9.10.1972. Station 11. — Ribeira de Costas-Antas, à Felgueiras.

41°30'58" N — 8°6'35" W. A : 600 m ; P : 20 %„ ; 1: 1 à 1,5 m ; pr : 20 à 40 cm. Ruisseau à courant modéré ; graviers, sable, avec quelques mousses ; granité ; bois de pins et eucalyptus sur les deux rives ; 12,5 °C le 9.10.1972.

32 0. B E R T H É L E M Y ET L. S. W . D. T E R R A ( 4 ;

Station 12. — Rio Vizela, à Golâes. 41°27'36" N — 8°11'1" W. A : 250 m ; P : 22%, ; 1: 4 à 5 m ; pr : 40 à 70 cm.

Petite rivière à courant modéré ; galets, graviers et sable, végétation aquatique parfois abondante (Renonculacées et Oenanthe) ; granité ; cultures avec murs de soutien sur les deux rives ; 17,5 °C le 1.8.1968, 14 °C le 17.9.1968, 19 °C le 28.8.1969. Station 13. — Rio Beça, à Serraquinhos.

41°47'2" N — 7°39'il7" W. A : 880 m ; P : 5%,,; 1: 3 à 4 m; pr : 30 à 50 cm. Ruisseau lent ; sable, vase, végétation aquatique (Renonculacées surtout) ; gra­nité ; prairies bordées d'arbres sur les deux rives ; 15,5 °C le 15.6.1973. Station 14. — Rio Beça, à Barracâo.

41°45'43" N — 7°42'8" W. A : 810 m ; P : 5 %„ ; 1:1 à 2 m ; pr. : 30 à 50 cm. Ruisseau à courant modéré, mais présence de rapides en amont ; graviers, sable, avec des mousses ; schistes métamorphiques ; prairie bordée d'arbres sur une rive, bois sur l'autre ; 20 °C le 13.7.1972 et 8,5 °C le 18.4.1973. Station 15. — Rio Olo, à Ermelo.

4r21'51" N — 7° 53'32" W. A : 290 m ; P : 10,5 ')„„ ; 1: 7 à 8 m ; pr : 50 à 80 cm. Rivière de montagne à courant rapide ; gros galets, quelques mousses ; schistes et granité ; rives très inclinées, avec brousse ; 18,5 °C le 31.7.'1973. Station 16. — Ribeira de Lila, à Eixes.

41°32'20" N — 7°15'40" W. A : 280 m ; P : 3,5 %„ ; 1 : 3 à 5 m ; pr : 30 à 50 cm. Ruisseau lent ; petits galets, graviers, sable, végétation aquatique (Oenanthe surtout) ; schistes et granité ; terres de culture ; 21 °C le 29.5.1973. Station 17. — Rio Caima, à Albergaria das Cabras.

40°51'46" N — 8°17'43" W. A : 900 m ; P : 40 %o ; 1 : 3 à 4 m ; pr : 30 à 50 cm. Petite rivière à courant modéré ; galets, sable et rochers ; granité ; prairie sur les deux rives ; prélèvement le 12.8.1968. Station 18. — Rio Zezere, à Fonte Santa.

40°22'51" N — 7°32'46" W. A : 880 m ; P : 80 %„ ; 1: 5 à 7 m ; pr : 40 à 80 cm. Rivière de montagne à courant rapide ; gros galets et rochers ; granité ; prélè­vement le 24.7.1973. Station 19. — Ribeira de Nisa, à Portalegre.

39°19'50" N — 7°25'40" W. A : 470 m ; 1 : 1,5 à 2 m ; pr. 30 à 40 cm. Ruisseau lent ; graviers, sable et vase ; granité ; prélèvement le 20.5J1972. Station 20. — Ribeira de Odelouca, à Sâo Marcos da Serra.

37°21'30" N — 8°22'30" W. A : 100 m ; P : 4 %„ ; 1: 5 à 7 m ; pr : 20 à 30 cm. Ruisseau très lent ; graviers et vase argileuse, avec des algues ; terrains argileux carbonifères ; 19 °C le 18.5.1972.

L e s Haenydra, l es Hydraena s. s. e t les E l m i d a e s o n t t o u s b i e n

r e p r é s e n t é s d a n s le p e u p l e m e n t é q u i l i b r é d e la R i b e i r a d e C o s t a s

A n t a s à 650 e t 600 m ( s t a t i o n s 10 e t 11). L a R i b e i r a d e C a s a l d e l o

( s t a t i o n 6) , s i t u é e à p l u s b a s s e a l t i t u d e m a i s à p e n t e e n c o r e p l u s

f o r t e , e s t p l u s r i c h e e n Elmis. A l ' o p p o s é , le R i o B e ç a à 880 e t 810 m

( s t a t i o n s 13 e t 14) p r é s e n t e u n e p e n t e p l u s f a i b l e . Limnius perrisi

mediocarinatus n ' y a p a s é t é r é c o l t é m a i s o n v o i t a p p a r a î t r e d e s

e s p è c e s c o m m e Normandia nitens, Oulimnius rivularis e t m ê m e Ste-

nelmis canaliculata q u i t o l è r e n t u n p l u s f o r t r é c h a u f f e m e n t e s t i v a l .

Le p r é l è v e m e n t a s s e z i n c o m p l e t d e l a s t a t i o n 1 p e u t ê t r e r a t t a c h é

a u x p r é c é d e n t s .

Le R i o C a s t r o - L a b o r e i r o à 935 m ( s t a t i o n 2) c o n s t i t u e u n e t r a n s i t i o n

e n t r e l e s r u i s s e a u x à f o r t e p e n t e d é j à c i t é s ( s t a t i o n s 10, 11 e t 6) e t

l es p e t i t e s r i v i è r e s ( s t a t i o n s 3, 5, 12, 15 e t 18). Ces d e r n i è r e s o n t u n

p e u p l e m e n t v o i s i n d e c e l u i d u R i o B e ç a ( s t a t i o n s 13 e t 14), m a i s u n

p e u m o i n s r i c h e , s emble - t - i l , e n H y d r a e n i d a e .

