305 001 cg lport lestr red 2

Upload: may-costa

Post on 17-Oct-2015

24 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    1/20

    Conra seus dados impressos neste caderno.

    Esta prova contm 45 questes objetivas e uma proposta de redao, e ter durao totalde 4 horas.

    Para cada questo, o candidato dever assinalar apenas uma alternativa.Com caneta de tinta azul ou preta, assine a folha de respostas e marque a alternativa que

    julgar correta.

    O candidato somente poder entregar a folha de respostas e sair do prdio depois de trans-corridas 2 horas, contadas a partir do incio da prova.

    Vestibular 2013

    001. PROVA DE LNGUA PORTUGUESA,

    LNGUA INGLESA E REDAO

    13.12.2012

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    2/20

    2UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    3/20

    QUESTO 01

    Examine a tiraNquel Nusea, do cartunista Fernando Gonsales.

    onovo

    Drummond

    Humm... Precisode outra rima...

    Jsei!!

    Meucorao morrede paixo por

    tuzoNo

    gostoudovocezo?

    Acheihorrvel!

    Meu coraomorre de paixo

    por vocezo!Voce-zo??

    (Folha de S.Paulo, 18.10.2011.)

    Com a fala o novo Drummond, no ltimo quadrinho, apersonagem revela-se

    (A) desdenhosa, pois sugere que Drummond um poeta sematrativos.

    (B) raivosa, pois considera que o amigo e Drummond sopssimos poetas.

    (C) extasiada, pois considera que os versos declamados peloamigo so lricos.

    (D) perplexa, pois considera que os versos do amigo so artelegtima.

    (E) irnica, pois sugere que os versos do amigo so de mqualidade.

    INSTRUO: Leia o poema O constante dilogo, de CarlosDrummond de Andrade, para responder s questes de n-meros 02a 05.

    H tantos dilogos

    Dilogo com o ser amado

    o semelhanteo diferenteo indiferenteo opostoo adversrioo surdo-mudoo possessoo irracionalo vegetalo mineral

    o inominadoDilogo consigo mesmo

    com a noiteos astrosos mortosas ideiaso sonhoo passadoo mais que futuro

    Escolhe teu dilogo

    etua melhor palavra

    outeu melhor silncioMesmo no silncio e com o silnciodialogamos.

    (Carlos Drummond de Andrade.Discurso de primaverae algumas sombras,1977.)

    QUESTO 02

    O eu lrico, ao mostrar as variedades do dilogo, revela queeste

    (A) implica necessariamente um outro, distinto do eu.

    (B) constri a ideia de que comunicar exige afinidade.

    (C) uma realidade inerente condio humana.

    (D) uma forma que, na verdade, dissimula um monlogo.

    (E) concebe o presente desprovido das marcas do passado.

    323441

    3 UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    4/20

    QUESTO 03

    Na abordagem temtica do poema, destaca-se a insero dodiscurso

    (A) da metafsica, marcando-se com imagens que suscitamideias relacionadas morte e fugacidade do tempo.

    (B) da comunicao, estabelecendo-se por meio dela umareflexo filosfica sobre o fazer potico.

    (C) do desalento, expressando-se uma viso pessimista domundo e das pessoas, decorrente da frustrao com avida.

    (D) da autobiografia, evidenciando-se com sutileza aspectosrelacionados vida do poeta em Minas Gerais.

    (E) da ausncia, marcando-se pela tenso existencial confli-tuosa e pela falta de sentimento entre as pessoas.

    QUESTO 04

    Escolhe teu dilogoe

    tua melhor palavraou

    teu melhor silncioMesmo no silncio e com o silnciodialogamos.

    Nesses versos da ltima estrofe do poema, o sentido com quese emprega o imperativo afirmativo e a circunstncia expressapelas expresses no silncio e com o silncio so, respec-tivamente:

    (A) sugesto e modo.

    (B) sarcasmo e consequncia.

    (C) advertncia e lugar.

    (D) ordem e movimento.

    (E) orientao e causa.

    INSTRUO: Leia o texto para responder s questes de nme-ros 05a 08.

    O silncio a matria significante por excelncia, umcontinuum significante. O real da comunicao o silncio.E como o nosso objeto de reflexo o discurso, chegamos auma outra afirmao que sucede a essa: o silncio o real dodiscurso.

    O homem est condenado a significar. Com ou sem pa-

    lavras, diante do mundo, h uma injuno interpretao:tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja). O homemest irremediavelmente constitudo pela sua relao com osimblico.

    Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos sig-nos, se produz uma sobreposio entre linguagem (verbal eno-verbal) e significao.

    Disso decorreu um recobrimento dessas duas noes, re-sultando uma reduo pela qual qualquer matria significantefala, isto , remetida linguagem (sobretudo verbal) paraque lhe seja atribudo sentido.

    Nessa mesma direo, coloca-se o imprio do verbalem nossas formas sociais: traduz-se o silncio em palavras.V-se assim o silncio como linguagem e perde-se sua especi-ficidade, enquanto matria significante distinta da linguagem.

    (Eni Orlandi.As formas do silncio, 1997.)

    QUESTO 05

    A ideia comum entre o poema de Drummond e o texto de EniOrlandi diz respeito ao fato de que o silncio

    (A) consiste em represso ao dilogo.

    (B) tambm uma forma de comunicao.

    (C) permite a interpretao mais objetiva.

    (D) reconstri a comunicao verbal.

    (E) sinnimo de ausncia de sentido.

    QUESTO 06

    No segundo pargrafo do texto, empregam-se as aspas no termocondenadopara

    (A) marc-lo com sentido conotativo, equivalente a repro-vvel.

    (B) reforar-lhe o sentido contextual, equivalente a predes-tinado.

    (C) destitu-lo do sentido literal, equivalente a bulioso.

    (D) enfatizar-lhe o sentido denotativo, equivalente a des-

    graado.

    (E) atribuir-lhe um segundo sentido, equivalente a culpado.

