ar mais puro

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NT edição informativa da cnt ano XXi número 239 agosto 2015 entrevista com CARLOS HENRIQUE RIBEIRO DE CARVALHO, pesquisador do ipea TRANSPORTE ATUAL Ar mais puro Programa Ambiental, da CNT e do Sest Senat, completa 8 anos e proporciona mais qualidade de vida ao trabalhador em transporte Programa Ambiental, da CNT e do Sest Senat, completa 8 anos e proporciona mais qualidade de vida ao trabalhador em transporte

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Programa Ambiental, da CNT e do Sest Senat, completa 8 anos e proporciona mais qualidade de vida ao trabalhador em transporte

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Page 1: Ar mais puro

CNTedição informativada cnt

ano XXi número 239agosto 2015

entrevista com CARLOS HENRIQUE RIBEIRO DE CARVALHO, pesquisador do ipea

T R A N S P O R T E A T U A L

Armais puro

Programa Ambiental, da CNTe do Sest Senat, completa

8 anos e proporciona mais qualidade de vida aotrabalhador em transporte

Programa Ambiental, da CNTe do Sest Senat, completa

8 anos e proporciona mais qualidade de vida aotrabalhador em transporte

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 20154

REPORTAGEM DE CAPA

ano XXi | número 239 | agosto 2015

CNTT R A N S P O R T E A T U A L

carlos Henrique decarvalho fala sobremobilidade

página 8

ENTREVISTA

sistema sobre trilhos completa 41 anos

página 32

METROFERROVIÁRIO

diminui o númerode passageiros de ônibus

página 40

MOBILIDADE

empresas ampliaminvestimentos notransporte de cargas

página 44

AVIAÇÃO

desenvolvido pela cnt e pelo sest senat desde 2007, odespoluir - programa ambiental do transporte contribui coma melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores do setorao garantir a redução da emissão de poluentes

página 20

CONSELHO EDITORIALaloisio carvalhobernardino rios pimbruno batistaetevaldo dias lucimar coutinhonicole goulartEDITOR

americo venturamtb 5125[[email protected]]

FALE COM A REDAÇÃO(61) 3315-7000 • [email protected] saus, quadra 1 - bloco J - entradas 10 e 20 edifício cnt • 10º andar cep 70070-010 • brasília (df)

ESTA REVISTA PODE SER ACESSADA VIA INTERNET:www.cnt.org.br | www.sestsenat.org.br

ATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇO:[email protected]ção da cnt (confederação nacional do transporte), registrada no cartório do

1º ofício de registro civil das pessoas Jurídicas do distrito federal sob o número 053.

tiragem: 40 mil exemplares

os conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da CNT Transporte Atual

EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT

CAPA sergio alberto/cnt

SUSTENTABILIDADE • sondagem cnt deeficiência energética apresenta as experiências deempresas para reduzir o consumo de combustível

página26

Page 5: Ar mais puro

depois de dois anos,lei dos portos aindasofre com a burocracia

página 56

AQUAVIÁRIO

encontro debatepirataria e faltade dragagem

página 62

RIO MADEIRA

projeto saúde nosportos é lançado pelo sest senat

página 64

INICIATIVA

nova edição docircuito de caminhadae corrida de rua

página66

SEST SENAT

duke 6

opinião 7

mais transporte 12

boletins 72

alexandre garcia 81

cartas 82

Seções

AEROPORTOS • levantamento da sac avalia aqualidade dos serviços oferecidos em 15 terminaisdo país; curitiba teve a melhor pontuação

página52

www.cnt.org.br

Vacinação reduz risco de contrair doenças durante as viagens

viajar de férias ou a trabalho requer cuidados com a imunização.internacionalmente, a vacina mais exigida é contra a febreamarela. no brasil, ela também é recomendada, já que hádiversas áreas de risco de contágio. por orientação do ministérioda saúde, com até duas doses, a pessoa estará protegida.elas são aplicadas em intervalos de 10 anos. mas o médicoepidemiologista luiz fernando de carvalho lembra que, adepender do destino, do tempo de permanência e dos objetivosda viagem, podem ser indicadas outras imunizações. essa e outrasnotícias você encontra no site da cnt (www.cnt.org.br).

Page 6: Ar mais puro

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 20156

Duke

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 7

clésio andradeOPINIÃO

ivemos um período delicado de crise econômicae de instabilidade política, em que os nossos se-tores produtivos são diariamente desafiados. oreflexo disso é o baixo investimento em infraes-trutura, tão necessário para fomentar políticasanticíclicas. um exemplo ilustrativo desse qua-

dro negativo está na maioria das obras previstasno pac (programa de aceleração do crescimento).segundo levantamento da ong contas abertas, aexecução orçamentária do programa teve uma re-dução de 36% no primeiro semestre de 2015 com-parado ao mesmo período do ano anterior.

entre janeiro e junho, foram investidos r$ 19,9 bi-lhões nas ações do programa pela união ao passoque, no ano passado, foram r$ 31,1 bilhões (valorescorrigidos pelo ipca). foi o menor investimento dopac em um primeiro semestre desde 2011, parali-sando importantes obras de infraestrutura, sobre-tudo no setor de transporte. esses números de-monstram que o governo continua com sérios pro-blemas gerenciais, reforçando sua característicade dificuldades crônicas para executar obras estru-turantes para o país. isso é preocupante, uma vezque o brasil enfrenta uma fase de crescimento ne-gativo e não dá mostras de reação a curto prazo. aeconomia deve ter retração de 1,7%, neste ano, deacordo com projeção de instituições financeirasconsultadas semanalmente pelo banco central.

cabe reiterar que já estamos em compasso de ex-pressivos de cortes desde o anúncio, no primeiro semes-tre deste ano, do contingenciamento do orçamento daunião, que suprimiu, só do transporte, quase r$ 6 bilhões.e esses ajustes influem não apenas nas despesas comcusteio, mas também na maior parte dos investimen-

tos. o que as nossas autoridades têm de ter mente éque, ao se deixar de investir, deixa-se de gerar empre-go e de arrecadar, bem como impede que o país o re-tome o caminho do desenvolvimento e crescimentosustentáveis. nesse sentido, preterir as obras ligadasà infraestrutura, como as rodoviárias, só contribui pa-ra o aumento do custo do transporte, agrava o pro-blema da segurança dos usuários e trava ainda maistodo o sistema de transporte e logística, impactando,assim, em toda a economia.

o mercado já sente fortemente os efeitos des-se “efeito dominó” provocado pela queda nos in-vestimentos. as vendas de automóveis, por exem-plo, têm batido sucessivos recordes negativos, eas projeções indicam que o setor fechará o anocom o pior resultado em 10 anos. a esperança,contudo, fica por conta de o governo federal levarefetivamente a cabo o investimento de r$ 198,4 bi-lhões, nos próximos anos, em concessões de rodo-vias, ferrovias, portos e aeroportos, previstos nopil (programa de investimento em logística).

entendemos que o ajuste fiscal, por mais neces-sário que seja, gera incertezas na economia; a indús-tria em baixa e os reflexos da operação lava Jatoafetam a cadeia de fornecedores de infraestrutura; ea crise política distancia potenciais investidores. noentanto, melhorar o ambiente de negócios e a con-fiança do setor privado e reestabelecer a estabilida-de política e fiscal são compulsórios, a fim de recu-perar a capacidade de investir. por esse motivo, con-sidero imprescindível retomar o ritmo de investi-mentos em infraestrutura e logística, uma vez queesse é o mais estratégico caminho para alavancar aeconomia e aumentar a competitividade do brasil.

VDeixar de investir só agrava a crise

“preterir as obras ligadas à infraestrutura, como as rodoviárias, sócontribui para o aumento do custo do transporte, agrava o problema”

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ENTREVISTA

Os centros urbanos brasi-leiros apresentam umatraso de, pelo menos,três décadas no que diz

respeito à mobilidade. por muitotempo, investiu-se no estímulo aotransporte individual em detrimen-to do coletivo e do não motorizado,ao passo que o modelo de ocupa-ção espacial concentrou atividadeseconômicas e alijou milhões paraas periferias. essa é a avaliação decarlos Henrique ribeiro de carva-lho, pesquisador do ipea (institutode pesquisa econômica aplicada),especialista em transporte urbanoe mestre em engenharia de trans-portes. “ainda há um passivo mui-to grande em termos de políticaspúblicas, porque sempre o focoera o automóvel, mas acreditoque houve um ponto de inflexão eque essas modalidades terão maisprotagonismo”, afirma carvalho.promulgada em 2012, a lei da mo-bilidade urbana foi instituída para

tentar conferir uma nova perspec-tiva ao planejamento das cidadesbrasileiras. ela buscou reverteressa lógica e já é considerada ummarco para a área.

Como se deu esse modelo deurbanização e organização so-cioespacial dos municípios bra-sileiros, e como eles afetaramas condições de mobilidade?

o brasil passou, rapidamen-te, da condição de um país compopulação majoritariamente ru-ral para um de população pre-dominantemente urbana. Houveum êxodo rural, o aumento dastaxas de natalidade e de fecun-didade. ou seja, um forte cresci-mento da população, com ela,cada vez mais, deslocando-separa as regiões centrais. obvia-mente que as infraestruturasurbanas não conseguiramacompanhar esse crescimentono mesmo ritmo. isso impactou

nas condições de mobilidade dapopulação. em paralelo, a popu-lação mais pobre ia se localizan-do nas periferias desses gran-des centros urbanos, em funçãodo valor da terra. as cidadesiam se espraiando e a forma deatender a esse sistema de mobi-lidade era utilizando automóvele lotação, mas com infraestru-tura precária. esse foi o moteprincipal que, de uma certa for-ma, determinou as péssimascondições de mobilidade que seperpetuam até hoje.

Como as políticas de mobi-lidade urbana acompanharama acelerada urbano-metropo-lização do país?

desde a constituição de 1988,a união meio que se afastou daproblemática urbana, especifica-mente das questões ligadas àmobilidade, já que a carta magnaconsiderou competência munici-

pal a gestão e planejamento dotransporte urbano; e estadual agestão dos sistemas metropolita-nos. À união, coube apenas defi-nir diretrizes gerais do sistema.em 2012, finalmente o governo fe-deral publicou a lei da mobilidadeurbana que nada mais é do queum conjunto de diretrizes queatendem ao que estava preconi-zado na constituição. com essanova legislação, priorizou-se otransporte não motorizado (bici-cleta e deslocamento a pé) emrelação ao motorizado e o trans-porte público coletivo em detri-mento do individual. isso foi im-portante para que dirigentes epolíticos investissem efetiva-mente em políticas de mobilida-de sob essa ótica.

Nesse sentido, como tem si-do a execução da Política Na-cional de Mobilidade Urbana?

a lei da mobilidade urbana

“se analisarmos o tempo de viagem e outros atributos ligados à para os mais pobres, as condições são muito piores do que para

por DIEGO GOMES

CARLOS HENRIQUE RIBEIRO DE CARVALHO - pesquisa

Transporte público

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qualidade do transporte, os mais ricos”

deu as diretrizes para que os res-ponsáveis pudessem executar aspolíticas dentro daqueles princí-pios que mencionei. isso já foi umavanço. a união retornou com osfinanciamentos pesados em siste-mas de mobilidade, principalmen-te com o pac (programa de acele-ração do crescimento) – inicial-mente, tivemos um pac mais foca-do em sistemas metroferroviários,abrangendo mais a cbtu (compa-nhia brasileira de trens urbanos);em seguida, teve o pac 2, abran-gendo sistemas rodoviários – aí,basicamente, brts nas 12 cidades-sede da copa do mundo. todo es-se investimento seguiu a lógica dese priorizar o transporte públicoem detrimento do individual.

De que maneira o aspectosocioeconômico interfere nes-sa equação do deslocamentocotidiano?

as cidades brasileiras são, na

verdade, segregadas espacial-mente. nas periferias, nas regiõesmais distantes, as pessoas maispobres vivem e residem, mas osempregos estão concentradosnas áreas mais centrais ou em al-guns novos espaços dinâmicoseconomicamente. isso gera mui-tas viagens pendulares. é um pro-blema sério, porque as pessoasde mais baixa renda estão distan-tes dos empregos e das melhoresoportunidades que a cidade podeoferecer. para atender a essegrande contingente de pessoasde baixa renda, tem um custo al-to do transporte, ao mesmo tem-po em que essas pessoas têmbaixo poder de pagamento.

Estudo do Ipea aponta que,nas grandes cidades, 10% dasfamílias mais pobres compro-metem até 15% da renda com otransporte – índice quatro ve-zes maior que a média das famí-

lias brasileiras, que é de 3% –ao passo que os 10% mais ricoscomprometem apenas 1%. Issoexplica a falta de tratamentoprioritário para essa questão?

se analisarmos o tempo deviagem e outros atributos liga-dos à qualidade do transporte,para os mais pobres, as condi-ções são muito piores do quepara os mais ricos. os ricos jámoram perto dos equipamentosurbanos, empregos e possuemtempos de viagem baixos, aocontrário dos mais pobres. nobrasil, há uma desigualdadegrande de renda, então, os maisricos tendem a ter um impactodo transporte sobre a renda me-nor do que os mais pobres. otransporte público é visto como

um serviço para pobre. e issoocorre na prática se analisar-mos o gasto per capita comtransporte individual e público.as famílias, à medida que atin-gem um determinado nível derenda, tendem a reduzir seugasto com transporte público.no transporte privado, é o con-trário. com qualquer ganho amais, elas tendem a gastar comtransporte privado. temos quemudar essa consciência.

Quais as alternativas aomecanismo de financiamentobaseado centralmente na ta-rifa? Um sistema de tarifazero é viável?

a discussão que está portrás da tarifa zero é o financia-

arquivo pessoal/divulgação

dor do ipea

prioritário

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mento: só o usuário deve pagarpelo transporte? normalmente,é isso o que temos, com exce-ção de são paulo e brasília, on-de o subsídio é maior. vivemosuma realidade de 8 ou 80. te-mos que chegar ao meio termo.uma parte do custeio do trans-porte tem que ser, sim, banca-do pelo usuário por meio de ta-rifa. é complicado estipular ta-rifa zero porque a demandatende a crescer muito acima dacapacidade de oferta. por outrolado, é injusto jogar todo oônus nas costas do usuário,principalmente porque sabe-mos que se trata do de baixarenda. temos que achar umaforma de financiamento pormeio de tarifa e uma parte pelasociedade, pelas políticas es-pecíficas (e não basta sim-plesmente pegar do orçamen-to público, como são paulofaz, sob o risco de comprome-ter outras áreas vitais). oideal é ter uma característicade progressividade: quem po-de mais, aga mais; e quem po-de menos paga menos.

Os municípios com mais de20 mil habitantes deveriam terapresentado um Plano Municipalde Mobilidade Urbana no primei-ro semestre deste ano, mas amaioria descumpriu o prazo. Co-mo está esse processo?

na verdade, a penalidade paraquem não atende a esse requisitoda lei é simplesmente não poder

acessar os programas de finan-ciamento do governo federal. es-ses municípios menores já nãoacessavam mesmo. por isso que agrande maioria não se preocupoumuito com essa questão. os pro-gramas federais geralmente sãofocados em grandes centros ur-banos. o governo estendeu o no-vo pac, agora, para as cidadesacima de 300 mil habitantes. Jáé um avanço. outro problema éque muitos dos municípios fize-ram um plano só para cumprir orequisito exigido para poderemacessar determinado recurso fe-deral. normalmente, esses pla-nos não são efetivos, são de pra-teleiras, adaptações do plano deoutra cidade, sem representar asnecessidades ou a visão futuradaquela cidade.

No que se refere à relaçãoquase paradoxal entre planosde mobilidade urbana e políti-cas econômicas e de desonera-ção tributária, qual é a priori-dade: esvaziar os pátios dasmontadoras ou melhorar a qua-lidade de vida nas cidades?

acho que tem que ser umacoisa clara. não adianta estabele-cer barreiras para a indústria au-tomobilística, porque ela é impor-tante para o país, gera empregos,arrecada tributos, move a engre-nagem da economia. as políticastêm que ser focadas no uso, nodia a dia, não na aquisição. porexemplo, o que seria focar naaquisição? aumentar tributo co-

mo o ipi ou o icms. na europa, porexemplo, as famílias têm alta ren-da e não deixam de comprar seusveículos. contudo, para usá-losdiariamente, o custo é alto, emfunção das políticas adotadas fo-cadas no uso. para tal, pode-se au-mentar a tributação da gasolina.ou seja, foca-se na propriedade, enão na aquisição.

De que maneira as mani-festações de meados de 2013colocaram a questão da pre-cariedade da mobilidade urba-na como central para o bem-estar das populações?

elas elevaram a problemáticado transporte para o primeiro es-calão. em nosso país, a questão dotransporte sempre ficou no se-gundo nível de problema, semprefoi secundária. tanto é que, emmuitas cidades, concede-se à ini-

POLÍTICA lei da mobilidade urbana, assinada em 2012, priorizou

“Não adiantaestabelecerbarreiras paraa indústria

automobilística.As políticastêm que serfocadas nouso, no dia adia, não naaquisição”

Page 11: Ar mais puro

vação foi trabalhar o ônibus co-mo se fosse um sistema metro-viário, com embarque em nível,cobrança fora e área livre de cir-culação para os ônibus. a vanta-gem disso é o custo. o sistemade brt de curitiba custa 10% amenos que um sistema metro-ferroviário. é uma alternativa in-teressante. outro exemplo bem-sucedido foi a integração do pla-nejamento urbano com o detransportes – a cidade cresceuem torno dos eixos de transpor-te de massa. agora, não adiantapegar o modelo curitibano equerer replicar. tem que absor-ver os princípios. foi o que bo-gotá (colômbia) fez, acrescen-tando outros pontos, como aproibição de acesso de automó-veis ao núcleo econômico da ci-dade. na europa, temos a parti-cipação expressiva do transpor-

te não motorizado também den-tro da matriz de deslocamento,principalmente de bicicleta. emamsterdã, 50% das viagens sãofeitas de bicicleta.

Qual a avaliação sobre a cru-zada da atual gestão da Prefei-tura de São Paulo para investirmaciçamente em ciclovias ecorredores de ônibus?

após as manifestações de2013, em que a questão da mobi-lidade urbana ganhou destaque,são paulo adotou essas medidasem função de um ambiente maispropício, coisa que era impossí-vel há dez anos: você pegar umavia e falar ‘aqui só passa ônibus’.outro aspecto é o transporte nãomotorizado, que também estácada vez mais sendo aceito, prin-cipalmente a bicicleta. a socie-dade, hoje, já permite. isso é fun-damental e é reflexo da lei damobilidade urbana.

Como avalia o crescimentovertiginoso do número de mo-tos nos principais centros? Tra-ta-se de uma alternativa?

atualmente, é mais um pro-blema do que uma solução, es-pecialmente em função das ex-ternalidades que as motocicletasgeram. mas eu reconheço quetem que haver uma discussãomais aprofundada sobre o papelda motocicleta num sistema demobilidade. o grande problemasão os acidentes e mortes notrânsito. em um acidente com

motocicleta, a probabilidade deter uma vítima grave ou fatal émuito superior do que num auto-móvel ou num transporte públi-co. Hoje é a modalidade que maismata no trânsito brasileiro. sãocerca de 15 mil mortos por ano.

Tivemos algum avanço, emtermos de mobilidade, nas cha-madas cidades-sede da Copa doMundo de 2014?

Houve investimentos pontuaisem algumas cidades mais do queem outras. belo Horizonte, porexemplo, já está com seu sistemade brt implementado. no rio deJaneiro, também houve imple-mentação de sistemas brts, ape-sar de haver obras em andamen-to. é claro que tivemos os proble-mas, como cuiabá, com o seu vltque empacou e parece que nuncaserá concluído. em brasília, acon-teceu o mesmo com o projeto dovlt. são paulo ainda tem a grandeobra do monotrilho inacabada,que é a integração do sistema me-troviário com o aeroporto de con-gonhas. em outras cidades, comofortaleza, recife e natal, houveganhos pontuais nas obras queforam feitas. em salvador, após 20anos, finalmente foi inauguradauma linha de metrô, mas ela é tãocurta que não teve grandes im-pactos em termos da mobilidade.em suma, o evento foi positivo,porque, no brasil, antes, não haviaprogramas tão grandes de investi-mento em infraestrutura de mobi-lidade urbana. l

o transporte público e o não motorizado

sergio alberto/cnt

ciativa privada a operação e, fre-quentemente, a prefeitura se reti-ra totalmente do problema. a po-pulação, na verdade, nessas mani-festações, falou justamente o con-trário: isso é um problema do po-der público. ele que tem que re-solver isso aí, criar as condiçõesde melhoria, de aumento da qua-lidade e da redução do preço,porque a percepção geral é que opreço pago não correspondia àqualidade ofertada.

Curitiba ainda é modelo emmobilidade urbana? E no exte-rior, quais cidades apresentamexemplos a serem seguidos?

curitiba é um exemplo inova-dor no sentido de transformarsistema rodoviário em um detransporte de alta capacidade –é o que chamamos de “metroni-zação” do ônibus. a grande ino-

“No nosso país,a questão dotransporte

sempre ficou nosegundo nívelde problema,sempre foisecundária”

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201512

MAIS TRANSPORTE

HondaJet/divulgação

PENALIDADE motoristas profissionais terão que fazer reciclagem

NOVIDADE modelo tem capacidade para até seis passageiros

dnit/divulgação

INOVAÇÃO vdrs possuem sistema de rastreamento por satélite

motoristas que trafegarem emfaixas exclusivas destinadas aotransporte coletivo de passageirospagarão mais caro. a infração,que era leve para a faixa à direitae grave para a faixa à esquerda,passa a ser considerada gravíssima.com isso, a multa, agora, é de r$ 191,54 e soma sete pontos nahabilitação. além disso, podehaver apreensão e remoção doveículo. a nova legislação, publicadano final de julho, também prevêque motoristas profissionais,

habilitados nas categorias c, d oue, deverão fazer curso de reciclagemao atingirem 14 pontos em razãode infrações de trânsito no período de um ano. para os condutores que não exercem atividade remunerada, permanece o atual texto do ctb(código de trânsito brasileiro): ao atingir 20 pontos, o direito de dirigir fica suspenso por seismeses e, além do pagamento das multas, é necessário realizar o curso de reciclagem.

Faixa exclusiva: multa mais caraprefeitura de Joinville/divulgacao

a Honda aircraft company iniciará vendas do HondaJet no brasil em agosto. a responsávelpelas vendas, serviços e suportetécnico será a líder, fornecedora desoluções personalizadas em aviaçãocom sede em belo Horizonte (mg).a rede de distribuição do jato damontadora japonesa, assim, contará com 11 países na américa

do norte, europa e américa do sul.em evento, foi apresentado um modelo com capacidade para até seis passageiros e que voa na velocidade máxima de cruzeiro de 420 nós (483 milhas por hora) e altitude de até 43 mil pés. seu alcance é de 1.180 milhas náuticas (1.357 milhas).