(5) HYDRAENIDAE ET ELMIDAE DU PORTUGAL 33

ESPECES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Ph. testaaea 1

Hy. barrosi

Hy. bisulcata

Hy. hrachymera Hy. cordata

Hy. corinna Hy. corrugis

Hy. -inapicipalpis Hy. sharpi

Hy. gr. subdepressa

2

1

5

1 2 2

1 5

2

1

88

10

7

1

47

31 5

12

1

1 20

4

40

1

4

1

1

1

1

1

13

3 2

3

Hae. exasperata Hae. hispanioa Hae. iberica Hae. lusitana

2

4 1 1

4 6

8

1

1

1

25

S. canaliculata a. 1. 2

4 1 2

6

1 3 4 3

12

E. maugetii a. " 1 .

E. aenea a. E. rioloides a.

1. E. perezi a .

1

1

15 7 z 15

2

2

7

40

2

12

9 2

153

1

65

1

52

2

Es. parallelepipedus a . 1.

1 2 1

2 5 3 1 1

L. opacus a . " 1 .

L. p. mediocarinatus a . 1 .

L. volchnari a. 1.

6

1

4

2 2

4

1

1

3

1

9 3

6 2

9

3 1

3

18 2

4

1 1 1

fi. nitens a. 1 1 1 30

D. brevis a . 1 . 3

3

3

? 1

3

1 1

5 4 13

8 27 1 1

0. rivularis a. 0. major a. 0. troglodytes a. 0. bertrandi a.

1 . C. t. vcrezi a.

1.

1

2

21

1

5

3

3 2

3

2 13 5 3 1

2

5

62

1

15

78

4

1

32

1 4

1 1

1

TABLEAU I. — Répartition des Hydraenidae et Elmidae dans les stations prospec­tées, a. : adultes ; 1. : larves. D. : Dupophilus ; E : Elmis ; Es. : Esolus ; Hae. : Haenydra ; Hy. : Hydraena s. s. ; L. : Limnius ; N. : Normandia ; O : Oulim-nius ; Ph. : Phothydraena ; S. : Stenelmis.

E n f i n , l e g r o u p e m e n t d e la s t a t i o n 16 e s t i n t e r m é d i a i r e e n t r e c e l u i

d u R i o B e ç a ( s t a t i o n s 13 e t 14) e t c e u x d e s s t a t i o n s 4, 7, 9, 19 e t 20 .

C e s c o u r s d ' e a u d e b a s s e a l t i t u d e o u à c o u r a n t l e n t r e n f e r m e n t s u r ­

t o u t d e s Stenelmis, a i n s i q u e Phothydraena testacea. I l s c o r r e s p o n ­

d e n t à u n m i l i e u d i f f é r en t , p a r t i e l l e m e n t p r o s p e c t é .

L ' e n s e m b l e d o n n e u n e i m a g e a s s e z c o m p l è t e d u p e u p l e m e n t d e s

r u i s s e a u x e t p e t i t e s r i v i è r e s q u i c o u l e n t à m o y e n n e a l t i t u d e s u r d e s

r o c h e s e n m a j o r i t é c r i s t a l l i n e s . D ' a p r è s l e s r é c o l t e s d 'A. d ' O r c h y m o n t

e t d ' H . B e r t r a n d , c e s c o u r s d ' e a u r e n f e r m e n t s a n s d o u t e a u s s i d e s

34 C. B E R T H É L E M Y ET L. S. W . D. T E R R A (6J

Esolus angustatus (Mi l l i e r , 1821), d a n s les z o n e s a m o n t , a i n s i q u e d e s

Hydraena m u s c i c o l e s c o m m e H. minutissima S t e p h e n s , 1829, H. pyg-

maea W a t e r h o u s e , 1833 e t H. stussineri K u w e r t , 1888. C e t t e d e r n i è r e

r e m p l a c e H. angulosa M u l s a n t , 1844 d a n s la P é n i n s u l e I b é r i q u e . E n

a v a l , o n p e u t s ' a t t e n d r e à r e n c o n t r e r d e s Limnius intermedius Fa i r -

m a i r e , 1881, d e s Esolus pygmaetis (Mi ï l l e r , 1806) e t u n e p l u s g r a n d e

a b o n d a n c e à'Oulimnius rivularis e t d e Stenelmis.

2 . — HYDRAENIDAE

L ' u n d e n o u s ( B e r t h é l e m y 1965) a v a i t r e m a r q u é q u e les s o u s - g e n r e s

Haenydra e t Phothydraena s e r a i e n t s a n s d o u t e é l e v é s p l u s o u m o i n s

r a p i d e m e n t a u r a n g d e g e n r e s . C e t t e m e s u r e a é t é p r i s e p a r I e n i s t e a

(1968) e t , a u m o i n s p o u r les Haenydra, a p p r o u v é e p a r J a n s s e n s (1967

a, b , 1972). J a n s s e n s , d ' a u t r e p a r t , a c r é é e n 1972 le g e n r e Hydraenop-

sis p o u r d e s e s p è c e s o r i e n t a l e s e t é t h i o p i e n n e s . Hydraena quadricollis

W o l l a s t o n , 1864 ( = Hydraena nilotica R e y , 1886 — v o i r d ' O r c h y m o n t

1940) d o i t ê t r e r a n g é e d a n s c e n o u v e a u g e n r e . Hydraenopsis a t t e i n t

d o n c la f r a n g e m é r i d i o n a l e d e la r é g i o n p a l é a r c t i q u e .