    4UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    5/20

    QUESTO 07

    Ao analisar a prevalncia da linguagem verbal na comunicaosocial, a autora enfatiza que

    (A) as palavras recuperam satisfatoriamente os sentidossilenciados.

    (B) a verdadeira linguagem prescinde do silncio e daspalavras.

    (C) a essncia do silncio se perde, quando ele traduzidopelas palavras.

    (D) a exigncia da comunicao implica o fim do silncio.

    (E) a comunicao pelo silncio , de fato, irrealizvel.

    QUESTO 08

    Na orao do 4. pargrafo [...]para que lhe seja atribudo

    sentido., o pronome lhe substitui a expresso

    (A) linguagem e significao.

    (B) uma reduo.

    (C) um recobrimento.

    (D) o silncio.

    (E) qualquer matria significante.

    QUESTO 09

    Examine a tira.

    um mundo terrvel,as pessoas no sabemmais o que carinho.

    Carinho odiminutivo de caro.

    (Folha de S.Paulo, 26.12.2011.)

    O efeito de humor na situao apresentada decorre do fato de apersonagem, no segundo quadrinho, considerar que carinhoe caro sejam vocbulos

    (A) cognatos.

    (B) derivados de vocbulos distintos.

    (C) hbridos.

    (D) formados por composio.

    (E) derivados de um mesmo verbo.

    QUESTO 10

    Essa poesia no logrou estabelecer-se em Portugal. Deorigem francesa, suas primeiras manifestaes datam de1866, quando um editor parisiense publica uma coletnea depoemas; em 1871 e 1876, saem outras duas coletneas. Ospoetas desse movimento literrio pregam o princpio da Artepela Arte, isto , defendem uma arte que no sirva a nada ea ningum, uma arte intil, uma arte voltada para si prpria.

    A Arte procuraria a Beleza e a Verdade que existiriam nos se-res concretos, e no no sentimento do artista. Por isso, o belose confundiria com a forma que o reveste, e no com algoque existiria dentro dele. Da vem que esses poetas sejamformalistas e preguem o cuidado da forma artstica comoexigncia preliminar. Para consegui-lo, defendem uma ati-tude de impassibilidade diante das coisas: no se emocionarjamais; antes, impessoalizar-se tanto quanto possvel peladescrio dos objetos, via de regra inertes ou obedientes aosmovimentos prprios da Natureza (o fluxo e refluxo das on-das do mar, o voo dos pssaros, etc.). Esteticistas, anseiamuma arte universalista.

    Em Portugal, tentou-se introduzir esse movimento; cer-tamente, impregnou alguns poetas, exerceu influncia, masno passou de prurido, que pouco alterou o ritmo literriodo tempo. Na verdade, o modo fortuito como alguns se dei-xaram contaminar da nova moda potica revelava apenasveleidade francfila, em decorrncia de razes de gosto pes-soal ou de grupos restritos: faltou-lhes intuito comum.

    (Massaud Moiss.A literatura portuguesa, 1999. Adaptado.)

    As informaes apresentadas no texto referem-se literatura

    (A) simbolista, cuja busca pelo Belo implicou a liberdade naexpresso dos sentimentos. O texto deixa claro que essaliteratura alcanou notvel aceitao entre os poetas dapoca.

    (B) realista, cuja influncia da tradio clssica funda-mental para se chegar perfeio. O texto deixa claroque essa literatura teve uma disseminao irregular nacena literria portuguesa.

    (C) parnasiana, cuja preocupao com a objetividade a opeao subjetivismo romntico. O texto deixa claro que essa

    literatura no se imps na cena literria portuguesa.(D) simbolista, cuja preocupao com a expresso do sen-

    timento filia-se tradio potica do Renascimento. Otexto deixa claro que essa literatura teve um desenvol-vimento tmido na cena literria portuguesa.

    (E) parnasiana, cuja liberdade de expresso e cujo compro-misso social permitem fundamentar a Arte pela Arte. Otexto deixa claro que essa literatura teve pouco espaona cena literria portuguesa.

    5 UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    6/20

    QUESTO 11

    Leia os versos de Cesrio Verde.

    Duas igrejas, num saudoso largo,Lanam a ndoa negra e fnebre do clero:Nelas esfumo um ermo inquisidor severo,Assim que pela Histria eu me aventuro e alargo.

    (www.astormentas.com)

    Em relao Igreja, o eu lrico assume, nesses versos, umaposio

    (A) submissa.

    (B) anticlerical.

    (C) ambgua.

    (D) saudosista.

    (E) evangelizadora.

    INSTRUO: Leia o texto para responder s questes de nmeros12a 14.

    Do chuchu ao xixi

    A concessionria Orla Rio subiu em 50%, de R$ 1 paraR$ 1,50, o uso do banheiro pblico e de 60 para 65 anos oprivilgio da gratuidade.

    A idade foi elevada com base em lei estadual de 2002,um ano antes de o Estatuto do Idoso (2003) favorecer pes-soas com idade igual ou superior a 60 anos.

    Se o mal est feito, os economistas devem agora se preo-cupar com o choque do preo do uso do banheiro pblico nameta da inflao.

    Em 1977, rimos quando a ditadura culpou o chuchu.No seria o caso de rir, na democracia, do impacto do xixino custo de vida?

    (CartaCapital, 27.06.2012.)

    QUESTO 12O autor mostra que a concessionria Orla Rio procedeu deforma

    (A) semelhante da poca da ditadura.

    (B) compatvel com a atual meta de inflao.

    (C) favorvel aos cidados mais jovens.

    (D) incoerente em relao lei estadual de 2002.

    (E) contrria ao que preceitua o Estatuto do Idoso.

    QUESTO 13

    No texto, h uma crtica queles que

    (A) deixam de se preocupar com suas demandas pessoais,para se dedicarem a causas pblicas irrelevantes.

    (B) aumentam os impostos, sem levar em conta os impactosque eles tero para as contas pblicas.