Honda venderá jato no Brasil

o dnit (departamento nacional de infraestrutura de transportes)lançará, em setembro, o edital dapróxima licitação para prestaçãodo serviço de vdr (veículo dediagnóstico de rodovias), uma ferramenta do sistema de gerenciamento de pavimento da malha rodoviária federal querepresenta uma inovação tecnológica a serviço das rodoviasfederais. entre as novidades para

o próximo contrato, está em estudo a ampliação de quatro para seis lotes de concessão dotrabalho de mapeamento. o vdrcoleta imagens, grava e envia osvídeos dos cerca de 55 mil km de rodovias federais sob responsabilidade da autarquia. a partir dos dados de alta qualidade e confiabilidade, o dnit pode otimizar gastos e priorizar obras.

Dnit ampliará serviço dos VDRs

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 13

tecnologia

ECONOMIA ferramenta oferece ao transportador visão completa da operação

Gerenciamento de Frota garante maior eficiência e rentabilidade

eXpresso nordeste/divulgação

Avolvo apresentou, no fi-nal de junho, em campomourão (pr), alguns re-

sultados do sistema de geren-ciamento de frota da marca. aferramenta foi criada com o ob-jetivo de auxiliar os operadoresde transportes de passageirosno acompanhamento da opera-ção, garantindo maior eficiên-cia e rentabilidade.

o gerenciamento de frotasoferece ao transportador umavisão completa da operação,por veículo e por motorista. épossível acessar informaçõescomo consumo de combustível,emissão de poluentes, horas ro-dadas, velocidade média, per-centual de operação em faixaeconômica, em marcha lenta enúmero de ativações do freio,

por exemplo. além disso, permi-te acompanhar a posição doônibus em tempo real, identifi-cando atrasos, paradas não pla-nejadas e desvios de rotas.

os 40 sensores que com-põem o sistema já são inte-grados aos chassis rodoviá-rios e urbanos da volvo, ne-cessitando apenas da ativa-ção, que é oferecido em qua-tro opções que podem ser ad-quiridas combinadas ou sepa-radamente, de acordo com anecessidade do cliente: rela-tórios, eventos, posição e per-fil de condução.

com 24 ônibus monitora-dos pelo sistema, a expressonordeste apresentou a sua ex-periência com o gerenciamen-to de frota. a empresa regis-

trou, nos três primeiros mesesde operação da ferramenta,redução de 18,5% nas ativa-ções de freio e 8,5% no consu-mo de combustível.

os números positivos apa-receram após a mudança no es-tilo de condução dos motoris-tas, que passaram por treina-mento e têm, constantemente,seu modo de dirigir comparadoao perfil ideal, que foi definido,na prática, para cada rota porum instrutor da empresa.

“com essas informações emmãos, os empresários podemadotar ações para aumentar aperformance tanto do veículoquanto do motorista, o que ga-rante mais conforto e segurançaao passageiro e redução de cus-tos com consumo de combustí-

vel e manutenções”, explica viní-cius gaensly, responsável pelaárea de telemática da volvo buslatin america.

considerando um veículoque roda 16 mil km por mês efaz uma média de 3,2 km/l, oconsumo mensal de diesel éde 5.000 litros. com uma re-dução de 3% no consumo, amédia sobe para 3,3 km/l, di-minuindo o consumo para4.848 litros. ou seja, umaeconomia de 152 litros de die-sel por mês. considerando o pre-ço médio do diesel de r$ 2,80por litro, a economia porveículo é de r$ 425 ao mêse r$ 5.107 por ano. em umafrota com 20 veículos, a eco-nomia anual é de r$ 102.144.

(Luiz Renato Orphão)

Page 14: Ar mais puro

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201514

MAIS TRANSPORTE

a universidade de michigan inaugurou,em julho, o primeiro ambiente do mundo projetado para testar potenciaistecnologias de veículos conectados e automatizados, que indicarão o caminho para carros sem condutores. a mcity tem 32 acres urbano e suburbanoe foi projetada para servir de base paratestes repetíveis de novas tecnologias,antes de elas serem testadas do lado de fora, em rodovias e vias públicas. a ideia é reproduzir o caos urbano moderno, com pedestres imprevisíveis,engarrafamentos, com paisagens suburbanas, autoestradas e rodovias rurais, sinais de trânsito, postes, fachadas, calçadas e obstáculos de construção do edifício. a minicidade estará disponível para uso de qualquerorganização, mas os parceiros da universidade terão prioridade.

Minimetrópolepara testes

mcity/divulgacao

sergio alberto/cnt

o brasil será o primeiro país daamérica latina e o quarto domundo a investir em energia solarpara abastecer uma estação demetrô. o projeto-piloto está emdesenvolvimento pela companhiametropolitana de brasília, o metrôdf. até o final de setembro, a estação guariroba, localizada emceilândia (df), contará com umsistema de placas fotovoltaicas e baterias. a estrutura gerará energia elétrica suficiente para

suprir as atividades diárias doespaço. a iniciativa será testadapor três meses. além de gerarenergia para abastecer a estaçãode metrô, o excedente poderá ser armazenado e comercializado.a estimativa é que a economia chegue a r$ 15 mil por mês por estação que adotar essemodelo. isso é resultado de uma parceria do metrô df com uma empresa chinesa, sem onerar os cofres públicos.

Energia solar no Metrô-DF

PIONEIRO projeto é o primeiro da américa latina

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 15

o aeroporto internacionalantonio carlos Jobim (galeão)lançou dois novos canais de atendimento, com diferentestipos de suporte. o primeiro jáestá à disposição e pode seracessado por meio do chat no site da concessionária que administra o aeroporto – www.riogaleao.com.br. clicandoem "atendimento on-line", o cliente pode tirar qualquer tipo de dúvida. a concessioná-

ria que administra o galeão também promete disponibilizar o serviço "atendimentovolante" em época de maior fluxo de passageiros,como período de férias e feriados. o novo tipo de apoio consiste na atuação dos profissionais em diferentes localidades do aeroporto com o intuito de tirar dúvidas e auxiliar osclientes que precisarem de ajuda.

Galeão: canais de atendimento

APOIO aeroporto oferece serviço on-line

divulgação

a filial brasileira do maiorfabricante de iates de luxo do mundo, a azimut yachts,apresentou, em julho, o azimut83. maior modelo já produzido no brasil, com mais de

25 metros e três pavimentos, o maior flybridge (uma áreaaberta, acima do cockpit, usada para pilotar a embarcação e para servir de espaço de lazer)

da categoria e quatro suítes. a apresentação foi realizada durante evento de comemoração dos cinco anos de operação do estaleiro no país.

além da azimut 83, os convidados conheceram de perto outras três embarcações também fabricadas na filial brasileira:os iates de 42, 60 e 70 pés.

Iate de mais de 25 metros é lançado no Brasil

MERCADO azimut yachts do brasil apresentou o veículo no final de julho

tânia rêgo/agência brasil/divulgação

Page 16: Ar mais puro

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201516

MAIS TRANSPORTE

um terminal totalmente voltado para animais seráinaugurado em 2016 noaeroporto internacional JfK,em nova iorque. chamado de"the ark of JfK", o local de16,5 mil metros quadrados

poderá abrigar mais de 70mil bichos, como cachorros,gatos e até cavalos.construído em um antigo terminal de cargas, o terminalserá o primeiro no mundo voltado exclusivamente aos

bichos e custará us$ 48milhões, segundo a empresa responsável arkdevelopment. concebido para proporcionar experiênciasagradáveis aos animais, o espaço terá estábulos

climatizados, resort de luxo, árvores e clínica administrada pela faculdade de veterinária dauniversidade de cornell. aprevisão é que o terminalfique pronto no ano que vem.

Aeroporto de Nova Iorque terá terminal exclusivo para animais

pesquisa realizada pela ford epela penn schoen berland, nosestados unidos, aponta que osconsumidores das gerações y e Z(16 a 34 anos) têm mais medo demotoristas imprudentes e distraídosdo que outras coisas que, normalmente, seriam causas de temores, a exemplo da morte, falar em público, cobras e aranhas. para 88% dos jovens, encontrar condutores que se comportam de forma

perigosa é o principal medo. falar em público aparece em segundo lugar para 75% e a morte, em terceiro, para 74%dos jovens. cobras e aranhas atemorizam 59%. as situações dotrânsito mais preocupantes paraos motoristas entre 16 e 34 anosincluem: dirigir na estrada (79%), estacionar em vagas apertadas (75%), não detectar os pontos cegos (70%) e dirigirsem saber o caminho (69%).

Jovens temem motoristas

sergio alberto/cnt

ESPAÇO local com capacidade para abrigar animais será inaugurado em 2016

PESQUISA comportamento dos condutores assusta mais

doug letterman creative communs/divulgação

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cargas

Caminhão 8x2 apresenta-se como alternativa econômica

Ascania lançou, em ju-lho, o la8x2, um cami-nhão com cavalo me-

cânico que se apresenta co-mo mais uma opção para otransporte de cargas de lon-gas distâncias. essa novaconfiguração, demandada portransportadoras, principal-mente após a resolução nº210/211 do contran, prometeredução de custos, menorconsumo de pneus e manu-tenção para alguns segmen-tos, e ainda pode ser 100% fi-nanciada por meio das atuaislinhas de crédito disponíveis.

“a configuração 8x2 rodo-viária permite o aumento decapacidade de cargas emcomparação à 6x2 com ´van-derleia´ e menor custo opera-cional em relação a um bi-trem, mantendo a composiçãodentro da lei”, informou o ge-rente de desenvolvimento denegócios da scania no brasil,celso mendonça.

o custo operacional dessecaminhão completo, que é ven-dido pela scania por r$ 550mil, reduz em pelo menos 5% ovalor total investido pelas em-presas transportadoras em ca-minhões com tecnologia simi-lar, de acordo com o diretor devendas de veículos da marca,victor carvalho. “atualmente,um caminhão com cavalo me-cânico 6x2 tem um custo inicialde r$ 520 mil, porém, possuium gasto adicional maior nacomposição do conjunto. o8x2, por sair com configuraçãopronta de fábrica, tem o valorfechado, estando apto para ro-dar”, destacou.

uma outra vantagem desta-cada pela scania é que a confi-

guração do 8x2 permite que ocaminhão trafegue aos fins desemana e, com autorização pré-via, das 18h às 6h, conforme re-solução do contran e respeitan-do a lei do motorista. “o 8x2 é anova alternativa para alcançaresses objetivos, com o benefí-cio de não ter restrições de cir-culação, ao contrário do rodo-trem, e ainda transportar quasea mesma quantidade de cargade um bitrem, que hoje precisarodar com um cavalo 6x4”, dis-se celso mendonça. o sócio-proprietário da transportadoraparanaense g-10, valdeci ada-mucho, valida esse argumento.“essa foi uma solução viávelpara a minha empresa. muitasvezes, carregávamos o cami-nhão ao final da tarde e não po-díamos iniciar viagem naquelemesmo dia.”

(Patrícia Pinheiro)

SAIBA MAIS

Resolução Contran• no início de 2011, entrou em vigor a resolução do contran

nº 210/211, que definiu a obrigatoriedade de tração dupla, tipo6x4, para as combinações cujo peso bruto total combinado(pbtc) seja superior ou igual a 57 toneladas. o rigor dessa lei teve forte reflexo em alguns modais de transporte, principalmente na combinação cavalo mecânico mais bitrem,que antes era tracionada por um veículo 6x2

• as consequências mais impactantes no dia a dia do transportador foram o maior valor de investimento para adquirir veículos 6x4, o aumento no consumo de pneus por não haver a possibilidade de levantar um eixo quando o implemento estivesse vazio e o acréscimo no consumo de combustível, pelo fato de a tração dupla causar maior arraste com o solo

Scania 8x2• o cavalo mecânico scania 8x2 tem capacidade para 54,5 t

de pbtc, de 37 t de carga líquida, leva carreta de três eixos e se encaixa entre a composição “vanderleia” (tração 6x2, carreta de três eixos espaçados e capacidade para 53 t) e o bitrem (o famoso sete eixos, tração 6x4, com duas carretas de dois eixos e capacidade para 57 t). Há opções das cabines r, r Highline ou r streamline.

LANÇAMENTO caminhão possui cavalo mecânico e é opção para transporte de cargas

scania/divulgação

fonte: scania

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201518

MAIS TRANSPORTE

após recomendação doministério público federal em santos (sp), a antt (agência nacional de transportesterrestres) deu início a estudos para a redução da velocidade máxima no trecho

de linha férrea onde duas locomotivas colidiram, em outubro de 2014, em cubatão, na baixada santista. o objetivoé garantir a segurança dotransporte ferroviário. a agênciatem 180 dias para finalizar a

análise e apresentar parecer conclusivo sobre a necessidade e a viabilidade das mudanças. porconta do acidente, a antt jádeterminou a implantação derestrição permanente de 30

km/h no perímetro urbano de cubatão e proibiu que mais de um trem trafegue nomesmo sentido em uma seção de bloqueio do trecho, de modo a impossibilitar que ocorra nova colisão.

ANTT estuda redução de velocidade em linha de Cubatão

mais duas embarcações financiadas com recursos do fmm (fundo da marinha mercante), gerenciado pelo ministério dos transportes, foram entregues no mês de julho. o navio gaseiro oscar niemeyer ajudará no transporte de gás natural e a embarcação baru providencia será usada como apoio às plataformas de petróleo. o navio gaseiro oscar

niemeyer, construído no estaleiro vard promar, foi entregue à transpetro, empresa de logística e transportes da petrobras. a embarcaçãobaru providencia, construída no estaleiro etp engenharia ltda, localizado no estado do rio de Janeiro, também foi concluída e entregue. ela servirá de apoio às plataformas de petróleo.

Marinha entrega 2 embarcações

RECURSOS fundo da marinha mercante financiou projetos

agência petrobras/divulgacao

gm/divulgação

a montadora gm (generalmotors) anunciou, no mês de julho, que tem como objetivo ampliar seu plano de investimentos no brasilpara r$ 13 bilhões no período entre 2014 e 2019.serão injetados mais r$ 6,5 bilhões no montantegeral. trata-se do maiorplano de investimentos já feito pela companhia no país. a estratégia é fortalecer o negócio

da empresa por meio de uma nova família global de veículos chevrolet,que está sendo desenvolvidapor um time multinacional de engenheiros e designerspara que os produtos atendam às expectativas dos consumidores de paísesemergentes, como brasil,china, Índia e méxico. a gm deve investir us$ 5 bilhões, globalmente,nesse novo projeto.

GM dobra investimento no Brasil

ESTRATÉGIA companhia eleva verba para r$ 13 bilhões até 2019

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 19

um drone fez, um julho, o trans-porte de medicamentos a umalocalidade remota no condado deWise, localizado na virgínia, nosestados unidos. é a primeira vezque um veículo não tripulado tem permissão legal para realizaruma atividade como essa após a resolução de fevereiro da faa (administração federal deaviação), que proíbe a utilizaçãodo equipamento de maneiracomercial. a iniciativa faz partedo projeto “vamos voar comsabedoria”. de acordo com osorganizadores, a ação tem o

intuito de chamar a atenção paraas dificuldades enfrentadas pelapopulação da Zona rural no quediz respeito ao acesso à saúde,além de servir para mostrar oenorme leque de funcionalidadesdos drones. a aeronave foi pilotada por membros do centrode pesquisa da nasa e carregou24 pacotes de remédio de umafarmácia em oakwood, tambémna virgínia, até o aeroportolonesome pine, em Wise. em fevereiro, a faa proibiu a utilização de drones para entregas comerciais.

Voo comercial legal de drone

a mrs, concessionária que opera achamada malha regional sudesteda rede ferroviária federal s.a.,deu início a um serviço inédito detransporte de contêineres por ferrovia entre as duas margens do porto de santos (sp) – santos eguarujá. até então, a transferênciade contêineres entre os terminaisera feita 100% via caminhão. opercurso de menos de 40 km não

era considerado economicamenteviável para a ferrovia. o serviçocomeçou a funcionar em junho e,desde então, foram transportadosmais de 130 teus (contêineres de20 pés) entre o teval, terminal da libra na retroárea de santos –que serve como um pulmão detransferência – e os terminais portuários embraport e santosbrasil, em guarujá.

Transporte de contêiner em SP

a inframerica, consórcio que administra o aeroportointernacional JuscelinoKubitschek, em brasília, promoveu, em julho, uma cerimôniade reinauguração do busto de alberto santos dumont. a solenidade foi realizada emconjunto com a base aérea de

brasília, em comemoração ao 142º aniversário do pai da aviação. o monumento emhomenagem a santos dumont foi colocado em um espaço em frente ao desembarque do terminal. antes, o busto estava instalado em uma área dentro do aeroporto.

Homenagem a Santos Dumont

ENTREGA veículo levou medicamentos à zona rural da virgínia

SANTOS serviço começou em junho deste ano

MONUMENTO busto está em área próxima ao desembarque

david crigger/bHc/ap/divulgação

mrs/divulgação

inframerica/divulgacao

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REPORTAGEM DE CAPA

Responsabi

Sentado na boleia do ca-minhão que diariamen-te percorre os arma-zéns do porto de rio

grande (rs), marcelo lopes gou-lart conhece bem os impactosda poluição gerada pela fumaçaque sai dos escapamentos dosveículos. o caminhoneiro traba-lha na movimentação de cargageral entre os navios e os locaisde armazenagem dentro daárea portuária. “por ser umaárea fechada, com um volumegrande de caminhões circulan-do, a concentração de poluen-tes dentro dos armazéns sem-pre foi muito grande. é muita fu-maça. a gente sente a respira-ção até mais difícil.”

porém, essa realidade estámudando. goulart é um dos maisde 13 mil caminhoneiros autôno-mos de todo o país beneficiadospelas ações do despoluir – pro-grama ambiental do transporte,que tem possibilitado a reduçãoda emissão de poluentes pelosveículos de carga e de passagei-ros e, consequentemente, ga-rantido mais qualidade de vidaaos trabalhadores do setor.

desenvolvido pela cnt e pe-lo sest senat, o programa com-pletou 8 anos no mês de julho.durante todo esse período, ainiciativa tem incentivado os

por LIVIA CEREZOLI

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201520

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lidade ambiental

Programa ambiental desenvolvido pela CNT e pelo Sest Senat garante, há oito anos, mais qualidade de vida para o

trabalhador em transporte ao contribuir com a redução da emissão de poluentes

sergio alberto/cnt

Page 22: Ar mais puro

DESPOLUIR – PROGRAMA AMBIENTAL DO TRANSPORTEAcompanhe as principais ações desenvolvidas nesses oito anos

2007

• lançamento do site despoluir(www.cntdespoluir.org.br)

• participação na formulação do plano nacional sobremudança do clima

• realização do fórum “gestão ambiental dotransporte”, no rio de Janeiro

• lançamento dos boletins ambiental e dodespoluir, publicados mensalmente na revista CNT Transporte Atual

2008

• lançamento do programa em todo o país

• criação do sistema nacional deinformações do despoluir

• criação das categorias especiaisde meio ambiente nos prêmiocnt de produção acadêmica ecnt de Jornalismo

• lançamento da publicação “a adição do biodiesel e a qualidade do diesel no brasil”

• realização do seminário internacional sobre reciclagemde veículos e renovação de frota

• lançamento da “sondagem ambiental do transporte”,com a participação de 649 empresas de transporte decargas de transporte de passageiros

• realização do seminário sobre o plano de controle depoluição veicular – pcpv

• criação do conselho ambiental do transporte

20102009

• realização da oficina nacional transporte emudanças climáticas cnt e cts-brasil

• realização da oficina programa de inspeção e manutenção de veículos em uso

• participação na elaboração da resolução nº418/09do conama que trata da implantação do programade inspeção e manutenção de veículos em usopelos órgãos estaduais e municipais

• lançamento do renovar – plano nacional derenovação de frota de caminhões

2011

• realização do seminário “logística reversa e o setor transportador”

• lançamento da publicação sobre a fase p7 doproconve (programa de controle da poluição do ar por veículos automotores) e o impacto no setor de transporte

• lançamento da pesquisa “relatório síntese dasinformações ambientais: caminhoneiros do brasil -autônomos e empregados de frota”

• divulgação e distribuição da publicação “procedimentospara preservação da qualidade do óleo diesel b”

transportadores a adotarempráticas ambientalmente res-ponsáveis e a diminuírem osimpactos do setor ao meio am-biente e à saúde do trabalha-dor em transporte.

segundo o presidente da cnte do conselho nacional do sestsenat, clésio andrade, nos últi-mos anos, o setor transportadorpassou a assumir sua parcela deresponsabilidade na propagaçãode um mundo ambientalmenteequilibrado. “as ações de cons-cientização, que estão sendorealizadas pelo despoluir, garan-tem benefícios diretos para omeio ambiente e à qualidade devida dos trabalhadores, além doaumento da eficiência operacio-nal e da redução dos custos.”

o sucesso do despoluir podeser verificado por meio dos re-sultados do projeto redução daemissão de poluentes pelos veí-culos, que mede a opacidade da

fumaça que sai de caminhões ede ônibus. os veículos com emis-são dentro dos limites permiti-dos pela legislação recebem umselo do programa. goulart, que écaminhoneiro há 13 anos, contasatisfeito que recebeu a aprova-ção. “faço a avaliação do meucaminhão a cada três meses e émuito bom saber que ele está to-do regulado. assim, contribuopara a melhoria da qualidade doar que respiramos. o despoluirtem um valor muito grande por-que, além de preservar o meioambiente, zela pela saúde do tra-balhador”, destaca ele.

desde 2007, já foram realiza-das mais de 1,3 milhão de aferi-ções, com a participação de 27federações e as unidades dosest senat. ao todo, 11.856 em-presas e 13.323 caminhoneirosautônomos já foram atendidos.o índice de aprovação dos veícu-los é de 86,75%. AFERIÇÃO opacímetro é utilizado para medir o volume

Page 23: Ar mais puro

fonte: despoluir

• realização do “ii seminário internacional sobrereciclagem de veículos e renovação de frota”

• participação na rio +20, conferência da onusobre desenvolvimento sustentável

• lançamento da publicação “impactos da má qualidade do óleo diesel brasileiro”

• lançamento da cartilha “caminhoneiro amigo do meio ambiente”

2012

• realização do “i semináriointernacional sobre eficiênciaenergética de veículos pesados”

• participação no grupo de discussão para a implantaçãode um programa nacional de renovação de frota no brasilcom base no renovar

• programa alcança um milhão de aferições

2013

• lançamento da sondagem cnt deeficiência energética no transporterodoviário de cargas

• distribuição do vídeo “procedimentospara a avaliação veicular ambiental”junto às federações do despoluir

2015

• renovação dos veículos,opacímetros, medidores derotação e notebooks das 92unidades de operação

• atualização de metodologia para o atendimento às normas ambientais vigentes

2014

pulmonares, por isso tratamoscom muita seriedade esse as-sunto.” a empresa, que atuano transporte de passageiros,tem 99,9% de aprovação nafrota de 250 veículos.