L e s g e n r e s Haenydra, Phothydraena e t Hydraenopsis s o n t b a s é s s u r

d e s c a r a c t è r e s é v o l u é s c o m m u n s ( s y n a p o m o r p h e s , H e n n i g 1966). I l s

s o n t b i e n m o n o p h y l é t i q u e s , s e l o n l ' a c c e p t i o n d ' H e n n i g ( = h o l o p h y l é -

t i q u e s , A s h l o c k 1971, 1974). M a i s le g e n r e Hydraena s. s., a i n s i r e s t r e i n t ,

n ' e s t déf ini p a r r a p p o r t à Haenydra, Phothydraena e t Hydraenopsis

q u e p a r d e s c a r a c t è r e s p r i m i t i f s ( s y m p l é s i o m o r p h e s ) . C ' e s t u n g e n r e

p a r a p h y l é t i q u e e t il c o n v i e n d r a d e t e n i r c o m p t e d e c e fai t d a n s t o u t e

é t u d e b i o g é o g r a p h i q u e .

2 .1 . PHOTHYDRAENA

L a s e u l e Phothydraena r e n c o n t r é e ic i , Ph. testacea ( C u r t i s , 1830),

s e r e n c o n t r e d e l 'Af r ique d u N o r d a u x I l e s B r i t a n n i q u e s e t à l ' E u r o p e

o r i e n t a l e . E l l e p a r a î t r é p a n d u e d a n s t o u t e la P é n i n s u l e I b é r i q u e ( d ' O r ­

c h y m o n t 1936 b ) . L e s d é t e r m i n a t i o n s a n c i e n n e s , t o u t e f o i s , d e v r o n t

ê t r e vér i f i ées g r â c e à u n e x a m e n d e s é d é a g e s . C o m m e e n F r a n c e , c e t t e

e s p è c e a p u ê t r e c o n f o n d u e a v e c Ph. atrata ( D e s b r o c h e r s d e s L o g e s ,

1891 y.

2.2. HYDRAENA S. S.

T o u t e s les Hydraena r é c o l t é e s s o n t d e s e s p è c e s o u s o u s - e s p è c e s

i b é r i q u e s .

3. Rappelons que Ph. paganettii (Ganglbauer, 1901) d'Europe centrale est une espèce distincte de Ph. atrata (voir Binaghi 1965).

(7) HYDRAENIDAE ET ELMIDAE DU PORTUGAL 35

H. brachymera d ' O r c h y m o n t , 1936 r e m p l a c e u n e e s p è c e v o i s i n e t r è s

r é p a n d u e d a n s le r e s t e d e l ' E u r o p e , H. riparia K u g e l a n n , 1792. T o u t e s

d e u x o n t é t é c a p t u r é e s d a n s u n m ê m e r u i s s e a u d u P a y s B a s q u e f r an ­

ç a i s . C e t t e c o e x i s t e n c e c o n f i r m e l e u r i s o l e m e n t s p é c i f i q u e p r o p o s é

p a r l ' u n d e n o u s ( B e r t h é l e m y 1965). H. brachymera p r é s e n t e l e s

m ê m e s c a r a c t è r e s é c o l o g i q u e s qa'H. riparia. I l s ' ag i t d ' u n c a s t y p i q u e

d e v i c a r i a n c e g é o g r a p h i q u e .

I l e n e s t d e m ê m e d'H. cordata S c h a u f u s s , 1883, d e la P é n i n s u l e

I b é r i q u e , e t d'H. cordata regularis R e y , 1885, d e F r a n c e , a i n s i q u e d u

c o u p l e H. stussineri K u w e r t , 1888 — H. angulosa M u l s a n t , 1844. H.

stussineri n e f igure p a s d a n s n o s r é c o l t e s m a i s e x i s t e c e r t a i n e m e n t

d a n s le t e r r i t o i r e é t u d i é .

P a r c o n t r e , l e s a u t r e s Hydraena c a p t u r é e s n e p o s s è d e n t p a s d e

p r o c h e s p a r e n t s a u n o r d d e s P y r é n é e s . C e s Hydraena s o n t H. corinna

d ' O r c h y m o n t , 1936, H. corrugis d ' O r c h y m o n t , 1935, H. inapicipalpis

Pic , 1918, H. barrosi d ' O r c h y m o n t , 1935, H. bisulcata R e y , 1884 e t H.

sharpi R e y , 1880.

H. sharpi, e n p a r t i c u l i e r , n e p r é s e n t e p a s d 'a f f in i tés r é e l l e s a v e c

H. pulchella G e r m a r , 1824, c o n t r a i r e m e n t à l ' o p i n i o n d 'A. d ' O r c h y ­

m o n t (1936 b ) . Le « P h y l u m pulchella » d 'A. d ' O r c h y m o n t (1944) n ' e s t

défini q u e p a r le n o m b r e r é d u i t d e s s t r i e s é l y t r a l e s . I l a s u r t o u t u n e

v a l e u r p r a t i q u e ( J a n s s e n s 1965) e t s e m b l e p o l y p h y l é t i q u e . P o u r o b t e ­

n i r u n g r o u p e m o n o p h y l é t i q u e , il e s t n é c e s s a i r e d ' u t i l i s e r u n c a r a c ­

t è r e m o i n s s u j e t à c o n v e r g e n c e , t e l q u e la c h é t o t a x i e d e l ' é d é a g e . U n

« g r o u p e pulchella », p l u s r e s t r e i n t e t p l u s h o m o g è n e , p e u t ê t r e b a s é

s u r la p r é s e n c e d e p l u s d e q u a t r e s o i e s à l ' a p e x d e l a p a r t i e p r o x i -

m a l e . Ce « g r o u p e pulchella » r e n f e r m e , o u t r e H. pulchella, H. phas-

silyi d ' O r c h y m o n t , 1931, H. çanakçioglui J a n s s e n s , 1965, a i n s i q u e

H. phallerata d ' O r c h y m o n t , 1944, H. philyra d ' O r c h y m o n t , 1944 e t H.

byzantina J a n s s e n s , 1965. L e s t r o i s d e r n i è r e s e s p è c e s f o r m e n t u n

s o u s - g r o u p e d o n t la p a r t i e p r o x i m a l e d e l ' é d é a g e p o r t e u n e touffe d e

so i e s c o u d é e s i n s é r é e s v e r s le m i l i e u d e l ' o r g a n e .