    (C) desqualificam as decises pblicas por acreditarem, namaioria das vezes, que estas prejudicam o povo.

    (D) desconsideram os interesses coletivos e encontram jus-tificativas pouco plausveis para as decises que tomam.

    (E) entendem perfeitamente as necessidades sociais semque, no entanto, lutem por uma sociedade melhor.

    QUESTO 14

    A relao de sentido entre ditadura e democracia, es-

    tabelecida no ltimo pargrafo do texto, tambm ocorre naseguinte passagem, extrada do jornal Folha de S.Paulo, de11.09.2012:

    (A) Levantamento feito por esta Folhaem todos os Estadosdo pas mostrou que a Lei da Ficha Limpa barrou, atagora, 317 candidatos entre os 15.551 que disputam asprefeituras brasileiras.

    (B) At nas flores se encontra a diferena da sorte: umasenfeitam a vida, outras enfeitam a morte. Esse poemase aprendia nas escolas do passado. Hoje, a diferena

    da sorte atinge at mesmo os partidos polticos, que po-dem ser resumidos em situao e oposio.

    (C) O dinheiro perdeu sua qualidade narrativa, tal comoaconteceu com a pintura antes. O dinheiro agora falasozinho.

    (D) A evaso nas graduaes em engenharia, assinalam osprofessores, alta demais. S um quinto a um quartodos ingressantes termina por formar-se segundo osautores, porque lhes faltam noes bsicas de matem-tica, que deveriam adquirir no ensino mdio.

    (E) Alguns fatos empolgavam o pas at outro dia. A voltado crescimento econmico, a descoberta do pr-sal, odesvencilhamento dos credores estrangeiros e a criaodos Brics animaram o esprito nacional.

    6UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    7/20

    INSTRUO: Leia o texto para responder s questes de nme-ros 15a 18.

    Um sarau o bocado mais delicioso que temos, de te-lhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. Odiplomata ajusta, com um copo de champagnena mo, osmais intrincados negcios; todos murmuram, e no h quemdeixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes edas cantigas do seu tempo, e o moo goza todos os regalos da

    sua poca; as moas so no sarau como as estrelas no cu;esto no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina,eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quaissurde, s vezes, um bravssimo inopinado, que solta de lda sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua parti-da no cart, mesmo na ocasio em que a moa se espichacompletamente, desafinando um sustenido; da a pouco vooutras, pelos braos de seus pares, se deslizando pela sala emarchando em seu passeio, mais a compasso que qualquerde nossos batalhes da Guarda Nacional, ao mesmo tempoque conversam sempre sobre objetos inocentes que movemolhaduras e risadinhas apreciveis. Outras criticam de uma

    gorducha vov, que ensaca nos bolsos meia bandeja de do-ces que veio para o ch, e que ela leva aos pequenos que, diz,lhe ficaram em casa. Ali v-se um ataviado dandyque dirigemil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregadosna sinh, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau no essencial ter cabea nem boca, porque, para alguns regra,durante ele, pensar pelos ps e falar pelos olhos.

    E o mais que ns estamos num sarau. Inmeros batisconduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores,recomendveis por carter e qualidades; alegre, numerosa eescolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mos-tra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.

    Entre todas essas elegantes e agradveis moas, quecom aturado empenho se esforam para ver qual delas venceem graas, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessaMoreninha, princesa daquela festa.

    (Joaquim Manuel de Macedo.A Moreninha, 1997.)

    QUESTO 15

    A forma como se d a construo do texto revela que ele predominantemente

    (A) dissertativo, com o objetivo de analisar criticamente oque um sarau.

    (B) descritivo, com o objetivo de mostrar o sarau como umafesta ftil e sem atrativos.

    (C) descritivo, com o objetivo de apresentar as caractersticasde um sarau.

    (D) narrativo, com o objetivo de contar fatos inusitadosocorridos em um sarau.

    (E) dissertativo, com o objetivo de relatar as experinciashumanas em um sarau.

    QUESTO 16

    Levando em conta o contexto em que floresceu a literaturaromntica, as informaes textuais refletem, com

    (A) amenidade, uma viso otimista da realidade social.

    (B) nostalgia, os valores de uma sociedade decadente.

    (C) ufanismo, uma vida social de bem-aventurana.

    (D) entusiasmo, uma sociedade frvola e hipcrita.

    (E) desprezo, a cultura de uma sociedade poderosa.

    QUESTO 17

    Considerando os papis desempenhados pelas personagensno texto, correto afirmar que

    (A) o diplomata oportunista; o velho, conservador; os ra-

    pazes usufruem exageradamente os prazeres da vida; eas moas so frvolas.

    (B) o diplomata trapaceiro; o velho, desencantado; os ra-pazes usufruem a vida de modo ftil; e as moas inves-tem to-somente na beleza exterior.

    (C) o diplomata astuto; o velho, intimista; os rapazes usu-fruem a vida dentro de suas possibilidades; e as moasvivem de sonhos.

    (D) o diplomata perspicaz; o velho, saudosista; os rapazesusufruem prazerosamente a vida; e as moas encantam

    a todos.

    (E) o diplomata esperto; o velho, avanado; os rapazesusufruem a vida com parcimnia; e as moas vivem dedevaneios.

    QUESTO 18

    Assinale a alternativa em que a eliminao do pronome emdestaque implica, contextualmente, mudana do sujeito do

    verbo.

    (A) Ali v-seum ataviado dandy [...].

    (B) [...] aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-sevaidosanas asas dos aplausos[...].

    (C) [...] mesmo na ocasio em que a moa seespicha com-pletamente[...].

    (D) O velho lembra-sedos minuetes e das cantigas do seutempo[...].

    (E) [...] da a pouco vo outras, pelos braos de seus pares,sedeslizando pela sala[...].

