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Page 1: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO
Page 2: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO

DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO

123 K. MARX, F r . ENGELS, L e p a r t i d e c l a s se , IV.

124 J a c q u e s RANCIÈRE, L i r e L e C a p i t a l , I I I .

125 R o g e r ESTABLET, P i e r r e MACHEREY, L i r e L e C a p i -

ta l , IV .

126 C r i t i q u e s d e l ' é c o n o m i e p o l i t i q u e , L ' i n f l a t i o n .

127 C l a u d e PRULHIÈRE, Q u é b e c o u P r e s q u ' A m é r i q u e .

128 P i e r r e JALÉE, L ' e x p l o i t a t i o n c a p i t a l i s t e .

129 G u y CARO, L a m é d e c i n e e n q u e s t i o n .

130 P a u l o FREIRE, P é d a g o g i e d e s o p p r i m é s . 131 K a r l MARX, F r i e d r i c h ENGELS, L e m o u v e m e n t o u -

v r i e r f r a n ç a i s , 1.

132 K a r l M A R X , F r i e d r i c h ENGELS, L e m o u v e m e n t o u -

v r i e r f r a n ç a i s , II .

133 R e i m u t REICHE, S e x u a l i t é e t l u t t e s d e c l a s se s .

134 A b d a l l a h LAROUI, L ' h i s t o i r e d u M a g h r e b , 1.

135 A b d a l l a h LAROUI, L ' h i s t o i r e d u M a g h r e b , II .

i 3 6 M i c h e l GUTELMAN, S t r u c t u r e s e t r é f o r m e s a g r a i r e s . I n s t r u m e n t s p o u r l ' a n a l y s e .

137 K a d e r AMMOUR, C h r i s t i a n LEUCATE, J e a n - J a c q u e s MOULIN, L a vo i e a l g é r i e n n e . L e s c o n t r a d i c t i o n s

d ' u n d é v e l o p p e m e n t n a t i o n a l .

138 R o g e r GENTIS, L e s m u r s d e l ' a s i l e .

139 M o u v e m e n t d ' a c t i o n j u d i c i a i r e . L e s d r o i t s d u s o l - d a t .

140 M a h m o u d HUSSEIN, L ' E g y p t e . L u t t e d e s c l a s s e s e t l i b é r a t i o n n a t i o n a l e 1. 1 9 4 5 - 1 9 6 7 .

141 M a h m o u d HUSSEIN, L ' E g y p t e . II . 1 9 6 7 - 1 9 7 3 .

142 F e r n a n d DELIGNY, L e s v a g a b o n d s e f f i c a c e s et a u t r e s

r é c i t s . P r é f a c e d ' E m i l e C o p f e r m a n n .

143 P i e r r e VIDAL-NAQUET, L a t o r t u r e d a n s l a r é p u b l i - q u e .

144 L e s c r i m e s d e l ' a r m é e f r a n ç a i s e .

145 P a r t i s a n s , G a r d e - f o u s a r r ê t e z d e v o u s s e r r e r les c o u - des .

146 C o l l e c t i f d ' a l p h a b é t i s a t i o n , G I S T I , L e p e t i t l i v r e j u -

r i d i q u e d e s t r a v a i l l e u r s i m m i g r é s .

147, 148 Y v e s BENOT, I n d é p e n d a n c e s a f r i c a i n e s . I d é o l o - g i e s e t r é a l i t é .

149 M a n u e l CASTELLS, L u t t e s u r b a i n e s .

150 P i e r r e ROUSSET, L e p a r t i c o m m u n i s t e v i e t n a m i e n ( v o l u m e t r i p l e ) .

151 J a c q u e s VALIER, S u r l ' i m p é r i a l i s m e .

152 J e a n - M a r i e BROHM, M i c h e l FIELD, J e u n e s s e e t r é v o - l u t i o n .

153 C o m i t é S a h e l , Q u i s e n o u r r i t d e l a f a m i n e e n A f r i - q u e ?

154 T a n k o n a l a s a n t é .

155 V i c t o r SERGE, L i t t é r a t u r e e t r é v o l u t i o n .

156 F é d é r a t i o n C . F . D . T . d e s P . T . T . , D e s « i d i o t s » p a r m i l l i e r s .

157 M L A C — R o u e n C e n t r e , V iv re a u t r e m e n t d è s m a i n t e n a n t .

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Page 4: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO
Page 5: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO

petite collection maspero

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DU MÊME AUTEUR

Chez le même éditeur

Histoire de la Palestine, Petite Collection Maspero, 1968.

Palestine, année zéro, Cahiers libres, 1970.

Page 7: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO

Lorand Gaspar

Histoire de la Palestine

des origines à 1977

FRANÇOIS MASPERO 1, place Paul-Painlevé PARIS V 1978

Page 8: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO

© Librairie François Maspero, Paris, 1978 ISBN 2-7071-0992-4

Page 9: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO

Palestine : un nom, un lieu, des habitants

Hérodote (485-425 av. J.-C.) est le premier à consi- gner ce nom par écrit. Il mentionne la Syrie palestine (I, 105 ; II, 106), dont les habitants sont dits Syriens palestiniens (III, 5) ou Syriens de Palestine (II, 104 ; VII, 89). Ce glissement de l'adjectif vers le nom recou- vrant une région aux frontières imprécises se retrouve chez les historiens Flavius Josèphe et Philon d'Alexan- drie. Malgré leurs inexactitudes, il semble bien que le territoire ainsi désigné est plus important que celui, il est vrai toujours flottant, que ce nom désigne aujour- d'hui.

Géographes et historiens reconnaissent ainsi depuis l'Antiquité suffisamment de caractères spécifiques à cette région plus ou moins bien délimitée, pour la distinguer dans la corne méridionale du Croissant fer- tile.

Les administrateurs des empires qui ont tour à tour dominé la région ont, de même, le plus souvent res- pecté dans leurs divisions la physionomie particulière de la Palestine. Sous l'Empire perse, après le « retour », on assiste à la reconstitution en Judée, dans le Sud palestinien, d'un petit Etat théocratique qui se main- tient à travers les vicissitudes de l'empire d'Alexandre et de ses successeurs — réussissant même à augmenter son territoire sous les Asmonéens (152-63 av. J.-C.) jusqu'à le faire coïncider à peu près avec celui de la Palestine d'aujourd'hui. Sous la domination romaine, la Judée continue son existence de petit royaume vassal placé sous l'autorité du gouverneur de la grande province syrienne. A certains moments, préfets et procurateurs administrent directement la région. Après la répression de la seconde révolte juive (131-135), Jérusalem devient Aelia Capitolina et la province de

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Judée, augmentée d'une partie de la Transjordanie, reçoit le nom de Syria Palestina.