C h e z H. sharpi, a u c o n t r a i r e , la p a r t i e p r o x i m a l e d e l ' é d é a g e n e

p r é s e n t e q u e q u a t r e s o i e s , c e q u i c o n s t i t u e l ' o r n e m e n t a t i o n p r i m i t i v e

( B e r t h é l e m y 1965) L a p a r t i e d i s t a l e e s t p l u s l o n g u e q u e d a n s le

« g r o u p e pulchella » e t l es s o i e s d e s p a r a m è r e s n ' o n t p a s la m ê m e

d i s t r i b u t i o n . L e s aff ini tés v é r i t a b l e s d'H. sharpi d e v r o n t ê t r e p r é c i s é e s

u l t é r i e u r e m e n t . J u s q u ' a l o r s , H. sharpi n ' a v a i t é t é c a p t u r é e q u e d a n s

la S i e r r a d e G u a d a r r a m a .

2.3. HAENYDRA

L a d é c o u v e r t e d ' u n e Haenydra n o u v e l l e , H. lusitana, p o r t e à s ix

le n o m b r e d e s e s p è c e s d e c e g e n r e c a p t u r é e s d a n s la P é n i n s u l e I b é ­

r i q u e . S a n s d o u t e p e u t - o n a j o u t e r à c e s s ix e s p è c e s H. truncata ( R e y ,

1885) q u i v i t c e r t a i n e m e n t d a n s l e s P y r é n é e s e s p a g n o l e s .

3 6 C. B E R T H É L E M Y ET L. S. W . D. T E R R A (8)

L e s Haenydra n e r e p r é s e n t e n t q u e le q u a r t d u t o t a l d e s e s p è c e s

d e Phothydraena, d'Hydraena s. s. e t d'Haenydra. E n E u r o p e c e n t r a l e ,

e l l e s c o n s t i t u e n t p l u s d u t i e r s d e c e t e n s e m b l e . L e s Haenydra s e

r a r é f i e n t d e m ê m e d a n s le S u d d e l a P é n i n s u l e B a l k a n i q u e ( d ' O r c h y -

m o n t 1943). J a n s s e n s (1965) a t t r i b u e c e fa i t à la p r é d o m i n a n c e d e s

t e r r a i n s c a l c a i r e s e n G r è c e .

L ' h y p o t h è s e d e J a n s s e n s n e s ' a p p l i q u e p a s à l ' E s p a g n e e t a u Po r ­

t u g a l . E n r é a l i t é , u n e n e t t e p r é f é r e n c e p o u r l e s t e r r a i n s s i l i c e u x n ' a

é t é d é m o n t r é e j u s q u ' i c i q u e p o u r u n e s e u l e e s p è c e d'Haenydra, H.

dentipes ( A h r e n s e t G e r m a r , 1844) p a r d ' O r c h y m o n t (1938) . L a p l u s

c o m m u n e d e s Haenydra, H. gracilis, e s t a b o n d a n t e d a n s c e r t a i n e s

r é g i o n s c a l c a i r e s . U n e a u t r e Haenydra, H. polita ( K i e s e n w e t t e r , 1849)

s e m b l e m ê m e p l u t ô t c a l c i c o l e ( B e r t h é l e m y 1966). I l e s t p o s s i b l e q u e

d ' a u t r e s e s p è c e s d'Haenydra s o i e n t s e n s i b l e s à la n a t u r e d e s t e r r a i n s

m a i s il n ' e x i s t e p a s , d a n s ce d o m a i n e , d e c a r a c t è r e g é n é r i q u e .

L e s Haenydra se r e n c o n t r e n t s u r t o u t d a n s l e s r é g i o n s a c c i d e n t é e s

e t b o i s é e s , e n a m o n t d e s z o n e s h a b i t é e s p a r l es Hydraena s. s. C e t t e

r é p a r t i t i o n é c o l o g i q u e suffit à e x p l i q u e r l e u r m o i n d r e a b o n d a n c e

d a n s le S u d d e l ' E u r o p e .

N o u s p r é s e n t o n s c i - d e s s o u s u n e m i s e a u p o i n t s u r t o u t e s les Haeny­

dra i b é r i q u e s , q u ' e l l e s s o i e n t o u n o n p r é s e n t e s d a n s n o s r é c o l t e s .

L e s c a r a c t è r e s c h o i s i s p o u r dé f in i r le g r o u p e gracilis e t s e s s o u s -

g r o u p e s s o n t , n o u s l ' e s p é r o n s , s y n a p o m o r p h e s .

2 . 3 . 1 . Groupe gracil is

— S o i e d r o i t e d e l a p a r t i e p r o x i m a l e d e l ' é d é a g e r é d u i t e o u n u l l e .

— P a r t i e d i s t a l e c o m p r e n a n t :

a) u n e l a m e a p p l i q u é e c o n t r e la p a r t i e p r o x i m a l e (fig. 2 à 8, L),

b) u n e p i è c e i n t e r m é d i a i r e a r t i c u l é e a v e c la p r é c é d e n t e (fig. 2 à 8,

i ) , c) u n é l é m e n t r é c u r r e n t fixé à l a p i è c e i n t e r m é d i a i r e (fig. 2 à 8, r . ) .

2.3.1.1. H. gracilis ( G e r m a r , 1824).

— É l é m e n t r é c u r r e n t c o u r t , a v e c d e u x l o b e s v e r t i c a u x a u - d e l à d e

l 'or i f ice d u c a n a l d é f é r e n t ( B e r t h é l e m y 1964 a, fig. 9) .

D ' a p r è s d ' O r c h y m o n t (1936 b ) , la p r é s e n c e d'H. gracilis d a n s la

P é n i n s u l e I b é r i q u e d e m a n d a i t c o n f i r m a t i o n . H. gracilis a r é c e m m e n t

é t é c a p t u r é e p a r le D r P u t h z d a n s l a P r o v i n c e d e S a n t a n d e r . H. gra­

cilis e s t p r é s e n t e d a n s t o u t le r e s t e d e l ' E u r o p e , à l ' e x c e p t i o n d e la

P é n i n s u l e I t a l i e n n e a u - d e l à d u F r i o u l e ( B i n a g h i 1963). S a l i m i t e

m é r i d i o n a l e d a n s la P é n i n s u l e I b é r i q u e d e v r a ê t r e p r é c i s é e .