    7 UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    8/20

    QUESTO 19

    O Hatha yoga pradipika, sagrada escritura do hathayoga, escrita no sculo 15 da era atual, diz que, antes de nosaventurarmos na prtica de austeridade e cdigos morais,devemos nos preparar. Autocontrole e disciplina sem prepa-rao adequada criar mais problemas mentaise de personalidade do que paz de esprito. A beleza dessaescritura que ela resolve o grande problema que todo ini-ciante enfrenta: dominar a mente.

    Devido abordagem corporal, o hatha yogaficou conhecido de modo equivocado como uma catego-ria de ioga trabalha apenas as valncias fsicas(fora, flexibilidade, resistncia, equilbrio e outras), quasecomo ginstica oriental. Isso no verdade.

    (Cincia Hoje, julho de 2012. Adaptado.)

    De acordo com a norma-padro da lngua portuguesa, as la-cunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com

    (A) podem essa com que.

    (B) pode essa onde.

    (C) pode a essa aonde.

    (D) podem a essa que.

    (E) pode essa o qual.

    QUESTO 20

    Examine a tira.

    A,brother!

    Maneiroencontrar

    tu!

    Chopinho,hoje?

    Demor! 20h l!

    Demor! 22:50h l!

    HOMEM-LEGENDA

    ATACA NO RIO DE JANEIRO

    RS RS RSR

    SRS

    (http://adao.blog.uol.com.br)

    Bastante comum na fala coloquial, o modo de se empregar opronome na fala da personagem Maneiro encontrar tu!

    tambm ocorre em:(A) Aquele livro era para ns uma joia, pois tinha sido de

    nosso av e de nosso pai.

    (B) Todos tinham certeza de que ela ofereceria para mim oprimeiro pedao de bolo.

    (C) Quando o pessoal chegou na frente do prdio, viu ali elecom a namorada nova.

    (D) A todos volto a afirmar que entre mim e ti no existemmais rancores nem tristezas.

    (E) Era uma situao embaraosa e para eu me livrar delaseria bastante difcil mesmo.

    QUESTO 21

    Leia o poemaPrece, de Fernando Pessoa.

    Senhor, a noite veio e a alma vil.Tanta foi a tormenta e a vontade!Restam-nos hoje, no silncio hostil,O mar universal e a saudade.

    Mas a chama, que a vida em ns criou,Se ainda h vida ainda no finda.O frio morto em cinzas a ocultou:A mo do vento pode ergu-la ainda.

    D o sopro, a aragemou desgraa ou nsia ,Com que a chama do esforo se remoa,E outra vez conquistaremos a DistnciaDo mar ou outra, mas que seja nossa!

    (Fernando Pessoa.Mensagem, 1995.)

    Extrado do livroMensagem, o poema pode ser consideradonacionalista, na medida em que o eu lrico

    (A) apresenta Portugal como uma nao decadente, que nofaz jus ao seu passado de herosmo e glrias.

    (B) reconhece o desejo de o povo portugus glorificar seusheris, o que no foi possvel at o seu presente.

    (C) inspira-se no passado de herosmo do povo portugusque, no presente, j no acredita na sua histria.

    (D) descreve o Portugal de seu tempo como uma nao glo-

    riosa e marcada por histrias de herosmo.

    (E) busca reviver o sonho de uma da nao grandiosa, can-tando um Portugal almejado por seus feitos gloriosos.

    8UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    9/20

    INSTRUO: Leia o texto para responder s questes de nme-ros 22a 24.

    dois meses, a jornalista britnica RowennaDavis, 25 anos, foi furtada. S que no levaram sua carteiraou seu carro, mas sua identidade virtual. Um hackerinvadiue tomou conta de seu e-mail e alm de bisbilhotar suasmensagens e ter acesso a seus dados bancrios passou aescrever aos mais de 5 mil contatos de Rowenna dizendo que

    ela teria sido assaltada em Madri e pedindo ajuda em di-nheiro.Quando ela escreveu para seu endereo de e-mailpedin-

    do ao hackerao menos sua lista de contatos profissionais devolta, Rowenna teve como resposta a cobrana de R$ 1,4 mil.Ela se negou a pagar, a polcia no fez nada. A jornalista sretomou o controle do e-mailporque um amigo conhecia umfuncionrio do provedor da conta, que desativou o processode verificao de senha criado pelo invasor.

    (Galileu, dezembro de 2011. Adaptado.)

    QUESTO 22

    A lacuna do incio do texto deve ser corretamente preenchidacom

    (A) .

    (B) Acerca de.

    (C) A.

    (D) Fazem.

    (E) H cerca de.

    QUESTO 23

    As informaes do segundo pargrafo permitem concluir queo hackertentou

    (A) extorquir a jornalista.

    (B) negociar legalmente com a jornalista.

    (C) eximir-se da culpa pela invaso da conta do e-mail.

    (D) pedir um donativo jornalista.

    (E) reconhecer seu erro.

    QUESTO 24

    Assinale a alternativa em que, na reescrita do trecho, houvealterao da classe gramatical da palavra em destaque.

    (A) ... mas sua identidadevirtual.= mas sua identificaovirtual.

    (B) S que no levaramsuacarteira...= S que no levaram a carteira dela...

    (C) ... quedesativou o processo de verificao de senha...= ... o qual desativou o processo de verificao de senha...

    (D) ... e ter acesso a seus dados bancrios...= ... e ter acesso a seus dados dobanco...

    (E) ... a jornalista britnicaRowenna Davis, 25 anos, foifurtada.= a britnicaRowenna Davis, 25 anos, foi furtada.

    9 UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    10/20

    INSTRUO: Leia o texto para responder s questes de nme-ros 25a 27.

    Quando o falante de uma lngua depara um conjuntode duas palavras, intuitivamente levado a sentir entre elasuma relao sinttica, mesmo que estejam fora de um con-texto mais esclarecedor.

    Assim, alm de captar o sentido bsico das duas pa-lavras, o receptor atribui-lhes uma gramtica formas e

    conexes. Isso acontece porque ele traz registrada em suamente toda a sintaxe, todos os padres conexionais poss-veis em sua lngua, o que o torna capaz de reconhec-los eidentific-los. As duas palavras no esto, para ele, apenasdispostas em ordem linear: esto organizadas em uma or-dem estrutural.