Dion Cassius identifie la Palestine au pays des Juifs : « Palestine, c'est ainsi que depuis l'Antiquité on appelle toute la nation qui s'étend depuis la Phénicie jusqu'à l'Egypte le long de la mer intérieure. Mais elle a un autre nom adventice : le pays est appelé Judée et les habitants Juifs 1 »

Les conquérants arabes (634-640) adoptent à leur tour le nom en usage. La région est divisée en deux gouvernements militaires (jound) : Filastîn au sud et Al-Ordonn au nord. (La transformation du P en F est due simplement à la non-existence du phonème P en arabe.) Pour les Arabes musulmans comme pour les chrétiens, la Palestine ou Filastîn est une terre sanc- tifiée, la Terre sainte, à qui à certaines époques les musulmans attribuent des frontières plus vastes.

L'Empire ottoman est peut-être le premier à ne pas établir de district administratif en Palestine. Cepen- dant, le terme continue à être employé par les histo- riens, géographes et chroniqueurs. Hâdjidji Khâlifa (1609-1657), historien et géographe turc, écrit dans le Djihân-noumâ (œuvre de cosmographie) : « La Pales- tine en question comprend deux préfectures (sandjaq), celle de Gaza et celle de J é ru sa l em »

Pour l'Occident chrétien des trois derniers siècles, la réalité et la spécificité de la Palestine, se super- posant à celles de la Terre sainte, sont indiscutables. La venue du Messie étant liée, pour ceux du moins qui restent fidèles à l'enseignement de la Bible, au retour des Juifs en Palestine. Il y a tout un mouve- ment qui vise à accélérer ce retour dès le XVII siècle chez certains chrétiens 3

1. XXXVII, 16, 5 ; cité par P. F. M. ABEL, Géographie de la Palestine, J. Gabalda, 1967, t. 1, p. 312.

2. Ed. d'Istanbul, 1145 H/1732, p. 562; cité par M. Ro- DINSON, « Qu'est-ce que les Palestiniens ? », La Nouvelle Critique, nouvelle série, n° 32 (63), mars 1975, p. 55-67.

3. Cf. M. RODINSON, « Sionisme : esquisse de théorie d'une idéologie », Encyclopœdia Universalis, vol. 14, Paris, 1972, p. 1061-1065.

Page 11: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO

Ains i , m a l g r é l ' a t t a c h e m e n t d e s Ju i f s t o u t a u l o n g d e l ' h i s to i r e à l ' a p p e l l a t i o n d ' E r è t z Y i s r a ë l ( t e r r e d ' I s r a ë l ) p o u r d é s i g n e r la P a l e s t i n e , t e r r e c o n q u i s e p a r l eu r s a n c ê t r e s e n t r e 1 2 5 0 ( p o u r les t r i b u s d u S u d ) et 1 2 0 0 a v a n t n o t r e è re ( p o u r les t r i b u s d u N o r d ) , les p r e m i è r e s a s s o c i a t i o n s s ion i s t e s p a r l e n t d a n s les p a y s o c c i d e n t a u x d ' « é t a b l i s s e m e n t d e c o l o n i e s ju ives e n P a l e s t i n e ». L a c h a r t e d u p r e m i e r c o n g r è s s ion is te , t e n u à B â l e e n 1 8 9 7 , m e n t i o n n e « la c r é a t i o n p o u r le p e u p l e ju i f e n P a l e s t i n e d ' u n e p a t r i e g a r a n t i e p a r le d r o i t p u b l i c ».

C ' e s t e n 1 9 2 0 q u e le t e r r i t o i r e de la P a l e s t i n e r e ç o i t sa dé f in i t i on p a r le d r o i t p u b l i c i n t e r n a t i o n a l . P o u r les m a s s e s ju ives t r a d i t i o n n e l l e s d e l ' E u r o p e d e l ' E s t , ce n e p o u v a i t ê t r e q u e la t r a d u c t i o n p o u r u n u s a g e p o l i t i q u e d u t e r m e E r è t z Y i s r a ë l ( t e r r e d ' I s r a ë l ) . P o u r les A r a b e s d e la r é g i o n , ce n o m d é s i g n e l e u r pays .

Q u ' e n est- i l des h a b i t a n t s de c e t t e P a l e s t i n e ? S a n s

e n t r e r ici d a n s les dé ta i l s , d i s o n s s i m p l e m e n t q u e la p r e m i è r e en t i t é qu i d a n s la r é g i o n p r e n d f o r m e a u x d é p e n s d ' u n e p o u s s i è r e d e « r o y a u m e s » e t d e p e u p l e s d e K a n a ' â n est h é b r a ï q u e . ( L e m o t « h é b r e u » a p p a - r a î t assez t a r d i v e m e n t , e n t r e les vie et V s iècles a v a n t

n o t r e ère . Il s ' ag i t a l o r s d ' u n t e r m e n o b l e , a r c h a ï s a n t . B i e n a v a n t ce t t e p é r i o d e , o n r e t r o u v e c h e z les E g y p - t iens , les A k k a d i e n s et s u r les t a b l e t t e s u g a r i t i q u e s les t e r m e s h a b i v o u , h a p i v o u . O n p e n s e q u e ce n o m dés i - g n a i t a lo r s , p l u t ô t q u ' u n e en t i t é e t h n i q u e , u n e c o u c h e soc i a l e v i v a n t en m a r g e . ) L e u r s u p r é m a t i e e t h n i q u e c o m m e n c e à d é c l i n e r dès la c o n q u ê t e b a b y l o n i e n n e

e n 5 8 7 a v a n t n o t r e ère, p o u r se c h a n g e r e n u n s t a t u t d e m i n o r i t é a p r è s la s e c o n d e r évo l t e j u i v e ( 1 3 2 - 1 3 5 ) . L e p o i n t le p l u s b a s de la p r é s e n c e j u i v e est a t t e i n t s a n s d o u t e lo r s d e la s u p p r e s s i o n , e n 4 2 9 , d u p a t r i a r c a t ju i f d e P a l e s t i n e p a r l ' E m p i r e r o m a i n . L e fa i t q u e J é r u s a l e m cesse d ' ê t r e le c e n t r e m o n d i a l d u j u d a ï s m e n e m a n q u e p a s d e f a v o r i s e r l ' é m i g r a t i o n . ( C e s o n t les d e s c e n d a n t s d e la t r i b u d e J u d a pu i s les c i t o y e n s d u r o y a u m e d e J u d a qu i s o n t a p p e l é s ju i f s o u y e h o u d i . L e t e r m e « j u d a ï s m e » a p p a r a î t p o u r la p r e m i è r e fo is c h e z