2.3.1.2. H. emarginata ( R e y , 1885) — H. saga ( d ' O r c h y m o n t , 1930)

— H. samnitica ( F r i o r i , 1904) — H. sp. ( = emarginata s e n s u Cape l -

J a ro , 1959 n e c R e y ) .

(9) HYDRAENIDAE ET ELMIDAE DU PORTUGAL 37

FIG

. 2.

—

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IG.

3.

—

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IG.

4.

—

Id.,

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tale

. F

IG.

5.

—

Id.,

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IG.

6.

— E

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IG.

7.

— I

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FIG

. 8.

—

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2.3

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.

38 C. B E R T H É L E M Y ET L. S. W . D. T E R R A (10)

— P a r t i e p r o x i m a l e t r o n q u é e à l ' e x t r é m i t é ( B e r t h é l e m y , 1964 a,

fig. 1, 7 e t 1 4 ) .

Ce s o u s - g r o u p e e s t r e p r é s e n t é d a n s les M o n t s C a n t a b r i q u e s p a r

H. emarginata. R a p p e l o n s qa'H. emarginata e t H. saga s o n t d e s

e s p è c e s d i s t i n c t e s , e t n o n d e s r a c e s c o m m e l ' i n d i q u e L o h s e ( F r e u d e ,

H a r d e e t L o h s e 1971). L e p r o b l è m e d e s r a c e s i t a l i e n n e s e t b a l k a n i ­

q u e s d'H. saga — o u d e s e s p è c e s r a s s e m b l é e s s o u s ce n o m — n ' e s t

p a s e n c o r e r é s o l u ( P r e t n e r 1970). M a i s H. emarginata e t H. saga

c o h a b i t e n t d a n s les m ê m e s c o u r s d ' e a u s a n s s e m é l a n g e r e t l e u r d i s ­

t i n c t i o n s p é c i f i q u e n e p e u t ê t r e r e m i s e e n c a u s e .

2.3.1.3. H. hispanica ( G a n g l b a u e r , 1901) — H. belgica ( d ' O r c h y m o n t ,

1930) — H. dalmatina ( G a n g l b a u e r , 1901).

— T u b e d e l ' é l é m e n t r é c u r r e n t p o u r v u d ' u n e a r ê t e d o r s a l e (fig. 2

à 5, a . ) .

H. hispanica n ' a v a i t é t é c a p t u r é e j u s q u ' a l o r s q u e s u r le v e r s a n t

n o r d d e la S i e r r a d e G u a r r a m a . S a p r é s e n c e d a n s l a s t a t i o n 2

c o n f i r m e s o n c a r a c t è r e a l t i c o l e .

H. belgica e s t t r è s p r o c h e d'H. hispanica. E l l e s ' é t e n d d u M a s s i f

C e n t r a l à la B u l g a r i e . H. dalmatina se r e n c o n t r e d a n s le S u d d e la

D a l m a t i e , a u M o n t é n é g r o e t d a n s le N o r d d e la G r è c e .

L a c o e x i s t e n c e d'H. belgica e t d ' H . dalmatina d a n s le S u d d e la

B o s n i e n e p e u t ê t r e e x c l u e . D ' a p r è s les d o n n é e s a c t u e l l e s , t o u t e f o i s ,

l es t r o i s e s p è c e s s o n t s t r i c t e m e n t a l l o p a t r i q u e s .

2.3.1.4. H. exasperata ( d ' O r c h y m o n t , 1936) — H. excisa ( K i e s e n -

w e t t e r , 1849) — H. phallica ( d ' O r c h y m o n t , 1930) — H. cata ( d ' O r c h y ­

m o n t , 1943) — H. caucasica ( K u w e r t , 1888).

— P a r t i e r é c u r r e n t e d e f o r t d i a m è t r e (fig. 6 à 8) .

H. exasperata v i t e n E s p a g n e e t a u P o r t u g a l , H. excisa e n E u r o p e

m o y e n n e e t o r i e n t a l e , H. phallica e n S e r b i e , B u l g a r i e e t R o u m a n i e ,

H. cata à L e s b o s e t p r è s d e l a m e r d e M a r m a r a , H. caucasica a u

C a u c a s e .

II s ' ag i t d o n c d e f o r m e s e n g r a n d e p a r t i e a l l o p a t r i q u e s , a v e c ,

c e p e n d a n t , c o e x i s t e n c e d'H. excisa e t d'H. phallica e n E u r o p e o r i e n ­

t a l e ( I e n i s t e a 1968).

L e s Haenydra d u g r o u p e gracilis c o n s t i t u e n t u n e x e m p l e a s s e z

s c h é m a t i q u e d e s p é c i a t i o n g é o g r a p h i q u e .

H. gracilis e s t l ' e s p è c e l a p l u s t o l é r a n t e . E l l e d e s c e n d a s s e z b a s

v e r s l ' ava l d e s c o u r s d ' e a u . S o n a i r e d e r é p a r t i t i o n e s t c o n t i n u e e t s e s

c a r a c t è r e s m o r p h o l o g i q u e s h o m o g è n e s .

L e s a u t r e s e s p è c e s s o n t p l u s l o c a l i s é e s . L e s f o r m e s s o u c h e s d e

c h a c u n d e s t r o i s s o u s - g r o u p e s se s o n t r é p a n d u e s d ' u n m a s s i f à l ' a u t r e

à l a f a v e u r d e r e f r o i d i s s e m e n t s c l i m a t i q u e s . L e s r é c h a u f f e m e n t s u l t é ­

r i e u r s o n t i so l é e n a l t i t u d e d e s p o p u l a t i o n s e t i n t e r r o m p u les é c h a n -

(11) HYDRAENIDAE ET ELMIDAE DU PORTUGAL 39

g e s g é n é t i q u e s . I l e n e s t r é s u l t é u n e d i v e r g e n c e p l u s o u m o i n s p o u s ­

s é e d e s c a r a c t è r e s m o r p h o l o g i q u e s .