Demais projetosa contribuição do despoluir

na busca pelo desenvolvimentosustentável da atividade trans-portadora também pode serverificada por meio da execu-ção dos demais projetos quecompõem o programa. a capa-citação dos motoristas realiza-da pelas unidades do sest se-nat busca transformar os tra-balhadores do setor de trans-porte em disseminadores deboas práticas ambientais, alémde contribuir para uma maioreficiência do setor.

parceira do despoluir des-de o seu lançamento, a trans-portadora fiorot, do espírito

mariana destaca que a oms(organização mundial de saúde)já reconhece estudos que com-provam que as partículas emiti-das pela queima do diesel sãoresponsáveis pelo aumento nonúmero de casos de câncer depulmão. “essa constatação mos-tra como é importante desenvol-ver ações, como o despoluir, quegarantam a redução da emissãode poluentes pelos veículos”,afirma ela.

a preocupação com a saúdedos trabalhadores tambémvem das empresas que partici-pam do programa. segundoana lúcia forattini, gerenteoperacional da viação grandevitória, ao controlar a emissãode poluentes dos nossos veí-culos, estamos zelando pelamelhoria da saúde dos nossosfuncionários. “sabemos que odiesel é um combustível po-luente e que provoca danos

reduzir a emissão de po-luentes é mesmo essencialpara garantir mais saúde aostrabalhadores em transportee à população em geral. se-gundo mariana veras, biólogapesquisadora do laboratóriode poluição atmosférica ex-perimental da faculdade demedicina da usp (universida-de de são paulo), ficar expos-to constantemente à polui-ção ocasiona sérios proble-mas de saúde. “quem fica ex-posto entre duas e três horaspor dia já sofre com irritaçãonos olhos, na garganta e des-conforto respiratório. entreos trabalhadores do trans-porte, esse quadro é maispreocupante, pois eles pas-sam muitas horas no meio dapoluição. essa exposição crô-nica pode comprometer osistema respiratório e car-diovascular.” de emissões de poluentes dos veículos

sergio alberto/cnt

Page 24: Ar mais puro

a diretora de recursos Huma-nos da empresa, roberta fio-rot (leia mais sobre os cursosdo sest senat na página 25).

frequentemente, dentro dodespoluir, também são elabora-dos estudos sobre o uso de tec-nologias e energias limpas, vi-sando incentivar, acompanhare informar o desenvolvimentode combustíveis e tecnologiasmenos poluentes. exemplo dis-

santo, afirma que a reduçãono consumo de combustívelchegou a 7% depois da verifi-cação dos caminhões e da ca-pacitação dos motoristas.“nossos caminhoneiros sãoconstantemente treinados. te-mos a consciência que essetrabalho garante mais eficá-cia, porque agrega valor às in-formações e ao conhecimentode nossos colaboradores”, diz

PROJETOS DESENVOLVIDOS

Redução da emissão de poluentes pelos veículos• unidades móveis equipadas com carro, notebook, tacômetro

(medidor de rotação) e opacímetros são utilizadas para avaliar a emissão de material particulado dos veículos deempresas e de caminhoneiros autônomos

• o veículo que estiver dentro dos padrões de emissão de poluentesrecebe o selo despoluir

• técnicos do despoluir informam sobre os procedimentos para preservação da qualidade do combustível, orientam sobre aimportância da manutenção preventiva, do uso racional de combustível e de lubrificantes, bem como o descarte correto deóleos, de pneus, de baterias, de peças e de filtros usados. tambémorientam os motoristas sobre o meio ambiente e a condução econômica

Incentivo ao uso de energia limpa pelo setor transportador• elaboração e desenvolvimento de pesquisas e de estudos sobre o uso

de tecnologias e energias limpas, visando incentivar, acompanhar einformar o desenvolvimento de combustíveis e tecnologias menos poluentes. são considerados aspectos ligados à qualidade, produção, comercialização, distribuição e barreiras impostas à adoção dessasinovações nos cenários nacional e internacional

Aprimoramento da gestão ambiental nas empresas, garagens e terminais de transporte

• participar e apoiar a realização de oficinas, palestras e seminários

voltados à capacitação de pessoal na área ambiental

• oferecer apoio técnico às empresas, caminhoneiros autônomos e taxistas para a gestão de combustível e para a redução da emissão de poluentes

• incentivar e auxiliar a implementação das normas iso 14.000 nas empresas

Trabalhador em transporte amigo do meio ambiente• transformar o caminhoneiro, o motorista de ônibus, o taxista e os

demais trabalhadores do setor de transporte em um disseminadorde boas práticas ambientais

• a capacitação dos trabalhadores é realizada também nas unidadesdo sest senat por meio de diversos cursos que tratam da questão ambiental

fonte: despoluir

Conheça as principais ações do Despoluir

DISCUSSÃO eventos realizados

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201524

Page 25: Ar mais puro

Sest Senat contribui para engajamentoconscientiZação

o envolvimento do sest se-nat com as questões ambien-tais tem gerado resultadosbastante positivos. é cada vezmaior o número de trabalha-dores do setor de transporteque procuram o despoluirapós participarem dos cursosvoltados à temática ambientaloferecidos pelas unidades detodo o país.

de acordo com carlos ber-wanger becker, diretor do sestsenat porto alegre (rs), oconteúdo apresentado em sa-la de aula desperta o interes-se para uma das principaisquestões da atualidade. “essaconsciência é resultado dotrabalho desenvolvido pelosest senat. depois de partici-parem dos cursos, os motoris-tas nos procuram para sabermais sobre as ações do des-poluir”, conta ele.

os conteúdos apresenta-dos durante os treinamentosdo sest senat têm como obje-tivo transformar os trabalha-

dores do setor de transporteem vigilantes do meio am-biente e disseminadores deboas práticas ambientais.

o curso de condução segu-ra e econômica traz orienta-ções sobre a forma adequadade dirigir para que, assim, sejapossível reduzir o consumo decombustível, evitar o desgastedas peças dos veículos e emi-tir menos poluentes. dados dasondagem cnt de eficiênciaenergética no transporte ro-doviário de cargas mostramque o treinamento de motoris-tas de caminhão pode gerar12% ou mais de economia dediesel (leia mais sobre a son-dagem na página 26).

também merece destaqueo curso noções de meio am-biente, oferecido na modali-dade a distância. o conteúdoaborda o importante papelque o indivíduo desempenhanos assuntos ambientais, con-tribuindo para a formação decidadãos mais atuantes e

preocupados com a preserva-ção ambiental.

no curso segurança, meioambiente e saúde, os traba-lhadores conhecem as açõesque podem ser implementa-das para melhorar a própriasaúde e contribuir com a pre-servação do meio ambiente,além de conceitos e regrasbásicas para a prevenção e re-dução de acidentes, que po-dem gera consequências aopróprio motorista, a terceirose a toda a sociedade.

a temática ambiental tam-bém está presente no conteú-do dos chamados cursos le-gais, aqueles previstos na re-solução nº 168 do contran(conselho nacional de trânsi-to). todos eles contêm a disci-plina “noções de primeiros so-corros, meio ambiente e conví-vio social no trânsito”. para sa-ber mais sobre os cursos ofe-recidos pelo sest senat acessewww.sestsenat.org.br ou pro-cure a unidade mais próxima.

so são as publicações sobre afase p7 do proconve (programade controle de poluição do arpor veículos automotores) e osimpactos para o setor de trans-portes, para a qualidade do die-sel e a adição do biodiesel,além das sondagens sobre asações praticadas pelas empre-sas para reduzir os impactosde suas atividades e aumentara eficiência energética.

como forma de promoverum maior engajamento do se-tor transportador, nesses 8anos, vários eventos ainda fo-ram realizados no âmbito dodespoluir para discutir temasambientais relacionados à ati-vidade transportadora.

os seminários internacio-nais sobre reciclagem de veí-culos e renovação de frotaapresentaram as experiências

de países como espanha, méxi-co e argentina sobre a renova-ção da frota de caminhões e areciclagem dos materiais utili-zados nos veículos.

em 2011, o despoluir discu-tiu a logística reversa no se-tor transportador e as opor-tunidades de negócios nessaárea. no seminário interna-cional sobre eficiência ener-gética de veículos pesados,

realizado em 2013, foram dis-cutidas as iniciativas adota-das pelos estados unidos, mé-xico e países da europa e daásia para reduzir o consumode combustível.

o sest senat e a cnt tambémapresentaram o programa nario+20 - conferência das naçõesunidas sobre desenvolvimentosustentável, realizada no rio deJaneiro (rJ), em 2012. l

na cnt abordaram a temática ambiental

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 25

Júlio fernandes/cnt

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porte rodoviário de cargas. amaior parte das transportado-ras implanta alguma medidapara reduzir o consumo decombustível ou tem interesseem implantar. o levantamentomostra que somente o treina-mento de motoristas de cami-

No mês em que o des-poluir – programaambiental do trans-porte completou oito

anos, a confederação nacionaldo transporte divulgou a pri-meira sondagem cnt de efi-ciência energética no trans-

nhão pode gerar 12% ou maisde economia de diesel.

essa redução torna-se aindamais significativa ao se consi-derar que o diesel é o principalinsumo do setor. o gasto comcombustível representa cercade 30% a 40% do custo opera-

sondagem com empresários do transporte rodoviário de cargas mostra que a maioria implanta ou quer

implantar ação para reduzir consumo de dieselpor CYNTHIA CASTRO

cnt quer programade eficiênciaenergética

SUSTENTABILIDADE

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201526

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 27

pesquisa cnt

Page 28: Ar mais puro

cional do transporte rodoviáriode cargas. o diagnóstico dacnt permite conhecer melhoras perspectivas dos empresá-rios do setor em relação àsmedidas de eficiência energé-tica e outras questões que en-volvem sustentabilidade.

foram realizadas 292 entre-vistas com proprietários, dire-

tores, gerentes ou profissio-nais com conhecimento da ro-tina administrativa, operacio-nal e ambiental de transporta-doras de todo o brasil. o públi-co-alvo foram empresas detransporte com frotas maioresou iguais a 50 veículos, sendocaminhões próprios ou agrega-dos (com a participação de veí-

culos de caminhoneiros autô-nomos). a proposta da confe-deração é trabalhar para aconstrução de um programanacional de eficiência energé-tica no transporte rodoviáriode cargas, que estimule as em-presas a adotarem medidas pa-ra reduzir o consumo de diesel,principal insumo do setor.

o presidente da cnt e do sestsenat, clésio andrade, destacaque é realizado um forte trabalhopara incentivar os transportado-res a promoverem ações de gestãoambiental. “nesse mês de julho, odespoluir – programa ambientaldo transporte, da cnt e do sestsenat, completou oito anos. a son-dagem é uma das ações importan-

Economia de combustível pode ser superior a 12%

treinamento de motoristas

o treinamento de motoristas para a con-dução econômica é importantíssimo paraestimular a eficiência energética dos veícu-los. a condução adequada contribui para omenor gasto de combustível, menos emis-sões, o que gera redução de custos para asempresas e ganhos ambientais.

quase a metade (48,2%) das empresasouvidas na sondagem cnt de eficiênciaenergética no transporte rodoviário de car-gas disseram que o treinamento contribuiupara reduzir em até 6% o consumo de com-bustível. cerca de um quarto delas (22,1%)afirmaram ter tido redução superior a esse

valor, sendo que 4,5% das empresas conse-guiram diminuir 12% ou mais o consumo.

treinar motoristas e incentivar a direçãosegura, responsável e econômica são medidasfundamentais do trabalho do sest senat emsuas mais de 140 unidades por todo o brasil etambém da atuação do despoluir – programaambiental do transporte. das empresas ouvi-das na sondagem, 91,1% treinam os motoristascom foco na condução econômica, sendo queem 78,2% isso ocorre pelo menos uma vez porano. para incentivar os bons hábitos na dire-ção, 65,4% das empresas recompensam osmotoristas que realizam a condução eficiente. 82,5% monitoram indi

gestão

o desenvolvimento de uma políticaambiental é uma estratégia de diferen-ciação que pode agregar valor aos servi-ços prestados na área de transporte ro-doviário de cargas. das empresas entre-vistadas, 82,5% monitoram algum tipo deindicador de desempenho que pode estarrelacionado à gestão ambiental. o maiscomum é o monitoramento do consumode combustível (95,9%), seguido do con-trole do uso de água (66,0%).

entre as empresas que possuem algumameta de redução de indicadores ambien-tais, 95,2% querem diminuir o consumo decombustível. elas reconhecem (96,6%) aimportância da manutenção preventiva co-mo ação periódica da atividade transporta-dora. a cnt e o sest senat desenvolvem umtrabalho intenso junto aos transportadorese aos outros trabalhadores do setor detransporte para incentivar medidas susten-táveis. por meio do despoluir – programaambiental do transporte, oferecem aos au-

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tes em busca do incentivo à sus-tentabilidade no setor”, afirma clé-sio andrade. ele também destacaque as 149 unidades do sest senatespalhadas por todas as regiões dobrasil treinam motoristas para queeles conduzam os veículos de for-ma econômica e segura.

na sede da cnt, em brasília, jáfoi realizado o seminário interna-

cional sobre eficiência ener-gética de veículos pesados,com a participação de repre-sentantes de diferentes paí-ses. “diversas medidas po-dem ser implementadas pe-las empresas, incentivadaspelo poder público e desen-volvidas pela indústria auto-mobilística para que se redu-

za o consumo de combustí-vel. assim, há um estímulo àconservação dos recursosnaturais, à diminuição dasemissões de poluentes e àredução de custos das em-presas. são medidas quepassam por treinamento, in-vestimento em tecnologia eoutras práticas que geram

excelentes resultados”, des-taca clésio andrade.

Insumoo diesel é o principal insu-

mo do setor rodoviário de car-gas e implementar ações parareduzir o consumo pode trazerexpressivos ganhos ambien-tais e econômicos. atualmen-

44,5% reaproveitam recursos hídricos ou sólidos

reúso de água e de resÍduos

o reúso de água e de resíduos sólidossão ações sustentáveis que contribuem pa-ra fortes reduções dos custos operacionaisna atividade do transporte. com um siste-ma de reúso de água bem dimensionado, épossível economizar até 80% do recurso nalavagem de veículos. entre as empresas ou-vidas na sondagem, 44,5% fazem algum ti-

po de reúso, dos quais 65,4% de água e16,9% de resíduos sólidos. o percentual quefaz os dois tipos de reúso é de 17,7%. ospneus são os principais resíduos sólidos dotransporte rodoviário de cargas. por ano, oreaproveitamento (pela recapagem, recau-chutagem ou remoldagem) gera economiaestimada de cerca de r$ 7 bilhões no brasil.

cadores ambientais

tônomos e às empresas serviços de ava-liação ambiental da frota a die sel, comaferição dos veículos para o controle daemissão de fumaça preta. na sondagem,entre os entrevistados que monitoramas emissões, 54,6% têm metas.

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te, mais de 60% do transportede cargas no brasil é feito porcaminhões. com isso, torna-seimportante pensar em alterna-tivas para reduzir o consumo eos impactos da atividade.

o diretor-executivo da cnt,bruno batista, destaca que im-plementar melhorias de efi-ciência energética que permi-

tam a redução do consumo é,na prática, aumentar a renta-bilidade e a eficiência do setor.segundo bruno batista, nesteano em que o país enfrentagrandes dificuldades econômi-cas, o estímulo à eficiênciaenergética torna-se aindamais estratégico.

as ações passam por tec-

nologia, treinamento ou mes-mo por questões mais simplescomo a adequada calibragemde pneus. a sondagem de efi-ciência energética no trans-porte rodoviário de cargasmostra que há boa disposiçãodos empresários em adotarações no sentido de melhorara gestão ambiental. “muitos

empresários já buscam essa efi-ciência com várias medidas. a es-trutura do sest senat em todo opaís realiza treinamento de moto-ristas. a condução adequada é fun-damental, e a economia que podeser gerada é muito grande”, diz odiretor-executivo da cnt.

o levantamento também mostraque há um bom conhecimento dos

74,6% usam tecnologias para gastar menos diesel

tecnologia

o uso de diferentes tecnologias podecontribuir muito para a redução do consumode combustível. a maior parte das empresas(74,6%) adota alguma tecnologia nos veícu-los para economizar. os equipamentos maiscomuns são os chamados defletores aerodi-nâmicos, que são colocados em diferentespartes do caminhão para reduzir a resistên-cia do ar e permitir, assim, menor gasto decombustível. 67,4% das empresas utilizamdefletores no teto e 51,8% nas laterais.

o sistema de enchimento automáti-co de pneus e as rodas de liga-leve sãoescolhidos por 36,7% e 35,8%, respecti-vamente. em relação às rodas de liga-leve, seu baixo uso pode ser explicadopelo custo da roda (em média, três ve-zes mais que as de aço) e pela qualida-de precária do pavimento de muitostrechos no brasil. a qualidade ruim po-de provocar danos às rodas, o que podedesestimular a aquisição.

82,2% têm frota própria

idade do veÍculo

veículos novos, com tecnologiasavançadas, são mais sustentáveis, emi-tem menos. os resultados da sondagemmostram que a maior parte dos entre-vistados (82,2%) possui frota própriacom idade média de até sete anos. Jánas frotas agregadas, 38,6% têm frotacom até sete anos. muitas empresascostumam agregar às suas frotas, veí-culos de propriedade de terceiros (ca-minhoneiros autônomos).

entre as empresas entrevistadas,38,3% renovam a frota quando a idadeatinge de três a seis anos. a cnt lançouem 2009 o renovar (plano nacional derenovação de frota de caminhões), queprevê a promoção de incentivos para

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empresários sobre as tecnologiasque podem ser utilizadas e muitosadotam equipamentos como os de-fletores aerodinâmicos, que redu-zem a resistência do ar quando oveículo está trafegando, o que dimi-nui o consumo de diesel.

de acordo com bruno batista, asondagem indica um bom conheci-mento e interesse dos empresários

sobre o tema e, com isso, ex-celentes oportunidades nopaís para a implantação deum programa nacional de efi-ciência energética. apesar demuitas empresas adotaremmedidas, a cnt entende queainda há necessidade de seampliar a disseminação detécnicas sobre o assunto e de

elaborar indicadores ambien-tais que forneçam parâme-tros de avaliação e auxiliemos processos de gestão.

“nosso passo seguinte éestruturar a ideia desse pro-grama. queremos discutir comempresários e com o governo,de forma que, em um futuropróximo, a implementação

possa gerar bons frutos e be-nefícios para o empresário,para o trabalhador e para ogoverno, que poderá ter tam-bém uma folga na importaçãode diesel”, comenta bruno ba-tista. agora, a cnt irá estudaros pontos identificados no le-vantamento para definir umplano de ação. l

82,5% circulam sem carga em algum momento

Compartilhamento de caminhões é boa solução

veÍculos vaZios

a eficiência energética do transporte estáfortemente ligada à utilização completa da ca-pacidade dos veículos. entretanto, das empre-sas entrevistadas, 82,5% afirmaram existir, emalgum momento, operações sem carga emseus veículos. esse percentual indica a neces-

sidade de aprimorar processos para aumentara eficiência energética nas operações. do totalde empresas ouvidas, 19,2% circulam com oveículo vazio na metade dos quilômetros per-corridos mensalmente e 16% circulam vaziosem 30% das distâncias percorridas.

o sistema de compartilhamento de veículospor empresas diferentes, também conhecido co-mo transporte colaborativo, é um caminho paraa maior eficiência operacional. evita-se, assim,que o caminhão circule vazio. 22,9% dos trans-

portadores afirmaram realizar contratos de co-laboração com um ou mais parceiros. o estudoda cnt identificou a possibilidade de otimizaresse compartilhamento com a adoção de umarede integrada entre empresas de transporte.

com até sete anos

que caminhoneiros autônomos con-sigam adquirir caminhões novos. pa-ralelamente, os veículos antigos se-riam retirados de circulação e enca-minhados para a reciclagem. no finalde 2013, o renovar serviu de basepara uma proposta construída comoutras entidades. foi elaborado oprograma nacional de renovação defrota, que está em análise pelo go-verno federal. atualmente, estima-seque o brasil tenha cerca de 230 milcaminhões com mais de 30 anos deuso. o programa é voltado aos cami-nhoneiros autônomos pelo fato de-les representarem 89% da frota commais de 30 anos.

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distinto das antigas ferrovias detrens de carga, mal avaliadas naépoca. para que a meta fosseatingida, profissionais da avia-ção foram escolhidos para tra-balharem no projeto. nesse con-texto histórico, surge o opera-dor antônio lazarini. então fun-cionário da varig, ele foi contra-tado para levar sua experiência

No dia 6 de setembrode 1972, o generalemílio garrastazu mé-dici, então presidente

da república, inaugurou a fasede testes da primeira linha demetrô do brasil, em são paulo(sp). o militar deu ordens paraque o novo transporte de passa-geiros fosse completamente

para a construção da ambiciosaobra da linha 1 do metrô paulis-ta, inaugurada em 1974.

o que ele não esperava é queseria escolhido para conduzir ovagão perante o presidente, queassistiu à cena de um mirante apoucos metros dos trilhos. ooperador lembra, com um sorri-so no rosto, que médici apertou

um botão para simular o funcio-namento do trem, anunciando atodos que o sistema era total-mente automático. “ele queriaimpressionar as pessoas”, con-ta. “todo mundo acreditou queo vagão estava se locomovendosozinho. mas, na verdade, quan-do ele acionou o dispositivo, to-cou uma sirene interna e meu

inaugurado em 1974, sistema metroferroviário transporta9,8 milhões de pessoas por dia; porém, apenas 45%das capitais possuem trens, metrôs, monotrilhos e vlts

por EVIE GONÇALVES

41 anos dehistória

METROFERROVIÁRIO

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201532

Page 33: Ar mais puro

chefe deu uma ordem para eufazer o trem andar manualmen-te”, lembra.

os relatos do homem, que vi-ria a se tornar o primeiro opera-dor de metrô do brasil, são vas-tos. Hoje aos 63 anos, lazariniconta que, naquela época, asinstalações do metrô eram pre-cárias e que havia apenas a li-

nha azul em funcionamento.além disso, uma mesma compo-sição só andava com dois trens.“era tudo muito simples”, conta.“os computadores eram alimen-tados por cartões perfurados.andávamos com caixas e maiscaixas cheias desses cartões.nas repartições, só tínhamosacesso à máquina de escrever”,

conta o atual chefe do núcleode cooperação técnica do me-trô/sp, conrado de souza.

assim como o operador, oengenheiro eletricista foicontratado para participar doprojeto de construção do me-trô três anos após a primeiralinha ter sido finalizada. ele éfuncionário ainda hoje e já

atuou em todos os cargos eáreas: de operador de esta-ções e de tráfego a chefe deengenharia operacional, pas-sando por gerente e diretorde operações.

mais de 40 anos após aconstrução da primeira linha, osetor metroferroviário – com-posto de trens urbanos, me-

fotos sergio alberto/cnt

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 33

Page 34: Ar mais puro

ram construídas 22 novas esta-ções, sendo duas no monotri-lho de são paulo, cinco no me-trô da bahia, 12 no vlt de so-bral, duas no metrô paulista euma no metrô carioca.

o sistema é responsável pe-la retirada de mais de 1,1 milhãode carros e de 16.000 ônibuspor dia das ruas. em relação aomeio ambiente, a mobilidadeurbana sobre trilhos tambémsai na frente. emite 60% me-

trôs, monotrilhos e vlts (veícu-los leves sobre trilhos) – cres-ceu e ganhou forma. atualmen-te, são 20 sistemas em 11 estados e no distrito federal,totalizando 1.002,5 quilômetrosde extensão, divididos em 40 li-nhas, 521 estações e uma frotade 4.300 carros. só em 2014, fo-ram 2,9 bilhões de passageirostransportados – média de 9,8milhões de pessoas por dia.além disso, no ano passado, fo-

EXTENSÃO sistema possui

SISTEMA METROFERROVIÁRIO EM NÚMEROS• 2,9 bilhões de passageiros em 2014• 9,8 milhões de passageiros por dia• 1.002,5 km de extensão • 40 linhas• 521 estações • 4.300 carros • consome 0,4% da energia do país• 35,5 mil funcionários • 20 sistemas de transporte urbano em 11 estados e no df

LINHA DO TEMPOconfira os principais acontecimentos do setor metroferroviário

início da operação dometrô de são paulo

– 1ª linha de metrô dobrasil

1974

início da operação da trensurb (empresade trens urbanos de

porto alegre)

1985

fundação da metrofor(companhia cearense

de transportes metropolitanos)

19971979

início da operação do metrô do

rio de Janeiro

1992

criação da cptm (companhia paulistade trens metropolitanos) para assumir

os sistemas de trens da região metropolitana de são paulo

2001

início da operação do metrô-df (companhia

do metropolitano do distrito federal)

ANPTrilhos completa 5 anos em agosto

representatividade

com a missão de promover odesenvolvimento e o aprimora-mento do transporte de passa-geiros sobre trilhos no brasil, aanptrilhos (associação nacionaldos transportadores de passa-geiros sobre trilhos) completa 5anos em agosto. nesse período,um dos principais méritos da as-sociação, que está no âmbito dacnt (confederação nacional dotransporte), foi congregar todosos operadores de passageiros so-bre trilhos do país.