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F l a v i u s J o s è p h e . Il c o u v r e l ' e n s e m b l e d e s c a r a c t é - r i s t i q u e s s o c i o - c u l t u r e l l e s d u p e u p l e juif . ) N o m b r e u x s o n t c e u x q u i se c o n v e r t i s s e n t a u c h r i s t i a n i s m e , d e m ê m e q u e les A r a b e s , p r é s e n t s d e p u i s l o n g t e m p s e n T r a n s j o r d a n i e (c i tés n a b a t h é e n n e s ) et q u i c o m m e n c e n t à s ' in f i l t re r e n C i s j o r d a n i e . L e s A r a b e s d ' A r a b i e , un i s p a r le p r o p h è t e M o h a m m e d s o u s la b a n n i è r e d e l ' I s l a m

Page 13: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO

c o n q u i è r e n t l a r é g i o n e n t r e 6 3 4 et 640 . Ils n e r e m p l a - cen t p a s la p o p u l a t i o n d u p a y s , M . R o d i n s o n s o u l i g n e ce fai t : ils s o n t p e u n o m b r e u x , j u s t e a s sez p o u r f o r m e r les c a d r e s d u p o u v o i r d a n s les p a y s c o n q u i s . O n ass i s te à u n e a r a b i s a t i o n p r o g r e s s i v e e t p a r a l l è l e à l ' i s l a m i - s a t i o n de t o u t e la r ég ion . L ' e x i s t e n c e a u P r o c h e - O r i e n t d e n o m b r e u s e s c o m m u n a u t é s d ' A r a b e s c h r é t i e n s m o n -

t re q u e l ' i s l a m i s a t i o n a é té m o i n s c o m p l è t e q u e l ' a r a - b i sa t ion . E t h n i q u e m e n t , a u x é l é m e n t s ju i f s et a r a b e s d é j à p r é s e n t s v i e n n e n t s ' a j o u t e r d e s T u r c s , d e s A r m é - n iens , d e s C i r c a s s i e n s e t q u e l q u e s res tes des c r o i s a d e s e u r o p é e n n e s . L e s A r a b e s m u s u l m a n s o u c h r é t i e n s qu i f o r m a i e n t à p a r t i r d e c e t t e é p o q u e la m a j o r i t é de la p o p u l a t i o n d e la P a l e s t i n e s o n t d e s A r a b e s c o m m e les

au t r e s , a v e c q u e l q u e s t r a i t s spéc i f i ques c o m m e e n p r é - s e n t e n t s o u v e n t d e s g r o u p e s a u x q u e l s l ' h i s t o i r e o u la g é o g r a p h i e c o n f è r e n t u n e c e r t a i n e un i t é .

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1. Les origines ou le royaume de David

C'est à l'âge du moyen bronze, autour de 1850 avant Jésus-Christ, qu'Abraham, parti d'Ur, où règne la I I I dynastie sumérienne, arrive en Canaan. Vers cette même époque, les Akkadiens sont déjà des poètes consommés ; ils écrivent l'épopée de la Création, Enuma Elish, et celle de Gilgamesh, contenant l'his- toire du Déluge.

Yahvé avait dit à Abraham : « Quitte ton pays, ta parenté et la maison de ton père, pour le pays que je t'indiquerai...

« Abraham prit sa femme Saraï, son neveu Lot... Ils se mirent en route pour le pays jusqu'au lieu saint de Sichem, au Chêne de Moré. Les Cananéens étaient alors dans le pays. Yahvé apparut à Abraham et dit : "C'est à ta postérité que je donnerai ce pays !" » (Gen. 12).

Il va falloir attendre environ six cents ans pour que Josué traverse le Jourdain et commence la conquête de la Terre promise :

« Après la mort de Moïse, serviteur de Yahvé, Yahvé parla à Josué, fils de Nûm et auxiliaire de Moïse, et lui dit : "Moïse, mon serviteur est mort ; il est temps d'agir et de passer le Jourdain que voici, toi et tout ce peuple, vers le pays que je donne aux enfants d'Israël. Tout lieu que foulera la plante de vos pieds, je vous le donne, comme je l'ai déclaré à Moïse. Depuis le désert et le Liban jusqu'au Grand Fleuve, l'Euphrate, et jusqu'à la Grande Mer, vers le soleil couchant, tel sera votre territoire !" » (Jos. 1, 1).

Plus tard, lorsque Josué réunira toutes les tribus d'Israël à Sichem pour leur rappeler tout ce dont ils étaient redevables à Yahvé, parlant au nom de Yahvé, il leur dira :

Page 15: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO

« Vous passâtes ensuite le Jourdain pour atteindre le territoire de Jéricho, mais les maîtres de Jéricho vous firent la guerre, ainsi que les Amorites, les Perizzites, les Cananéens, les Hittites, les Girgashites, les Hivvites et les Jébuséens, mais je les livrai en votre pouvoir. Je vous fis précéder par les frelons qui chassèrent devant vous les deux rois amorites, ce que vous ne devez ni à votre épée ni à votre arc. Je vous ai donné une terre qui ne vous a demandé aucune fatigue, des villes que vous n'avez pas bâties et dans lesquelles vous vous êtes installés, des vignes et des olivettes que vous n'avez point plantées, et qui servent aujourd'hui à votre nourriture » (Jos. 24, 11).

Tout n'a pas été aussi simple. Historiens, archéo- logues, critiques de la littérature et des traditions des textes bibliques ne sont pas d'accord quant au dérou- lement historique de l'installation des Israélites en Canaan.

Les uns pensent qu'il n'y a pas eu réellement « conquête », mais infiltration pacifique de tribus semi- nomades dans des régions peu habitées ou grâce à une entente avec les habitants, à un moment où l'Egypte avait perdu le contrôle du pays (les récits de conquêtes seraient des étiologies). D'autres, s'appuyant sur les fouilles archéologiques, mettent en valeur l'existence de couches de ruines et un appauvrissement de l'habitat en ustensiles correspondant à la destruction de certaines villes palestiniennes de cette époque, réoccupées peu après à l'âge du fer. Pour R. de Vaux, les deux modes d'installation sont concurrents et les actions militaires certaines à plus d'un endroit (Horma, Hébron, Débir, Heshbon, Jéricho, Gabaon, Yasin). De toute façon, le rôle historique de Josué doit être retenu dans l'installa- tion en Palestine centrale, depuis le passage du Jour- dain jusqu'à l'assemblée de Sichem. Il est à supposer que l'assimilation des peuplades autochtones a dû pré- valoir en beaucoup d'endroits à leur remplacement pur et simple.