2.3.2. Haenydra iberica

C o m m e n o u s l ' a v i o n s s u p p o s é ( B e r t h é l e m y 1966), H. iberica e s t

v o i s i n e d'H. truncata.

C h e z l e s d e u x e s p è c e s , la p a r t i e d i s t a l e d e l ' é d é a g e s e t e r m i n e p a r

u n t u b e a l l o n g é , le r e b o r d é l y t r a l e s t é t r o i t , l ' e x t r é m i t é d e s é l y t r e s

l é g è r e m e n t t r o n q u é e c h e z le m â l e , n o n é c h a n c r é e c h e z la f e m e l l e , l e s

t i b i a s p o s t é r i e u r s d u m â l e p o r t e n t u n e f r a n g e t r è s f o u r n i e d e l o n g u e s

s o i e s .

Le g r o u p e d ' H . truncata r e n f e r m e a u s s i u n e e s p è c e b a l k a n i q u e , H.

vedrasi ( d ' O r c h y m o n t , 1931). L e m â l e d'H. vedrasi p o s s è d e d e s t i b i a s

a n t é r i e u r s é l a r g i s e t i n c u r v é s . C e c a r a c t è r e s e x u e l s e c o n d a i r e n ' e s t

m e n t i o n n é p a r a u c u n d e s a u t e u r s q u i o n t v u c e t t e e s p è c e { d ' O r c h y ­

m o n t 1931, D e r e n n e 1954, J a n s s e n s 1965, P r e t n e r 1970 s u b n o m . H.

montenegrina s y n . n o v . ) .

H. iberica, H. truncata e t H. vedrasi f o r m e n t u n e n s e m b l e d ' e s p è c e s

a l l o p a t r i q u e s . Les d i f f é r e n c e s e n t r e c e s t r o i s e s p è c e s s o n t p l u s p r o ­

n o n c é e s q u ' e n t r e l e s m e m b r e s d ' u n m ê m e s o u s - g r o u p e d u g r o u p e

gracilis. L e u r d i v e r g e n c e s e m b l e p l u s a n c i e n n e .

2.3.3. Haenydra lusitana nov. s p . 4

Haenydra d e p e t i t e t a i l l e . C h e z l e s d e u x s e x e s , p r o n o t u m d e 0,36 à

0,43 m m d e l o n g e t 0,49 à 0.54 m m d e l a r g e ; é l y t r e s d e '1,09 à 1,15 m m

d e l o n g e t 0,63 à 0,68 m m d e l a r g e , p r i s e n s e m b l e .

F a c e d o r s a l e u n i c o l o r e , b r u n - j a u n e , b r i l l a n t e e n t r e les p o i n t s , s au f

le c l y p e u s q u i e s t f i n e m e n t c h a g r i n é .

B o m b e m e n t d e s é l y t r e s , s t r i a t i o n e t r e b o r d e x p l a n é c o m m e c h e z

H. gracilis.

M â l e : f é m u r s d i l a t é s , t i b i a s i n t e r m é d i a i r e s d e n t i c u l é s , s a n s é c h a n -

c r u r e (fig. 19) ; t i b i a s p o s t é r i e u r s a v e c u n e f r a n g e d e l o n g u e s s o i e s

c l a i r s e m é e s .

A u - d e l à d e l ' i n s e r t i o n d e l a p a r t i e d i s t a l e , la p a r t i e p r o x i m a l e d e

l ' é d é a g e e s t a p l a t i e e n l a m e u n p e u c o n c a v e v e r s l a g a u c h e e t v e r s le

d o s . L e s q u a t r e s o i e s , b i e n d é v e l o p p é e s , s ' i n s è r e n t à p e u p r è s a u

m ê m e n i v e a u , le l o n g d e l ' o r g a n e (fig. 13).

La p a r t i e d i s t a l e , p e u sc lé r i f i ée , d é p a s s e l a p a r t i e p r o x i m a l e . Le

c a n a l d é f é r e n t d é c r i t u n e d e m i - b o u c l e e t s ' o u v r e v e r s la d r o i t e

(fig. 16).

4. Description C. Berthélemy.

4 0 C. B E R T H É L E M Y ET L. S. W . D. T E R R A (12)

FIG. 9. — Edéage d'Haenydra iberica, côté droit. FIG. 10. — Id., côté gauche de la partie distale. FIG. 11. — Id., face dorsale de la partie distale. FIG. 12. — Id., face ventrale. FIG. 13. — Edéage d'Haenydra lusitana nov. sp., côté droit. FIG. 14. — Id., côté gauche de la partie distale. FIG. 15. — Id., face ventrale. FIG. 16. — Id., face dorsale de la partie distale. Le trait A correspond à 0,5 mm (fig. 9 à 15), le trait B à 0,1 mm (fig. 16).

( 1 3 ) HYDRAENIDAE E T ELMIDAE DU PORTUGAL 4 1

C e t t e s t r u c t u r e d e l ' é d é a g e , n o t a m m e n t d e l a p a r t i e d i s t a l e , p e r m e t

d e d i s t i n g u e r a i s é m e n t H. lusitana d e t o u t e s l e s a u t r e s Haenydra.

F e m e l l e . N o u s n o u s b o r n e r o n s à c o m p a r e r H. lusitana a u x f e m e l l e s

d e s a u t r e s Haenydra i b é r i q u e s .

L ' é c h a n c r u r e d e s é l y t r e s e s t p l u s o b t u s e q u e c h e z H. gracilis, H.

saga, H. emarginata e t H. exasperata. Le r e b o r d é l y t r a l e s t p l u s é t r o i t

q u e c h e z l e s t r o i s d e r n i è r e s e s p è c e s c i t é e s . A l ' o p p o s é , c e r e b o r d e s t

p l u s l a r g e q u e c h e z H. iberica e t H. truncata. C h e z c e s d e u x d e r n i è ­

r e s e s p è c e s , l e s é l y t r e s n e s o n t p a s é c h a n c r é s . E n f i n , l e s p o i n t s d e s

é l y t r e s s o n t m o i n s p r o f o n d s c h e z H. lusitana q u e c h e z H. hispanica

e t le t é g u m e n t m o i n s c h a g r i n é , s u r t o u t s u r le c l y p e u s .