    A diferena entre ordem estrutural e ordem linear tor-na-se clara se elas no coincidem, como nesta frase queum aluno criou em aula de redao, quando todos deviamcompor um texto para outdoor, sobre uma fotografia daclebre cabra de Picasso: Beba leite de cabra em p!.Como todos rissem, o autor da frase emendou: Beba leiteem p de cabra!.

    Pior a emenda do que o soneto.

    (Flvia de Barros Carone.Morfossintaxe, 1986. Adaptado.)

    QUESTO 25

    Assinale a alternativa que traz uma explicao plausvel parao riso dos alunos.

    (A) As expresses de cabra e em p so regidas pelo mes-mo termo leite e, da forma como so empregadas,geram enunciados ambguos.

    (B) As expresses de cabra e em p esto empre-gadas em sentido figurado, referindo-se ao mesmotermo regente leite.

    (C) O contexto da orao insuficiente para recuperar o re-ferente das expresses de cabra e em p, potencial-mente referentes a Beba e leite.

    (D) O emprego da expresso em p em sentido figurado

    cria duplo sentido ao enunciado, interpretando-a comocomplemento do verbo Beba.

    (E) O verbo da orao Beba pode admitir dois com-plementos, havendo a falsa ideia de que de cabra sejaum deles.

    QUESTO 26

    Considere as seguintes passagens do texto:

    [...] levado a sentir entre elas uma relao sinttica,mesmo queestejam fora de um contexto mais escla-recedor.

    Comotodos rissem, o autor da frase emendou[...].

    As conjunes destacadas expressam, respectivamente,relao de

    (A) alternncia e conformidade.

    (B) concluso e proporo.

    (C) explicao e comparao.

    (D) concesso e causa.

    (E) adio e consequncia.

    QUESTO 27

    De acordo com o texto, a ordem estrutural diz respeito ma-croestrutura da frase e a ordem linear manifestao concre-ta, palavra aps palavra, dos constituintes da orao. Assinalea alternativa em que, no par de palavras em destaque, em tex-to de Paulo Cesarino Costa, publicado na Folha de S.Paulode 02.08.2012, h coincidncia entre essas duas ordens.

    (A) Num mundo cada vez mais dominado pela reproduoeletrnica e imagtica dos acontecimentos, h uma inte-ressante oportunidadede resgatar o momento em que aimagem comeou a questionar o poder da palavra.

    (B) Nas paredes do Instituto Moreira Salles, pode-se ver di-ferentes concepesde fotojornalismo: da beleza poucocomprometida com a veracidade de Jean Manzon ob-jetividade das imagens de guerra de Luciano Carneiro.

    (C) Sero 11 estrelas na tela, mas os ministros do STF e suascapas negras pouco tm a ver com os 11 amarelinhos deMano Menezes na busca do ouro olmpico.

    (D) Exceto pelo fato de que dividiro, com outras dezenasde esportes, as atenes de TVs e rdios, portais de in-ternet, jornais e revistas nos prximos dias numa raradisputa, de onde sairo dois retratos do Brasil.

    (E) A revista O Cruzeiroseguia a cartilha da revista norte-americana Life, que preconizava um novo jornalismo,no qual as imagens formam o texto e as palavras ilus-tram as imagens.

    10UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    11/20

    INSTRUO: Leia o texto para responder s questes de nmeros28e 29.

    Apstrofe carne

    Quando eu pego nas carnes do meu rosto,Pressinto o fim da orgnica batalha: Olhos que o hmus necrfago estraalha,Diafragmas, decompondo-se, ao sol-posto.

    E o Homem negro e heterclito composto,Onde a alva flama psquica trabalha,Desagrega-se e deixa na mortalhaO tacto, a vista, o ouvido, o olfato e o gosto!

    Carne, feixe de mnadas bastardas,Conquanto em flmeo fogo efmero ardas,A dardejar relampejantes brilhos,

    Di-me ver, muito embora a alma te acenda,Em tua podrido a herana horrenda,

    Que eu tenho de deixar para os meus filhos!

    (Augusto dos Anjos.Obra completa, 1994.)

    QUESTO 28

    No soneto de Augusto dos Anjos, evidente

    (A) a viso pessimista de um eu cindido, que desiste deconhecer-se, pelo medo de constatar o j sabido de suacondio humana transitria.

    (B) a recorrncia a ideias deterministas que impulsionam oeu a superar seus conflitos, rompendo um ciclo quenaturalmente lhe imposto.

    (C) a vontade de se conhecer e mudar o mundo em que sevive, o que s pode ser alcanado quando se abandonaa desintegrao psquica e se parte para o equilbrio doeu.

    (D) o transcendentalismo, uma vez que o eu desintegradoobjetiva alar voos e romper com um projeto de vidamarcado pelo pessimismo e pela tortura existencial.

    (E) o uso de conceitos advindos do cientificismo do sculoXIX, por meio dos quais o poeta mergulha no eu, bus-cando assim explorar seu ser biolgico e metafsico.

    QUESTO 29

    No plano formal, o poema marcado por

    (A) versos livres, rimas intercaladas, inverses sintticas.

    (B) vocabulrio seleto, rimas raras, aliteraes.

    (C) vocabulrio antilrico, redondilhas, assonncias.

    (D) assonncias, versos decasslabos, versos sem rimas.

    (E) versos brancos, linguagem obscena, rupturas sintticas.

    QUESTO 30

    Escaneeialgunspelosdosovaco!

    uma obrade arte, uma

    crticaaoatual vazio...

    ...dasartesplsticas!

    Sechama...

    Svcuo! !Minha vida ridcula

    (www.iturrusgarai.com.br)

    O efeito de humor da tira advm, dentre outros fatores, da

    (A) paronomsia, verificada pelo emprego de palavras pare-cidas na escrita e na pronncia, moda de um trocadilho.