Cananéens, Amorites et surtout Philistins, peuples

Page 16: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO

de la mer fixés sur la côte palestinienne après la vic- toire égyptienne de l'an 8 de Ramsès III (1290-1224 av. J.-C.), donneront encore pas mal de fil à retordre aux conquérants. A l'est du Jourdain, trois « royau- mes » garderont une individualité face au royaume d'Israël qui se reconnaissait une parenté avec leurs peuples : Moab, Edom, Ammon. C'est David qui rem- porta les victoires décisives donnant une unité terri- toriale à l'unité sociale esquissée par Saül.

« David, avec tout Israël, marcha sur Jérusalem (c'est-à-dire Jébus) ; les habitants du pays étaient les Jébuséens. Les habitants de Jébus dirent à David : "Tu n'entreras pas ici ! Les aveugles et les boiteux t'en écarteront." Ce jour-là, David dit : "Quiconque frappera le premier un Jébuséen et montera par le canal deviendra chef et capitaine." Joab, fils de Ceruya, monta le premier et devint chef »

Le « canal » dont il est question (si tel est bien le sens du mot) existe ; le sinnor canaanéen permettait d'habitude l'accès, en partant de l'intérieur d'une ville, d'un point d'eau. Le chemin inverse était donc, quoique plus acrobatique, possible. L'expérience a été faite à Jérusalem par un archéologue qui est monté dans le tunnel creusé dans la colline orientale, au-dessous de l'esplanade du Temple. Le sinnor de l'Ophel rejoint sous terre directement la source du Gihôn, aujourd'hui Oumm-ad-daraj. Il est fort pro- bable que ce fut là la canalisation qu'avait emprun- tée Joab pour surprendre les Jébuséens. L'identité de ce canal est d'autant plus probable que des fouilles récentes ont définitivement établi que le site primitif se trouvait sur la colline de l'Ophel, enserrée entre la vallée du Cédron et du Tyropéon. Ce village modeste, couvrant à peine quatre hectares, avec ses deux ou trois mille habitants, fera parler de lui.

1. J'ai pris la liberté de conjuguer les textes du I I livre de Samuel et du I livre des Chroniques relatant la prise de Jérusalem par David. Ces deux textes se complètent.

Page 17: DANS LA PETITE COLLECTION MASPERO

« D a v i d s ' i n s t a l l a d a n s la f o r t e r e s s e et l ' a p p e l a C i t é de D a v i d . H i r a m , ro i d e T y r , e n v o y a d u b o i s d e cèdre , des c h a r p e n t i e r s e t d e s t a i l l eu r s d e p i e r r e , q u i c o n s t r u i s i r e n t u n e m a i s o n p o u r D a v i d . A l o r s D a v i d sut q u e Y a h v é l ' a v a i t c o n f i r m é c o m m e ro i s u r I s raë l . . . » ( I I S a m . V , 9).

C e qu i ava i t t e n t é D a v i d , c ' é t a i t l a s i t u a t i o n c e n - t r a l e de J é r u s a l e m . A H é b r o n , il é t a i t t r o p lo in d e s t r i bus d u N o r d ; m a i n t e n a n t il é t a i t e n p o s i t i o n de régner . M a i s le succès d e D a v i d à J é r u s a l e m n e p e u t s ' e x p l i q u e r p a r les seu l s é l é m e n t s p o l i t i q u e s et mi l i - ta i res . I l ava i t c o m p r i s q u ' I s r a ë l d e m a n d a i t a v a n t t o u t u n c e n t r e re l ig ieux . Il c r é a ce c e n t r e e n y i n s t a l l a n t l ' A r c h e d ' a l l i a n c e r e n d u e p a r les Ph i l i s t ins . P o u r p lu s de p r é c a u t i o n , o n la d é p o s a d ' a b o r d c h e z O b e d E d o m d e G a t ( sans d o u t e p o u r t â t e r les r é a c t i o n s d e Y a h v é ) ; puis , a u b o u t de t ro i s m o i s enfin, o n l ' i n s t a l l a d a n s la ville. A c e t t e o c c a s i o n , D a v i d j o u e u n r ô l e d e p r ê t r e - ro i : v ê t u d ' u n c o s t u m e s a c e r d o t a l , il se l iv re à u n e

d a n s e r i tue l l e et offre p e r s o n n e l l e m e n t le sacr i f ice .

« O r , c o m m e l ' e sc l ave d e Y a h v é e n t r a i t d a n s la

C i t é d e D a v i d , la fille d e Saül , M i k a l , r e g a r d a i t p a r la f e n ê t r e et e l le vit le r o i D a v i d q u i s a u t a i t et t o u r - n o y a i t d e v a n t Y a h v é , et d a n s s o n c œ u r el le le m é p r i s a » ( I I S a m . V I , 16).

« D a v i d , r e v ê t u d ' u n m a n t e a u d e bys sus , d a n s a i t

e n t o u r n o y a n t a ins i q u e t o u s les lév i tes p o r t e u r s d e l ' A r c h e » (I C h r o n . X V , 27 ) .

L ' h i s t o i r e insc r iva i t l ' a n mi l l e a v a n t n o t r e è r e q u a n d J é r u s a l e m d e v i n t la c a p i t a l e p o l i t i q u e e t r e l ig i euse d u j e u n e « E t a t » d ' I s r a ë l .

L e s J é b u s é e n s d e m e u r è r e n t p r o b a b l e m e n t s u r p l a c e et f u r e n t ass imi lés . P l u s t a rd , a u x j o u r s d ' a b a n d o n , les p r o p h è t e s n e m a n q u e r o n t p a s d e r a p p e l e r l ' o r i g ine c o m p o s i t e d e la vi l le :

« P a r t o n o r ig ine et t a n a i s s a n c e , T u es d u p a y s d e C a n a a n .

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Ton père était Ammonite et ta mère Hittite. » (Ezéchiel)

A cette cité, qui devint le cœur et l'âme d'Israël, David aurait voulu donner tout l'éclat dont l'époque était capable.

Il fit appel aux architectes et artisans phéniciens qui apportèrent avec eux le merveilleux bois de cèdre et tant d'autres denrées précieuses, dont le commerce était entre leurs mains.