FIG. 17 à 20. — Haenydra lusitana nov. sp. FIG. 17. — Face dorsale, mâle. FIG. 18. — Id., femelle. FIG. 19. — Fémur et tibia mésothoraciques gauches, mâle. FIG. 20. — Id., femelle. Le trait horizontal correspond à 1 mm (fig. 17 et 18), le trait vertical à 0,2 mm (fig. 19 et 20).

L e s d i m e n s i o n s d e s Haenydra n e p r é s e n t e n t q u e d e f a i b l e s v a r i a ­

t i o n s i n t r a s p é c i f i q u e s . A u s s i l a p e t i t e t a i l l e d'H. lusitana p e r m e t - e l l e

d e l a d i s t i n g u e r a i s é m e n t d e s a u t r e s Haenydra i b é r i q u e s . A c e t é g a r d ,

a i n s i q u e p a r s a c o l o r a t i o n , H. lusitana r a p p e l l e d e s Haenydra é t r a n -

42 C. B E R T H É L E M Y ET L. S. W . D. T E R R A (14)

g è r e s à la p é n i n s u l e , t e l l e s qu'H. schuleri ( G a n g l b a u e r , 1901), H. sci-

tula ( d ' O r c h y m o n t , 1947) e t H. carniolica ( P r e t n e r , 1970). H. lusitana

e s t p l u s c o n v e x e q u e l e s t r o i s e s p è c e s c i t é e s . L a s t r u c t u r e d e s é d é a g e s

m o n t r e q u ' e l l e n e p r é s e n t e d 'aff ini tés r é e l l e s a v e c a u c u n e d ' e n t r e e l l e s .

M a t é r i e l é t u d i é : u n h o l o t y p e m â l e c a p t u r é d a n s la R i b e i r a d e Cos­

t a s - A n t a s à F e l g u e i r a s , s e p t p a r a t y p e s d e m ê m e p r o v e n a n c e e t q u a t r e

p a r a t y p e s r é c o l t é s d a n s la R i b e i r a d e C o s t a s - A n t a s à G o n t i m (co l l ec ­

t i o n C. B e r t h é l e m y ) .

3. — ELMIDAE

Stenelmis canaliculata ( G y l l e n h â l , 1808) t o l è r e m i e u x l e s f a ib l e s

c o u r a n t s q u e la p l u p a r t d e s a u t r e s E l m i d a e . O n la r e n c o n t r e a u s s i

b i e n d a n s la z o n e d e r e s s a c d e s l a c s q u e d a n s les g r a n d s c o u r s d ' e a u

o u , c o m m e ici , d a n s l e s r u i s s e a u x à f a ib l e p e n t e .

Elmis maugetii L a t r e i l l e , 1798 se t r o u v e d a n s t o u t e la P é n i n s u l e

I b é r i q u e . C h e z l e s e x e m p l a i r e s d u P o r t u g a l , l es i n t e r s t r i e s i m p a i r e s

s o n t m o y e n n e m e n t s u r é l e v é e s e t n o n f o r t e m e n t c a r é n é e s c o m m e c h e z

c e u x d e l a S i e r r a d e G u a d a r r a m a ( f o r m e « similis » F l a c h , 1882).

Elmis aenea (Mi i l l e r , 1806) n ' a p a s e n c o r e é t é i d e n t i f i é e a v e c ce r ­

t i t u d e a u s u d d u D o u r o . M a i s il n e s ' ag i t s a n s d o u t e p a s d e s a vér i ­

t a b l e l i m i t e m é r i d i o n a l e .

Elmis rioloides ( K u w e r t , 1890) a v a i t é t é s i g n a l é e d u P o r t u g a l p a r

K u w e r t (1890) s o u s le n o m d e Lareynia fossulata e t p a r B e r t r a n d

(1960) s o u s c e l u i d'Elmis coiffaiti. V e r s le s u d , c e t t e e s p è c e a t t e i n t

A l g e c i r a s . C ' e s t l a p l u s a b o n d a n t e d e s Elmis r é c o l t é e s i c i . C e t t e p r é ­

d o m i n a n c e c o n f i r m e s o n affinité p o u r les t e r r a i n s c r i s t a l l i n s ( B e r t h é ­

l e m y 1966, s u b n o m . E. coiffaiti).

Elmis perezi H e y d e n , 1870, enf in , a é t é r e t r o u v é e >près d e s a l o c a l i t é

t y p i q u e , la S e r r a d o G é r e z . E l l e e s t f r é q u e n t e d a n s les r u i s s e l e t s e t

r u i s s e a u x à f o r t e p e n t e d u P a y s B a s q u e . V e r s l ' e s t , e l l e a t t e i n t la

v a l l é e d ' O s s a u .

L ' o r n e m e n t a t i o n d e la l a r v e d e Limnius perrisi mediocarinatus

B e r t h é l e m y , 1964 e s t v o i s i n e d e c e l l e d e L. perrisi perrisi D u f o u r ,

1843. E l l e c o n f i r m e le r a n g s u b s p é c i f i q u e a t t r i b u é à c e t t e f o r m e . C e t t e

s o u s - e s p è c e v i t d a n s l e s M o n t s I b é r i q u e s , l e N o r d d u P o r t u g a l e t la

p a r t i e o c c i d e n t a l e d e s M o n t s C a n t a b r i q u e s . C ' e s t l a p l u s r é p a n d u e

d e s t r o i s r a c e s i b é r i q u e s d e L. perrisi. L. perrisi carinatus (Pe rez -

A r c a s , 1866) e s t p r o p r e à la S i e r r a d e G u a d a r r a m a t a n d i s q u e L. per­

risi subcarinatus ( S h a r p , 1872) n ' a é t é r e n c o n t r é e q u e p r è s d e s s o u r ­

c e s d e l ' E b r e . C e t t e d e r n i è r e s o u s - e s p è c e e s t u n e f o r m e d e p a s s a g e

e n t r e L. perrisi mediocarinatus e t l es L. perrisi perrisi d e s P y r é n é e s .