“conseguimos nos tornar co-

nhecidos e criar representativi-dade de maneira que já temoscontato estreito com poderesinstitucionais que têm atuaçãovinculada diretamente a nós, co-mo o ministério das cidades e ascomissões parlamentares de via-ção e transporte, por exemplo.conseguimos, em relativamentepouco tempo, cumprir esse pa-pel. nosso objetivo é mostrar pa-ra os tomadores de decisão a im-portância do modal sobre trilhoscomo estruturador e organiza-dor do transporte nas cidades”,

afirma o presidente da associa-ção Joubert flores.

a superintendente robertamarchesi também comemora adata. para ela, a criação da entida-de foi crucial para a união do se-tor. “antes, os operadores tinhammuitas ações, mas eram disper-sas, cada um atuava de uma for-ma. agora, eles caminham na dire-ção do interesse da sociedade. aanptrilhos vem para somar e paratrazer a mobilidade urbana tantopara o país quanto para dentro daconfederação”, comemora.

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nos gases do efeito estufa doque os automóveis e 40% me-nos do que os ônibus. corres-ponde a somente 0,4% do con-sumo energético do país, equi-valente a 1.800gW/h. para quetodo esse sistema funcionecorretamente, são necessáriosmuitos funcionários: 35,5 mil,em 2014, número 6,3% maiordo que o ano anterior.

“os trilhos possuem muitasvantagens. só o metrô trans-

porta 60 mil pessoas por horae por sentido. além disso, é to-talmente abastecido por ener-gia, enquanto outros modaisnecessitam de combustível,com alta emissão de carbonona atmosfera. sem falar naquestão da qualidade de vida,com deslocamentos muitomais rápidos, sem que se percahoras no trânsito”, ressalta opresidente da anptrilhos (as-sociação nacional dos trans-

portadores de passageiros so-bre trilhos), Joubert flores.

Baixo investimentoapesar de todos os pontos

positivos, a rede brasileira ain-da é muito pequena quandocomparada a outros países. se-gundo dados da associação,apenas 45% das capitais pos-suem sistemas sobre trilhos.para se ter uma ideia, o metrôde são paulo possui 41 anos etem apenas 70 quilômetros deextensão. Xangai, na china,possui 520 quilômetros de li-nhas com apenas 19 anos deexistência. santiago, no chile,tem 103 quilômetros e a cidadedo méxico, 220 quilômetros.

para conrado de souza, doisfatores explicam o baixo grau deinvestimento na mobilidade so-bre trilhos no brasil: o tempo deconstrução e o alto custo. er-guer uma linha de metrô não éalgo simples. para cada 20 quilô-metros de trilhos são necessá-rios dez anos de obras. além dis-so, como as cidades já estãoconstruídas, implementar umsistema novo que, muitas vezes,é subterrâneo se torna uma ope-ração de alta complexidade. semfalar nos órgãos ambientais, quedemoram para emitir as licençasnecessárias à realização das

linhas em 11 estados e no distrito federal totalizando 1.002,5 quilômetros

início da operação dovlt do cariri, operado

pelo metrofor

2009

criação do pac mobilidade –

grandes cidades

2011

início da operação doaeromóvel de porto

alegre, operado pela trensurb

2013

2010

fundação da anptrilhos

2012

criação do pac mobilidade –

médias cidades

Só o metrôtransporta

60 milpessoas porhora e porsentido no Brasil

METRÔ PELO MUNDOConfira as extensões

· Xangai (china) – 548,0 km

· nova iorque (eua) – 501,2 km

· pequim (china) – 450,0 km

· londres (inglaterra) – 438,9 km

· tóquio (Japão) – 390,0 km

·moscou (rússia) – 327,1 km

· cidade do méxico (méxico) – 226,5 km

· paris (frança) – 205,8 km

· santiago (chile) – 103,5 km

· buenos aires (argentina) – 51,1 km

fonte: comit (community of metros)

Page 36: Ar mais puro

modernas são sustentáveis, uti-lizam iluminação natural, fazemreúso de água, possuem esca-das rolantes inteligentes – quesó funcionam quando o usuáriose aproxima – e possuem portasnas plataformas que operam deforma sincronizada com ostrens para evitar que objetoscaiam nos trilhos.

“não é um sistema barato. eé claro que qualquer investi-mento em infraestrutura pos-

sui um longo prazo de matura-ção, sem retorno imediato. oque determina a necessidadedo investimento é a demandado trecho. é preciso usar o mo-do certo para o corredor certo.portanto, o custo se justifica”,explica o presidente da anptri-lhos, Joubert flores.

Evoluçãoesses fatores justificam, de

certa forma, a baixa expansão

obras. “os governantes não in-vestem porque o retorno é lento.só que se trata de uma políticade estado e não de governo”,acredita o chefe do núcleo decooperação técnica do metrô/sp.

o custo também é elevado. aconstrução de um metrô ou deum sistema de vlt envolve vá-rias áreas de conhecimento euma estrutura complexa de sis-temas elétricos, de sinalizaçãoe de comunicações. as estações

VIDEOMONITORAMENTO

“Temos um sistema saturado.Precisamos

expandir as redespara atender àpopulação”

JOUBERT FLORES

presidente da anptrilHos

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201536

Mobilidade urbana ganha nova tecnologia

convênio

o sistema metroferroviáriobrasileiro vai contar com umanova tecnologia, em breve. aanptrilhos assinou, em agosto,um acordo com a ustda (u.s.trade and development agen-cy) para a realização de estudosde videomonitoramento. o acor-do foi firmado na embaixadados estados unidos, em brasília(df). a ideia é que as imagenscaptadas pelas câmeras dentrodos trens sejam transmitidasem tempo real para os centrosde controle operacional interli-gados com sistemas de segu-rança pública.

o governo norte-america-no vai bancar os estudos,que vão custar us$ 650 mil,cerca de r$ 2,2 milhões, e de-vem ser finalizados dentrode oito meses. atualmente,

os operadores possuem atecnologia e monitoram oque acontece dentro dos va-gões. entretanto, a maiorparte deles não transmite asimagens em tempo real. aprincipal dificuldade é a in-disponibilidade de faixas defrequência de comunicação.por isso, o estudo vai avaliaras faixas disponíveis no bra-sil e como a tecnologia é uti-lizada em outros países.

“vamos dar maior agilidadeao monitoramento dos trens efazer a integração de todo osistema com a parte de segu-rança pública, como polícia ci-vil e bombeiros. os benefíciosserão percebidos não só porquem controla os trilhos, mastambém por todos os usuá-rios”, afirmou a superintenden-

te da anptrilhos, roberta mar-chesi, ressaltando que os ope-radores metroferroviários tra-balham a possibilidade desseconvênio com a agência ameri-cana há um ano e meio.

de acordo com o diretor paraa américa latina e caribe da us-tda nathan younge, a segurançadas pessoas é fundamental paraa mobilidade urbana em todo omundo. “nossos países enfren-tam os mesmos desafios na áreade transportes por serem degrandes dimensões continen-tais. por isso a importância de serealizar estudos de aperfeiçoa-mento nessa área.” também par-ticiparam da assinatura do con-vênio o ministro conselheirosdos estados unidos, andrew bo-wen, e o representante da ustdano brasil, rodrigo mota.

Page 37: Ar mais puro

da rede. dados da associação re-velam que, no ano passado, hou-ve acréscimo de somente 30quilômetros de novas linhas nopaís, algo em torno de 3%. emrelação à movimentação de pas-sageiros, o crescimento foi me-nor quando comparado com ou-tros anos. de 2010 a 2014, o nú-mero de usuários do setor cres-ceu a uma taxa média de 10% aoano. em relação a 2013, houveuma evolução de somente 4,4%.

Joubert flores acredita quea crise econômica afeta o inte-resse pelas viagens. “temosum sistema saturado. precisa-mos expandir as redes paramelhor atender à população”,ressalta dizendo ainda que, co-mo a oferta de linhas e corre-dores continua tímida, o uso dotransporte sobre trilhos nobrasil gira em torno de 5% a10%. a maior parte das pes-soas continua utilizando o ôni-

anptrilhos assina convênio de r$ 2,2 milhões com governo norte-americano

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 37

AVALIAÇÃO DOS PASSAGEIROS

é muito útil andar de metrô. no momento que saio da minha casa, sei exatamente o horário

que vou chegar ao trabalho, porque não

vou ter problema com trânsito.

Rogério da Silva Nascimento,analista de sistemas

o que vemos nas cidades é uma média de um carro para uma pessoa. isso

acumula muitos veículosnas ruas, aumenta a

poluição do meio ambientee traz muitos transtornos.

por isso, o trem é um ótimomeio de transporte.

prefiro usar o metrô por uma questão de

trânsito e de estacionamento. se o investimento

fosse maior, iria fazergrande diferença em

cidades com distânciasmuitos grandes.

em outros países, desde o começo, o transporte

público foi pensado para a sociedade. no brasil, o

foco foi vender carro. aqui,todo o desenvolvimento é voltado para o asfalto. nãose pensa na qualidade devida. falta planejamento

de mobilidade.

Gabriela Tavares Borges advogada

Técio Alves Marques técnico em radiologia

Raquel Basílio servidora pública

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tratados, estão a ampliação eextensão de linhas de metrôsem diversas cidades, comosalvador e recife, extensãode linhas de trens urbanos emsão paulo, construção do vltem goiânia e cuiabá, além domonotrilho paulista.

só para as olimpíadas de2016, existem várias obras pres-

bus como principal forma dedeslocamento. em paris, a mé-dia de uso de trens e metrôsvaria entre 40% e 60%.

embora o crescimento dosistema seja pequeno, exis-tem várias obras sendo reali-zadas em todo o país e umacartela de futuros investimen-tos. entre os projetos já con-

BAIXO CRESCIMENTO

PROJETOS CONTRATADOS E/OU EM EXECUÇÃOMETRÔ• fortaleza - implantação da linha leste • salvador - implantação da linha lapa a pirajá • salvador - implantação da linha bonocô ao aeroporto • recife - ampliação das linhas sul e centro• rio de Janeiro - implantação da linha 4 • são paulo - implantação da linha 6 • são paulo - extensão da linha 4• são paulo - extensão da linha 5• são paulo - extensão da linha 2

TREM URBANO• são paulo - extensão da linha 8 diamante• são paulo - extensão da linha 9 esmeralda • são paulo - linha 13 Jade

VLT• fortaleza• goiânia• cuiabá• área central e portuária do rio de Janeiro• baixada santista

MONOTRILHO• são paulo - linha 15 - prata• são paulo - linha 17 - ouro• são paulo - linha 18 - bronze

PROJETOS COM POTENCIAL DECONTRATAÇÃO/INÍCIO DA OBRA ATÉ 2020

METRÔ• distrito federal - expansão das linhas ceilândia, samambaia e asa norte• belo Horizonte - implantação da linha 2 • belo Horizonte - implantação da linha 3 • são paulo - implantação da linha 20• curitiba - implantação da linha 1 • porto alegre - implantação da linha 1 • são gonçalo/niterói - implantação da linha 3

TREM URBANO• novo eldorado/belvederi

AEROMÓVEL• canoas - etapa 1 e 2

VLT• maceió - expansão• maceió – aeroporto• salvador - metropolitano• brasília• recife

MONOTRILHO• manaus TRENS REGIONAIS• brasília-goiânia• trens regionais mineiros• projeto trens intercidades de são paulo

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tes a serem concluídas na capi-tal fluminense: renovação dequatro linhas de trens urbanos,ampliação e modernização dalinha 1 do metrô, implantação dalinha 4 e modernização da linha2 e, também, a construção deseis linhas de vlt, partindo doporto maravilha.

além disso, existem 18

projetos com grande poten-cial de contratação até 2020.entre eles está a expansãodo metrô de brasília, o aero-móvel no rio grande do sul, ovlt de maceió e alguns trensregionais em minas gerais.“muitas propostas precisamser implementadas. da mes-ma maneira que saúde e se-

gurança são prioridade, mo-bilidade também deve ser. omínimo que se espera é que acrise não paralise os projetosem andamento. se o poderpúblico não puder bancar,que se utilize a iniciativa pri-vada para atrair investimen-tos”, conclui o presidente daanptrilhos. l

apenas 30 quilômetros de novas linhas foram construídos ano passado

Somente10%

dos usuáriosutilizamtransportesobre trilhos

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 39

Alto custo impacta setor

energia

o reajuste nas tarifas deenergia pagas pelos opera-dores metroferroviários temcausado impacto negativono setor. a estimativa é que osistema tenha sido oneradoem 95% este ano. apesar derepresentar apenas 0,4% doconsumo total do brasil, aenergia utilizada pelos trense metrôs representa o se-gundo maior custo da opera-ção, perdendo apenas para amão de obra. o gasto é equi-valente a 20% do total de-sembolsado pelos operado-res. Há 20 anos, esse valorera somente 2%.

o presidente da anptri-lhos, Joubert flores, não des-carta o risco de aumento novalor das passagens. “ou asociedade paga por meio desubsídio ou o cidadão paga

por meio das tarifas. o que éconsumido pelo sistema émuito pouco para um custotão alto”, acredita. segundoele, mesmo as operadorasque compram energia nomercado livre, foram onera-das em até 50%.

atualmente, três fatoresimpactam diretamente naspassagens: o valor das tarifas,que possui reajuste anual, ademanda individualizada, quemodificou as regras de contra-tação de energia e obrigou acobrança por ponto de entre-ga e o sistema de bandeirastarifárias. esse último deter-minou o pagamento do forne-cimento de energia de acordocom o nível do reservatórionas usinas hidrelétricas e danecessidade de uso das ter-melétricas.

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201540

Onúmero de passageirosque usam o ônibus comoo principal meio detransporte diminui a ca-

da ano e tem preocupado ostransportadores. dados da ntu(associação nacional das empre-sas de transportes urbanos) reve-lam que, entre 2013 e 2014, a movi-mentação mensal de pessoas caiu2%. o estudo foi baseado em novecapitais: belo Horizonte (mg), curi-tiba (pr), fortaleza (ce), goiânia(go), porto alegre (rs), recife (pe),rio de Janeiro (rJ), salvador (ba)e são paulo (sp). segundo a asso-

ciação, o número de passageirospassou de 389 milhões, em 2013,para 382 milhões, no ano passado,o que representa 300 mil pessoasa menos transportadas por dia.

de acordo com o presidente dantu, otávio cunha, a queda napreferência pelo transporte públi-co se deve, entre outros motivos,aos longos congestionamentosnas cidades. “as pessoas têm bus-cado velocidade nos deslocamen-tos. como os ônibus ficam cadavez mais parados no trânsito, ospassageiros acabam optando pormigrar para outros meios que co-

laborem para a redução no tempode viagem”, alerta o presidente,ao citar motocicletas e bicicletascomo alternativas escolhidas.

a solução, segundo cunha, é apriorização da infraestrutura detransporte público para que osônibus deixem de disputar espa-ços com os automóveis, como aimplantação de mais brts (bus ra-pid transit, na sigla em inglês),além de corredores e faixas exclu-sivas. no total, apenas 79 cidadesbrasileiras possuem algum dessessistemas, enquanto existem 419projetos - em obras ou em opera-

ção – que totalizam mais de 3,2 mi-lhões de quilômetros de extensão.

as faixas exclusivas de sãopaulo, por onde só trafegam ôni-bus, são uma prova de como o in-vestimento em transporte públicopode melhorar a velocidade nas ci-dades, na avaliação da ntu. nocorredor “23 de maio” houve au-mento de 21,7% na velocidade mé-dia, entre 2012 e 2013. os veículosque circulavam a 13,8 km/h passa-ram a trafegar a 16,8 km/h. Já umapesquisa realizada no brt do riode Janeiro revelou que o tempo deviagem é a principal vantagem

balanço da ntu indica queda de 2%, em um ano, no número de usuários de nove capitais

por EVIE GONÇALVES

MOBILIDADE

Ônibus perdempassageiros

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 41

apontada por 86% dos usuários. oíndice de satisfação dos passagei-ros que utilizam o sistema ficouem primeiro lugar, ultrapassando,inclusive, metrôs e trens.

além da redução no número depassageiros que optaram peloônibus, outros indicadores tam-bém caíram, segundo o estudo dantu. entre eles estão a quilome-tragem mensal produzida, bemcomo o índice de passageiros porquilômetro. a tarifa média das ta-rifas também teve redução de2,5%. “como a arrecadação dasempresas diminuiu, o setor per-

deu condição de investimento emnovos veículos. a idade média dafrota aumentou 4,5%, passandode 4,4 anos, em 2013, para 4,6anos, em 2014”, ressalta cunha.

o preço do óleo diesel tambémaumentou 3%, em média. a altano valor do insumo, que represen-ta 23% dos custos do setor, temcausado impactos negativos juntoaos transportadores. “Historica-mente o governo incentiva o usodo transporte individual. o preçoda gasolina sobe menos que o dodiesel utilizado no transporte pú-blico. além disso, as desonerações

dadas à indústria automobilística,com estímulo ao financiamento,geram concorrência desleal comfalta de prioridade ao coletivo.”

Planos de Mobilidadea falta de prioridade aos siste-

mas coletivos de transporte é umdado relevante da pesquisa. apenasnove capitais do país apresentaramplanos de mobilidade urbana ao mi-nistério das cidades. o prazo esti-pulado pelo órgão venceu em abrile a não apresentação das propos-tas resulta em dificuldade de obterrecursos para o financiamento de

novos projetos. e não foram só ascapitais que negligenciaram a ne-cessidade de investimento emtransporte público: apenas 0,04%dos municípios acima de 20 mil ha-bitantes apresentaram planos.

otávio cunha acredita que o da-do é preocupante e reflete a falta deprofissionais do setor no brasil. “fal-ta pessoal qualificado para isso. Ho-je os municípios não têm estrutura.eles têm que contratar consultoriaspara fazer os planos, que, via de re-gra, são muito caros. não há recur-sos para pagar por esse serviço”,justifica o presidente da ntu. l

TRANSPORTE PÚBLICO investimento em brts, corredores e faixas exclusivas é essencial para fidelizar usuários do sistema

sergio alberto/cnt

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201544

Companhias aéreas e aeroportos investem na construção e na ampliação dos espaços destinados ao segmento

Foco nascargas

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AVIAÇÃO

As companhias aéreas e os aeroportosbrasileiros estão investindo no trans-porte de cargas. além de aumentar aprodutividade e a receita com a cons-

trução de novos espaços ou ampliação dos jáexistentes e a aquisição de equipamentos maismodernos, as empresas também visam aumen-tar o número de cargas transportadas no país,ocupando os porões das aeronaves nos vooscomerciais. o modal aéreo transporta apenas0,4% da carga brasileira.

líder de mercado com 57% do transporteaéreo de carga no país, a latam airlines, uniãoda tam e da lan airlines, por exemplo, desti-nou r$ 94 milhões para investimentos no setorde cargas. as melhorias começaram a seremrealizadas em 2013 e devem ser concluídas nopróximo ano. do montante, r$ 80 milhões es-tão sendo aplicados na infraestrutura de 22terminais e r$ 14 milhões em tecnologia e se-gurança para o controle da movimentação decargas no mercado brasileiro.

os investimentos em infraestrutura da la-tam airlines contemplam a construção de seisnovos terminais nos aeroportos das cidadesde guarulhos (sp), goiânia (go), manaus (am),brasília (df), curitiba (pr) e fortaleza (ce),além de obras de reforma, ampliação ou mu-dança para novas sedes em 16 terminais situa-dos em natal (rn), uberlândia (mg), osasco(sp), imperatriz (ma), porto velho (ro), soroca-ba (sp), porto alegre (rs), belém (pa), recife

por JANE ROCHA

tam/divulgação

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em uberlândia, a área total donovo terminal foi ampliada de119 metros quadrados para333 metros quadrados, e aárea construída, de 59 metrosquadrados para 150 metrosquadrados.

a ampliação do terminal deuberlândia (mg) possibilitouum aumento de 264% na capa-cidade de armazenagem nodepósito do galpão e, conse-

(pe), são bernardo do campo(sp), salvador (ba), ribeirãopreto (sp), são luís (ma), sãopaulo, congonhas (sp), con-fins (mg) e no rio de Janeiro,galeão (rJ).

com 13 mil metros quadra-dos, sendo 5.000 de áreaconstruída, o novo terminalde cargas de manaus (am)unificará as mercadoriastransportadas em voos depassageiros e em cargueirosda companhia. a unidade foia primeira a ser entregue,em 2013, seguida pelos ter-minais de goiânia e natal,em 2014. em 2015, a tam car-go entregou os novos gal-pões de guarulhos e de uber-lândia, e está em fase de fi-nalização de ribeirão preto ede sorocaba. a empresa pla-neja inaugurar, até o fim de2016, os terminais do galeão(rJ), de porto alegre (rs), decuritiba (pr), de brasília (df)e de fortaleza (ce).

no ano passado, a latamairlines, que oferece coletaem mais de 300 cidades e en-trega em mais de 4.000 locali-dades no país, concluiu asobras de ampliação no termi-nal de uberlândia (mg) e en-tregou os novos galpões degoiânia (go) e de natal (rn).

quentemente, uma movimen-tação maior de carga, compos-ta principalmente por peçasautomotivas, medicamentos,eletrônicos, material biológi-co, documentos e alimentosem geral. Já as melhorias naunidade da capital goiana fize-ram com que o crescimento dacapacidade de recebimento decargas aumentasse 150% emrelação à estrutura anterior.