Pour commencer, il se fit bâtir une « Maison de Cèdre », mais le plus bel ornement de la cité devait être la Maison de Yahvé. Il n'en fit que le projet ; l'œuvre sera menée à bien par son fils Salomon (970- 930 av. J.-C.), dont le long règne fut paisible et pros- père. Mais pendant que fleurissent les arts, qu'on cons- truit des routes, qu'on embellit les cités de temples et de palais, la foi et la discipline se relâchent, les mœurs se corrompent.

L'érection du Temple sur le terrain que David acquit d'Ornân avait demandé sept ans et cinq mois. Les Phéniciens en furent les architectes et les artistes ; Israël y fournit la main-d'œuvre.

Pour les Sémites, un lieu sacré comprend un cen- tre, le Saint des saints (Débir), entouré d'une aire. Ce Saint des saints était peut-être un lieu déjà vénéré par des peuples plus anciens. L'autel des holocaustes, placé devant la porte du Temple, était peut-être l'en- droit où David offrit déjà des sacrifices sanglants. On peut voir aujourd'hui, au centre du Haram-es-Sherif, sous la coupole de la Roche (appelée faussement mos- quée d'Omar), un grand rocher qui est vénéré depuis des millénaires. Etait-ce là le Saint des saints ? Etait-ce plutôt le lieu où l'on avait placé l'autel des sacrifices ? On ne peut en être certain. Toujours est-il que le Temple devait se trouver au centre de l'enceinte actuelle du Haram, le « Noble Sanctuaire », auquel — nous l'avons dit plus haut — les musulmans atta- chent le souvenir de la présence d'Abraham, Isaac, David, Salomon, Jésus, Marie et Mohammed.

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Les proportions du Temple, nous le savons, avaient été calculées selon une géométrie savante, fondée, semble-t-il, sur le triangle équilatéral. Ses dimensions sont modestes : 60 coudées de long sur 20 de large (30 mètres sur 10). Ses matériaux : pierre de taille, bois sculptés de cèdre et de cyprès, revêtement d'or. Le public n'a accès qu'à la partie tout extérieure du Temple, le ulâm (porche), précédé de deux colonnes de bronze, Vakîn et Boaz, éclairées par le soleil levant. Le hêkal, chambre qui suit le porche, est accessible aux seuls prêtres, et le débir, petite chambre rigoureu- sement cubique, dépourvue de fenêtres, au seul grand prêtre qui y pénètre une fois l'an au jour de la fête des Expiations.

Ce Saint des saints contenait l'Arche d'alliance gardée par deux chérubins à six ailes. L'Arche abritait les Tables de la Loi. Aucune représentation de Dieu : Yahvé n'admet pas d'être figuré ; on ne peut pas plus l'astreindre à une présence limitée dans l'espace que dans le temps.

Salomon dira dans sa prière : « Voici que les cieux et les cieux des cieux ne le peuvent contenir, moins encore cette maison que j'ai construite ! »

Le peuple prie devant le porche, sur l'esplanade : « Et toute l'assemblée du peuple se tenait dehors en prière, à l'heure de l'encens » (Luc 1, 10).

L'encens brûlait sur un autel d'or, devant le Saint des saints.

Parmi les objets à l'usage du culte, il faut noter une vasque d'airain, la « Mer de Bronze », de cinq mètres de diamètre, supportée par douze bœufs de bronze : « Son épaisseur était d'une palme et son bord avait la même forme que le corps d'une coupe, comme une fleur » ; d'autres bassins, pour l'eau lus- trale et la table des pains de propositions.

Le chandelier à sept branches est une acquisition plus tardive : il apparaît dans le Temple reconstruit après l'Exil.

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Parmi d'autres édifices, semble-t-il nombreux, le palais du roi devait distancer tous les autres en magni- ficence. La « Maison de la forêt du Liban », avec ses quarante-cinq colonnes de cèdre en trois files, n'était qu'une des quatre salles du palais : la salle de réception. De là, on accédait à la salle du Trône. Celui-ci, sculpté en ivoire, était placé au sommet d'une petite pyramide à six degrés, ornés de deux lions chacun. Suivait le palais proprement dit, avec le fameux harem, qui devait être un véritable village s'il faut en croire le Livre des Rois, qui attribue sept cents épouses de rang princier et trois cents concubines à Salomon.

Ce fut un lieu de perdition, quoique pas tout à fait dans le sens où on l'entendrait aujourd'hui :

« Quand Salomon fut vieux, ses femmes détour- nèrent son cœur vers d'autres dieux et son cœur ne fut plus tout entier à Yahvé, comme avait été celui de son père David...

« C'est alors que Salomon construisit un sanctuaire à Kemosh, le dieu de Moab, sur la montagne à l'orient de Jérusalem, et à Milkon, le dieu des Ammonites. Il en fit autant pour toutes ses femmes étrangères, qui offraient de l'encens et des sacrifices à leurs dieux. » (I Rois XI, 4, 7.)

Il est évident que les mariages étrangers multiples que contractait Salomon servaient sa politique, et les sanctuaires païens étaient destinés autant à ses femmes qu'aux commerçants étrangers.

Ce brassage de peuplades polythéistes, que les constructions et le commerce florissant avaient entre- tenu, n'en avait pas moins pour conséquence un affai- blissement général de la foi intrépide de l'âge du désert et des conquêtes : richesses, séductions des cultes multi- ples, relâchement des liens avec Yahvé, laisser-aller moral. Jérusalem la Sainte, pour la première fois, se prostitue.

« Quoi ! Voler, tuer, commettre l'adultère, se par- jurer, encenser Baal, suivre les dieux étrangers, que

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vous ne connaissez pas, puis venir se présenter devant moi, en ce temple qui porte mon nom, et dire : "Nous voilà en sûreté !" Pour continuer toutes ces abomi- nations ! A vos yeux, est-ce une caverne de voleurs, ce temple qui porte mon nom ? » (Jér. 7, 9)

Et le prophète a la nostalgie de cette pureté du désert :

« Qui me fournira au désert un gîte d'étape, Que je puisse quitter mon peuple et loin d'eux m'en

aller ? Car tous sont adultères, un ramassis de traîtres. »

(Jér. 9, 1)

« Lève les yeux, Jérusalem, et regarde ceux qui arri- vent du Nord.

Pour ta grande perversité, on t'a relevé les robes, on t'a violentée.

Je vous disperserai donc comme une paille légère au souffle du désert. »

(Jér. 12, 20)

Bientôt, sous Roboam (931-915 av. J.-C.), fils de Salomon, les tribus du Nord écrasées d'impôts et de charges diverses brisent l'unité du royaume de David en reprenant leur autonomie. Elles fondent en Samarie le nouveau royaume d'Israël (Jéroboam, 921-910 av. J.-C.), face aux tribus du Sud qui constituent autour de Jérusalem le royaume de Juda.