L a t r a n s i t i o n e n t r e Oulimnius tuberculatus perezi ( S h a r p , 1872) e t

O. tuberculatus tuberculatus (Mi l l i e r , 1806) s ' e f fec tue p e u t - ê t r e d a n s

la m ê m e r é g i o n . E n effet, a l o r s q u e l ' on t r o u v e e n c o r e O. tuberculatus

(15) HYDRAENIDAE E T ELMIDAE DU PORTUGAL 43

perezi a u n o r d d e L e ô n , u n e f e m e l l e r é c o l t é e p r è s d ' A l s a s u a n e d i f fè re

d e s O. tuberculatus tuberculatus d e s P y r é n é e s q u e p a r u n b o m b e ­

m e n t p l u s m a r q u é . Ce p o i n t d e v r a ê t r e c o n f i r m é p a r l ' é t u d e d e m â l e s

d e s m ê m e s r é g i o n s .

T o u t e s l e s l o c a l i t é s à'Oulimnius major ( R e y , 1889) p u b l i é e s p r é c é ­

d e m m e n t é t a i e n t s i t u é e s e n F r a n c e ( B e r t h é l e m y 1962, 1964 b , c ) . O.

major v i t a u s s i a u P o r t u g a l e t e n A n d a l o u s i e , o ù il a v a i t é t é r é c o l t é

p a r A. d ' O r c h y m o n t . C e s d o n n é e s n o u v e l l e s é t e n d e n t s o n a i r e d e

r é p a r t i t i o n d e p l u s d e m i l l e k i l o m è t r e s .

L e s h a b i t a t s d e s d i v e r s e s e s p è c e s à'Oulimnius s o n t p e u d i s t i n c t s

l e s u n s d e s a u t r e s . L ' e n d é m i q u e i b é r i q u e O. b&rtrandi B e r t h é l e m y ,

1964 n e fa i t p a s e x c e p t i o n à l a r è g l e . I l c o h a b i t e a v e c O. rivularis

( R o s e n h a u e r , 1856), O. major, O. troglodytes ( G y l l e n h â l , 1827) e t O.

tuberculatus perezi. I l s e m b l e t o u t e f o i s p l u s a l t i c o l e q u e les d e u x

p r e m i e r s .

Dupophilus brevis M u l s a n t e t R e y , 1872 e s t , c o m m e e n F r a n c e ,

a s s o c i é à Elmis rioloides e n t e r r a i n s i l i c e u x .

L e s p r é f é r e n c e s é v e n t u e l l e s d e Normandia nitens (Mi i l l e r , 1817)

d e v r o n t ê t r e p r é c i s é e s . C e t t e e s p è c e é t a i t r a n g é e n a g u è r e d a n s le

g e n r e Riolus. M a i s e l l e n ' e s t p e u t - ê t r e p a s a u s s i é t r o i t e m e n t l i ée a u x

t e r r a i n s c a l c a i r e s q u e l e s v é r i t a b l e s Riolus. L e s N. nitens r é c o l t é e s

ic i s o n t b r a c h y p t è r e s e t l e u r s é l y t r e s s o n t d é p o u r v u s d e b o s s e

n u m é r a l e .

E n f i n , c o m m e Elmis maugetii, Esolus parallelepipedus ( M û l l e r ,

1806), Limnius opacus Mi i l l e r , 1806, L. volckmari ( P a n z e r , \191>),Oulim-

nius rivularis e t O. troglodytes a t t e i g n e n t le S u d d e la P é n i n s u l e I b é ­

r i q u e . A u p o i n t d e v u e é c o l o g i q u e c o m m e a u p o i n t d e v u e b i o g é o g r a ­

p h i q u e , l e u r p r é s e n c e d a n s l e s c o u r s d ' e a u é t u d i é s e s t e n a c c o r d a v e c

les d o n n é e s a n t é r i e u r e s .

4 . — C O N C L U S I O N

L e s p e u p l e m e n t s d ' E l m i d a e d é c r i t s c i - d e s s u s c o r r e s p o n d e n t b i e n à

c e u x q u e l ' o n r e n c o n t r e d a n s l e s c o u r s d ' e a u c o m p a r a b l e s d e s P y r é ­

n é e s o u d u M a s s i f C e n t r a l f r a n ç a i s . L a s e u l e p a r t i c u l a r i t é e s t la p r é ­

s e n c e d ' a b o n d a n t s Oulimnius bertrandi q u i n ' o n t p a s d e c o n t r e p a r t i e

a u n o r d d e l ' E b r e .

L e s p e u p l e m e n t s d ' H y d r a e n i d a e , p a r c o n t r e , s o n t p r e s q u e exc lu s i ­

v e m e n t c o n s t i t u é s d ' e n d é m i q u e s , d o n t q u e l q u e s - u n s a t t e i g n e n t t o u t

a u p l u s le P a y s B a s q u e . C e t t e d i f f é r e n c e e n t r e l e s d e u x g r o u p e s d e

C o l é o p t è r e s t o r r e n t i c o l e s a d é j à é t é s i g n a l é e p a r l ' u n d e n o u s ( B e r ­

t h é l e m y 1966, 1969). E l l e s o u l i g n e le c a r a c t è r e c o m p l é m e n t a i r e d e s

d e u x g r o u p e s p o u r d e s é t u d e s h y d r o b i o l o g i q u e s : l e s E l m i d a e facili­

t e n t l e s c o m p a r a i s o n s é c o l o g i q u e s , a l o r s q u e l e s H y d r a e n i d a e m o n ­

t r e n t q u e l e s t le d e g r é d ' i s o l e m e n t d ' u n e r é g i o n g é o g r a p h i q u e .

44 C. B E R T H É L E M Y ET L. S. W . D. T E R R A (16)

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