APLICAÇÃO a latam airlines destinou, desde 2013,

“Para 2015,nossa

expectativa écrescer entre10% e 15%”

EDUARDO CALDERÓN

diretor de cargas da gollog

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em março de 2015, a latamairlines inaugurou o maiorterminal de cargas do brasil,no aeroporto de guarulhos(sp), com funcionamento 24horas por dia. com investi-mentos de r$ 38 milhões, oespaço possui 15 mil metrosquadrados, o equivalente adois campos de futebol, e ébem maior quando compara-do aos 9,8 mil metros quadra-

r$ 94 milhões para o setor de cargas

Concessionárias miram a competitividadeinfraestrutura

os investimentos no setortambém foram adotados pelasconcessionárias dos aeroportos.o terminal de cargas da rioga-leão, que opera no aeroporto in-ternacional tom Jobim, no riode Janeiro, destinará r$ 20 mi-lhões no setor até 2016. a verbaestá sendo utilizada em refor-mas nos terminais, novos gal-pões e escritórios, além da aqui-sição de 41 novos equipamentose a implantação de uma novametodologia de procedimentosoperacionais para agilizar a libe-ração de cargas. o objetivo des-sas ações é reduzir o tempo mé-dio de liberação da carga e au-mentar a competitividade, umadas prioridades da concessioná-ria. o espaço contará ainda comuma nova câmara fria, triplican-do a capacidade de armazena-gem de cargas refrigeradas noterminal. o local terá dois am-bientes diferentes de tempera-tura e um transelevador auto-matizado, único no país, quepropicia agilidade na operação.

segundo o diretor do rioga-leão cargo, patrick fehring, a in-dústria farmacêutica já de-monstrou interesse em utilizar anova câmara fria. “mesmo quan-do a economia não está muitobem, o segmento tem um cresci-mento estável. vamos triplicar acapacidade para o setor farma-cêutico, que é muito importan-te”, explica. de acordo com feh-ring, o fluxo de cargas para o riode Janeiro crescerá bastante nospróximos anos, especialmentenos setores de óleo e gás e produ-tos farmacêuticos. “além disso,temos os Jogos olímpicos e o de-senvolvimento do pré-sal no esta-do, que deve receber investimen-tos de r$ 180 bilhões em infraes-

trutura até 2016”, conclui o dire-tor do riogaleão cargo.

o aeroporto internacionalde viracopos, em campinas(sp), também tem recebido re-cursos para modernizar e am-pliar o atendimento no terminalde cargas. as melhorias no ter-minal, onde 60% da receitavem da operação de carga, co-meçaram em 2012. até o fim de2016, serão investidos r$ 60 mi-lhões. o aeroporto é responsá-vel por movimentar cerca de40% de toda a carga aérea im-portada do país.

entre as melhorias realiza-das em viracopos estão a am-pliação das câmaras frigoríficasde 13 mil m2 para 22 mil m2, a ex-tensão da cobertura para 100%do terminal, a mudança em flu-xos de trabalho e nos procedi-mentos internos no despachoda carga e o investimento emsoftwares de gestão. com inves-timento de r$ 9 milhões, o novosistema consegue identificar omelhor local de armazenagempara cada tipo e volume de car-ga que chega ao terminal, oti-mizando espaços e maximizan-do a eficiência operacional.

Segurançaviracopos fechou parceria

com a empresa de segurançabrinks para erguer, dentro doterminal de cargas do aero-porto um “caixa-forte”. o aero-porto é o primeiro da américalatina a ter uma área ultrasse-gura para armazenagem decargas de alto valor - em trân-sito de importação ou exporta-ção. com uma dimensão de2.000 metros quadrados, a es-trutura terá características deconstrução similares às de um

caixa-forte, com paredes maisespessas, e controle rígido deacesso ao local.

localizado a 20 quilômetrosde são paulo, o terminal de car-gas de guarulhos recebeu r$ 45milhões em investimentos des-de 2012. desses, r$ 25 milhõesforam aplicados em melhoriasem infraestrutura de armazena-gem, implantação de uma novaárea climatizada com 2.200 m2,além da aquisição de 83 empi-lhadeiras, cinco tratores e cole-tores de dados. outros r$ 10 mi-lhões foram direcionados para areforma do edifício, que abriga60 escritórios de companhiasaéreas, agentes e despachan-tes. os demais r$ 10 milhõesforam investidos na moderni-zação de serviços e dos siste-mas operacionais utilizados noterminal de cargas.

considerado o maior centroindustrial e comercial do país eo maior complexo logísticoaeroportuário da américa lati-na, o terminal de cargas de gua-rulhos desempenha um impor-tante papel na logística brasilei-ra, interligando 29 países, todasas capitais e as principais cida-des brasileiras por meio demais de 750 voos diários opera-dos por 46 empresas aéreas na-cionais e internacionais.

coberto por uma área de 97mil m2, o terminal movimentaprodutos de diversos segmen-tos, como eletrônico, farmacêu-tico, têxtil, alimentos, peças eacessórios automotivos. a loca-lização favorece o acesso a im-portantes rodovias que ligam oaeroporto a todo o país, e aoferta de voos diários, garantemaior eficiência e agilidade notransporte da carga.

gol/divulgação

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e a maior agilidade na movi-mentação de cargas”, destacaquintiliano.

Gollog e Azul além da latam airlines,

empresas como a gollog, detransporte de cargas da gol, ea azul cargo, divisão de car-gas da azul, têm investido nosegmento. a gollog, que res-ponde por 21,7% da carga mo-vimentada por via aérea no

dos do antigo terminal. otransporte de cargas da com-panhia aérea equivale a 28%do total transportado emguarulhos. o local tem 11 me-tros de altura, 284 funcioná-rios e capacidade para trans-portar uma média diária de630 toneladas.

o diferencial do novo ter-minal é o sistema inteligentede identificação, que usarácódigos de barras para o ras-treamento e a localizaçãodos produtos transportadospela companhia. além disso,uma ampla câmara fria foiinstalada no terminal. com900 metros cúbicos e 76 po-sições de rack (espaço paracargas), ela será usada parao armazenamento de produ-tos perecíveis, como fárma-cos e pescados.

de acordo com o diretor-geral da tam cargo, luis quin-tiliano, a otimização dos po-rões das aeronaves comer-ciais permitiu à empresa am-pliar a sua malha de transpor-te aéreo e atender o maiornúmero de destinos. “tão oumais importante do que aquantidade descarregada demercadoria é o aprimoramen-to da qualidade dos serviços

Cresce o faturamentoresultados

as melhorias feitas pelascompanhias aéreas já apon-tam resultados positivos. lí-der de mercado, a tam cargoregistrou um crescimento de3,7% no faturamento em2014 mesmo com a quantida-de de carga transportada 7%menor do que o contabiliza-do em 2013. para 2015, a com-panhia aérea prevê um au-mento de 5%. a tam cargo li-derou o mercado de cargasdomésticas em abril de 2015,com 11,1 mil toneladas pagastransportadas.

segundo o diretor-geral datam cargo, luis quintiliano, oacréscimo previsto deve serdecorrência de um incremen-to nas operações com produ-tos de alto valor agregado.

“nossas estimativas são oti-mistas porque já registramosresultados positivos em 2014,com a estratégia de aumen-tar o transporte de produtosde maior valor, com bom re-torno financeiro”, ressaltaquintiliano.

a gol foi a segunda maiortransportadora de carga nomercado doméstico, com 7.200toneladas transportadas emabril deste ano. Já a aviancacresceu 49,2% na quantidadede carga paga transportadaem abril de 2015 quando com-parado com o mesmo mês doano passado. a azul passou de7.500 toneladas transporta-das em abril de 2014 para7.800 mil toneladas no mesmoperíodo deste ano.

A liberaçãode cargaimportada

caiu46 horas

emGuarulhos

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congonhas (sp). a estruturade 2,1 mil metros quadradosfoi contemplada com r$ 1 mi-lhão em investimentos desti-nados à reforma e moderniza-ção. com as melhorias, o espa-ço recebeu completa infraes-trutura para a realização deprocessos de triagem e manu-seio de cargas. um dos desta-ques é a proximidade com aárea aeroportuária, com aces-so fácil e direto à pista do

brasil, investiu no transportede produtos nos porões dosaviões de passageiros, umavez que a companhia aéreanão tem cargueiros na frota.

a companhia aérea inaugu-rou oito centros operacionaisem 2014 e tem planos de cons-truir terminais de cargas nogaleão (rJ) e em brasília (df).no início deste ano, ela entre-gou o novo terminal de cargaslocalizado no aeroporto de

aZul/divulgação

AVANÇO a azul colocou um avião cargueiro em operação em 2014

Viracopos premiadorotas internacionais

nas rotas internacionais,a quantidade de carga pagatransportada pelas empre-sas aéreas brasileiras alcan-çou 13,9 mil toneladas emabril de 2015, o que repre-sentou aumento de 1,9% comrelação a abril de 2014.

os investimentos rende-ram bons resultados noaeroporto internacional deviracopos. em 2014, o termi-nal foi premiado como o me-lhor aeroporto de carga dobrasil e o segundo melhor daamérica latina no air cargoexcelence awards, organiza-do pela air cargo World. ainstituição também reconhe-ceu o terminal como o me-lhor da américa latina noquesito operação de carga.

segundo adam cunha,executivo responsável pelaárea do aeroporto de viraco-pos, as receitas são crescen-

tes. “o transporte de carga émuito mais rentável que o depassageiros. é possível priori-zar os produtos que pagammais. os clientes estão priori-zando cargas com maior va-lor e menos peso, como fár-macos e produtos de tecnolo-gia”, explica cunha.

os investimentos aplica-dos pelas concessionáriasdos aeroportos apontam re-sultados positivos no prazode circulação das mercado-rias. o tempo médio de libera-ção de uma carga importadacaiu de 121 horas para 75 ho-ras após as mudanças feitasno terminal do aeroporto deguarulhos. “investimos paratornar a operação mais efi-ciente. não precisamos ne-cessariamente aumentar aárea”, explica o diretor deoperações de cargas de gua-rulhos, marcus santarém.

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aeroporto de congonhas, sedeadministrativa da gollog.

outra novidade adotadapelo novo terminal é o siste-ma de “cross-docking”. agora,as mercadorias recebidas nãosão estocadas, mas imediata-mente encaminhadas para ocarregamento no avião. todaa carga que passa pela estru-tura é escaneada por um sis-tema de raios X. a gollog tam-bém criou o transporte de car-

RECONHECIMENTO o terminal do aeroporto internacional de

Queda em quatro mesesretração

segundo a anac (agêncianacional de aviação civil), omercado doméstico nacio-nal registrou queda de10,09% no volume de cargatransportada entre os qua-tro primeiros meses desteano, quando comparadocom o mesmo período doano passado, caindo de 123milhões para 110 milhões dequilos. Já o transporte decarga internacional, realiza-do por empresas brasileiras,teve uma redução menor,caindo 0,38%.

ainda de acordo com aanac, o volume de cargatransportada entre janeiro eagosto de 2014 está 2,5%abaixo do total apurado emigual período de 2013. nessamesma base de comparação,a quantidade de toneladasque viajou de avião no plane-ta cresceu 4,5%, conformeestatísticas compiladas pelaiata (associação internacio-nal do transporte aéreo).

segundo o diretor-geralda tam cargo, luis quintilia-no, o mercado de cargas es-tá sofrendo muito com a eco-nomia atual. para quintilia-no, o transporte aéreo, nobrasil, tem potencial muitogrande, mas precisa de maisinvestimentos. “não faz sen-tido perder dias de vendacom o produto na estrada sehouver uma malha aérea pa-ra realizar o transporte da

carga. os investimentos datam cargo partem do pres-suposto de que o mercadoirá se recuperar e a empresaestará equipada para bematender o crescimento dademanda”, explica.

o transporte de cargasrepresenta 3,5% do fatura-mento total da gollog. so-mente em 2014, a companhiaaérea transportou 73,6 miltoneladas de mercadorias.em 2015, a expectativa daempresa é alcançar um cres-cimento de 20%, movimen-tando 88 mil toneladas.

de acordo com eduardocalderón, da gollog, os in-vestimentos em processos einfraestrutura estão sendofeitos para suportar o cres-cimento esperado para ospróximos quatro anos. paracalderón, a demanda repri-mida por logística ancorada,nesse modal, justifica atuaisinvestimentos. “a gollognunca investiu tanto em in-fraestrutura. estabelecemoscinco pilares para sustentaro nosso crescimento: infra-estrutura, gerenciamentode riscos, informação (ti),performance e treinamen-to dos franqueados. para2015, nossa expectativa écrescer entre 10 e 15%. eesses pilares sustentarãoos nossos planos de cresci-mento para os próximosquatro anos”, explica.

“Nossas estimativas sãootimistas porquejá registramosresultados positivos”

LUIS QUINTILIANO, diretor-geral da tam cargo

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gas consideradas perigosas.mesmo aquelas mercadoriascontendo pouquíssimo álcoolna composição, como perfu-mes e rímeis, são transporta-das separadamente. o primei-ro transporte desses produtosocorreu em março deste ano.

segundo o diretor de car-gas da gol, eduardo calderón,o terminal foi equipado comferramentas tecnológicas queproporcionam maior seguran-

ça e monitoramento das car-gas. “disponibilizamos infor-mações em real time, além deoferecer agilidade nas entre-gas, pontualidade, confiabili-dade e segurança que dife-renciam a empresa da concor-rência”, destaca calderón.

a empresa também come-çou as obras do novo termi-nal de brasília e no galeão, norio de Janeiro. a companhiaaérea ainda investiu na mo-

dernização das unidades desalvador (ba), de fortaleza(ce) e de macapá (ap), queentraram em operação em ju-nho deste ano. além disso, agollog deve inaugurar doisnovos terminais de cargas lo-calizados nos aeroportos dealtamira (pa) e de curitiba(pr) até o fim de 2015.

a azul avançou no segmen-to e colocou um avião car-gueiro em operação em 2014.

no ano passado, a empresaque prestou serviços em maisde 3.100 cidades brasileiraspor meio de voos de cargaspara 74 aeroportos no brasil,abriu quatros lojas nos aero-portos de recife (pe), de for-taleza (ce), de natal (rn) e deJoão pessoa (pb).

em março de 2015, a com-panhia aérea inaugurou cinconovas unidades nos aeropor-tos de boa vista (rr), de rioclaro (sp), de Jaraguá do sul(sc), de londrina (pr) e deJoinville (sc). outras cinco lo-jas devem ser inauguradaseste ano em porto alegre(rs), em santo andré (sp), emtaubaté (sp), no rio de Janei-ro (rJ) e em niterói (rJ).

a companhia aérea contra-tou 46 pessoas para expandira operação direta de trans-porte de carga. investimentossimilares estão previstos parao sul, centro-oeste e norte dobrasil, além da expansão doterminal de cargas de campi-nas. em breve, a companhiaaérea inaugurará o terminalde cargas em fort lauderdale,na flórida. nos estados uni-dos, a empresa já conta comdois outros terminais, em or-lando e miami. l

viracopos foi premiado pela air cargo World como o melhor da américa latina

A ampliaçãodo terminal

de Uberlândiaaumentou

264%a capacidade

dearmazenagemno depósitodo galpão

aeroporto internacional de viracopos/ divulgação

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Oaeroporto internacionalde curitiba – afonso pe-na, no paraná, é o maisbem avaliado do brasil.

foi o que revelou a pesquisa tri-mestral de satisfação dos passa-geiros, realizada pela sac (secre-taria de aviação civil), nos mesesde abril, maio e junho deste ano. oterminal recebeu nota média de4,43 – em uma escala de 1 a 5 – e li-derou em 17 das 48 categorias es-tudadas. no total, 15 aeroportosbrasileiros, responsáveis por 80%da movimentação dos passagei-

ros, foram analisados e receberamnota acima de 4.

a média nacional foi de 4,09,sendo que 13 dos 15 aeroportos es-tudados ficaram acima desse nú-mero. em 2013, quando a pesquisacomeçou a ser realizada pela sac,a nota ficou em 3,86. no segundotrimestre do ano passado, apenascinco aeroportos avaliados tive-ram essa média, ou seja, o padrãoda infraestrutura aeroportuáriamelhorou. os números foram di-vulgados durante o 3º semináriode autoridades aeroportuárias –

aeroportos na rota certa, realiza-do em agosto, em brasília.

entre os critérios apreciados,estão o tempo de fila de inspe-ção de segurança, no check in,na imigração e na aduana, alémde disponibilidade de banheirose de assentos no embarque. oaeroporto de curitiba, porexemplo, que movimentou 7 mi-lhões de passageiros em 2014,destacou-se nos quesitos dispo-nibilidade de táxis, informaçõesnas esteiras de restituição debagagens, cordialidade dos fun-

pesquisa da sac revela que 13 entre 15 terminais têm média acima da meta desejada;

curitiba lidera a lista e cuiabá fica em último por EVIE GONÇALVES

AEROPORTOS

Passageirossatisfeitos

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riogaleão/divulgação

GALEÃO aeroporto teve nota 4,1 na pesquisa e começa ospreparativos para a olimpíada. o píer sul, principal obra, terá 26 novas pontes de embarque e será entregue até 30 de abril

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cionários da imigração e tempode fila na aduana.

o aeroporto que mais evoluiufoi o de guarulhos (sp), que pas-sou de uma nota média de 3,14, nosegundo trimestre do ano passa-do, para 4,04 nessa última rodada.o maior terminal do país recebeu39,3 milhões de passageiros em2014 e movimentou 504 mil tone-ladas de carga, grande parte deorigem internacional. a avaliaçãopositiva foi obtida por causa deobras entregues no último ano.outras intervenções, como a mo-dernização dos terminais 1 e 2, au-mento da largura do corredor decirculação nos saguões e amplia-ção das áreas de restituição debagagem, embarque e desembar-que, serão concluídas em 2016.

na contramão dos aeroportosmais bem avaliados, o terminal decuiabá (mt) ficou na pior posição,com média 3,35, seguido do desalvador (ba), com média 3,36. es-ses foram os únicos que obtive-ram nota abaixo de 4, meta de sa-tisfação geral combinada comoideal entre a secretaria e os gesto-res dos 15 aeroportos. eles estabe-leceram que a nota mínima seriaum bom indicador para traduziruma gestão eficiente.

de acordo o ministro da secre-taria de aviação civil, eliseu padi-

lha, é necessário estabelecer me-tas para melhorar a qualidade dosserviços que fazem parte da expe-riência do passageiro nos aero-portos. “temos a responsabilidadede trabalhar como quem está namelhor classificação da aviaçãodo mundo”, disse em referênciaao fato de o brasil integrar o gru-po 1 do conselho da oaci (organi-zação internacional da aviação ci-vil, na sigla em inglês), onde estãoos países com maior relevância notransporte aéreo. “evoluímos nospatamares do que é oferecido nosserviços públicos do país. mas pre-cisamos reconhecer as deficiên-

cias que ainda existem para quepossamos avançar”, reconheceu.

padilha ainda afirmou que, coma crise econômica e os cortes or-çamentários fixados pelo governofederal, a sac também foi afetada.mas disse que as obras nos aero-portos onde há trabalhos em exe-cução serão mantidas. “tem orça-mento para concluir”, afirmou. é ocaso, por exemplo, de porto alegre(rs), de goiânia (go), de rio branco(ac) e de vitória (es).

Olimpíadaaté o início da olimpíada de

2016, no rio de Janeiro, cerca de

DESTAQUE saguão de embarque do terminal de cutiriba,

“Temos aresponsabilidadede trabalhar

como quem estána melhor classificação da aviação do mundo”

ELISEU PADILHA

ministro da secretaria de aviação civil

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r$ 2 bilhões devem ser investidosno aeroporto internacional tomJobim – galeão. a previsão da con-cessionária riogaleão é que asobras para a melhoria do terminal,que estão 60% concluídas, sejamfinalizadas em abril do ano quevem. a expectativa é que se cons-trua um píer com 26 novas pontesde embarque, além de 2.700 vagasno estacionamento, 14 novos ele-vadores, 14 esteiras rolantes e 6escadas rolantes. todos os ba-nheiros também serão adaptadospara pessoas com deficiência, jus-tamente em função dos Jogos pa-raolímpicos. outra ação será a

construção de 55 lojas comerciaise a revitalização e automatizaçãodos sistemas de energia, ar-condi-cionado e sinalização, além, de umnovo sistema de sonorização, to-talmente digital.

o investimento se justifica pelaexpectativa da alta procura peloaeroporto no período dos Jogos.só na capital carioca, serão 65campeonatos, além de quatro ceri-mônias de abertura, 10 mil atletase 45 mil voluntários. no aeroporto,deve funcionar uma área com milvoluntários que vão trabalhar noterminal sanando dúvidas dos tu-ristas que chegarem à cidade.

“vamos ter dois dias de picodurante os Jogos. o primeiro serána abertura (5/8), data em que aspessoas vão chegar ao rio de Ja-neiro. o outro será um dia após oencerramento (22/8), quando osturistas devem retornar aos seuslocais de origem. ambos os fluxosserão unidirecionais, o que fazcom que reforcemos nossas aten-ções”, explicou o representante daconcessionária riogaleão, alexan-dre monteiro, durante o seminário.cerca de 96 mil passageiros devemcircular pelo terminal nesses dias.no carnaval, por exemplo, pico demovimentação, a circulação de umdia não passa de 63 mil pessoas.

segundo monteiro, o númerode bagagens também deve cres-cer no período, assim como osviajantes frequentes e a perma-nência no aeroporto. “temos queoferecer uma infraestrutura efi-ciente, assim como um serviçode qualidade elevada”, acredita.na pesquisa de satisfação dospassageiros, o galeão passou danota 3,8, em 2014, para 4,1, no úl-timo trimestre.