Jérusalem ne commande plus que les collines de la Judée et le désert. Elle est amputée de ses principales sources de richesse et tout le commerce développé par Salomon est accaparé par la Samarie. Sa force mili- taire est nulle.

Shersonq I fondateur de la X X I I dynastie, en passant devant Jérusalem se fait livrer sans bataille toutes les richesses du Temple et du palais, véritables banques.

Joas d'Israël (796-780 av. J.-C.), le frère du Nord, inflige une défaite plus humiliante encore au royaume de Juda ; la ville est prise, les murs abattus, le Temple

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pillé, « et Juda fut défait en présence d'Israël et les hommes s'enfuirent chacun à sa tente ».

« Quant à Amasiah, roi de Juda [...], Joas, roi d'Israël, le fit prisonnier à Beth Shemish et le ramena à Jérusalem ; il fit une brèche dans la muraille de Jérusalem [...], puis il prit tout l'or et l'argent, tous les objets qui se trouvaient dans la Maison de Yahvé et dans les trésors de la Maison du roi, ainsi que des otages, et s'en retourna à Samarie » (II Rois, XIV, 12, 13, 14).

Une petite renaissance se dessine sous Ezéchias (716-688 av. J.-C.), qui écoute ce notable de Jérusa- lem appelé Isaïe. Il tente de supprimer les hauts lieux des différents cultes cananéens ; il amène l'eau de la piscine de Siloé à l'intérieur de la ville, à la fontaine de Gihon, par une étonnante canalisation souterraine de six cents mètres. Aucun ennemi ne pourra ainsi interrompre l'approvisionnement en eau de la ville assiégée.

Jérusalem échappe à la campagne de Sennachérib en 701 : « Il advint en cette nuit-là que l'ange de Yahvé sortit et frappa dans le camp des Assyriens cent quatre- vingt mille hommes. Le matin quand on se leva, voici que tous étaient des cadavres, des morts ; Sennachérib, roi d'Assur, partit, il s'en retourna et demeura à Ninive » (II Rois, XIX, 35).

Hélas, les bonnes résolutions... Bientôt Ninive s'ef- fondra sous l'assaut des Mèdes, héritiers de l'Empire assyrien (— 598). Nabuchodonosor, souverain assez pacifique, se voit contraint de mener une expédition punitive contre le royaume de Juda qui ne cesse de se révolter sous l'instigation de Neschaq II d'Egypte, qui avait déjà subi une défaite à Karkemish (— 605). Jérusalem assiégée est prise en 598 av. J.-C., le roi est déporté avec l'élite de la ville.

Cela ne suffit pas pour mater la Judée. Une deuxième révolte, dix ans plus tard, appelle une nouvelle expédition punitive. En juin-juillet 587 av. J.-C., une brèche est ouverte dans la muraille du nord et la ville prise d'assaut est pillée, incendiée, le Temple

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détruit. La même année, le royaume est annexé et la population déportée.

« Au cinquième mois, le sept du mois — c'était l'an dix-neuf du roi Nabuchodonosor, roi de Babel —, Nabouzaradan, chef des gardes du corps, serviteur du roi de Babel, entra dans Jérusalem. Il brûla la Maison de Yahvé et la Maison du Roi, ainsi que toutes les maisons de Jérusalem. Il brûla aussi par le feu toute maison de grand personnage. Toute l'armée des Chal- déens, qui était avec le chef des gardes du corps, démolit toute la muraille autour de Jérusalem. Quant au reste de la population [...], Nabouzaradan, chef des gardes du corps, les envoya en exil » (II Rois, 8-12).

« Le Seigneur a été comme un ennemi ; Il a détruit Israël, Il a détruit tous ses palais, Abattu ses forteresses Et multiplié pour la fille de Juda Gémissements et gémissements. »

(Lamentations 2, 5)

« Mes yeux étaient consumés de larmes, mes entrailles frémissaient, mon foie s'épandait à terre pour le brisement de la fille de mon peuple, quand défaillaient enfants et nourrissons sur les places de la Cité.

(Lamentations 2, 11)

A quoi te comparer ? A quoi te dire semblable, fille de Jérusalem ? Qui pourra te sauver et consoler, vierge, fille de Sion ? Car il est grand comme la mer, ton brisement. Qui va donc te guérir? (Lamentations 2, 13)

Sur le sol gisent dans les rues enfants et vieillards, mes vierges et mes jeunes gens sont tombés sous l'épée ;

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tu as égorgé au jour de ta colère, tu as immolé sans pitié. »

(Lamentations 2, 21)

Dans le malheur commun, le peuple se rassemble autour de ses foyers d'énergie : la loi de Yahvé, les traditions. C'est comme une renaissance : la cons- cience de la vocation d'Israël s'en trouve exaltée.

En 537 av. J.-C., le successeur de Nabuchodonosor, Awil-Mardouk — « Homme de Mardouk » —, « roi de Babel, releva la tête de Joachim, roi de Juda » (II Rois XXV, 27), et Cyrus, roi des Perses, après avoir définitivement écrasé Babylone, ouvre les portes du retour. Retour à Jérusalem ! Ceux qui reviennent pour rebâtir le Temple et la ville sont des « purs » grandis dans l'exil et la lumière des Lois. Leur Temple et leur ville, ils les veulent exempts de tout élément étranger. Rien ni personne ne doit plus venir corrom- pre l'adoration rigoureuse et exclusive de Yahvé. Le Saint des saints est vide ; c'est le dépouillement extrême ; on ne prononce même plus le nom de Yahvé.

La cité aussi se relève peu à peu ; elle s'étend vers l'ouest ; la ville de David n'en représente plus qu'un quartier.

Depuis ce retour jusqu'aux conquêtes d'Alexandre (— 332), l'histoire se tait à Jérusalem. Au lieu de guerres, on s'y occupe de littérature.

A la suite des conquêtes d'Alexandre, Jérusalem, presque sans s'en apercevoir, entre dans le monde hellénistique. Les Juifs sont présents dans tous les comptoirs de la Méditerranée orientale ; à Alexandrie, capitale des Lagides, au premier siècle avant notre ère, ils constituent le tiers de la population. La Bible est traduite en grec (à Alexandrie) et Jérusalem reçoit un gymnase.