    (B) metonmia, verificada pelo emprego de uma palavra emlugar de outra por uma relao de contiguidade.

    (C) ironia, verificada na fala da personagem como intenoclara de afirmar o contrrio daquilo que est dizendo.

    (D) metfora, verificada pelo emprego de termos que podemse cambiar como formas sinnimas no enunciado.

    (E) onomatopeia, verificada pelo recurso sonoridade daspalavras, que atribui outros sentidos ao enunciado.

    11 UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    12/20

    INSTRUO: Leia o texto para responder s questes de nmeros31a 38.

    Life of a Nantucket Surgeon

    By Tara Parker-Pope

    July 27, 2012

    In her new book, Island Practice, the New York Times

    reporter Pam Belluck tells the story of Dr. Timothy Lepore, aquirky 67-year-old physician who for the past 30 years hasbeen the only surgeon working on the island of Nantucket.But Dr. Lepore is no ordinary surgeon. Life on an island,even one that has become a summer playground to the richand famous, requires a certain amount of resourcefulnessand flexibility. Over the years Dr. Lepore has taken it uponhimself to deliver whatever type of medical care his islandinhabitants need, often challenging conventional notionsof medicine and redefining what it means to be a healer.While his surgical skills have been used for minor repairsand lifesaving procedures, he often works as a generalpractitioner, treating everyday ailments. Distraught islandresidents also call on him for counseling and comfort, and heeven steps into the role of veterinarian when needed.

    I recently spoke with Ms. Belluck about the time she spentwith Dr. Lepore. Heres part of our conversation.

    I think of Nantucket as a posh summer tourist destination.

    Were you surprised to find such a quirky character there?

    I thought of it as this rich summer haven, but there is thiswhole year-round population that is really interesting anddiverse and has to scrabble for a living. Even the hardship

    was surprising. You think any place is accessible, but thereare a lot of times where you cannot get on or off the island,and you cant get what you need. Even though they havefast ferries and airplanes now, youre still at the mercy ofthe elements, and that creates a lot of drama.

    What kinds of challenges has Dr. Lepore faced?

    Part of it is the fact that as the only surgeon, you kind of needto do everything, and you may not know how to do something.There was a guy who came home and had forgotten to pickup potatoes, and his wife stabbed him in the heart. Its thekind of stab wound that only 10 percent of patients make it to

    the hospital alive, and 1 percent will survive. Dr. Lepore hadnever seen anything like this before, but there was no timeto get the guy off the island. So he had to reach in and getthe heart started. There wasnt the right equipment to sewhim up, and they had only six units of blood, which is notthat much. But hes an encyclopedia of arcane facts, and heremembered that in the 1800s they used black silk thread forthis kind of injury. They found some black silk thread, and hemanaged to close this guys heart and get it beating again.The guy survived and became a marathon runner. There isa field hospital-type feeling to it. Youre not under fire, butthere is making do with what you have and flying by the seat

    of your pants. Often the weather is bad, and he has neverdone it before, but he just has to do it.

    Does he make a good living? Does he take insurance?

    He takes insurance, but he also takes people who cantpay at all. He will even allow people to pay him in kind.One of the undercurrents of the book is that his hospitalon Nantucket is now run by Partners Health Care, the bighealth care corporation that runs Massachusetts Generaland Brigham and Womens Hospital. They have institutedsome new systems, but he flouts many of them. He says,Nobody is going to manage my time. Nobody is going to

    tell me what to do. They cant really complain becausethey need him.

    (www.nytimes.com. Adaptado.)

    QUESTO 31

    O primeiro pargrafo indica que a ilha de Nantucket

    (A) tornou-se um lugar da moda entre famosos, h cerca de30 anos.

    (B) no tem veterinrio entre seus residentes.(C) no possui qualquer estrutura para o exerccio da medi-

    cina moderna.

    (D) um lugar em que muitas pessoas passam frias no vero.

    (E) redefiniu o conceito da medicina moderna.

    QUESTO 32

    An appropriate expression to describe Dr. Timothy Lepore

    would be(A) rich and famous.

    (B) rude.

    (C) ambitious.

    (D) resourceful.

    (E) frantic.

    QUESTO 33

    No excerto do primeiro pargrafo Dr. Lepore has taken itupon himself to deliver whatever type of medical care hisisland inhabitants need, a expresso em destaque equivale,em portugus, a

    (A) levou consigo.

    (B) assumiu a responsabilidade.

    (C) apoderou-se para si prprio.

    (D) tomou a dianteira.

    (E) responsabilizou-se pela entrega.

    12UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    13/20

    QUESTO 34

    The answer to the first question points out that

    (A) there are many dramatic productions in Nantucketduring the summer.

    (B) not everyone in Nantucket is necessarily rich.

    (C) getting on or off the island is not easy during the summer

    rush period.(D) Nantucket is now busy during the whole year, not only

    in the summer.

    (E) due to modern facilities, Nantucket is easy to reach.

    QUESTO 35

    No trecho da resposta primeira pergunta Even though theyhave fast ferries and airplanes now, possvel substituircorretamenteEven though, sem alterar o sentido da frase,por:

    (A) However.

    (B) As if.

    (C) Whether.

    (D) Nevertheless.

    (E) In spite of the fact that.

    QUESTO 36

    Na resposta segunda pergunta, a autora utiliza a frase Thereis a field hospital-type feeling to it, o que, no contexto, indicaa ideia de

    (A) improvisao.

    (B) esprito de aventura.

    (C) emergncia.

    (D) combatividade.

    (E) perigo iminente.

    QUESTO 37

    The excerpt from the answer to the second question therewas no time to get the guy off the island means that thepatient

    (A) wouldnt live if he stayed in the island.

    (B) had little time left to leave the island.

    (C) shouldnt be taken in a helicopter.(D) couldnt be moved to a mainland hospital.