Manualentre as ações de preparação

para as olimpíadas estão a cria-ção e a implementação do ma-nual de planejamento para os Jo-

infraero/divulgação

gos olímpicos, com diretrizes eorientações para os aeroportosque serão sede do campeonatomundial. brasília (df), confins(mg), congonhas (sp), galeão(rJ), guarulhos (sp), manaus(am), santos dumont (rJ) e sal-vador (ba) sediarão o evento.

o documento, desenvolvidopelo ctoe (comitê técnico deoperações especiais), definenormas, procedimentos e fluxosde gestão para áreas como se-gurança e defesa, recursos hu-manos e treinamento, melho-rias de conforto, acessibilidade,gerenciamento de infraestrutu-ra e capacidade.

a previsão é de lançamento embreve e de aperfeiçoamento até oinício dos Jogos. “queremos man-ter o padrão de atendimento dacopa do mundo”, explicou o coor-denador substituto do comitê téc-nico de operações especiais daconaero (comissão nacional deautoridades aeroportuárias), mar-cus pires. entre os itens do ma-nual, estão: demanda dos passa-geiros, capacidade dos aeropor-tos, legislação do setor, segurançae defesa do espaço aéreo, planode comunicação e os eventos queservirão de teste para os Jogos.só no galeão, serão 45 eventostestes até a olimpíada. l

primeiro colocado na pesquisa da sac

Guarulhostransportou

39,3milhões depassageirosno anopassado

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Criada à luz da promes-sa de modernização dosetor portuário brasi-leiro, a lei nº 12.815/13,

conhecida como lei dos portos,completou no mês de junho doisanos com um misto de avançose incertezas em decorrência doexcesso de burocracia. desdeque o novo marco regulatórioentrou em vigor, o setor enfren-ta um lento processo de esperapela liberação de processos lici-tatórios importantes, cuja res-ponsabilidade passou das mãos

das autoridades portuárias paraa união. envolto em acaloradasdiscussões que se arrastarampor madrugadas a fio no con-gresso nacional, o conjunto deregras foi aprovado, já que eraclassificado como fundamentalpara que o governo federal via-bilizasse uma das etapas do pil(programa de investimentos emlogística), anunciado em 2012.

o pacote previa r$ 54 bilhõessomente para o setor até 2019. aintenção era resolver alguns im-bróglios com os quais a área, his-

toricamente, tem de lidar. apesarde estar envolvido em 95% dasexportações brasileiras, havianecessidade de expansão física ede melhorias a fim de garantiratendimento à demanda e darmais competitividade à produçãonacional. isso passava pela mo-dernização do marco legal. fo-ram estabelecidos, então, novoscritérios para a exploração e ar-rendamento, para a iniciativa pri-vada, de terminais de movimen-tação de carga em portos públi-cos. as novas regras também fa-

instituída em 2013, a lei dos portos registrouavanços nos complexos portuários privados,

mas ainda padece da burocraciapor DIEGO GOMES

AQUAVIÁRIO

Dois anos deincertezas

cilitaram a instalação de novosterminais portuários privados.além disso, permitiram que fosseantecipada a renovação de con-tratos já firmados para explora-ção de áreas portuárias, com opropósito de conferir segurançaaos investidores para a realiza-ção de obras.

nesse sentido, o maior avan-ço, até o momento, foi registradonos tups (terminais de uso priva-do). antes da nova legislação, asinstalações, por serem privadas,não podiam movimentar cargasde terceiros, o que gerava deman-das judiciais. a nova legislação,por sua vez, passou a permitir es-se tipo de operação e facilitou aimplantação de novos portos. “osetor portuário iniciou um ciclovirtuoso de investimentos após apublicação da lei, notadamenteno que diz respeito aos terminaisprivados. vale lembrar que foramautorizados 37 terminais e expan-didos cinco terminais existentes,com investimentos totais de r$ 11bilhões”, afirma o ministro dosportos, edinho araújo.

segundo a antaq, nesses doisanos, foi viabilizada a autoriza-ção de 40 terminais portuáriosprivados e outros 60 pedidosencontram-se em análise na au-tarquia e na sep (secretaria deportos). “em números redondos,

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 57

estamos falando de algo em tor-no de respeitáveis r$ 20 bilhõesde investimentos diretos e umsignificativo aumento de capaci-dade em prol da infraestruturaportuária nacional”, diz o dire-tor-geral da antaq, mário povia.Há, atualmente, 165 instalaçõesportuárias privadas autorizadasno brasil e 35 processos de ou-torga de autorização em anda-mento. desses, 23 são para ter-minais de uso privado, 11 esta-ções de transbordo de carga euma instalação de turismo.

no entanto, os arrendamen-tos de áreas em portos organi-zados, que têm previsão totalde r$ 13,8 bilhões, ainda não co-meçaram. o diretor-presidenteda abtp (associação brasileirade terminais portuários), Wilenmanteli, explica que a legisla-ção trouxe avanços em relaçãoaos tups, o que pode ser verifi-cado no crescimento da movi-mentação de cargas e da viabi-lização de novos investimentos.entretanto, ele avalia que a bu-rocracia é um problema. “a mé-

dia entre o pedido para a insta-lação de um terminal de usoprivado até o início da opera-ção tem sido de sete anos”, diz.

segundo manteli, os empreen-dimentos envolvem diferentesórgãos, que, por vezes, invademcompetências uns dos outros edificultam a concretização dosempreendimentos. no ano passa-do, de acordo com a antaq, osportos brasileiros movimentaram969 milhões de toneladas, 4%mais que em 2013. do total, 621milhões, o equivalente a 64%,

arquivo cnt

passaram pelos terminais priva-dos, o que representou cresci-mento de 4,7% em relação aoano anterior.

uma das principais dificulda-des enfrentadas pelo governo fe-deral foi a demora na liberação,pelo tcu (tribunal de contas daunião), do edital de licitação doprimeiro bloco de áreas de por-tos públicos a serem arrendadas.o documento ficou sob análiseda corte por um ano e meio e foiliberado somente em maio de2015. o bloco é composto por 29

SUAPE portos pernambucanos aguardam liberação dos projetos do terceiro lote de licitações

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201558

trouxeram a necessária padro-nização para o setor, primordialpara a realização de renovaçõesde contratos e licitações de no-vos terminais, tendo sido assi-nadas recentemente três reno-vações de contratos e com pers-pectivas de assinatura de reno-vações e licitações de novasáreas ainda em 2015”.

outro desafio, segundo odiretor da antaq, é melhoraracessos aos portos públicos.na avaliação dele, é preciso

celente oportunidade de licitaressas e outras áreas em um am-biente econômico mais favorávelem relação ao atualmente vivi-do”, comenta o diretor-geral daantaq, mário povia.

também sobre essa questão,o ministro edinho araújo de-monstra otimismo com o anda-mento dos contratos. “para osterminais arrendados dentrodos portos públicos, foi editadauma série de normas e implan-tados novos procedimentos que

arrendamentos levante âncora.após longo ano e meio debruça-do sobre esses 29 estudos de via-bilidade técnica, econômica eambiental, relativos a terminaislocalizados nos portos do pará ede santos, a corte de contas fe-deral deu sinal verde – com res-salvas, é verdade –, para o pros-seguimento do procedimento li-citatório. sem adentrar no méritoacerca da motivação pela exces-siva demora da análise, fato éque acabamos perdendo uma ex-

áreas localizadas em santarém,belém e vila do conde, no pará,além de santos, em são paulo,que poderão viabilizar investi-mentos de r$ 4,7 bilhões. agora,a sep deve publicar o edital parao leilão. depois desse, o governofederal deve licitar outros trêsblocos. serão, ao todo, 85 arren-damentos, com investimentosque chegarão a r$ 13,8 bilhões.

“finalmente, o tcu parece terrompido com a última amarra pa-ra que o programa de licitação de

SANTOS

Portos pré-1993situação

empresas portuáriascom contratos vencidos ouprestes a vencer – os cha-mados pré-1993 (anterio-res à lei nº 8.630/93) – en-frentam impasse desde ainstituição do novo marcolegal do setor. À época, apresidente dilma rousseffvetou o item que levaria auma renovação automáti-ca, sem necessidade de li-citação, das concessõesem vigor. pelas regras vi-gentes, apenas os contra-tos celebrados após feve-reiro de 1993 podem serprorrogados automatica-mente pelo governo, o quevem sendo feito pela sep.segundo recente entendi-mento da agu (advocaciageral da união), os contra-tos devem ser licitadosquando do término de sua

vigência. “nesse sentido,as áreas relativas a essescontratos estão em estudopara a realização de licita-ções”, informa o ministroda sep, edinho araújo.

enquanto isso, cerca de60 áreas portuárias ope-ram por meio de liminaresou contratos emergen-ciais. "na maioria dessescasos, o juiz concedeu li-minar favorável porqueentendeu que o direito àadaptação foi sonegado.então, acreditamos que háchance no pedido parasustar os editais. o proble-ma é que esse tipo de si-tuação não oferece segu-rança jurídica alguma e,dessa forma, não é possí-vel fazer investimentos",pondera manteli, presiden-te da abtp.

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 59

nicipais já nos permitem cole-cionar exemplos de sucessoem importantes portos brasi-leiros, como santos e parana-guá. novamente, aqui não seencontraram soluções pela viade gastos públicos, mas ape-nas com atos de gestão e umaboa dose de planejamento”,diz mário povia. uma das re-giões que mais carece de in-vestimentos é a norte, espe-cialmente em razão do cresci-mento da demanda no agrone-

gócio. a região, além disso, éuma alternativa para reduzir ocusto do transporte para essesetor da economia, já que po-de reduzir as distâncias per-corridas pelas cargas.

o estudo transporte e de-senvolvimento – entraves lo-gísticos ao escoamento de so-ja e milho, da cnt (confedera-ção nacional do transporte),revelou que, somente no anopassado, o brasil exportoumais de 65 milhões de tonela-

que haja uma maior participa-ção do modal ferroviário e hi-droviário na matriz de trans-porte de cargas. “desafogar otráfego de veículos pesadosdo perímetro urbano dos mu-nicípios portuários tem sidoobjeto de enfrentamento nosprincipais portos nacionais.sistemas de agendamento,criação de pátios de triagem esinergia com concessionáriosrodoviários, polícia rodoviáriae autoridades de trânsito mu-

das de soja e milho. a maiorparte da produção sai do cen-tro-oeste e percorre aproxima-damente 2.000 quilômetros porrodovias até portos das regiõessul e sudeste. a expectativa,segundo Wilen manteli, estánas novas licitações. “a capaci-dade dos portos do norte aindaé limitada. com a liberação doseditais de licitação – e o governodeve desencadear isso logo –, láserão licitados vários termi-nais, o que vai aumentar a ofer-

pelo maior porto do país passam mais de 25% das exportações brasileiras

INFRAESTRUTURA PORTUÁRIAPosição

no Ranking País Nota

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

35

48

53

62

76

81

90

91

122

Holanda

singapura

emirados árabes

Hong Kong

finlândia

bélgica

panamá

islândia

espanha

dinamarca

nova Zelândia

estados unidos

noruega

alemanha

bahrein

chile

uruguai

china

méxico

Índia

rússia

colômbia

argentina

Brasil

6,8

6,76,5

6,56,4

6,46,3

5,95,85,8

5,8

5,75,7

5,75,7

5,0

4,74,6

4,34,0

3,7

3,72,7

fonte: fórum econômico mundial 2014/15

3,9

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201560

transparência e eficiência aoscontratos”, explica o ministro edi-nho araújo. para especialistas dosetor, porém, o objetivo seria criaruma estrutura que permitisse cen-tralizar as decisões em brasília, aomesmo tempo em que as autori-dades portuárias (as companhiasdocas), os conselhos deliberativos(conselho de autoridade portuá-ria) e a agência reguladora do se-tor (antaq) fossem enfraquecidos,para evitar longas discussões nasdecisões a serem tomadas.

o diretor-geral mário povia dis-corda dessa análise. para ele, talmovimento de delegação de ativi-dades por parte do chamado po-

ta de serviços portuários”, ava-lia o presidente da abpt.

Centralizaçãoo argumento do governo para

concentrar a responsabilidade dasdecisões licitatórias na “esplana-da” foi evitar uma colcha de reta-lhos para a área. “antes da lei, ha-via total falta de padrão nos pro-cedimentos e modelos para osprocessos licitatórios no setor, eisso ocasionou uma série de difi-culdades para a gestão dos res-pectivos contratos, as quais forame estão sendo enfrentadas pelasep e pela antaq, de modo a tra-zer maior segurança jurídica,

MELHORIA complexo privado da enseada indústria

Dificuldades com fertilizantes

gargalos na importação

os problemas de infraes-trutura dos portos brasilei-ros podem afetar a produ-ção agrícola nacional. se-gundo especialistas do se-tor, a capacidade portuáriado país é insuficiente paraatender à demanda de im-portação de fertilizantesaté setembro, período dasafra de verão da soja e domilho. de acordo com a re-visão da estimativa da con-sultoria intl fcstone, a ne-cessidade de importaçãomensal para julho, agosto esetembro está entre 2,7 e3,3 milhões de toneladas –já acima da capacidadeportuária brasileira.

o número anterior, entre2,5 e 3 milhões de toneladas,teve reajuste devido aos da-dos de junho indicarem umaimportação de 2,025 mi-lhões de toneladas – núme-ro significativamente abai-xo do necessário para aten-der, integralmente, à de-manda para a safra de ve-rão. o atraso verificado nascompras de fertilizantes jáhavia tornado o ritmo deimportações mais lento du-rante o primeiro semestre:foram 8,288 milhões de to-neladas importadas, contra

10,513 milhões de toneladasem 2014. entretanto, outrosentraves podem agravar asituação de abastecimentono brasil, mesmo com a in-tensificação das compraspara a próxima safra.

como consequência daoferta limitada, o produtoque entrar a partir de ago-ra contará com custosmais altos de “demurra-ge” – a taxa cobrada porcada dia de espera do na-vio no porto, que, em ge-ral, significa o acréscimode us$ 1 por tonelada pordia de espera do navio – eparte da carga deve serdeslocada para portosmais distantes, aumentan-do o gasto com frete.

o atraso ocorrido paraas importações de fertili-zantes fomenta a possibili-dade de sobrecarga dos sis-temas de importação e dis-tribuição domésticos. noprincipal porto de entradade fertilizantes no país, pa-ranaguá, há mais de 1 mi-lhão de toneladas de fertili-zantes em espera para odesembarque.

Com informações daINTL FCStone

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der concedente, definido na figurada sep, foi o melhor possível, umavez que permite colocar as compe-tências de volta ao que eram, seassim o executivo federal o dese-jar, com uma simples alteração nodecreto nº 8.033, de 2013. “eu ar-riscaria dizer que, no médio prazo,ocorrerá o retorno da descentrali-zação, evidentemente que após aslicitações ocorrerem e voltarmosàs condições normais de tempera-tura e pressão no setor portuário,considerando que a sep precisarácarrear suas energias para a nobreatividade de definição das políti-cas públicas setoriais, quiçá tendosuas competências ampliadas.”

em pernambuco, os portosde suape e do recife aguardama liberação dos projetos do ter-ceiro lote de licitações. “como otcu concluiu, recentemente, aanálise do primeiro lote, temos aesperança de que os demaisprocessos sejam viabilizados”,comentou o secretário de de-senvolvimento econômico e pre-sidente de suape, thiago no-rões, em entrevista ao jornal“diário de pernambuco”. emsuape, os arrendamentos dosterminais de contêineres (tecon2), de granéis sólidos, de grãos ede veículos, esse último queatenderia a demanda da fábrica

da Jeep, estão na lista dos pro-cessos paralisados. “a gente ti-nha projetos preparados paraserem licitados, a exemplo dotecon 2, cujo edital estava pron-to desde 2012 e com empresasinteressadas”, destaca norões. amudança da lei deixou investi-mentos da ordem de r$ 830 mi-lhões, no tecon 2, pendentes.além de estancar investimentos,norões destaca que o retarda-mento dos projetos comprometea eficiência das operações. o se-gundo terminal de contêineres,por exemplo, traria maior com-petitividade ao porto, diversifi-cando a movimentação de cargae contribuindo para atração dosmeganavios de contêineres coma abertura do canal do panamá.

nos terminais públicos, umaoutra questão é objeto de emba-te entre gestores – a trabalhista.com a nova legislação, os arren-datários são obrigados a contra-tar empregados por meio dos og-mos (Órgão gestor de mão deobra), espécie de recursos huma-nos dos portos brasileiros. o obje-tivo era fazer com que trabalha-dores avulsos fossem priorizadosna contratação. contudo, na visãode operadores, isso é inexequível.“tínhamos um instrumento mo-derno e flexível de contrataçãode mão de obra, que permite apromoção de funcionários. agora,tem uma burocracia desnecessá-ria, um acréscimo de etapas, o

que só torna o processo de con-tratação mais lento”, diz manteli.

o país conta atualmente com50 mil trabalhadores portuáriosentre funcionários das adminis-trações portuárias (companhiasdocas), dos terminais portuáriose aqueles registrados ligados aosogmos. o presidente da abtp de-fende adoção das diretrizes daconvenção 137 da oit (organiza-ção internacional do trabalho) so-bre o trabalho portuário, da qualo brasil é parte, e a necessidadeda adequação do contingente detrabalhadores avulsos, cerca de26 mil profissionais, às demandasatuais e futuras dessa mão deobra nos portos, que tendem aser menores. além disso, a novalei implantou categorias sindicaisseparadas. agora, as empresastêm de negociar com portuários,conferentes, estivadores, opera-dores de guindaste, de caminhão,capatazes, vigias e consertado-res, entre outros.

especialista em direito por-tuário, o advogado eraldo franze-se considera que o novo regra-mento equilibrou alguns aspec-tos das relações de trabalho nosetor. segundo ele, com o reco-nhecimento do trabalho portuá-rio como atividade diferenciada,a legislação dá um passo à frentepara a proteção do trabalhador ebarra a precarização das condi-ções de trabalho dentro e fora doporto organizado. l

naval, no rio de Janeiro, foi um dos beneficiados com o novo marco legal

carla ornelas/govba/divulgação

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201562

As dificuldades da nave-gação no rio madeira fo-ram debatidas por re-presentantes de entida-

des sindicais no movimento demobilização capital da navegação.o evento foi realizado em portovelho (ro), em agosto, pela fena-vega (federação nacional das em-presas de navegação aquaviária).

a quarta etapa do encontroabordou a pirataria e a privatiza-ção da hidrovia do rio madeira.também foram debatidos temas

como a falta de dragagem e pirata-ria em outros rios da amazônia e asinalização e transposição de tron-cos nas hidrovias. foram aborda-dos ainda assuntos como a desbu-rocratização da navegação, os in-vestimentos no porto público deporto velho e a criação de um cen-tro de treinamento de aquaviários.

o encontro abordou também asolicitação feita junto à receita fe-deral para que o terminal de portovelho receba mercadorias da Zonafranca de manaus (am). as medidas

solicitadas serão encaminhadas àmarinha do brasil, ao dnit (departa-mento nacional de infraestruturade transportes), ao ministério daJustiça, à receita federal e ao mi-nistério do meio ambiente.

o movimento de mobilizaçãocapital da navegação começouem março deste ano em belém(pa), quando foram discutidasquestões dos portos de belém ede manaus. em abril, em são pau-lo (sp), o foco foi a paralisação dahidrovia tietê-paraná. em junho,

quarta etapa do movimento de mobilizaçãocapital da navegação também discute, em portovelho, burocracia e outros entraves às hidrovias

por JANE ROCHA

RIO MADEIRA

Pirataria edragagem

empresários e representantes sin-dicais debateram a formação deaquaviários em porto alegre (rs).

o presidente da fenavega, rai-mundo Holanda, demonstroupreocupação com o futuro do riomadeira, que necessita de fortesinvestimentos. segundo ele, é ne-cessário que o governo federal in-vista, imediatamente, na draga-gem do canal para aprofundar orio no período da seca.

“o madeira transporta um núme-ro expressivo de mercadorias e me-

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 63

rece mais atenção. apenas no inver-no são movimentadas 40 mil tonela-das. no verão, o número cai para 10mil toneladas por falta de draga-gem, o que reduz as condições denavegabilidade do rio”, alertou.

ainda de acordo com o presi-dente da fenavega, a piratariatambém cresceu no rio madeira e,só em 2014, foram r$ 10 milhõesde prejuízos com assaltos às em-barcações. “é necessária a criaçãode uma política de combate a cri-mes no rio. Há empresas que não

querem mais utilizar a hidroviapor medo de assaltos.”

Fragilidadeso presidente do sindarma (sin-

dicato das empresas de transportefluvial no estado do amazonas),dodó carvalho, reforçou as fragili-dades da navegação amazonense ede toda a região norte. segundoele, a prioridade é a falta de segu-rança gerada com o aumento dapresença de garimpos ilegais aolongo do rio. “a atracação desorde-

nada de balsas com dragas usadasna extração de ouro no meio do ca-nal de navegação pode provocargraves acidentes. além disso, o nú-mero de assaltos às embarcaçõessó aumenta”, explicou. carvalho re-força ainda que a formação de pro-fissionais fluviários é uma deman-da que deve ser atendida.

segundo o gerente de desen-volvimento e regulação da antaq(agência nacional de transportesaquaviários), adalberto tokarski, oórgão defende que as contrata-

antaq/divulgação

ções feitas pelo dnit para realizaro serviço de dragagem atendamperíodos de cinco ou dez anos, enão períodos anuais, como é feitoatualmente.

“a burocracia não acompanhaa demanda de dragagem da re-gião. quando o recurso é liberadopara a realização do serviço, o riojá está assolado”, reforçou. se-gundo tokarski, a antaq tambémsugeriu que seja garantido um ca-lado mínimo estipulado previa-mente em meses de águas baixas.

o diretor de relações institucio-nais da cnt (confederação nacionaldo transporte), aloísio carvalho, par-ticipou do encontro, representandoo presidente da cnt, clésio andrade.o último plano cnt de transporte elogística indica 2.045 projetos e r$987 bilhões a serem investidos nosdiferentes modais. mais de cem pro-jetos são para navegação interior,totalizando cerca de r$ 61 bilhões. oplano aponta também a necessida-de de dragagem e sinalização dorio madeira, entre outras interven-ções. a cnt divulgou recentemen-te o estudo entraves logísticos aoescoamento de soja e milho. esseestudo propõe investimentos emtodos os modais e recomenda in-tervenções para melhoria das viasnavegáveis do país. l

HIDROVIAS transporte fluvial na região norte precisa de fortes investimentos

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201564

Mais de 1.400 traba-lhadores do trans-porte que atuamem áreas portuá-

rias receberam atendimentosgratuitos de saúde durante aprimeira semana de realiza-ção do saúde nos portos. oprojeto, uma parceria do sestsenat com a sep (secretariade portos da presidência darepública), lançado em agos-to, espera atender, até o fimdo ano, pelo menos 4.000profissionais em dez portosorganizados do brasil.

os primeiros portos a rece-berem o projeto foram o deparanaguá (pr), onde 524 tra-balhadores participaram daação, e o de santos, o maior daamérica latina, onde foramatendidos 954 profissionais.

o projeto está oferecendoao trabalhadores uma espéciede check-up de saúde, pormeio de exames simples, comoverificação de glicose, aferiçãode pressão arterial, imc (Índicede massa corporal) e testes rá-

pidos de Hiv, sífilis e hepatitec. além disso, recebem orien-tações sobre saúde bucal, nu-trição, saúde do homem, com-bate ao uso de álcool e drogas,e ainda participam de pales-tras e de aulas de alongamen-to e ginástica laboral.

com a rotina ocupada pelotrabalho, caminhoneiros eportuários podem ter dificul-dade em encontrar tempo pa-ra verificar como estão ascondições básicas de saúde. épor essa razão que os postos

de atendimento do projetosão instalados dentro dasáreas portuárias. “isso é mui-to importante para nós. comotrabalhamos por produção,estamos sempre em cima docaminhão, sem tempo para irao médico. esses facilitadoressão essenciais”, comenta o di-retor do sindcam (sindicatodos transportadores autôno-mos de bens de rio grande),grégori teixeira rios.

segundo a diretora-execu-tiva nacional do sest senat,

parceria entre o sest senat e a sep jáatendeu 1.478 trabalhadores do transporte emáreas portuárias; eles fazem diversos exames

por NATÁLIA PIANEGONDA

INICIATIVA

Saúde nosPortos

nicole goulart, essa foi a for-ma encontrada de facilitar oacesso do trabalhador aoscuidados preventivos com asaúde, um dos grandes focosdo trabalho desenvolvido pelainstituição. “por isso, promo-vemos as ações dentro doporto. enquanto o motorista,por exemplo, aguarda a cargaou descarga do caminhão, re-cebe a assistência e as orien-tações. assim, ele pode apro-veitar o tempo para cuidar dasaúde”, destaca.