Du royaume des Lagides (323-197 av. J.-C.), la Palestine passe à l'Empire séleucide (197-129 av. J.-C.). Le grand prêtre de Jérusalem est investi d'une réelle autonomie à la tête du peuple juif. Pourtant, sous

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Antiochus Epiphane, les mesures d'hellénisation sem- blent se renforcer excessivement, avec, il est vrai, la collaboration d'une classe de Juifs hellénisants.

Le peuple résiste à l'hellénisation. Le 15 décembre 167 av. J.-C., la statue de Zeus Olympien est installée au Temple et son culte imposé sous peine de mort.

« A la saison de Tamouz, qui peut tenir face au soleil ? Tous se détournent... Ainsi en est-il du royaume des Grecs, tous se détournent. Matthias le Prêtre et ses fils tiennent bon dans leur foi en le Saint — Béni- soit-Il —, et devant eux s'enfuirent les hordes d'Antio- chus, et ils les tuèrent t o u t e s »

C'est en 165 av. J.-C. que les premiers résistants massacrent la commission royale chargée de l'hellé- nisation. Mattathias et ses fils prennent le maquis, où ils sont rejoints par de nombreux partisans. Un des fils, Judas dit Maccabée, prend la tête de l'insurrection et inflige trois défaites successives aux troupes dépê- chées de Syrie. Antiochus reconnaît le pouvoir de Judas — Jérusalem est indépendante, le temple puri- fié et rendu au culte de Yahvé. Bientôt une dynastie nouvelle est inaugurée par Simon (162-134 av. J.-C.), investi chef héréditaire, chef du peuple de Dieu en 140 av. J.-C. Le nouvel Etat ne se contente pas de son indépendance, Simon étend sa domination sur la Cisjordanie et la Transjordanie. Ses successeurs conti- nueront dans la voie nationaliste et expansionniste.

Victoires, expansions territoriale et économique sont rapidement suivies d'un abus de pouvoir. Pour les Pharisiens, la loi appartient au peuple, elle doit être enseignée à tous. Alexandre Janné, devenu roi, s'appuie sur les Sadducéens, aristocrates du culte attachés sur- tout à la lettre de la loi. Mais la loi reste vivante parmi le peuple et un nouveau mouvement d'exil — volontaire cette fois — s'amorce vers le désert de Juda. Ces hommes qui aspirent à la pureté des patriar-

2 Chemoth Rabba 100, 15 ; cité par G. NAHON, Les Hébreux, Le Seuil, 1968, p. 145.

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c h e s d a n s la s o l i t u d e m a j e s t u e u s e d e Q u m r â n s o n t les

i n v e n t e u r s d e la vie m o n a s t i q u e . D e u x m i l l é n a i r e s p l u s t a r d , d a n s le s i l ence q u e seu ls

c o n n a i s s e n t ces dése r t s , a u p r i n t e m p s d e 1 9 4 7 , u n

j e u n e b e r g e r b é d o u i n , M o h a m m e d D i b , p a r t i à l a r e c h e r c h e d e sa b r e b i s é g a r é e , d é c o u v r e p a r h a s a r d l a p r e m i è r e d e s g r o t t e s o ù f u r e n t c a c h é s les m a n u s c r i t s d e la sec te des E s s é n i e n s . E n t r é s d a n s l ' h i s t o i r e s o u s le

n o m d e m a n u s c r i t s d e la m e r M o r t e , ils n o u s a p p r e n - n e n t les règ les de la c o m m u n a u t é , l ' e n s e i g n e m e n t e t

le s u p p l i c e d u « M a î t r e d e J u s t i c e » t u é p a r le « p r ê t r e i m p i e ».

R o m e a p p a r a î t s u r les l i eux p o u r a r b i t r e r d e s r iva l i t é s e n t r e les d e u x d e r n i e r s A s m o n é e n s , A r i s t o b u l e e t H y r - c a n , q u i se d i s p u t e n t le p o u v o i r . L ' u n d ' e u x est a p p u y é p a r les A r a b e s d e T r a n s j o r d a n i e . M . R o d i n s o n 3 a a t t i r é l ' a t t e n t i o n su r le r ô l e q u ' o n t j o u é d a n s c e t t e d i s p u t e les P h a r i s i e n s , ces g a r d i e n s d e la loi et d e s t r a d i t i o n s , p r o c h e s s e m b l e - t - i l d u p e u p l e . C e s P h a r i s i e n s « assis d a n s la c h a i r e d e M o ï s e » ( M a t t . 23 , 2) , t i e n n e n t

p o u r i n c o n c i l i a b l e s les i n t é r ê t s d e l ' E t a t e t c e u x d e l a re l ig ion . Ils d e m a n d e n t à P o m p é e l a s u p p r e s s i o n d u R o y a u m e a s m o n é e n , r e s p o n s a b l e d e la d é g é n é r e s c e n c e d e la foi v i v a n t e à la f a v e u r d ' u n e r e l i g ion f o r m a l i s t e , r igide, s u b m e r g é e p a r l a p o m p e d e s c é r é m o n i e s , d o m i n é e p a r l a c a s t e d e s S a d d u c é e n s . ( Q u e l q u e s a n n é e s p l u s t a r d , Y o h a n a n b e n Z a k k a y , u n de l eu r s chefs , o b t i e n t d e V e s p a s i e n [ 6 9 - 7 9 ] la p r o t e c t i o n d ' u n n o u v e a u c e n t r e r e l i g i e u x h o r s J é r u s a l e m à Y a b n e h . L e j u d a ï s m e d e B e n Z a k k a y t e n d à r e n o u e r a v e c la v o c a t i o n u n i v e r s a l i s t e d u j u d a ï s m e . ) A r i s t o b u l e n e c è d e p a s et , e n 63 av. J . -C . , P i s o n d e s c e n d s u r J é r u s a l e m

p a r le n o r d . L e T e m p l e r é s i s t e t ro i s m o i s . A sa c h u t e en a u t o m n e , P o m p é e v i e n t p r e n d r e l i v r a i s o n de c e t t e n o u v e l l e c o n q u ê t e . O n se p r é c i p i t e a u S a i n t des sa in t s , p o u r n ' y r i e n t r o u v e r .