    (E) had to be rushed to hospital.

    QUESTO 38

    De acordo com a resposta ltima pergunta, depreende-seque

    (A) a pessoa que necessitar tratamento no hospital deNantucket dever pagar em dinheiro, uma vez que nose aceitam pacientes conveniados a planos de sade.

    (B) os pacientes que procuram o Dr. Lepore so sempreatendidos com ateno e gentileza, quer seja no hospital,quer em casa.

    (C) o hospital da ilha administrado atualmente pelo esta-do de Massachusetts, tendo-se tornado uma instituiopblica.

    (D) o Dr. Lepore no se importa muito com novos proce-dimentos administrativos implantados no hospital deNantucket.

    (E) a nova administrao do hospital de Nantucket estpreocupada com as atitudes do Dr. Lepore em relaoa novos protocolos.

    13 UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    14/20

    INSTRUO: Leia o texto para responder s questes de nmeros39a 45.

    Work after eight months of pregnancy is asharmful as smoking, study finds

    Conal Urquhart and agencies

    July 28, 2012

    Working after eight months of pregnancy is as harmful

    for babies as smoking, according to a new study. Women whoworked after they were eight months pregnant had babies onaverage around 230g lighter than those who stopped workbetween six and eight months.

    The University of Essex research which drew on datafrom three major studies, two in the UK and one in the US found the effect of continuing to work during the late stagesof pregnancy was equal to that of smoking while pregnant.Babies whose mothers worked or smoked throughoutpregnancy grew more slowly in the womb.

    Past research has shown babies with low birth weights

    are at higher risk of poor health and slow development, andmay suffer from a variety of problems later in life. Stoppingwork early in pregnancy was particularly beneficial forwomen with lower levels of education, the study found suggesting that the effect of working during pregnancy waspossibly more marked for those doing physically demandingwork. The birth weight of babies born to mothers under theage of 24 was not affected by them continuing to work, but inolder mothers the effect was more significant.

    The researchers identified 1,339 children whose motherswere part of the British Household Panel Survey, which was

    conducted between 1991 and 2005, and for whom data wasavailable. A further sample of 17,483 women who gave birthin 2000 or 2001 and who took part in the Millennium CohortStudy was also examined and showed similar results, alongwith 12,166 from the National Survey of Family Growth,relating to births in the US between the early 1970s and 1995.

    One of the authors of the study, Prof. MarcoFrancesconi, said the government should consider incentives

    42 employers to offer more flexible maternity leave towomen who might need a break before, 43 after, theirbabies were born. He said: We know low birth weight is apredictor of many things that happen later, including lower

    chances of completing school successfully, lower wages andhigher mortality. We need to think seriously about parentalleave, because as this study suggests the possible benefitsof taking leave flexibly before the birth 44 quite high.

    The study also suggests British women may be workingfor 45 now during pregnancy. While 16% of mothersquestioned by the British Household Panel Study, which wentas far back as 1991, worked up to one month before the birth,the figure was 30% in the Millennium Cohort Study, whosesubjects were born in 2000 and 2001.

    (www.guardian.co.uk)

    QUESTO 39

    O estudo mencionado no texto indica que

    (A) os bebs com peso mais baixo no nascimento so, usu-almente, os filhos de mes fumantes durante a gravidez.

    (B) as mulheres na Inglaterra sempre trabalharam at o finalda gravidez, devido a exigncias do sistema de seguri-dade social.

    (C) o trabalho fsico no final da gravidez tende a afetar maiso crescimento do feto do que o desenvolvimento inte-lectual.

    (D) as mulheres que trabalham at o final da gravidez so,em sua maioria, fumantes, quer sejam mais velhas, querno.

    (E) o efeito do trabalho at os ltimos dias antes do partoindepende da idade da me ou do fato de ela ser fumanteou no.

    QUESTO 40

    In the excerpt from the first paragraph than those whostopped work between six and eight months, the word thoserefers to

    (A) women.

    (B) months.

    (C) pregnancy.(D) smoking.

    (E) babies.

    QUESTO 41

    In the excerpt from the third paragraph may suffer from avariety of problems later in life, the word maycarries theidea of

    (A) habit.

    (B) obligation.

    (C) inevitability.

    (D) request.

    (E) possibility.

    14UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    15/20

    INSTRUO: Assinale as alternativas que completam, correta erespectivamente, as lacunas numeradas de 42a 45no texto.

    QUESTO 42

    (A) with

    (B) about

    (C) for

    (D) through

    (E) by

    QUESTO 43

    (A) instead

    (B) rather than

    (C) less likely

    (D) but

    (E) no

    QUESTO 44

    (A) cant be

    (B) simply arent

    (C) will do

    (D) are not

    (E) could be

    QUESTO 45

    (A) fewer

    (B) longer

    (C) less

    (D) far

    (E) more

    15 UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    16/20

    REDAO

    TEXTO1

    QUE PAS

    FOI ESTE?Comisso daVerdade...

    PELA APURAO DOS CRIMESCOMETIDOS PELA DITADURAMILITAR!

    PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEA!

    PELA CONSOLIDAO DADEMOCRACIA!

    (www.rededemocratica.org)

    TEXTO2

    Os anos vividos pelo Brasil sob estado de exceo entre 1964 e 1985 foram marcados por contnuas violaes dosdireitos humanos, por parte do Estado e de seus agentes pblicos. Revelaes recentes e esparsas do alguma medida dohorror dos corpos torturados, dos assassinatos e dos desaparecimentos.

    A implantao da Comisso da Verdade, no Brasil, em gesto que segue o j adotado em dezenas de pases que passarampor regimes de exceo, poder vir a ser o marco de uma virada histrica. Para os familiares dos desaparecidos, para osque viveram a experincia da resistncia e para o pas em seu conjunto. Em especial para as geraes que no viveram e,espero, no venham a viver o horror de serem governadas por ditadores. Elas podero construir suas interpretaes pr-prias a respeito da histria recente do pas, com base em uma narrativa que retira do silncio experincias cruciais para oentendimento a respeito do que somos como nao.