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 65

para o ministro da sep, edi-nho araújo, isso ajuda na mo-tivação e valorização dos pro-fissionais. “o sest senat é umparceiro importante para qua-lificação e atenção em termosde saúde. essa iniciativa signi-fica investir no trabalhador,que é um ator importante nocontexto do sistema portuá-rio”, afirma.

a parceria entre o sest se-nat e a sep foi formalizadacom a assinatura do acordode cooperação técnica, que

ocorreu em santos (sp) no dia11 de agosto, durante o santosexport 2015 – fórum interna-cional para expansão do portode santos.

o diretor-geral da antaq(agência nacional de transpor-tes aquaviários), mário povia,ressalta a importância de ini-ciativas como essa para avan-çar na melhoria das condiçõesde trabalho nas áreas portuá-rias. “isso, no sistema como umtodo, significa eficiência. cui-dando da saúde do trabalhador,

é possível mantê-lo mais ativo.por isso, é uma parceria funda-mental”, avalia povia.

de acordo com sérgio pe-reira, diretor do sest senat desão vicente, responsável pelabaixada santista, os atendi-mentos permitem obter um re-trato das condições de saúdedos profissionais do transpor-te que atuam nesse segmento.isso auxilia a instituição a or-ganizar ações e campanhas fo-cadas nas principais necessi-dades. “um trabalhador com a

sergio alberto/cnt

saúde em dia será mais produ-tivo, mais eficiente e terá umnúmero de afastamentos me-nor”, complementa.

o saúde nos portos abran-ge, também, os portos de vitó-ria (es), suape (pe), natal(rn), salvador (ba), fortaleza(ce), rio de Janeiro (rJ), be-lém (pa) e rio grande (rs). deacordo com a antaq, pelas dezáreas beneficiadas pelo proje-to, transitaram mais de 200milhões de toneladas de car-gas em 2014. l

ASSINATURA nicole goulart, diretora-executiva nacional do sest senat; maria antonieta, prefeita de guarujá (sp);paulo alexandre barbosa, prefeito de santos (sp) e edinho araújo, ministro da sep (da esq. para dir.)

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201566

Amodernização dos processosprodutivos, o avanço da tecno-logia e a correria da vida mo-derna são alguns dos respon-

sáveis pela redução da atividade físicada população. o estilo de vida modernorequer cada vez mais disposição, bemcomo leva ao consumo de alimentos in-dustrializados e ao aumento da ingestão

de sódio, açúcar e gordura. o resultadodisso é obesidade, hipertensão, diabe-tes, problemas cardiovasculares, entreoutras complicações.

essenciais aos serviços prestados àpopulação brasileira, os trabalhadoresdo setor de transporte também são ví-timas desse ritmo frenético. Historica-mente, enfrentam rotinas extenuantes

circuito sest senat de caminhada e corrida de rua reúnemais de 10 mil participantes nas três primeiras etapas.

evento acontece em 13 cidades até o fim do anopor DIEGO GOMES E THAYS PUZZI

SEST SENAT

Correndopela vida

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 67

sergio alberto/cnt

INÍCIO atletas dão a largada à etapa de brasília

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201568

seu circuito de caminhada ecorrida de rua.

entre julho e agosto, já forampromovidas três etapas: brasília(df), campo grande (ms), e beloHorizonte (mg). os eventos reu-niram mais de 10 mil atletas, en-tre motoristas profissionais, em-presários, familiares de profis-sionais, colaboradores do sestsenat e amantes dessa prática.

de trabalho, colocando, mui-tas vezes, sua saúde em xe-que. para tentar reverter essequadro, o sest senat, em con-sonância com sua missão dedesenvolver e disseminar acultura de transporte, promo-vendo a melhoria da qualida-de de vida e do desempenhoprofissional do trabalhador,organiza a segunda edição do

PREMIAÇÃO presidente da cnt e do sest senat, clésio andrade, durante

para as corridas, há as opçõesde provas de 5 km e 10 km. as ca-minhadas são de 2 km. nos lo-cais de disputa, são feitos alon-gamento pré-corrida e aulão deZumba, bem como disponibiliza-dos espaço para massagens ecamas elásticas para crianças.

presente na etapa mineira, opresidente da cnt e do sest se-nat, clésio andrade, destacou que

Mais de

4.000pessoas

participaramda etapade Brasília

SAÚDE, ESPORTE, LAZER E CULTURA

SERVIÇOS DO SEST SENAT

• a preocupação do sest senat com a qualidade de vida do

trabalhador em transporte se estende também para os campos

de esporte, cultura e lazer. por isso, as unidades contam com

toda a estrutura para a realização de aulas desportivas e oficinas

de arte, qualificação e renda. além disso, a instituição possui

um extenso calendário de datas comemorativas. nessas ocasiões,

são realizadas ações temáticas de lazer e de cidadania. outra

atividade desenvolvida pela instituição é a copa sest senat

de futebol 7 society

• as ações voltadas para a saúde do trabalhador em transporte

são prioritárias. as unidades do sest senat localizadas

em grandes centros urbanos, oferecem atendimento em

fisioterapia, psicologia, odontologia e nutrição. Já as localizadas

nas principais rodovias do país, disponibilizam atendimento

em fisioterapia e odontologia

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 69

de”, ressalta o motorista detransporte de valor luiz carlosrodrigues, que conquistou o 1ºlugar na categoria 5 km – benefi-ciário do setor do transporte naetapa de bH.

vencedor da prova de 5 kmem brasília no ano passado e se-gundo colocado neste ano, eus-táquio mariano, 54 anos, mudousua vida a fim de garantir o seu

entrega de troféu em belo Horizonte SAÚDE circuitos oferecem espaço para massagem

sest senat/divulgação

sergio alberto/cnt

o circuito representa mais umaação com o propósito de assegu-rar qualidade de vida aos traba-lhadores em transporte. “dentrodessa missão do sest senat, o cir-cuito mostra a importância quedamos ao bem-estar do trabalha-dor em transporte e da sociedadecomo um todo. a sensação é a demissão cumprida. estão todos deparabéns”, comenta.

a iniciativa configura uma im-portante oportunidade para quemuitos trabalhadores fujam darotina, desafiem seus limites ebusquem estilos de vida maissaudáveis. “é impressionante co-mo a nossa disposição mudaquando a gente pratica ativida-de física. correr o circuito dosest senat é uma prova de queestou em dia com a minha saú-

“Sinto-me mais preparadopara encarar as longas jornadasde trabalho”

EUSTÁQUIO MARIANO

motorista de ônibus urbano

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201570

siliense. Há três anos, ele decidiuinvestir em atividades físicascom o propósito de reduzir o es-tresse do dia a dia à frente decoletivos que repetem, religiosa-mente, o mesmo itinerário. “an-tes, até a convivência com a fa-mília era difícil. agora, melhorou100%. no trabalho, me sintomais disposto e motivado.”

por esse motivo, iniciativascomo essa do sest senat contri-buem para o reconhecimento dainstituição como referência em

bem-estar e o da sua família. mo-torista de ônibus urbano desde1992 e morador de ceilândia(df), ele é adepto das corridasde rua há mais de 11 anos. “essanova rotina mudou tudo paramim. consegui vencer o alcoolis-mo e a qualidade de vida hojenão tem nem comparação. sinto-me mais preparado para encararas longas jornadas de trabalho ede viagens”, relata eustáquio,que assegura que nunca se sen-tiu tão bem e arremata: “não to-mo mais remédios”.

a prática regular de exercí-cios físicos proporciona benefí-cios que se manifestam sob to-dos os aspectos no organismo.do ponto de vista músculo-es-quelético, auxilia na melhora daforça do tônus muscular e da fle-xibilidade, fortalecimento dosossos e das articulações, sem fa-lar dos ganhos para a saúde.além disso, tem se mostrado umeficiente mecanismo de integra-ção social. flávio camelo demendonça, também motorista deônibus urbano, foi o vencedor dacategoria de 5 km para profissio-nais do transporte da etapa bra-

RITMO participantes tiveram uma descontraída aula de zumba

sergio alberto/cnt

esporte e saúde. vencedora dacategoria de 5 km para trabalha-doras do transporte na corridano df, euzélia Xavier de miranda,45 anos, é professora de educa-ção física na unidade do sest se-nat brasília e busca sempre esti-mular os profissionais do setor ainvestirem em atividades físicas.“tem que incentivar mais as pes-soas a saírem do sofá. sou prati-cante de corridas há um ano emeio e, desde então, passei adormir melhor, as dores no cor-

“Circuitomostra a

importância quedamos ao

bem-estar dotrabalhador”

CLÉSIO ANDRADE

presidente da cnt e do sest senat

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 71

muel, com 23 quilos a menos ecom a saúde em dia.

Próximas etapascom o circuito, o sest senat

busca incentivar a prática deexercícios, prevenindo e contro-lando doenças, aliviando ou com-batendo o estresse, exercendoefeitos no convívio social dos tra-balhadores do setor de transpor-te e da população em geral. paraeste ano, ainda estão programa-das etapas em feira de santana(ba), curitiba (pr), boa vista (rr),cariacica (es), crato (ce), ribei-rão preto (sp), campos dos goy-tacazes (rJ), chapecó (sc), pelo-tas (rs) e em recife (pe).

para nicole goulart, diretora-executiva nacional do sest se-nat, o evento contribuiu para aconsolidação do atendimento aotrabalhador em transporte e àcomunidade. “com a realizaçãodo evento em 13 cidades brasilei-ras, a entidade incentiva a práti-ca de exercícios, fundamentalpara a saúde e para o bem-estarfísico e mental dos trabalhado-res em transporte e da comuni-dade em geral”, diz. l

RECORDE número de inscritos superou o de 2014

sest senat/divulgação

po diminuíram, a respiração me-lhorou, tenho mais disposiçãopara trabalhar e a produtividadeaumentou”, diz. para ela, o im-portante é começar. “inicia comuma caminhada e vai evoluindoaos poucos. procure se exercitarpelo menos três vezes por sema-na. em paralelo, tente reduzir oconsumo de comidas gordurosase massas em excesso.”

reinventar a sua rotina apartir de atividades físicas. es-sa foi a estratégia do professor

samuel fernandes para rever-ter um quadro crônico de se-dentarismo. com 35 anos e 118quilos, há um ano, ele, motiva-do pela espera de seu primeirofilho, decidiu revolucionar seuestilo de vida. “mudei a minhaalimentação e comecei a prati-car esportes. iniciei com cami-nhadas e pequenas corridas.em fevereiro deste ano, partici-pei da minha primeira corridae, hoje, com a do sest senat,completo a 18ª”, comemora sa-

“Com a realização doevento, a entidade incentiva aprática de exercícios”

NICOLE GOULART

diretora-eXecutiva nacional do sest senat

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BOLETIM ESTATÍSTICO

RODOVIÁRIO

malHa rodoviária - eXtensão em Km

TIPO PAVIMENTADA NÃO PAVIMENTADA TOTAL

federal 66.712 12.666 79.378estadual 119.691 105.601 225.292municipal 26.827 1.234.918 1.261.745rede planejada - - 154.192Total 213.230 1.353.185 1.720.607

malHa rodoviária concessionada - eXtensão em Kmadminstrada por concessionárias privadas 19.463administrada por operadoras estaduais 1.195

frota de veÍculoscaminhão 2.595.165cavalo mecânico 580.264 reboque 1.193.567semi-reboque 845.638ônibus interestaduais 19.923ônibus intermunicipais 57.000ônibus fretamento 25.834ônibus urbanos 107.000

nº de terminais rodoviários 173

infraestrutura - unidades

terminais de uso privativo misto 122

portos 35

frota mercante - unidades

embarcações de cabotagem e longo curso 163

Hidrovia - eXtensão em Km e frota

vias navegáveis 41.635

vias economicamente navegadas 20.956

embarcações próprias 2.055

AQUAVIÁRIO

FERROVIÁRIO

malHa ferroviária - eXtensão em Km

total nacional 30.499total concedida 28.996concessionárias 11malhas concedidas 12

malHa por concessionária - eXtensão em Kmall do brasil s.a. 12.021fca - ferrovia centro-atlântica s.a. 7.854mrs logística s.a. 1.800outras 7.321Total 28.996

material rodante - unidadesvagões 103.517locomotivas 3.472

passagens de nÍvel - unidades total 12.289críticas 2.659

velocidade média operacionalbrasil 25 km/h eua 80 km/h

AEROVIÁRIO

aerÓdromos - unidadesaeroportos internacionais 34aeroportos domésticos 29outros aeródromos - públicos e privados 2.387

aeronaves registradas no brasil - unidadestransporte regular, doméstico ou internacional 669 transporte não regular: táxi aéreo 1.579privado 8.825outros 8.328Total 19.401

MATRIZ DO TRANSPORTE DE CARGAS

MODAL MILHÕES (TKU) PARTICIPAÇÃO (%)

rodoviário 485.625 61,1

ferroviário 164.809 20,7

aquaviário 108.000 13,6

dutoviário 33.300 4,2

aéreo 3.169 0,4

Total 794.903 100

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201574

BOLETIM ECONÔMICO

Orçamento Fiscal da União e Orçamento das Estatais (Infraero e Cia Docas)

* veja a versão completa deste boletim em www.cnt.org.br

8

INVESTIMENTOS FEDERAIS EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE*

EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO FEDERAL EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE

Observações:

(1) expectativa de crescimento do pib para 2014 e 2015.

(2) taxa selic conforme copom 29/07/2015 e boletim focus.

(3) inflação acumulada no ano e expectativas segundo o boletim focus.

(4) posição dezembro/2014 e julho/2015 em us$ bilhões.

(5) câmbio de fim de período, média entre compra e venda.

(6) saldo da balança comercial até julho/2015.

* a taxa de crescimento do pib para 2014 diz respeito ao desempenho econômico entre janeiro e dezembro de 2014,

os valores de 2015 referem-se ao valor acumulado no 1º trimestre de 2015 a preços de mercado.

Fontes: receita federal, siga brasil - senado federal, ibge e focus (relatório de mercado 31/07/15),banco central do brasil.

Investimentos em transporte da União por Modal (Total Pago acumulado até julho/2015 (R$ 5,76 bilhões)

0,88(15,2%)

CONJUNTURA MACROECONÔMICA - AGOSTO/2015

2014 Acumuladoem 2015

Expectativapara 2015

Expectativapara 2016

pib (% cresc a.a.)1 0,1* -1,56 -1,80 0,20

selic (% a.a.)2 11,75 14,25 14,25 12,00

ipca (%)3 6,41 6,82 9,25 5,40

balança comercial6 -3,96 4,60 6,40 14,79reservas internacionais4 363,55 370,75 - -

câmbio (r$/us$)5 2,65 3,39 3,35 3,49

rodoviário ferroviário aquaviário aéreo

8,06,0

R$ bilh

ões corren

tes

4,02,0

10,0

18,0

14,016,0

12,0

rodoviário ferroviário aquaviário aéreoinvestimento total

2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: orçamento fiscal da união e orçamento de investimentos das empresas estatais (siga brasil - senado federal)

1,02(17,7%)

0,15(2,7%)

Investimento Total

2010

14,8 15,0 12,7 13,1 15,8

rodoviário 10,3 11,2 9,4 8,4 9,1ferroviário 2,5 1,6 1,1 2,3 2,7aquaviário (união+cia docas) 1,3 1,0 0,8 0,6 0,8aéreo (união+infraero) 0,7 1,2 1,4 1,8 3,3

2011 2012 2013 2014

ORÇAMENTO FISCAL DA UNIÃO E ORÇAMENTODAS ESTATAIS (INFRAERO E CIA DOCAS)

(valores em r$ bilhões correntes)

0

3,71(64,4%)

Investimentos em Transporte da União(Orçamento Fiscal)

(dados acumulados até julho/2015)

autorizado total pagovalores pagos do exercício

obs.: o total pago inclui valores pagos do exercício atual e restos a pagar pagos de anos anteriores.

20

15

R$ bilhõe

s

10

5

0

25

0,74

15,44

Fonte: orçamento fiscal da união e orçamento de investimentos das empresas estatais (siga brasil - senado federal);

restos a pagar pagos

autorizado união 15.445,63dotação das estatais (infraero e cia docas) 2.318,95Total de Recursos Disponíveis 17.764,59

rodoviário 3.712,58ferroviário 875,79aquaviário (união + cia docas) 299,69aéreo (união + infraero) 1.463,92Investimento Total (Total Pago) 6.351,98

Notas: (A) atualizado em 03.08.2015 com dados acumulados (siga brasil) até 31.07.2015.

(B) para fins de cálc ulo do investimento realizado, utilizou-se o filtro gnd = 4 (investimento).

(C) os investimentos em transporte aéreo passaram a incorporar os desembolsos realizados para melhoria e

adequação dos sistemas de controle de tráfego aéreo e de navegação, descrito nas ações 20Xv, 118t,3133, e 2923.

RECURSOS DISPONÍVEIS E INVESTIMENTO FEDERALORÇAMENTO FISCAL E ESTATAIS (INFRAERO E CIA DOCAS)

(r$ milhões correntes - acumulados até julho de 2015)

5,765,02

Recursos Disponíveis

Investimento Realizado

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INVESTIMENTO PÚBLICO FEDERAL EM INFRAESTRUTURADE TRANSPORTE POR ESTADOS E REGIÕES

(valores em r$ milhões correntes)1

orçamento fiscal (total pago2 por modal de transporte)

Notas:(1) foram utilizados os seguintes filtros: função (26), subfunção (781=aéreo, 782=rodoviário, 783=ferroviário, 784=aquaviário), gnd (4=investimentos). para a subfunção 781 (aéreo),não foi aplicado nenhum filtro para a função. fonte: siga brasil (execução do orçamento fiscal da união).(2) o total pago é igual ao valor pago no exercício acrescido de restos a pagar pagos.(3) o valor investido em cada região não é igual ao somatório do valor gasto nos respectivos estados. as obras classificadas por região são aquelas que atendem a mais de umestado e por isso não foram desagregadas. algumas obras atendem a mais de uma região, por isso recebem a classificação nacional. (4) as obras foram classificadas pelo critério de maior desembolso (valor pago + restos a pagar pagos) em 2015.(5) ações de infraestrutura de transporte contempladas com os maiores desembolsos do orçamento fiscal da união no acumulado de janeiro a julho de 2015.(6)os valores expressos na tabela dizem respeito apenas ao total pago pela união no período em análise. não foram incluídos os desembolsos realizados pelas empresas estatais.(7) as ações orçamentárias são definidas como operações das quais resultam produtos (bens ou serviços) que contribuem para atender o objetivo de um programa segundo omanual de técnico de orçamento 2015.

REGIÕE

S3Ra

nking

Para consultar a execução detalhada, acesse o link http://www.cnt.org.br/Paginas/Boletim-economico.aspx

Ordem R$ milhões6

1º2º3º4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

Elaboração: confederação nacional do transporte*orçamento fiscal da união, atualizado em 03.08.2015 com dados acumulados (siga brasil) até 31.07.2015.

Rodoviário Ferroviário Aquaviário Aéreo Totalacre 40,96 0,00 0,00 0,46 41,42alagoas 100,23 0,00 0,00 0,00 100,23amazonas 0,02 0,00 22,09 2,23 24,33amapá 48,03 0,00 0,00 0,00 48,03bahia 290,21 0,83 0,00 8,25 299,28ceará 36,69 0,00 0,00 0,00 36,69distrito federal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00espírito santo 22,31 0,00 0,00 0,01 22,32goiás 50,71 20,77 0,00 4,77 76,25maranhão 81,58 0,00 10,16 0,16 91,90minas gerais 328,89 0,00 0,00 0,48 329,37mato grosso do sul 39,57 0,00 0,00 0,00 39,57mato grosso 76,46 0,00 0,00 1,49 77,96pará 137,14 0,00 0,00 0,00 137,14paraíba 11,27 0,00 0,00 0,14 11,41pernambuco 155,94 0,00 0,00 3,34 159,28piauí 1,00 0,00 0,00 0,00 1,00paraná 57,83 0,00 0,00 0,31 58,14rio de Janeiro 63,85 0,00 0,00 0,54 64,39rio grande do norte 4,67 0,00 0,00 0,00 4,67rondônia 5,08 0,00 0,00 0,46 5,55roraima 27,07 0,00 0,00 0,14 27,21rio grande do sul 211,22 0,00 11,69 0,36 223,26santa catarina 259,98 0,00 55,75 0,00 315,73sergipe 54,96 0,00 0,00 0,00 54,96são paulo 1,58 62,27 1,77 0,00 65,63tocantins 49,15 0,76 0,00 0,00 49,91centro oeste 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00nordeste 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00norte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00sudeste 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00sul 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00nacional 1.556,17 791,15 55,43 993,62 3.396,37Total 3.712,58 875,79 156,88 1.016,75 5.762,00

Estado

s

manutenção de trechos rodoviários na região nordeste 548,55manutenção de trechos rodoviários na região sul 408,83manutenção de trechos rodoviários na região norte 385,88construção da ferrovia de intregação oeste-leste - ilhéus-caetite - ba 334,86manutenção de trechos rodoviários na região sudeste 270,07manutenção de trechos rodoviários na região sudeste 236,40adequação de trecho rodoviário - porto alegre - pelotas - na br - 116/rs 175,44controle de velocidade na malha rodoviária federal 172,57construção da ferrovia norte-sul - ouro verde de goiás - são simão - go 152,62construção da ferrovia de integração oeste-leste - caetite - barreiras - ba 142,52Total 2.827,74Part. (%) no Total Pago do Orçamento Fiscal da União até julho - 2015 49,1%

Ações orçamentárias7

maiores desembolsos4 (total pago acumulado até julho de 2015)5

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201576

DESPOLUIR

a confederação nacional do transporte (cnt) e o sest senat lançaram em 2007 o programa ambiental do transporte - despoluir,com o objetivo de promover o engajamento de empresários, caminhoneiros autônomos, taxistas, trabalhadores em transporte e da sociedade na construção de um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.