« O n c o n n u t a lo rs , d i t T a c i t e , qu ' i l n ' y ava i t à l ' i n -

3. M. RODINSON, « De la nation juive au problème juif », L 'Homme et la Société, n° 9, 1968, p. 141-153.

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t é r i e u r a u c u n e i m a g e d e s d i e u x , q u e la p l a c e é ta i t v ide et q u e les sec re t s d u s a n c t u a i r e n ' é t a i e n t r ien . L e s m u r s d e J é r u s a l e m f u r e n t r a s é s ; m a i s le T e m p l e r e s t a d e b o u t . »

T a c i t e t r a c e u n t a b l e a u p e u é l o q u e n t d e l ' h i s t o i r e d ' I s r aë l . C e p e u p l e i n c o m p r é h e n s i b l e p o u r u n R o m a i n r a i s o n n a b l e , il n e le p o r t a i t p a s d a n s s o n c œ u r . E n p a r l a n t d e l eu r s ro is : « C e u x - c i , c h a s s é s p a r la f o u l e i n c o n s t a n t e , r e s sa i s i r en t l e u r p o u v o i r p a r les a r m e s . Ex i l s d e c i toyens , r u i n e s des vi l les , m e u r t r e s d e f rè res , d ' é p o u s e s , d e p a r e n t s , t o u s les c r i m e s o r d i n a i r e s d e s rois, ils les c o m m i r e n t ; ils e n t r e t e n a i e n t l a s u p e r s t i t i o n , p a r c e q u e le r e s p e c t p o u r le s a c e r d o c e q u ' i l s s ' a r r o - g è r e n t a f fe rmissa i t l e u r p u i s s a n c e . »

L a l ég ion d e P o m p é e a é p a r g n é le T e m p l e . H é r o d e le G r a n d le d é t r u i r a p o u r le r e c o n s t r u i r e p l u s s o m p - tueux . H é r o d e , fils d e l ' I d u m é e n A n t i p a t e r , t é t r a r q u e d e J u d é e , est u n h o m m e a m b i t i e u x , p e u e n c o m b r é d e s c r u p u l e s , se rv i p a r u n flair p o l i t i q u e t rès sûr . E n ce qu i c o n c e r n e ses r a p p o r t s a v e c les R o m a i n s , il s ' a r r a n - g e r a t o u j o u r s p o u r ê t r e d u b o n cô té . L e S é n a t en 4 0 av. J . -C . , d e u x a n s a p r è s la v i c t o i r e s u r les P a r t h e s , le n o m m e roi . A l ' i n t é r i e u r , il sa i t e x é c u t e r ses r i v a u x a u b o n m o m e n t ; il p r é v i e n t s a n s cesse d e s c o m p l o t s r ée l s o u i m a g i n a i r e s , e n f a i s a n t a s s a s s i n e r t o u r à t o u r s a b e l l e - m è r e , s a f e m m e M a r i a m m e , t ro i s d e ses fils.

Il fa i t u n e h é c a t o m b e p a r m i les P h a r i s i e n s qu i o n t v o u l u se sa i s i r d e l ' a ig le i m p é r i a l i m p o s é c o m m e d é c o r a u T e m p l e . P o u r sa m o r t , il p r é v o i t d e s m a s s a c r e s in m e m o r i a m .

L e t e m p l e c o n s t r u i t p a r H é r o d e r e p r o d u i t , e n le m a g n i f i a n t d a n s ses m e s u r e s a u t a n t q u e d a n s s a d é c o - r a t i o n , ce lu i d e S a l o m o n .

C ' e s t d e ce t e m p l e q u ' u n j o u r u n c e r t a i n J é sus , é c h a p p é à s a n a i s s a n c e a u m a s s a c r e d e s e n f a n t s d e

B e t h l é e m i m a g i n é p a r H é r o d e , c h a s s e les m a r c h a n d s .

M a i s la vi l le n ' e s t p a s t e n d r e p o u r les p r o p h è t e s : « J é r u s a l e m ! J é r u s a l e m ! qu i t u e s les p r o p h è t e s e t l a p i d e s c e u x q u i t e s o n t e n v o y é s ! C o m b i e n d e fois

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158 Pierre SALAMA, Sur la valeur. 159 Marcel MARTINET, Culture prolétarienne. 160 K. MARX, Friedrich ENGELS, Utopisme et commu-

nauté de l'avenir. 161 K. MARX, Friedrich ENGELS, Les utopistes. 162 Pierre JALÉE, Le projet socialiste. 163 Léon TROTSKY, L'année 1917. 164 Jean CHESNEAUX, DU passé, faisons table rase. 165 Yves LACOSTE, La géographie, ça sert d'abord à

faire la guerre. 166 Jacques VALIER, Le P.C.F. et le capitalisme mono-

poliste d'Etat. 167 R. PELLETIER, S. RAVET, Le mouvement des sol-

dats. 168 Emile COPFERMANN, Vers un théâtre différent. 169 Fidel CASTRO, Bilan de la révolution cubaine. 170 Sally N'DONGO, « Coopération » et néocolonialisme. 171 Karl MARX, Friedrich ENGELS, Critique de l'éduca-

tion et de l'enseignement. 172 Daniel GUÉRIN, La révolution française et nous. 173 Pierre KROPOTKINE, OEuvres. 174 Jean JAURÈS, La classe ouvrière. 175 Champ social. 176 R.D. LAING, A. ESTERSON, L'équilibre mental, la

folie et la famille (volume double). 177 Claude ALZON, La femme potiche et la femme bon-

niche. 178 C. WRIGHT MILLS, L'imagination sociologique. 179 Les mémoires de Géronimo. 180 Michel TORT, Le quotient intellectuel. 181 La France, trafiquant d'armes. 182 Alexandra KOLLONTAI, Marxisme et révolution se-

xuelle. 183 René LEFORT, L'Afrique du Sud : histoire d'une

crise. 184 Eugène VARLIN, Pratique militante et écrits d'un

ouvrier communard. 185 Jésus SILVA HERZOG, La révolution mexicaine. 186 Lionel RICHARD, Le nazisme et la culture. 187 Mongo BETI, Main basse sur le Cameroun. 188 Ernest MANDEL, Critique de l'eurocommunisme. 189 Rémy BUTLER et Patrice NOISETTE, De la cité ou-

vrière au grand ensemble. 190, 191 Maurice GODELIER, Horizon, trajets en anthro-

pologie. 192 Roger FALIGOT, La résistance irlandaise. 193 Léon TROTSKY, L'avènement du bolchevisme. 194 Perry ANDERSON, Sur le marxisme occidental. 195 S.G.E.N.-C.F.D.T., L'école en lutte. 196 P. DOBB, P.M. SWEEZY, DU féodalisme au capitalis-

me : problèmes de la transition. 1. 197 P. DOBB, P.M. SWEEZY, Du féodalisme au capitalis-

me : problèmes de la transition. Il. 198 Pierre FRANK, Le stalinisme. 199 J.-Ph. COLSON, Le nucléaire sans les Français. 200 Laura CONTI, Qu'est-ce que l'écologie ?

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