    (Renata Lessa. Sobre a verdade. Cincia Hoje, junho de 2012. Adaptado.)

    TEXTO3

    O objeto da Comisso da Verdade deve, sim, tratar dos crimes e dos desaparecimentos perpetrados pelos agentes doEstado ditatorial. sua tarefa precpua e estatutria. Mas no pode se reduzir a estes fatos. H o risco de os juzos serempontuais. Precisa-se analisar o contexto maior, que permite entender a lgica da violncia estatal e que explica a sistemticaproduo de vtimas. Mais ainda, deixa claro o trauma nacional que significou viver sob suspeitas, denncias, espionageme medo paralisador.

    Neste sentido, vtimas no foram apenas os que sentiram em seus corpos e nas suas mentes a truculncia dos agentes doEstado. Vtimas foram todos os cidados. Foi toda a nao brasileira. Para que a misso da Comisso da Verdade seja com-pleta e satisfatria, caberia a ela fazer um juzo tico-poltico sobre todo o perodo do regime militar.

    Os que deram o golpe de Estado devem ser responsabilizados moralmente por esse crime coletivo contra o povo brasi-leiro.

    Os militares inteligentes e nacionalistas de hoje deveriam dar-se conta de como foram usados por aquelas elites oligr-quicas, que no buscavam realizar os interesses gerais do Brasil mas, sim, alimentar sua voracidade particular de acumula-o, sob a proteo do regime autoritrio dos militares.

    A Comisso da Verdade prestaria esclarecedor servio ao pas se trouxesse luz esta trama. Ela simplesmente cumpririasua misso de ser Comisso da Verdade. No apenas da verdade de fatos individualizados, mas da verdade do fato maior dadominao de uma classe poderosa, nacional, associada multinacional, para, sob a gide do poder discricionrio dos mili-tares, tranquilamente, realizar seus objetivos corporativos. Isso nos custou 21 anos de privao da liberdade, muitos mortose desaparecidos, muito padecimento coletivo.

    (Leonardo Boff. 1964: Golpe militar a servio do golpe de classe. www.jb.com.br. Adaptado.)

    16UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    17/20

    TEXTO4

    Depois de muita expectativa e com grande exposio na mdia , foi constituda comisso para resgatar a verdadehistrica de um perodo de 42 anos da vida poltica nacional, objetivando, fundamentalmente, detectar os casos de torturana luta pelo poder. A Histria contada por historiadores, que tm postura imparcial ao examinar os fatos que a confor-maram, visto serem cientistas dedicados anlise do passado. Os que ambicionam o poder fazem a Histria, mas, por delaparticiparem, no tm a imparcialidade necessria para a reproduzir.

    A Comisso da Verdade no conta, em sua composio, com nenhum historiador capaz de apurar, com rigor cientfico, averdade histrica da tortura no Brasil, de 1946 a 1988. O primeiro reparo, portanto, que fao sua constituio o de que

    no historiadores foram encarregados de contar a Histria daquele perodo. Conheo seis dos sete membros da comissoe tenho por eles grande respeito, alm de amizade com alguns. No possuem, no entanto, a qualificao cientfica para otrabalho que lhes foi atribudo.

    O segundo reparo que estiveram envolvidos com os acontecimentos daquele perodo. Em debate com o ex-deputadoAyrton Soares, perguntou-me o amigo e colega que defendia a constituio de comisso para essa finalidade, enquantoeu no via necessidade de sua criao se eu participaria dela, se fosse convidado. Disse-lhe que no, pois, apesar de sermembro da Academia Paulista de Histria, estive envolvido nos acontecimentos.

    O terceiro reparo que alguns de seus membros pretendem que a verdade seja seletiva. Tortura praticada por guerri-lheiro no ser apurada, s a que tenha sido levada a efeito por militares e agentes pblicos. O que vale dizer: lana-se aimparcialidade para o espao, dando a impresso de que guerrilheiro, quando tortura, pratica um ato sagrado; j os milita-res, um ato demonaco.

    O quarto reparo que muitos guerrilheiros foram treinados em Cuba, pela mais sangrenta ditadura das Amricas no s-culo 20. Um bom nmero de guerrilheiros no queria, pois, a democracia, mas uma ditadura moda cubana. Radicalizaramo processo de redemocratizao a tal ponto que a imprensa passou a ser permanentemente censurada. Estou convencido deque esse radicalismo e os ideais da ditadura cubana que o inspiraram apenas atrasaram o processo de redemocratizao edificultaram uma soluo acordada e no sangrenta.

    O quinto aspecto que me parece importante destacar que, a meu ver, a redemocratizao se deveu ao trabalho da Or-dem dos Advogados do Brasil (OAB), que se tornou a voz e os pulmes da sociedade.

    Por fim, num pas que deveria olhar para o futuro, em vez de remoer o passado tese que levou guerrilheiros, advogadose o prprio governo militar a acordarem a Lei da Anistia, colocando uma pedra sobre aqueles tempos conturbados , a co-misso inoportuna. Parafraseando Vicente Rao, esta volta ao pretrito parece ser contra o sistema da natureza, pois parao tempo que j se foi, far reviver as nossas dores, sem nos restituir nossas esperanas.

    (Ives Gandra Silva Martins. A Comisso da Verdade e a verdade histrica. www.estadao.com.br. Adaptado.)

    Com base nos textos apresentados e em seus prprios conhecimentos, redija um texto dissertativo, obedecendo norma-padroda lngua portuguesa, sobre o tema:

    COMISSODAVERDADE: QUEVERDADEALCANAR?

    17 UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    18/20

    RASCUN

    HO

    Os rascunhos no sero considerados na correo.

    NO ASSINE ESTA FOLHA

    18UFSP1204/001-LPortLIngRedao

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    19/20

  • 5/27/2018 305 001 Cg Lport Lestr Red 2

    20/20