PROJETOS

• redução da emissão de poluentes pelos veículos

• incentivo ao uso de energia limpa pelo setor transportador

• aprimoramento da gestão ambiental nas empresas, garagens e terminais

de transporte

• cidadania para o meio ambiente

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

para participar do projeto redução da emissão de poluentes pelos veículos,entre em contato com a federação que atende o seu estado.

o governo brasileiro adotou o biodieselna matriz energética nacional, atravésda criação do programa nacional de pro-dução e uso de biodiesel e da aprovaçãoda lei n. 11.097. atualmente, todo o óleodiesel veicular comercializado ao consu-midor final possui biodiesel. essa mistu-ra é denominada óleo diesel b e apresen-ta uma série de benefícios ambientais,estratégicos e qualitativos. o objetivodesta publicação é auxiliar na rotinaoperacional dos transportadores, apre-sentando subsídios para a efetiva ado-ção de procedimentos que garantam aqualidade do óleo diesel b, trazendo be-nefícios ao transportador e, sobretudo,ao meio ambiente.

a pesquisa “caminhoneiros nobrasil - relatório síntese de infor-mações ambientais” apresenta arealidade e as necessidades de umdos principais agentes do setor detransporte. informações econômi-cas, financeiras, sociais e ambien-tais, além de dados relacionados àfrota, como distribuição e idademédia; características dos veícu-los e dos deslocamentos; intensi-dade de uso e autonomia (km/l) dafrota permitem aprofundar os co-nhecimentos relativos ao setor detransporte rodoviário.

PUBLICAÇÕES DO DESPOLUIRconheça abaixo duas das diversas publicações ambientais que estãodisponíveis para download no site do DESPOLUIR:

para saber mais: www.cntdespoluir.org.br

8

BOLETIM DO DESPOLUIR

Carga

(empresas)

fetramaZfetracanfetrabasefenatacfetransportesfetcemgfetransparfetranscargafetransulfetrancescfetcespfecam-spfecam-scfecam-rsfecam-rJfetac-pr fetac-mg fetranortefetronorfetrabasefetrans*fetrasulfetransportesfetramfetramarfepascfetransporfetergsfetransportesfetrabase

ac, am, ap, pa, ro e rral, ce, ma, pb, pe, pi e rn

ba e sedf, go, ms, mt e to

esmgprrJrsscspspscrs rJ prmg

ac, am, ap, pa e rral, pb, pe e rn

ba e sece, pi e ma

df, go, sp e toesmg

ms, mt e ropr e sc

rJrses

ba e se

(92) 3658-6080(81) 3441-3614(71) 3341-6238(61) 3361-5295(27) 2125-7643(31) 3490-0330(41) 3333-2900(21) 3869-8073(51) 3374-8080(48) 3248-1104(11) 2632-1010(19) 3585-3345(49) 3222-4681(51) 3232-3407(21) 3495-2726(42) 3027-1314(31) 3271-9837(92) 3584-6504(84) 3234-2493(71) 3341-6238(85) 3261-7066(62) 3233-0977(27) 2125-7643(31) 3274-2727(65) 3027-2978(41) 3244-6844(21) 3221-6300(51) 3228-0622(27) 2125-7643(71) 3341-6238

Carga ePassageiros

Carga(autônomos)

Passageiros

FEDERAÇÃO UFs ATENDIDAS TELEFONESETOR

AVALIAÇÕES AMBIENTAIS ESTRUTURA

RESULTADOS DO PROJETO DE REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE POLUENTES PELOS VEÍCULOS*

aferições 1.235.589 144.637 1.380.226

* dados preliminares sujeitos a alterações.

federações participantes 27

unidades de atendimento 92

empresas atendidas 12.073

caminhoneiros autônomos atendidos 13.593

TOTAL2015ATÉ JULHO

2007 A 2014 PERÍODO

aprovação no período 87,69% 76,92% 86,56%

* a fetrans corresponde à antiga cepimar, conforme atualização em julho de 2015.

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SETOR CO2 t/ANO PARTICIPAÇÃO (%)mudança no uso da terra 1.202,13 76,35industrial* 140,05 8,90transporte 136,15 8,65geração de energia 48,45 3,07outros setores 47,76 3,03Total 1.574,54 100,00

MODAL CO2 t/ANO PARTICIPAÇÃO (%)rodoviário 123,17 90,46aéreo 7,68 5,65outros meios 5,29 3,88Total 136,15 100,00

EMISSÕES DE CO2 NO BRASIL(EM BILHÕES DE TONELADAS - INCLUÍDO MUDANÇA NO USO DA TERRA)

EMISSÕES DE CO2 POR SETOR

*Inclui processos industriais e uso de energia

80%70%60%50%40%30%20%

QUALIDADE DO ÓLEO DIESELTEOR MÁXIMO DE ENXOFRE (S) NO ÓLEO DIESEL (em ppm de S )*

Japão 10união europeia 10eua 15

brasil 10**

CE: fortaleza, aquiraz, Horizonte, caucaia, itaitinga, chorozinho, maracanaú, euzébio, maranguape, pacajus, guaiúba, pacatuba, são gonçalo doamarante, pindoretama e cascavel.PA: belém, ananindeua, marituba, santa bárbara do pará, benevides e santa isabel do pará.PE: recife, abreu e lima, itapissuma, araçoiaba, Jaboatão dos guararapes, cabo de santo agostinho, moreno, camaragibe, olinda, igarassu, paulista,ipojuca, itamaracá e são lourenço da mata.Frotas cativas de ônibus dos municípios: belo Horizonte, rio de Janeiro, curitiba, salvador, porto alegre e são paulo.RJ: rio de Janeiro, belford roxo, nilópolis, duque de caxias, niterói, guapimirim, nova iguaçu, itaboraí, paracambi, itaguaí, queimados, Japeri, são gonçalo, magé, são João de meriti, mangaratiba, seropédica, maricá, tanguá e mesquita.SP: são paulo, americana, mairiporã, artur nogueira, mauá, arujá, mogi das cruzes, barueri, mongaguá, bertioga, monte mor, biritibamirim, novaodessa, caçapava, osasco, caieiras, paulínia, cajamar, pedreira, campinas, peruíbe, carapicuíba, pindamonhangaba, cosmópolis, pirapora do bomJesus, cotia, poá, cubatão, praia grande, diadema, ribeirão pires, embu, rio grande da serra, embuguaçu, salesópolis, engenheiro coelho, santabárbara d’ oeste, ferraz de vasconcelos, santa branca, francisco morato, santa isabel, franco da rocha, santana de parnaíba, guararema, santoandré, guarujá, santo antônio da posse, guarulhos, santos, Holambra, são bernardo do campo, Hortolândia, são caetano do sul, igaratá, são Josédos campos, indaiatuba, são lourenço da serra, itanhaém, são vicente, itapecerica da serra, sumaré, itapevi, suzano, itaquaquecetuba, taboão daserra, itatiba, taubaté, Jacareí, tremembé, Jaguariúna, valinhos, Jandira, vargem grande paulista, Juquitiba e vinhedo.

10%0%

automóveis comerciais leves gnvmotocicletas caminhõespesados

caminhõesmédios

comerciais leves ônibusrodoviários

caminhõesleves

ônibusurbanos

80%

50%40%30%20%

70%60%

10%0%

noxnmHccocH4

co2

noxconmHcmp

co2

diesel 49,23 52,26 55,90 58,57 60,03 28,05

gasolina 29,84 35,49 39,69 41,42 44,36 20,43

etanol 15,07 10,89 9,85 11,75 12,99 8,38

CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL

CONSUMO DE ÓLEO DIESEL POR MODAL DE TRANSPORTE (em milhões de m3)

CONSUMO TOTAL POR TIPO DE COMBUSTÍVEL (em milhões de m3)*

* Inclui consumo de todos os setores (transporte, indústria, energia, agricultura, etc).** Dados atualizados em 22 de julho de 2015.

rodoviário 31,68 34,46 36,38 38,60 40,60 41,40

ferroviário 0,96 1,08 1,18 1,21 1,20 1,18

Hidroviário 0,12 0,13 0,14 0,16 0,18 0,18

Total 32,76 35,68 37,71 39,97 41,99 42,77

2009

VOLUMEMODAL

VOLUME VOLUME VOLUME

2010 2011 2012

VOLUME VOLUME

2013 2014

* em partes por milhão de s - ppm de s** municípios com venda exclusiva de s10. para ver a lista dos postos que ofertam o diesel s10, consulte o site do despoluir: www.cntdespoluir.org.br*** a partir de janeiro de 2014, o diesel interiorano passou a ser s500. para mais informações, consulte a seção legislação no site do despoluir:

www.cntdespoluir.org.br

demais estados e cidades 500***

TIPO 2010 2011 2012 2013 2014 2015**

* inclui veículos movidos a gasolina, etanol e gnvdados de 2009 fornecidos pelo último inventário nacional de emissões atmosféricas por veículos automotores rodoviários – mma,2011.

EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO OTTO* EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO DIESEL

BOLETIM AMBIEN TAL

(junho)EMISSÕES DE CO2 POR MODAL DE TRANSPORTE

NÃO-CONFORMIDADES POR NATUREZA NO ÓLEO DIESEL - MAIO 2015

corante 4,9%

aspecto 0,0%*

pt. fulgor 19,0%

enxofre 39,3%

teor de biodiesel 30,1%outros 6,7%

19,0%

30,1%6,7% 4,9%

39,3%

al am

% n

c

ap ba ce df es go ma mg ms mt pa pb pe pi pr rJ rn ro rr rs sc se sp to brasil

1,90,0

2,5 3,60,0 0,0 1,3 1,0 0,9

3,2 3,0

ac9,4 0,5 0 5 1,1 0 3,9 2,5 6,8 1,9 0 4,7 0 0 3,6 0 1,5 6,6 0 0 0 1,3 1 0,9 3,2 2,1 308,8 0,5 0 5,4 0 4,2 3,6 6,2 2,5 0 4,7 11,1 14,4 3,2 0 1,2 4,6 0 0 0 1,6 0,9 0,7 3,5 3,1 3,30

trimestre anterior

trimestre atual

0,0

6,8

0,05,0

0,0

9,4

0,00

181512

33

242730

21

963

3,9 2,1

percentual relativo ao número de não-conformidades encontradas no total de amostras coletadas.cada amostra analisada pode conter uma ou mais não-conformidades.unidades federativas para as quais não houve monitoramento nos períodos considerados: ac, df, ms, pi, ro e rr.trimestre atual: mar a mai/2015; trimestre anterior: fev a abr/2015.

1,16,64,7

1,5

ÍNDICE TRIMESTRAL DE NÃO-CONFORMIDADES NO ÓLEO DIESEL POR ESTADO - MAIO 2015

0,5 0,0

1,2

0,00,0

(*) resultados respectivos por região, número total de amostras e percentual de reprovação: norte, 135 (1,5%); nordeste, 671 (0,0%); centro-oeste, 521 (3,3%); sudeste, 2.397 (1,0%) e sul, 654 (0,6%).

0,0%*

Page 78: Ar mais puro

para saber mais: www.cntdespoluir.org.br

8

EFEITOS DOS PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS DO TRANSPORTE

POLUENTES PRINCIPAIS FONTES CARACTERÍSTICASEFEITOS

SAÚDE HUMANA1 MEIO AMBIENTE

resultado do processo decombustão de fonte móveis2

e de fontes fixas industriais3.gás incolor, inodoro e tóxico.

diminui a capacidade do sangue em transportar oxigênio. aspirado em grandesquantidades pode causar a morte.

dióxido decarbono

(co2)

resultado do processo decombustão de fonte móveis2

e de fontes fixas industriais3.gás tóxico, sem cor e sem odor.

provoca confusão mental, prejuízo dos reflexos, inconsciência, parada das funções cerebrais.

metano(cH4)

resultado do processo decombustão de fontes móveis2

e fixas3, atividades agrícolas e pecuárias, aterros sanitários e processos industriais4.

gás tóxico, sem cor, sem odor.quando adicionado a águatorna-se altamente explosivo.

causa asfixia, parada cardíaca,inconsciência e até mesmo danosno sistema nervoso central, se inalado.

compostosorgânicosvoláteis(covs)

resultado do processo decombustão de fonte móveis2

e processos industriais4.

composto por uma grandevariedade de moléculas a basede carbono, como aldeídos,cetonas e outroshidrocarbonetos leves.

causa irritação da membrana mucosa, conjuntivite, danos na pele e nos canaisrespiratórios. em contato com a pele podedeixar a pele sensível e enrugada e quandoingeridos ou inalados em quantidades elevadas causam lesões no esôfago,traqueia, trato gastro-intestinal, vômitos,perda de consciência e desmaios.

Óxidos denitrogênio

(nox)

formado pela reação do óxido denitrogênio e do oxigênio reativopresentes na atmosfera e queima de biomassa e combustíveis fósseis.

o no é um gás incolor, solúvel.o no2 é um gás de cor acastanhada ou castanho avermelhada, de cheiro forte eirritante, muito tóxico. o n2o éum gás incolor, conhecidopopularmente como gás do riso.

o no2 provoca irritação nos pulmões e diminui a resistência às infecções respiratórias.

causam o aquecimento global,por serem gases de efeito estufa.causadores da chuva ácida5.

ozônio(o3)

formado pela quebra dasmoléculas dos hidrocarbonetos liberados por alguns poluentes,como combustão de gasolina ediesel. sua formação éfavorecida pela incidência deluz solar e ausência de vento.

gás azulado à temperaturaambiente, instável, altamentereativo e oxidante.

provoca problemas respiratórios,irritação aos olhos, nariz e garganta.

causa destruição e afeta odesenvolvimento de plantas e animais, devido a sua natureza corrosiva. é um gás de efeito estufa.

dióxido de enxofre(so2)

resultado do processo decombustão de fontes móveis2

e processos industriais4.

gás denso, incolor, não inflamávele altamente tóxico.

provoca irritação e aumento naprodução de muco, desconforto narespiração e agravamento deproblemas respiratórios ecardiovasculares.

causa o aquecimento global, porser um gás de efeito estufa.causador da chuva ácida5, quedeteriora diversos materiais, acidifica corpos d'água e provocadestruição de florestas.

materialparticulado

(mp)

resultado da queimaincompleta de combustíveise de seus aditivos, deprocessos industriais e dodesgaste de pneus e freios.

1. conforme o comunicado nº 213/2012 do centro internacional de pesquisas sobre o câncer (iarc), vinculado à organização mundial da saúde (oms), a fumaça do diesel é classificada como substância cancerígena, na mesmacategoria em que se encontram o amianto, a bebida alcoólica e o cigarro.

2. fontes móveis: motores a gasolina, diesel, álcool ou gnv.3. fontes fixas: centrais elétricas e termelétricas, instalações de produção, incineradores, fornos industriais e domésticos, aparelhos de queima e fontes naturais como vulcões, incêndios florestais ou pântanos.4. processos industriais: procedimentos químicos ou mecânicos que fazem parte da fabricação de um ou vários itens, usualmente em grande escala.5. chuva ácida: provocada por emissões de dióxido de enxofre (so2) e óxidos de nitrogênio (nox) a partir de usinas de energia, carros e fábricas.

conjunto de poluentes constituídode poeira, fumaça e todo tipo dematerial sólido e líquido que semantém suspenso. possuemdiversos tamanhos emsuspensão na atmosfera. otamanho das partículas estádiretamente associado ao seupotencial para causar problemasà saúde, quanto menores,maiores os efeitos provocados.

provoca incômodo e irritação no nariz e garganta. causa problemas respiratórios, cardíacos e câncer.

altera o pH, os níveis depigmentação e a fotossíntesedas plantas, devido a poeiradepositada nas folhas.

causam o aquecimento global,por serem gases de efeito estufa.

monóxido decarbono

(co)

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ALEXANDRE GARCIA

Page 81: Ar mais puro

CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 2015 81

este agosto, num auditório do senado,um seminário vai tentar ressuscitar anavegação de cabotagem no brasil. oencontro é promovido por deputadose senadores da frente parlamentar delogística de transportes e armazena-

gem. entre os portos de manaus e de portoalegre, são quase 7.500 quilômetros de nave-gação fluvial, marítima e lacustre, unindo to-dos os portos brasileiros nesse percurso.uma oportunidade sem igual de ligar o brasilpor um transporte de grande tonelagem, dealiviar as rodovias e de se buscar eficiênciae barateamento de custos.

pode ser que a crise nos leve a recuperar aatividade de cabotagem como nos bons velhostempos dos ita, da cia. nacional de navegaçãocosteira, navios com nomes que inspiraram amúsica de dorival caymmi e foram pano de fun-do para romances de Jorge amado. tempos áu-reos de cargas e passageiros, unindo o país aoutras empresas, como o lloyd nacional e olóide brasileiro. navegação o ano todo, inde-pendente de enchentes que inundam rodovias enevoeiros que fecham aeroportos, e sem preci-sar de lançar trilhos, porque o leito da aquaviajá está lançado desde que o mundo é mundo.

a cabotagem afundou ao emergir a indús-tria automobilística. os estímulos do governonão foram suficientes para impedir o naufrá-gio. o fundo de marinha mercante e a suna-man soçobraram na esteira da prioridade quese deu às rodovias. para um país-continente,soa absurdo que tenhamos hoje pouco maisde 150 navios de diversos portes, num total de

3 milhões de toneladas de porte bruto e comidade média de 20 anos. cerca de metade des-sa frota é da petrobras, com uma maioria depetroleiros. depois vêm os graneleiros, so-brando pouco mais de 10% para os porta-con-têineres. ou seja, um décimo de nossa peque-na frota doméstica é que pode realmentetransportar mercadorias não-commodities.

passageiros, turistas, então, já não sin-gram em navios nacionais os nossos verdesmares. nos anos 1960, meus pais ainda tive-ram a sorte de fazer férias de 26 dias em na-vio doméstico de passageiros, o rosa dafonseca, do rio a manaus. e se divertirammuito. Hoje, o turismo só é oferecido por na-vios estrangeiros e quando ficam com me-nos ocupação no hemisfério norte.

atualmente, a cabotagem se limita pratica-mente a combustíveis e grãos, sendo que acarga geral sofre ventos contrários de regula-mentos e normas federais e estaduais, assimcomo do custo dos portos brasileiros. no semi-nário deste mês, vão tratar da possibilidade derevisar normas e custos que entravam a cabo-tagem. muitos se queixam de que há carga pa-ra ir, mas não para voltar. será esse um entra-ve decisivo em um país com a extensão do bra-sil e suas diversidades regionais? como sobre-viviam então, nos seus áureos tempos, as em-presas de navegação nacionais? talvez tenha-mos todos que acordar para o óbvio: há umaextensa estrada aquática à nossa disposição,que não aproveitamos. um desperdício oceâni-co. é preciso resgatar das profundezas da nos-sa ineficiência a navegação de cabotagem.

N

“a cabotagem afundou ao emergir a indústria automobilística. os estímulos do governo não foram suficientes para impedir o naufrágio”

Peguei um Ita no Norte

ALEXANDRE GARCIA

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CNT TRANSPORTE ATUAL AGOSTO 201582

CNTCONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE

PRESIDENTE clésio soares de andrade

VICE-PRESIDENTES DA CNTTRANSPORTE DE CARGAS

newton Jerônimo gibson duarte rodriguesTRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

meton soares Júnior TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Jacob barata filho TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José da fonseca lopes

PRESIDENTES DE SEÇÃO E VICE-PRESIDENTES DE SEÇÃOTRANSPORTE DE PASSAGEIROS

marco antonio gulin otávio vieira da cunha filhoTRANSPORTE DE CARGAS

flávio benatti pedro José de oliveira lopes TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

edgar ferreira de sousaTRANSPORTE AQUAVIÁRIO

glen gordon findlay TRANSPORTE FERROVIÁRIO

rodrigo vilaçaJoubert fortes flores filho TRANSPORTE AÉREO

José afonso assumpção Wolner José pereira de aguiar

CONSELHO FISCAL (TITULARES)david lopes de oliveira luiz maldonado marthos José Hélio fernandes

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)Jerson antonio pícoliandré luiz Zanin de oliveira José veronez eduardo ferreira rebuzzi

DIRETORIATRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

luiz Wagner chieppe alfredo José bezerra leite lelis marcos teixeira José augusto pinheiro

victorino aldo saccol

eudo laranjeiras costa antônio carlos melgaço Knittel eurico galhardi José luís santolin francisco saldanha bezerra Jerson antonio pícoliJoão rezende filhodante José gulin mário martins

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

luiz anselmo trombiniurubatan Helouirani bertolinipaulo sergio ribeiro da silvaeduardo ferreira rebuzzioswaldo dias de castro daniel luís carvalhoaugusto emilio dalçóquio geraldo aguiar brito viannaaugusto dalçóquio netoeuclides Haiss paulo vicente caleffi francisco pelúcio

TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

moacir da silvasergio antonio oliveiraJosé alexandrino ferreira netoJosé percides rodrigues luiz maldonado marthos sandoval geraldino dos santos renato ramos pereiraandré luiz costa getúlio vargas de moura braatz nilton noel da rocha neirman moreira da silva

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

marcos machado soaresclaudomiro picanço carvalho filhoandré luiz Zanin de oliveiramoacyr bonelligeorge alberto takahashi José carlos ribeiro gomes aloisio sobreiraJosé rebello iiiJosé roquefernando ferreira beckerraimundo Holanda cavalcante filho Jorge afonso quagliani pereiraeclésio da silvaandré macena de lima

DOS LEITORES

escreva para CNT TRANSPORTE ATUALas mensagens devem conter nome completo, endereço e telefone dos remetentes

REPORTAGEM DE CAPA

os prejuízos causados com osônibus incendiados afetam asempresas e a sociedade. alémdisso, essa depredação de patrimônio público agrava aindamais a situação da mobilidadeurbana no brasil que está bemprejudicada. é necessária a aprovação de uma lei que tipifique o crime de dano ao patrimônio público ou privadocomo crime inafiançável e quegaranta a segurança necessária à sociedade. não podemos ficar à mercê desses criminosos.

João Nogueirasão paulo (sp)

PEDALANDO

precisamos utilizar mais abicicleta e não deixá-la empoeirando nas garagens. passeios ciclísticos como o pedalando sest senat incentivama prática e reforçam que a bicicleta pode ser usada não apenas em momentos de lazer,mas também como transporte,conforme mostra a reportagem publicada na última edição da revista CNT Transporte Atual.achei muito bacana a iniciativado trio de empresários que investiuem uma empresa especializadana entrega de documentos usando a bicicleta. precisamosincentivar práticas como essas.

Lívia Amorimsalvador (ba)

DIREÇÃO PERIGOSA

motoristas que usam drogas eassumem a direção causam grandes riscos ao trânsito. a lei precisa discriminar quais as drogas devem ser proibidas,como explicou na reportagem abioquímica e farmacêutica dausp vilma leyton. a medida precisa ser tomada com urgência, antes que o número de vítimas fatais aumente nas estradas brasileiras.

Adriana Matosrio de Janeiro (rJ)

AVIAÇÃO

impressionante como as melhorias realizadas no aeroporto internacional JuscelinoKubitschek, em brasília, têm refletido no dia a dia de quemprecisa usar os serviços do terminal. agora, a partir denovembro, o aeródromo será o primeiro da américa latina a permitir que dois aviões pousem ou decolem simultaneamente. as operaçõesparalelas possibilitarão o aumento do fluxo no terminal. parabéns à inframerica.

Carla Souzabrasília (df)

Cartas:saus, quadra 1, bloco Jedifício cnt, entradas 10 e 20, 11º andar70070-010 - brasília (df)e-mail: [email protected] por motivo de espaço, as mensagens serão selecionadas e poderão sofrer cortes

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